Vender a Ecomoda?

No hospital.

A ambulância chega às pressas no hospital os paramédicos chegam às pressas, Margarida vem ao lado da maca que Roberto estava.

— Mi amor por favor resista! Margarida fala segurando a mão de Roberto.

— Margarida... Se eu não sobreviver, tome conta de tudo sim?

— Não diga isso! Você vai ficar bom, ele vai não é mesmo! Margarida fala segurando a mão de um dos médicos.

Eles correm pelo corredor do hospital, entram em uma sala da emergência. Margarida tenta entrar mais é barrada por duas enfermeiras.

— ME DEIXEM PASSAR... ELE É MEU MARIDO!

— Desculpe senhora, mas vai ter que esperar aqui! Uma das enfermeiras fala enquanto a outra entra na emergência.

Na Ecomoda:

Hugo estava arrumando suas coisas quando, Daniel entra no ateliê.

— Então vai mesmo embora?

— Não trabalho com contrabandistas!

— Ora seu...

— O que foi? Vai me bater? Então venha, pensa que eu tenho medo de você?

— Nossa, agora é macho?

— Sou mais macho que você!

— Daniel, dá um soco no rosto de Hugo. Hugo cai em cima de um dos manequins.

— DOUTOR POE FAVOR! Grita Inezita assustada.

— Isso é pra você aprender, que ninguém pode superar o meu poder! Saia da minha empresa agora. Daniel sai do ateliê.

— Seu Hugo, me deixe ajudar sim!

— Viu isso Inez? Nessa empresa só tem brutamontes, e selvagens... Primeiro aquele ogro do Armando e agora esse engomadinho do Daniel. Se pelo menos aquela mostro transformado estivesse aqui isso não estaria acontecendo! Hugo fala se levantado.

— Seu Hugo, eu vou com o senhor, não posso ficar aqui sem o senhor... Inezita fala ao pegar as suas coisas.

— NÃO... Inez se você for embora daqui essa empresa vai de água abaixo. Inez fique.

— Não seu Hugo, sem o senhor não consigo ficar nem mais um minuto aqui! Vou junto com o senhor pra onde o senhor for.

— Inez, com o que você recebe da sua aposentadoria, não vai conseguir sobreviver.

— Eu quero ficar com o senhor, se for preciso passo fome, mas junto com o senhor.

— Aí que velinha mais teimosa, está bem... Vamos passar fome juntos então. Hugo abraça Inezita e lhe dá um beijo em sua testa.

No hospital.

Os médicos entram às pressas com Roberto em cirurgia.

Margarida estava sentada chorando na sala de esperar.

— Margarida!

— Marcela? O que faz aqui?

— O Roberto é como um pai pra mim, isso é o mínimo que eu posso fazer. Como ele está?

— Ele está em cirurgia, teve um infarto.

— Aí meu Deus...

— O que podemos fazer é esperar...

— Margarida, aquilo que o Daniel falou...

— Esqueça, sei que você é diferente do seu irmão!

— O Daniel sempre teve inveja do Armando, desde quando éramos pequenos.

— O Roberto ama muito vocês todos, e pra mim foi uma grande surpresa saber que Daniel nos culpa pela morte do Júlio e da Suzana, o Roberto falou várias vezes para eles não irem. Mas você sabe seu pai era teimoso.

— Sim, eu me lembro bem deles, e de como eles eram teimosos... Margarida perdoe o Daniel, ele não sabe o que diz.

— Marcela, não me peça isso agora... A única coisa que eu quero é ver o Roberto bem!

— Eu entendo... Você avisou para o Armando e a Camila, o que aconteceu?

— Não, tudo aconteceu tão rápido, que eu nem...

Nesse momento, um dos médicos sai no corredor.

— DOUTOR! COMO ESTÁ O MEU MARIDO? Margarida fala segurando o jaleco do médico.

— Calma senhora, a cirurgia ainda não acabou...

— Doutor, como ele está? Pergunta Marcela.

— Não vou mentir, o estado dele é bem grave.

No avião.

Armando estava inquieto na cadeira.

— Mi amor, o que você tem? Não para de se mexer!

— Não sei mi amor, estou sentindo um aperto no peito. Como se algo estivesse acontecendo...

— Deve ser porque você está preocupado com a Ecomoda!

— Deve ser, mi amor eu vou lavar o rosto. Você pode cuidar da nossa monstrinha?

— Claro mi doutor! (Selinho).

Armando se levanta E segue para o banheiro.

— Mi amor, o seu papai está muito estranho hoje. Betty fala brincando com Milinha

— Mamã, mamã, mamã!

Isso minha linda, mamãe.

No banheiro.

Armando lava o rosto.

— O que será que está acontecendo comigo? Ele sai do banheiro ele ia para sua poltrona, quando encontra com uma aeromoça.

— Por favor...

— Pois não, senhor!

— Falta muito pra chegarmos em Bogotá?

—Não senhor, vamos pousar em 15 minutos, por favor sente-se e coloque seu cinto.

Armando volta para a dia poltrona.

— Mi amor, estou preocupada com você! Betty fala segurando a mão de Armado.

— Não se preocupe mi amor, eu vou ficar bem, só estou meio nervoso com isso que está acontecendo na Ecomoda. Agora me dê essa monstrinha aqui!

Armando pega Milinha no colo. _ Papa, papa, papa. Milinha sem querer bati o pé na costela de Armando.

— Aiii....

— Meu Deus, Armando me dê ela aqui!

— Calma mi amor, ela não tem culpa. Me deixe mais um pouco com a nossa pequena.

Na Ecomoda:

Hugo e Inezita estava saindo do ateliê.

— Inezita, aonde você vai? Pergunta Bertha

— Eu vou embora, o seu Hugo...

— Como assim? MENINAS A INEZITA ESTÁ INDO EMBORA!

— Aí não grita orca! Quer nos deixar surdos?

As meninas vêm correndo pelo corredor.

— Como assim vai embora? Não isso merece um 911. Fala Sófia.

— Meninas eu tenho que ir...

— Nada disso, vamos! Aura Maria puxa Inezita.

— Ei eu vou junto, não vou deixar a minha Inezita sozinha com vocês.

— Ora, vamos logo homem! Sandra puxa Hugo pelo braço.

Na presidência.

— Olarte, venha agora na minha sala, precisamos ver o que fazer com a empresa.

— Mas doutor eu...

— AGORA OLARTE! Daniel bate o telefone com tudo.

Olarte corre da sua sala para a sala de Daniel, ao chegar na porta da presidência ele tropica em Marcelo que seguia para o ateliê.

— Olha por onde anda, seu, seu... Modelinho!

— Puxa que mal humor....

Olarte entra na presidência. Marcelo finge segui para o ateliê, mas volta e fica com a orelha atrás da porta. (Ao melhor estilo Bertha).

—OLARTE, PELO AMOR DE DEUS TEMOS QUE FAZER ALGUMA COISA!

— Doutor, estamos em uma grande enrascada!

Marcelo que ouvia tudo do lado de fora abre um grande sorriso. _ Parece que o meu plano está dando certo. Agora eu só preciso que a Betty volte.

No banheiro.

Eu não acredito que vocês estão indo embora! Fala Mariana.

— Meninas o que vai ser da empresa? Fala Aura Maria.

— Isso está na cara, a Ecomoda vai fechar as portas! Fala Sófia.

— Meninas... E a Betty? Será que ela está sabendo do que estar acontecendo aqui? Fala Bertha.

— Com certeza ela não está sabendo... Fala Hugo arrumando seus óculos.

— Quando será que ela volta?

— MENINAS!

— Essa é a voz do Marcelo? Pergunta Sandra.

— MENINAS!

— Sim é o Marcelo! Fala Aura Maria correndo para a porta do banheiro.

Alguns segundos depois Aura Maria vem com puxando Marcelo.

— Estou entrado, por favor não estejam nuas! Marcelo fala tampando os olhos.

As meninas riem e falam. _ Estamos vestidas pode entrar.

— Credo, essa visão seria do inferno. Bizzzzz!

— Meninas, o que está acontecendo na empresa hoje?

— Aí Marcelo está uma loucura... fala Aura Maria.

— Sim, o Doutor Valência está levando a empresa para o abismo, o seu Roberto passou mal... Fala Sófia!

— Nossa! E como ele está?

— Não sabemos, a dona Margarida e a dona Marcela estão com ele! Fala Mariana.

— Vou ligar pra Marcela! Marcelo pega o celular.

No hospital.

Margarida e Marcela estavam sentadas, quando o celular de Marcela começa a tocar.

— Alô? Oi, Marcelo!

— Ele está em cirurgia...

— Não sabemos!

— Tá, depois te ligo, tchau.

O médico sai da sala e segue em direção a Margarida e Marcela.

— Então doutor, como ele está?

— A cirurgia foi um sucesso, temos que esperar pra ver como ele vai reagir!

— O que quer dizer com isso doutor? Margarida pergunta.

— Não vou mentir, mas temos que esperar... A cirurgia foi bem, mas o cérebro do seu marido ficou muito tempo sem oxigênio, e ele pode ter alguns problemas por isso.

— O senhor quer dizer que...

— Sim, o seu marido pode não acordar mais!

No aeroporto.

Armando estava pegando as malas na esteira.

— Mi amor, olha isso! Betty chama a atenção de Armando para Milinha.

A pequena dança ao ouvir a música que tocava no alto falante do aeroporto.

— Olha a minha princesa dançando! Que linda. Armando fala colocando as malas no chão e pegando Milinha no colo e enchendo ela de beijos.

— Nossa desse jeito nos aqui ficamos com inveja... Betty fala fazendo cara de carente.

— Hum... Está com ciúmes da sua própria filha Beatriz?

— Claro que não, mas olhando você assim, com a nossa pequena no colo me fez lembrar de quando nos casamos. E de como você me carregou nós braços, na nossa noite de núpcias.

— Hum... Eu me lembro sim, de como você estava linda naquele vestido, e logo eu tirei... Armando faz cara de safado!

— Armando, a menina.... Risadas

— Deixa quando chegarmos em casa você não me escapa doutora.

— Aí Armando, eu estava pensando, vamos para a casa dos meus pais hoje?

— Mas por que mi amor? Podemos ligar pra eles e avisarmos que chegamos, de um jeito ou de outro eles vão estar no nosso apartamento de manhã!

— Sim eu sei, mas não sei por que estou com um forte pressentimento que devemos ir até lá!

— Certo mi amor, vamos até lá.

Na casa dos Pinzón:

— Certo obrigado! Hermes fala ao desligar o telefone.

— O que aconteceu querido?

— Era a secretária da Betty, o Don Roberto teve um infarto! Está internado em estado gravíssimo no hospital....

— Meu Deus, temos que avisar para a Betty e o Armando... Julia corre para pegar o telefone.

— Julia não!

— O que? Como. Assim não!

— Olhe para o relógio, são 19:30, essa hora eles devem estar dormindo... Vamos ligar amanhã de manhã, já vai ter passado do meio-dia, e eles podem vir pra cá. Se ligarmos agora, eles vão ficar desesperados e vão querer vir correndo...

— É verdade querido, o que vamos fazer? Vamos ao hospital?

— O melhor a fazer é esperar, não podemos ir ao hospital... O que aquela senhora vai pensar, que estamos querendo nos aproveitar do momento!

— Certo. Julia se senta no sofá, Hermes se senta ao seu lado!

Na Ecomoda.

Todos já tinham ido embora, menos Daniel, ele estava ao telefone com investidores.

— Mas como assim não vão comprar mais da nossa empresa?

— Não, vocês já pagaram pelo lote!

— Não pretendo devolver nada....

— Parabéns.

Daniel levanta a cabeça pra olhar quem disse aquilo, e para sua surpresa era Mário.

— Depois nos falamos.... Pode chamar quantos advogados você quiser! Ele desliga no telefone com violência.

—Realmente Daniel, nunca pensei que você fosse capaz de fazer isso, além de destruir a Ecomoda, ainda vai deixar todos na ruína!

— Do que você está falando, não destruí nada! Só uma coleção ruim... Logo vamos nos reerguer.

— Reerguer, Daniel por favor! O nome da Ecomoda está na lixeira. Roberto está internado em estado gravíssimo, Armando está na Turquia junto com a Beatriz. Você acabou com a sociedade que tínhamos com os bancos, como vamos nos reerguer?

— A Ecomoda é uma empresa sólida, isso é uma má fase, todas as empresas passam por isso!

— Você não percebe Daniel, não percebe o que fez? Se vendemos hoje a empresa, não vamos conseguir nem pagar os funcionários.

— E quem disse que vamos vender?

— Daniel, por favor... Você vê outra alternativa? Não temos capital, e com o escândalo que você nos meteu ninguém vai querer comprar a empresa, e mesmo que queiram, ainda vão pagar um preço muito baixo!

— Eu vou levantar a Ecomoda, todos vão ver.

— Daniel, você com sua arrogância conseguiu deixar a Ecomoda pior do que quando o Armando e eu éramos presidentes da companhia...

Daniel se enfurece pega um copo de whisky e joga com tudo na direção de Mário.

— SAI JÁ DAQUI!

Na casa dos Pinzón:

Hermes e Julia estavam sentados no sofá, assistindo a novela. A campainha toca.

— Mas quem será uma hora dessas? Hermes fala olhando para o relógio.

— Vou ver! Julia se levanta para atender a porta.

— AÍ MEU DEUS! Julia grita ao atender a porta.

— JÚLIA, O QUE FOI? Hermes corre para a porta.

— Olá Papai!

— Betty?

Continua...