Betty e Armando estavam saindo do restaurante quando Betty se lembrou que não tinha se despedido de Michel.

— Mi amor eu não me despedi do Michel!

— E daí?

Armando!

— Brincadeira. Ele está ali! Armando aponta com o dedo para o lado onde estava Michel.

— Eu vou até lá, vem comigo?

— Não mi amor prefiro te esperar aqui!

— Certo eu volto já!

Betty foi até Michel, ele estava conversando com uma moça!

— Michel?

— Sim Betty!

— Eu vim me despedir já estou de saída.

— Mas já! ainda está cedo!

— Armando está cansado e eu também, amanhã temos que ir cedo para a loja, a tarde vamos fazer a inauguração.

— Pena, mas tudo bem!. Gostou de encontrar o Franco de Vita?

— Claro que sim! Betty fica vermelha de lembrar do abraço carinhoso e dos beijos que Franco deu nela.

— Bom tenho que ir, mas gostaria que fosse a inauguração de nossa loja!

— Conte com isso.

Os dois dão um abraço apertado e Betty se despede de Michel.

Armando estava olhando de longe e tentando controlar o seu ciúme. Quando olhou para o lado e viu uma pessoa que não via a muitos anos.

Tratava-se de Marcos Cipriano, um velho amigo de Armando da universidade. Ele também o vê, e chama por Armando.

— Armando é você mesmo?

— Sim Marcos o que faz aqui em Cartagena?

Os dois dão um abraço apertado, a anos não se viam.

— Eu sou um dos donos do restaurante!

— Uau que mundo pequeno, pensei que tinha continuado com o negócio da sua família de peças de carro!

— Assumi por um tempo, mas quase fiz com que a empresa fosse a falência, depois vendi a minha parte para o meu pai e viagem pelo mundo por 1 ano até vim parar aqui, conheci os outros sócios e o que me sobrou na empresa resolvi investir em restaurantes. E você o que faz aqui?

— Bom a minha história é parecida com a sua, mas diferente de você não viajei e nem vendi a minha parte.

Nesse momento Betty chega ao lado de Armando.

— Mi amor quero apresentar Marcos Cipriano éramos colegas na faculdade!

— Não só amigos, mas éramos praticamente inseparáveis até você me trocar pelo seu amigo de escola Mario Calderón!

— Verdade! Marcos essa é minha esposa Beatriz Pinzón de Mendonza!

— Muito prazer Beatriz!

Betty estica o braço.

— Não acredito, Armando Mendonza se casou? Mentira, você pegava todas as meninas da faculdade e se casou?

— Sim, mudei sou um novo homem agora, graças a ela!

— Olha, mas qualquer homem, mudaria mesmo por ela, Armando com todo o respeito mais sua esposa é linda! Marcos fala pegando a mão de Betty e beijando.

— Sim ela é a mulher mais linda do mundo, e eu o homem mais sortudo do mundo. Armando fala enquanto abraça Betty.

— Bom fico feliz que tenha tomado jeito na vida, porque Beatriz vou te contar, está pra nascer homem mais mulherengo que esse Armando.

— Sim eu sei, quando o conheci ele era assim! Betty solta sua risada característica.

— Bom Marcos foi um prazer revê-lo, mas nós estávamos de saída, amanha temos que levantar cedo para a inauguração da loja que estava em reforma.

— A sim! Eu conheço Ecomoda, mas antes de ir, me conte, você virou mesmo presidente da empresa? Ou contínua como vice?

— Fui presidente por um tempo, como eu te disse quase fiz igual a você!

— Sei quase faliu também?

— Sim, mas no meu caso tive um anjo para me salvar!

— Anjo? Quem?

— Minha esposa! Ela é a nova presidente da empresa. Nós salvamos da falência e também me salvou daquela vida que você sabe que eu levava.

— Olha isso que é cara de sorte, além de se casar com essa moça linda, ainda salvou a empresa da sua família? Você ganhou na loteria mesmo!

— Na verdade quem ganhou fui eu, Armando é maravilhoso!

— Nossa e ainda te ama? Armando onde eu consigo uma dessas pra min? Risadas de todos.

— Essa aqui tem dono, e não acredito que tenha mais Beatriz espalhadas por aí, então sinto muito Marcos.

— É fazer o que né? Bom amigo foi um prazer te ver e vamos marcar um almoço antes de vocês voltarem para Bogotá, para conversarmos o que acha?

— Temos que ver nossas agendas, mas eu te aviso!

— Ok. Marcos da um abraço em Armando e mais uma vez beija a mão de Betty.

—Vamos para com essa beijação que eu sou ciumento! Armando fala fechando a cara.

Marcos da uma gargalhada e Betty também. Armando puxa Betty para fora e os dois vão pegar o carro do hotel.

Dentro do carro:

— Mi amor muito simpático o seu amigo Marcos!

— Sim, simpático até demais!

— Aí como assim meu amor?

— Nada estou só brincando, nós éramos amigos na faculdade. Quando terminamos cada um segui para um lado. E nós afastamos.

— Não foi isso que ele falou! Betty fala olhando para ele.

— Sim sobre o Mario?

— Isso mesmo!

— É que nós tínhamos o plano de montarmos um negócio juntos, naquela época eu não queria saber de assumir a Ecomoda.

— Negócio? Mas que tipo de negócio?

— Exportação de peças de carros, iriamos abrir uma empresa para exportar para outros países. Eu ia vender a minha parte na Ecomoda. Para investir, ele iria entrar com as peças e mão de obra.

—Nossa! Mas é um mercado muito promissor. Por que não deu certo?

— Mario Calderón! Ele me convenceu a não vender a minha parte e a não investir o capital nessa nova empresa que íamos montar. Brigamos e desde então não tinha o visto mais.

— Entendi. Mas mi amor você não se arrepende?

— De não montar a empresa de peças de carro?

—Não, quando criança sempre disse que um dia eu ia assumir a presidência da Ecomoda, e se eu tivesse criado a empresa jamais teria feito isso. Sem falar que jamais ia conhecer o amor da minha vida.

— Aí mi amor, quem sabe poderíamos ter nós conhecido, de outra forma. Não sei por exemplo aqui em Cartagena.

— Ou que sabe nós nunca teríamos nos conhecido e você hoje estaria casada com o seu amigo francês. Armando fecha a cara.

— Eu sei que você não gosta do Michel...

— Já não gostava quando descobri o que ele foi fazer na Ecomoda, naquele dia. E depois que você me contou que ele te beijou piorou!

— Armando não foi nada de mais, eu estava triste ele tentou me animar me dando um beijo.

— Sim! Então cada vez você estiver triste ele vai te beijar.

— Armando, foi só aquela vez. E eu estava triste por você. Achei que não me amava e que aquele plano sujo que você e o doutor Calderón fizeram era só pra zombar de mim!

—Jamais faria isso com você! Você sabe que no começo era pra manter a empresa, mas aí fui pouco a pouco caindo nos seus braços. E quando dei por mim estava apaixonado por você!

— Sim, nós descobrimos tarde demais.

— Como assim tarde demais? Estamos junto.

— Sim mi amor, mas, eu acabei vindo pra cá e você ficou em Bogotá achando que eu ia roubar a empresa.

— Sim! E mais uma vez voltamos para o assunto francês.

— Como assim?

— Você veio pra cá! Conheceu ele e ele te beijou! Armando fecha a cara.

_ Armando você quer mesmo falar sobre isso?

Ele olha pra ela e responde.

— Não eu tenho outra ideia na cabeça.

— Ideia e qual seria?

— Você, eu uma garrafa de vinho, música... cama.

Betty ri do que ele acabou de falar.

— Não sei doutor, temos que levantar cedo amanhã.

— Pra alguma coisa o Calderón tem que servir.

— Doutor Mendonza no que está pensando?

— Doutora Pinzón no quarto você vai descobrir.

Continua...