Histórias da Ecomoda.

Halit conta sua história para Armando.


Na Turquia:

Armando e Halit estão na antiga sala de Tardu, Armando está nervoso. Pois não consegue tirar o rosto de pavor de Betty da cabeça.

—Armando eu sei que você está nervoso e não tiro a sua razão, mas calma meu amigo cabeça quente nós só fazemos besteira.

Armando passa a mão no cabelo, tira os óculos e fala: Halit me explique melhor como o Tardu tentou tomar a sua esposa! Armando pergunta curioso.

—Bom isso é uma longa história!

—Gostaria de ouvi-la.

—Bom, tudo começou quando o meu pai faleceu!

—Nossa meus sentimentos!

_Não importa, ele era um cretino, tinha largado a minha mãe e eu pra morar com outra mulher. Meu tio pai do Tardu assumiu a empresa, e eu continuei estudando até me formar em economia, nos Estados Unidos e voltar para ajudar o meu tio. O Tardu estudou na Colômbia como você sabe, e quando meu tio passou mal ele voltou correndo mais não deu tempo morreu também.

—Foi nessa época que aquele cretino conheceu a minha Betty.

—Sim, bom pouco tempo depois que Tardu voltou. A Bergu começou a trabalhar aqui na empresa, ela era recepcionista e eu me apaixonei por ela assim que eu a vi pela primeira vez. Só que em vez de me declarar como qualquer ser humana, eu a tratava mal, pois acreditava que todas as mulheres não prestavam. Só queriam dinheiro, não queriam o amor sincero de um homem.

—Nossa e por que você tinha essa opinião?

—Por uma ex-namorada que me traiu, e a partir daí não acreditava mas em ninguém até conhecer a Bergu.

—Entendo, no meu caso é um pouco parecido com o seu! Mas quem traia a namorada era eu.

—A Betty?

—Não meu amigo, minha ex-noiva Marcela Valência. Terminei com ela quando me apaixonei pela Beatriz. Outra longa história.

—Entendo, mas depois você me conta. Bom voltando a minha história, a Bergu sempre foi doce, dedicada, uma ótima funcionaria. E o Tardu e eu percebemos isso, Tardu a tratava muito bem, sempre atencioso com ela, a levava pra casa, trazia flores, bombons essas coisas...

—Sei, típico de um homem quando está interessado por uma mulher!

—Sim, mas no meu caso eu sempre a maltratava, não perdia uma oportunidade de humilhá-la. Até que um dia...

Em Bogotá:

Depois de fazerem sexo, Daniel se levantou de cima da cama e começou a vestir suas roupas.

—Daniel, aonde você vai?

—Pra onde você acha que eu vou Patrícia? Eu vou embora, não tenho mais nada o que fazer aqui!

— Como assim Daniel? Vai me deixar sozinha aqui?

—E o que você quer que eu faça Patrícia? Que fique o resto da noite com você?

—E que mal a nisso?

—Eu não durmo com ninguém Patrícia, e muito menos com você!

—E por que não? Patrícia fala arrumando a coberta cobrindo os seios!

— Porque se eu fosse passar a noite com uma mulher, seria com uma que vale a pena...

—O que você quer dizer com isso? Que eu não valo nada!

—Não você vale sim, mas não grandes coisas!

—Daniel....

—Patrícia, você já foi melhorzinha... mas não sei despois que teve esse filho não sei ficou um pouco mais gordinha!

—Daniel... Patrícia joga uma almofada em Daniel, mas não acerta.

Na casa dos Pinzón:

—Mas eu não entendo, porque quer se casar tão rápido Nicoralax?

—Porque a Mila vai viajar, e eu quero ir como ela seu Hermes e também queremos formar a nossa família.

—Mas não seria melhor esperar a Betty voltar meus filhos?

— Sim dona Julia. Mas por enquanto só vamos nos casar no civil, depois no religioso, quando voltarmos de Pequim. Responde Camila

—E a empresa Nicolarax? Como vai ficar? Sem você a Betty e o Armando?

—Seu Hermes eu preciso de umas férias, e o doutor Valência está de acordo. Conversei com ele hoje à tarde!

—Bom, bom e pra quando é esse casamento?

—Terça feira seu Hermes! Responde Camila.

—A Julia e eu ficamos emocionados com o convite, e sim aceitamos ser os padrinhos, bolacha de venda! Hermes fala dando um abraço em Nicolás.

Na Turquia:

Betty estava um pouco mais calma, ela tomou um copo de água e estava com a mão na cabeça.

— Está mais calma Betty?

—Sim obrigada!

— Mas o que aconteceu?

— Aí Berguzar, ver o Armando furioso daquele jeito... me fez lembrar de coisas do nosso passado!

—Como assim, ele agrediu você?

—Não... O Armando seria incapaz de fazer uma coisa dessas. Mas ele uma vez bateu desse jeito no meu melhor amigo e também por ciúmes!

—Então não é a primeira vez que ele faz isso?

—Não! O Armando sempre foi muito ciumento, ele não consegue se controlar!

—Sim Betty eu entendo, mas ele te ama muito!

—Sim Berguzar eu sei, mas nessas horas eu não reconheço o meu marido!

Na antiga sala de Tardu:

Noraiate entra na sala de Tardu.

—Desculpe senhor, ligação da senhora Feridis!

—Diga que eu estou em reunião e ligo pra ela depois.

—Sim senhor! Noraiate fecha a porta.

—Pode atender a ligação Halit! Fala Armando tomando outra dose de whisky.

—Fica tranquilo, era a minha mãe, com certeza já deve saber sobre o Tardu. Depois eu me resolvo com ela.

—Olha Halit eu peço que me perdoe...

—Esqueça isso Armando!

_Mas continue.

—Bom um dia eu estava de saída da empresa, e a Bergu veio a minha sala, entregar algumas correspondências e eu notei que ela tinha chorado muito. Perguntei o porquê e ela não queria me responder. Depois de muito perguntar ela acabou me contando que o pai tinha falecido a pouco tempo e ela não sabia como cuidar dos negócios da família.

—Eu ofereci minha ajuda, já que a família dela possuía um pequeno negócio de couro.

—Bom essa empresa já trabalha com couro...

—Sim, mas trabalhamos muito pouco com o couro, trabalhamos mais com outros tipos de materiais.

—Entendi, mas continue a história está interessante.

—Ficamos trabalhando a noite inteira, depois a levei pra casa, no outro dia eu dei folga pra ela, e quando ela voltou a trabalhar eu a convidei pra ir a um jantar comigo. Mas na verdade esse jantar era só uma desculpa pra que eu a pedisse em casamento.

—Caramba, você a pediu em casamento antes de um namoro ou algo parecido?

—Sim, eu costumo fazer isso...

—Bom, mas o que ela disse? Armando pergunta curioso.

—Ela não respondeu nem que sim, mas também não falou não!

—Tá mas e o Tardu onde ficou nessa história toda?

—Bom no outro dia eu fui ao apartamento dele, perguntei se ele estava apaixonado por ela. Ele me disse que não, que no máximo queria uma noite com ela e nada mais!

—Hum... e aí?

—Contei o que tinha feito, que tinha pedido ela em casamento. Afinal ele sempre foi meu melhor amigo, sempre soube tudo sobre mim! Disse que iria se afastar dela, já que eu a amava, não iria insistir.

—E foi o que ele fez?

— Fez tudo ao contrário, aí que ele começou a insistir mais com ela sem que eu soubesse! Eu continuava a falar o sobre o meu amor. Todos os dias a levava pra casa, comecei a ajudar financeiramente a família, e ajudar também a cuidar do negócio. E aos poucos ela começou a se aproximar de mim!

—E aí?

—Aí finalmente ela aceitou meu pedido de casamento, e eu fui logo contar para o meu melhor amigo! E sabe o que ele fez?

—Não, o que ele fez?

—Esperou que ela ficasse sozinha lá embaixo e tentou fazer a mesma coisa que fez com a sua esposa!

—Não acredito!

—Sim, ele tentou agarrar a Bergu poucos dias antes do nosso casamento, ele aproveitou que ela estava sozinha, só que eu estava descendo a escada e vi tudo! Nisso é claro que eu fui pra cima dele. Brigamos.... ele iria ser o meu padrinho de casamento.

—Nossa... mas e você e a Berguzar?

—Ela ficou um pouco traumatizada, mas com o tempo ela ficou bem.

—Entendo... mas Halit, como você voltou a falar com uma pessoa dessas? Ele tentou violentar a sua esposa!

—Dois motivos Armando, o primeiro foi a minha mãe. E o segundo foi a própria Berguzar que me pediu pra perdoá-lo.

—É, mas agora, a minha esposa que ficou traumatizada!

—Eu entendo você Armando, e o seu o ódio pelo Tardu.

— Não, você não entende! Ela pode ter ficado traumatizada, ela pode estar me odiando pelo que eu fiz.

Halit ri, toma um gole de whisky e fala: _ olha eu sei como é ser casado com uma mulher linda, e também sou muito ciumento. Mas se eu puder te ajudar gostaria de dar um conselho do que você pode fazer pra pedir perdão pra Betty.

—O que?

Continua...