No outro dia:

Betty, Armando dormes abraçados e Milinha dormiam tranquilamente no berço, quando dona Julia abre de vagar a porta e vê essa linda cena.

—Aí que lindo meu Deus! Ela entre devagar dentro do quarto, e vai para o berço da pequena Milinha.

—Vem cá minha pequena.

—Dó dó? Milinha fala limpando os olhos.

— Sim meu amor, sim!

—Dona Julia? Ela se vira pra trás e vê Armando em pé passando a mão nos olhos.

— Armandito? Desculpa eu acordei você?

—Não, eu já estava acordado só estava deitado!

—Papa, papa! Milinha estica os bracinhos!

—Espera mi amor, papai vai colocar uma camisa. Armando vai a mala e pega uma camiseta. Depois ele pega sua pequena.

—Vamos monstrinha linda, vou te dar café, e depois vou tomar um banho, pra visitar o seu vovô!

Armando e dona Júlia descem, com Milinha nós braços.

— Vou preparar um mingau pra essa danadinha.

— Dona Julia, eu queria conversar com a senhora!

— Pode falar Armando!

— É sobre isso tudo que está acontecendo, Betty grávida, meu pai internado no hospital, problemas na Ecomoda...

— Armando, eu sei que está preocupado com seu pai, mas meu filho vamos ter fé...

— Fé? Dona Júlia, meu pai pode estar morto esse momento...

— Filho, não diga isso.

Armando começa a chorar.

— Filho, eu sei que está passando por muitos problemas....

— Dona Julia, eu me sinto um inútil. Se eu não tivesse convencido a Betty ir comigo pra Turquia... Isso jamais teria acontecido!

— Armando, você acha mesmo que isso é culpa sua?

— Dona Julia...

Dona Júlia se senta ao lado de Armando, ela coloca a mão no ombro dele e fala: _ Meu filho isso não é culpa sua, você comprou tecidos contrabandeados?

— Não!

— Então, você estava em outro país com sua família fechando um grande negócio. Armando, filho você não tem culpa de nada!

— Mas dona Júlia, eu quase afundei a Ecomoda.

— Sim, aprendeu com seu erro e trabalhou duro pra ergue-la! Armando você mudou muito, e mudou pra melhorar. Você é um grande empresário, um bom pai de família....

— E um marido excelente! Betty fala entrando na cozinha.

— Mi amor!

— Bom dia mi amor! (Selinho). Depois um beijo em Milinha e em dona Júlia.

Armado, mi amor você não tem culpa de nada, isso é culpa do Daniel Valência!

— Mas mi amor....

— Armando, por favor mi vida, você sabe que não tem culpa de nada!

— Pá, pá! Milinha passa a mão no rosto de Armando e depois dá um beijo no rosto da filha.

Armando abre um grande sorriso. _ A minha linda monstrinha como sou feliz com vocês!

Na Ecomoda:

Patrícia chega cedo, pois não queria que as pessoas vissem que ela chegou de ônibus.

Ela estava arrumando umas pastas quando o telefone começou a tocar.

— Vice-presidência dos pontos de venda!

— ONDE VOCÊ SE METEU?

— Oi Marce, bom dia!

— BOM DIA NADA, EU LIGUEI A NOITE INTEIRA E SEI PAI FALOU QUE VOCÊ NÃO ESTAVA, ONDE VOCÊ SE METEU?

Patrícia fecha os olhos, e lembra da noite terrível que teve com Daniel.

— Eu estava fazendo umas coisas!

— OLHA QUER SABER NÃO INTERESSA, HOJE EU NÃO VOU TRABALHAR, VOU FICAR AQUI NO HOSPITAL. AVISE AO DANIEL.

— Marce, você não pode pedir pra peitudinha?

— VOCÊ É MINHA SECRETÁRIA, FAÇA O QUE EU MANDEI!

Marcela desliga o telefone.

As meninas do quartel descem do elevador fofocando como sempre.

— O que vocês acham que vai acontecer com a empresa agora? Fala Sofía!

— ESCUTA AQUI PEITUDINHA, AVISA PRO SEU CHEFE...

— OLHA AQUI OXIGENADA, VOCÊ NÃO MANDA EM MIM!

O elevador abre:

Daniel desce do elevador.

— Bom dia!

— Bom dia doutor!

— Por que não estão trabalhando?

As meninas do quartel começam correr para seus postos de trabalho.

— E você? Onde está a minha irmã? Daniel fala olhando para Patrícia de cima a baixo.

— Ela disse que não vai vir hoje, vai ficar no hospital!

— Hum... Vamos na minha sala, quero falar com você! Daniel segue para a sua sala.

— Sófia!

— Sim doutor?

— Quando seu chefe chegar, peça pra ele ir a minha sala.

— Sim senhor!

Daniel fecha a porta da sala da presidência!

Patrícia fingi não ouvir e mexe em alguns papéis.

— EI OXIGENADA, NÃO OUVIU O QUE O PRESIDENTE FALOU? É ORA VOCÊ IR A SALA DELE. Fala Sandra.

— NÃO ENCHE O SACO, GIRAFA SOLTEIRONA.

— UI QUE MEDO DESSA OXIGENADA, OLHA AQUI QUALQUER DIA DESSES EU PEGO VOCÊ E USO PRA LIMPAR O CHÃO.

— POIS VENHA, PENSA QUE EU TENHO MEDO DE VOCÊ?

— PATRÍCIA! ESTOU ESPERANDO! Daniel fala na porta da sala da presidência.

Patrícia fuzila Sandra com os olhos e segue para a sala de Daniel.

As meninas do quartel começam a rir, quando Bertha imita a forma de Patrícia andar pelo corredor.

No hospital:

Marcelo chega com dois cafés.

— Marcela?

— Hum... Obrigada!

— Senhora!

— Obrigada. Margarida pega o café, enquanto Marcelo se senta.

O médico vem passar o quadro de Roberto.

— Doutor? Como ele está? Margarida pergunta desesperada.

— Ele continua em coma, temos que esperar ele acordar.

— Como assim Doutor?

— O Roberto teve um infarto, fizemos a cirurgia, ele está sedado, mas precisamos que ele acorde.

— Doutor, quer dizer que ele pode não mais acordar? Fala Marcela.

— É uma possibilidade, mas vamos dar tempo ao tempo. Agora com licença preciso visitar outros pacientes!

Margarida começa a chorar, abraçada com Marcela. Marcelo puxa as duas para se sentar nas cadeiras.

Na casa do Pinzón:

Depois de terminar de tomar café e um bom banho, eles estavam se aprontando para ir ao hospital.

— Betty filha, não esqueça de marcar o pré-natal! Fala dona Júlia com Milinha no colo.

— Pode deixar mamãe, mas não sei se vai dar tempo, temos que ir a Ecomoda ainda!

— Não senhora, primeiro vem o nosso grãozinho. Armando fala ao se aproximar das duas.

— Armando, não quer que eu acompanhe vocês? Fala Hermes se aproximando deles.

— Não precisa seu Hermes, quero enfrentar aquele maldito sozinho.

— Não mi amor, vamos resolver isso juntos! Betty fala abraçando Armando.

— Filhinha, você não pode passar nervoso!

— Pode deixar seu Hermes, se depender de mim, sua filha não vai passar nenhum nervoso nunca.

Armando e Betty entram no carro e seguem para o hospital.

Na Ecomoda:

— O que você quer Daniel?

— Tome! Daniel joga algumas notas em cima da mesa.

— O que é isso?

— Seu pagamento.

Patrícia pega as notas em cima da mesa.

— Daniel, está faltando 200 dólares.

— Não, está correto.

— Daniel, você sabe que isso não foi o combinado.

— Depois que terminamos você pegou suas roupas e saiu correndo, o combinado era, você me esperar e depois que eu sair, você tem autorização pra ir embora.

— COMO ASSIM? ESPERAR VOCÊ SAIR?

— Abaixe o seu tom de voz, e isso é mais que o suficiente, pegue e vá embora!

Patrícia, pega as notas e pensa em gritar com Daniel, mas acaba indo embora.

Quando ela abre a porta, Daniel a chama.

— A... Hoje à noite, mesmo hotel e horário. E por favor passe mais perfume.

No hospital:

Marcelo tinha ido embora, disse a Marcela que ia fazer umas fotos e depois iria fazer as malas pra ir a Cartagena (se divertir com o dinheiro de Marcela). Margarida estava sentada com as mãos no rosto chorando, enquanto Marcela tentava lhe dar apoio. As duas estavam tão desesperadas que não viram quem se aproximava delas.

— Olá mamãe!

— Margarida levanta a cabeça e pra sua surpresa, Armando e Betty estavam em pé na frente das duas.

— Armando? Margarida se levanta e corre para abraçá-lo.

— Filho... Aí meu amor! Ela fala abraçando Armando.

— Oi mamãe, como está o papai? Marcela! Armando fala fazendo um sinal com a cabeça.

Marcela estava paralisada ao ver Armando e Betty ali.

— Dona Margarida, eu sinto muito....

Margarida abraça Betty.

— Obrigada minha filha...

— Dona Marcela, como vai? Betty fala quando Margarida solta.

— Meu filho, seu pai está muito mal, ele está em coma precisamos que ele acorde pra fazer novos exames.

— O que aconteceu mamãe? Isso é por causa do contrabando de tecidos? Armando fala se sentando com sua mãe e Betty.

— Sim meu filho o seu pai ficou muito triste com o que aconteceu...

— Não foi só isso Armando, isso tudo é culpa do Daniel!

— O que você quer dizer com isso Marcela?

— Marcela, filha não...

— Margarida, ele precisa saber! Armando, o Daniel culpa o Roberto pela morte dos nossos pais!

— O QUE?

Continua....