Na Turquia.

— Betty, não sabia que você estava aqui! Armando fala passando a mão nos cabelos.

— Precisamos conversar. Betty fala pegando Milinha do chão.

— Certo! Armando se senta no sofá, e bate a mão do outro lado para que Betty se sente ao seu lado.

Betty se senta com Milinha nós braços e a pequena começa a chamar pelo pai.

— Papa, papa.

— Vem minha pequena! Armado fala pegando a filha nós braços.

— Ela gosta mesmo de você! Betty fala sorrindo.

— Ela ama a nós dois!

— Armando, não é que eu não queira um filho nosso...

— Betty eu sei, eu entendo que você queria que o nosso pequeno ou pequena cresça, que não percamos nada.

— Sim Armando, mas eu queria algo planejado. Eu engravidei da Milinha na nossa noite de núpcias, não nos cuidamos e eu não queria que isso tivesse acontecido. Queria que tivesse nós planejado, que acompanharemos o crescimento dela, mas a nossa pequena começou a andar e estávamos longe dela! Armando e esse bebê que está aqui (Betty coloca a mão na barriga) como vai ser? Eu tenho medo de não ser uma boa mãe para os nossos filhos.

— Mi amor, Milinha veio pra mostrar ao mundo inteiro o tamanho do nosso amor, muitas pessoas achavam que nosso relacionamento e nosso casamento era um erro, pois poucas pessoas sabem tudo que passamos. Mas olha ela aqui, linda como a mãe, (Betty sorri) mi amor esse novo anjinho que vai chegar vai aumentar o nosso amor. Você é a mãe mais maravilhosa do mundo, sempre está ao lado dessa princesa aqui, e sei que esse grãozinho vai ter a mãe, mais linda, mais inteligente, mais amorosa do mundo.

— Mas como vamos fazer, a Ecomoda toma muito do nosso tempo, a Milinha passa mais tempo com os meus pais do que com a gente! Eu me sinto muito mal com isso.

— Eu também mi amor, eu queria estar o tempo todo do meu dia pra estar com vocês, mas não posso...

— O que vamos fazer Armando? Betty encosta a cabeça no ombro de Armando.

Em Bogotá.

— Don Roberto, Don Hermes. Sejam bem-vindos! Fala Aura Maria com um grande sorriso.

— Olá Aura Maria, Sandra. O Daniel está aí?

— Sim doutor! Eu vou avisar que os senhores estão aqui. Ela fala pegando o telefone.

Na presidência:

— Fala Aura Maria!

— Doutor, Don Roberto e Don Hermes estão aqui.

— Mande que entrem.

— Sim senhor!

Roberto e Hermes entram na presidência.

— Bom dia Roberto, seu Hermes!

— Como vai doutor? Hermes cumprimenta.

— Olá Daniel!

— Sente-se! Daniel pega o telefone. _ Aura Maria traga cafés.

— Em que posso ajudar?

— Daniel, queremos ver a contabilidade da empresa!

No corredor:

Marcelo sai do elevador.

— Bom dia princesas!

— Oi Marcelo! Responde Sandra.

— Olá Marcelo, que milagre. Fala Aura Maria.

— Nada minha linda. Estou trabalhando muito.

— Sim sei....

— Verdade meninas. A Marcela???

— Ela está na sala dela, mas está em uma ligação importante! Fala Patrícia se aproximando.

— Certo depois eu falo com ela. E a Betty meninas vocês têm notícias?

— Há, Há, Há. Aí Marcelo o que você quer com aquela Garfield?

— Quem chamou você na conversa franga de padaria? Pergunta Sandra indo pra cima de Patrícia.

— Meninas, não briguem. Patrícia a Betty é minha amiga, eu só queria saber dela.

— Deixa essa oxigenada pra lá Marcelo, a Betty não ligou, mas quando ela me ligar te aviso!

— Estou morrendo de saudades dela!

— Marcelo? Marcela fala saindo de sua sala.

— Oi minha linda! Selinho.

— Como foi a sessão de fotos?

— Ótimo, demorei, pois tive que passar no banco pra depositar dinheiro pra minha tia.

— E como ela está?

— Mau, esse fim de semana vou visitá-la.

— Vamos a minha sala. Marcela fala puxando Marcelo pela mão.

Na presidência.

— A contabilidade da empresa? Mas por quê?

— Precisamos analisar algumas coisas. Hermes fala fazendo o seu barulho com a boca.

— Tá, mas o que seria?

— Coisas Daniel, coisas que precisamos analisar.

Daniel passa o dedo no colarinho da camisa e responde. _ Devem estar com o Olarte, podem pegar na sala dele.

— Está certo, vamos Don Hermes?

— Sim Doutor. Os dois se levaram e vão para a sala de Olarte.

Daniel pega o telefone e fala.

— Olarte, o Roberto quer ver a contabilidade da empresa...

— Como assim, o que vai fazer seu idiota? Mostre a última contabilidade que a Beatriz deixou.

— Se ele perguntar, você se vira Olarte, se vira! Daniel bate o telefone na cara de Olarte.

Na Turquia.

— Mi amor, você acha mesmo que isso vai deixar nossos filhos traumatizados? Armando pergunta olhando pra Betty.

— Sim mi amor, você por exemplo...

— Eu?

— Sim mi amor, eu já observei que você não se dá muito bem com a sua família.

— Mi amor eu não me dou bem com a minha família, pois não fui planejado como a Camila, eu fui um acidente.

— Viu da mesma forma que está acontecendo com os nossos filhos, eu disse que tiramos que nos planejar, que deveríamos ter esperado...

— Betty. Você não entende, meus pais passaram a vida toda me falando que eu era um erro!

Betty ao ouvir isso fica sem reação. A única coisa que ela consegue falar é a palavra erro.

— Sim erro, como disse eu fui um acidente, e minha mãe tentou me abortar duas vezes, mas mesmo assim eu nasci. No início gostaram de mim, pois eles queriam um menino, mas a Mila nasceu primeiro. Conforme o tempo foi passando, as comparações com o Daniel começaram. E com o tempo foram ficando cada vez maiores, a ponto de me enlouquecer. O Daniel, só tira notas maravilhosas, o Daniel, come todos os legumes, o Daniel tem o cabelo mais bonito que o seu... Enfim sempre vivi a sobra dele.

Quando o tio Júlio e à tia Suzana faleceram, ficou ainda pior, pois a atenção dos meus pais foi toda para os Valência. Até que um dia eu estava discutindo com o Daniel por uma bobagem, era porque ele tinha quebrado um modelo de Ferrari que eu tinha, o tio Júlio trouxe pra mim da Itália.

E no meio da discussão, que acabou virando uma briga nossa, meu pai falou que eu era um erro, que jamais pensou em ter um filho imprestável como eu. Que sempre quis um filho como o Daniel! Aquilo foi a gota d’água, corro para o meu quarto e fiquei chorando sozinho. No outro dia juntei as minhas economias, comprei meu apartamento e sai de casa. Na época eu estava na faculdade, e trabalhava na Ecomoda com marketing dos nossos modelos. A partir daí, me tornei o Armando Mendonza que você conheceu.

— Mi amor.... Eu não, eu não sabia disso! Betty falava limpando as lágrimas que correm no rosto de Armando.

— Não se preocupe, são mágoas que eu tenho guardadas dentro de mim, fora outras coisas que eu te conto com o tempo, mas mi amor, jamais faria com um filho meu o que meus pais fizeram com a Mila e comigo. Somos a sobra dos Valência, a Mila foi expulsa de casa por se apaixonar por um pobre. E eu... Eu só queria provar a minha família ou melhor ao meu pai que poderia administrar a Ecomoda melhor que o Daniel, por isso fiz aquele plano de negócios tão ambicioso.

— Aí Armando. Betty o abraça com carinho.

— Mi amor a única coisa que eu quero é, que nossos filhos cresçam bem, felizes, saudáveis, e com muito amor ao nosso lado.

— Mi amor, não sabia, mesmo crescendo em uma família pobre, nunca faltou carinho e amor dos meus pais. Jamais imaginei que sua vida fosse tão difícil. Sinto muito mi amor!

— Não se preocupe mim vida, isso só serviu pra me deixar mais forte, e saber o que eu quero. Que a família que estamos construindo juntos seja sempre assim, feliz. Como o sorriso dessa pequena aqu!.

Betty e Armando se abraçam e começa a se beijar. De repente Halit desce correndo as escadas gritando.

—ESTÁ VINDO! ESTÁ VINDO!

— QUEM! Armando grita.

— O BEBÊ! O BEBÊ!

Betty e Armando se levantam e vão em direção a Halit que estava desesperado.

— Halit, calma onde está a Berg? Pergunta Betty.

— LÁ EM CIMA.

— Mi amor, fiquei com a Berguzar, eu vou pegar o carro. Armando fala entregando Camila pra mãe. E você Halit se acalme.

— SIM, SIM....

Armando corre para buscar o carro, Betty sobe com Milinha para o quarto de Berguzar. E Halit anda de um lado para o outro na sala.

Fiediris veio correndo ouvindo os gritos.

— Senhor o que está acontecendo?

— O Bebê está vindo.

—Meu Deus que alegria.

Betty grita por Fiediris. Ela sobre correndo e vai para o quarto de Berguzar.

Armando entra na casa.

— O carro já está pronto! Onde elas estão. Armando fala com Halit que estava correndo para a escada.

Betty vem segurando o braço de Berguzar, Fiediris estava com Milinha nós braços.

— Mi amor ajude aqui! Betty chama Armando. Armando sobe correndo junto com Halit, enquanto Berguzar grita sentindo as dores do parto.

Na Ecomoda.

— Mas como a contabilidade da empresa não está pronta senhor? Hermes fala irritado com Olarte.

Olarte como sempre limpa o nariz e fala. _ O outro rapaz não deixou aqui, e eu ainda estou me organizando.

— Olarte isso é uma falta grande, precisamos saber como anda as finanças da empresa.

— Eu sinto muito doutor Roberto, mas eu ainda estou me instalando aqui.

— E quando poderemos ver as finanças da empresa. Don Hermes pergunta.

Olarte permanece calado.

— Ei rapaz eu fiz uma pergunta.

— Eu só me resolvo com o presidente, ou sócio da empresa senhor.

— O QUE? OLHA MEU JOVEM...

—Don Hermes calma, Olarte quando poderemos ver as finanças?

— Amanhã à tarde Doutor.

—-Certo amanhã voltamos. Vamos seu Hermes! Roberto fala ao se levantar. Os dois saem da sala de Olarte.

Poucos minutos depois da saído de Roberto e Hermes, Daniel entra na sala de Olarte.

—Então o que você mostrou pra eles?

—Isso doutor! Olarte mostra a pasta para Daniel.

— Mas isso é contabilidade passada!

— Sim doutor, eu disse pra eles que ainda não estava pronto, pois eu cheguei agora.

— Você deu essa desculpa e o que mais?

—A doutor, eu prometi que amanhã a tarde a contabilidade da empresa esteja pronta.

Na Turquia:

—Todos chegam ao hospital. Halit e Berguzar seguem para o quarto, Armando e Betty ficam um pouco na sala de espera.

—Armando e Betty, o médico disse que o bebê ainda vai demorar um pouco, mas que era melhor a Berg ficar aqui em observação.

—Bom vamos voltar, a Milinha pode estranhar a Fiediris. Betty fala.

—Sim, qualquer coisa você nos avisa sim? Armando fala apertando a mão de Halit.

—Sim pode deixar.

Betty e Armando descem para o estacionamento para pegar o carro.

Minutos depois eles chegam à mansão Aksal, enquanto Betty entra dentro de casa, Armando conversa com os seguranças de Halit, ele pede para que eles levem o carro para ele.

—Dona Beatriz, como foi lá? Onde está a dona Berguzar e o seu Halit? Fiediris pergunta com Milinha que estava dormindo em seus braços.

—Ela vai ficar lá, os médicos acharam melhor,

—Mas ela está bem?

—Sim, os dois estão, o bebê e a Berg. Agora me dê essa pequena aqui!

Armando entra na casa e fala. _Fiediris pode descansar, vamos cuidar dessa mocinha aqui!

—Obrigada senhor.

Depois que todos estavam na cama, Betty estava deitada no peito de Armando.

—Mi amor? Betty chama.

—Sim mi vida?

—Eu te amo!

Armando solta um sorriso e fala. _Não mais do que eu te amo.

Armando puxa Betty para beijá-la, os beijos começam apaixonados, as mãos de Armando começam a passear pelo corpo de Betty.

—Aí Armando nãaaaoooooooo.

— Betty por favor, eu te desejo tanto, vamos fazer... por favor mi amor eu estou queimando.

—Aí Armando, tá, mas devagar pra não machucar o bebê... aaaaiiiii

— Sim mi amor quero te ter doce como sempre. Armando desce seu corpo por cima do corpo de Betty, ele chega em cima da barriga de Betty da vários beijinhos e fala.

—O daí de dentro, aqui quem está falando é o seu papai. Eu quero dizer que eu te amo muito, que você é a criança mais sortuda do mundo, pois você é filho ou filha da mulher mais bonita e inteligente do mundo.

—Armandooooo.

—Mas pra agora eu quero te pedir um favor, vira e vai dormir um pouquinho, porque a mamãe e o papai vão brincar um pouquinho. E essa brincadeira você só pode fazer quando estiver maior, com uns 80 ou 90 anos!

Betty começou a rir e falou _Armando para de falar besteira. Ela passa a mão nos cabelos de Armando.

Armando sorri, ele passa a mão pelo corpo de Betty, olha pra ela com um olhar de admiração.

—O que foi doutor?

—Você é linda sabia?

—Aí Armando, você também é, gostou da minha camisola?

—Sim mi amor muito, mas prefiro você sem ela, vem mi Betty seja minha.

—Sempre mi doutor!

Continua...