Depoimento para a polícia.

Na sala de reuniões;

—COMO ASSIM, MEU SENHOR, ESTÁ ME OFENDENDO!

—Senhora, fique sabendo que não é de agora que eu estou investigando o doutor Valência, eu sei de tudo o que ele fez. E principalmente que ele pagou varia noites com a senhora.

Patrícia ficou de boca aberta, ela não sabia o que falar.

—Podemos começar senhora Fernandes?

—Sim senhor.

No corredor da presidência:

Bertha chega na porta da sala de reuniões com um copo na mão.

—E aí, dá pra ouvir alguma coisa? Pergunta Sófia?

—Não, parece que ele ainda não começou.

—CHEGOU O GRANDE MENSAGEIRO DESSA EMPRESA, VEIO COM AS CARTAS TÃO ESPERADAS.... Freddy desce do elevador gritando.

—Shiuuuuuuu! Sófia faz com cara de nervosa.

—O que foi meu belo exemplo de salva-vidas de aquário? Freddy fala se aproximando da mesa de Sófia

—A Bertha está tentando ouvir o depoimento da oxigenada com o delegado.

A porta da presidência abre, Armando sai da presidência.

—Bertha, o que está fazendo aí?

—Eu?

—É você! E o que faz com esse copo na mão? Armando fala cruzando os braços no peito.

— Eu ia perguntar se o delegado quer um copo d´água doutor!

—Sei, vai trabalhar Bertha. E outra na sala de reuniões as meninas da copa sempre deixam água. Armando fala olhando feio pra Bertha.

Na sala de reuniões:

—Então senhora Fernandes, quanto tempo a senhora se presta a esses trabalhinhos para o doutor Valência?

—A mais de um ano!

—E quando começou?

—Quando o Armando assumiu a presidência da Ecomoda.

— A senhora já trabalhava na empresa?

—Sim, eu era a secretária da presidência.

—E o que a senhora fazia? Digo para o doutor Valência?

—Eu passava informações, quer dizer as poucas que eu tinha!

—Como assim? A senhora como secretária da presidência tinha informações privilegiadas!

—Não, pra falar a verdade, eu tinha poucas informações. O Armando não confiava em mim, ele passava tudo para a outra secretária.

—Hum... e quem era essa secretária?

— A Betty!

—Betty? A presidente da Ecomoda?

—Sim, ela era secretária, depois passou a assistente da presidência e por fim presidente da empresa!

—Entendi. Mas uma coisa eu não entendo. Sendo a Betty que tinha todas as informações da empresa, porque o Daniel escolheu você e não a Betty como amante, já que ele pagava pelas informações.

—Isso é simples de responder, por que a Betty era muito feia.

Dylan começa a rir sem parar.

—Não entendo o motivo da graça. Fala Patrícia irritada.

—Eu sei que vocês mulheres tem essa inveja uma da outra, agora vir me falar que a Beatriz é feia? Ora por favor...

—Eu disse que ela “era” feia, claro que depois de sair da empresa ela fez uma mudança radical. E quando voltou ela estava melhorzinha.

—Como assim sair da empresa?

—Pra uma pessoa que diz que sabe de tudo, você quase não tem muitas informações sobre a empresa. Patrícia solta um sorrisinho.

— Primeiro é senhor e não você, e segundo que eu preciso de o máximo de informações o possível afinal isso é um depoimento.

—Desculpe.

—Mas continue por que a Betty saiu da empresa?

—Por causa da farsa do Armando.

—Farsa?

Na presidência:

Betty estava lendo uns relatórios, quando o telefone começa a tocar.

—Alô?

—Eu falo com a presidente mais charmosa da Ecomoda? Fala Michel

—Oi Michel, como está?

—Bem, e você cherry, eu estou te ligando porque Catalina me falou que você tinha voltado da Turquia, e como eu estou em Bogotá eu queria te convidar para almoçar.

Armando entra na sala com uma pasta na mão.

—Mi amor eu estava... Desculpa!

—Almoçar? Eu não sei Michel... tenho umas coisas pra fazer aqui. Betty fala olhando para Armando que não escondia de ninguém que estava furioso.

—Cherry, se for por causa do Armando, ele pode nos acompanhar. Ele sabe que não existe nada entre nós.

—Espere Michel, vou perguntar pra ele... Mi amor você gostaria de almoçar com o Michel hoje?

—Não mi amor, eu não posso. Tenho um almoço com o pessoal de Porto Rico hoje no clube, aliais foi pra isso que eu vim aqui, pra te convidar pra almoçar comigo. Mas como você já tem compromisso...

—Não mi amor, eu vou com você...

—Betty, mi amor, pode ir almoçar com o seu amigo, eu confio em você! Sei que não vai acontecer nada. Vá tranquila mi vida. Armando se aproxima de Betty e lhe dá um selinho.

—Mas mi amor...

—Vá mi vida! Armando sai da sala.

Do lado de fora da sala, Armando dá dois socos no ar. Assustando Sófia e Bertha.

—Doutor, está tudo bem? Pergunta Bertha.

—Sim, sim... eu vou pra minha sala.

No ateliê de Hugo:

Marcelo estava tirando a camisa, quando Marcela entra no ateliê.

—Será que podemos conversar? Marcela fala.

—Claro que sim. Marcelo fala pegando sua camiseta que estava em cima da mesa.

Ele aponta para o sofá e os dois se sentam.

—Marcelo eu estive conversando com o Hugo, ele me disse que você está pensando em sair da empresa?

—Sim Marcela, eu estou pensando mesmo em sair da Ecomoda.

— E por quê?

—Você ainda me pergunta, como vou ficar nessa empresa te vendo todos os dias... se poder te tocar, te ver. Não Marcela eu prefiro procurar outro lugar.

—E pra onde você vai?

—Eu me viro!

— E sua tia?

—Já disse que eu me viro!

—Então você prefere ir embora, do que manter o seu emprego aqui na empresa por minha causa.

— Marcela, não me interessa o dinheiro, emprego... Bom no começo sim, mas agora quero que você saiba que só me interessa você!

—Olha Marcelo...

—Olha você Marcela, eu não sei mais o que fazer pra te provar o meu amor por você, já cansei de fala que eu não sou o Armando Mendoza, e aquilo que você ouviu foi a tv. Poxa acredita em mim... Marcela ao ouvir aquilo dá um beijo na boca de Marcelo.

—Isso quer dizer que voltamos? Marcelo pergunta.

—Não, isso quer dizer pra você me levar pra outro lugar.

—Hum, só se for agora! Marcelo pega Marcela no colo e sai com ela do ateliê.

Na sala de reuniões:

—Então o Armando e o Mario fizeram um plano pra que a Betty se apaixonasse por ele, enquanto ele era noivo da Marcela. Fala Dylan passando a mão nos cabelos.

— Sim, foi isso mesmo.

— E me fala uma coisa Patrícia, como a Betty e o Armando terminaram casados?

—Porque a Marce, quando descobriu meteu o pé no Armando, aí ele foi atrás da Betty.

—Entendi, então o Armando não ama a Betty.

—Bom, diz ele que sim... Mas eu desconfio, afinal o Armando sempre foi mulherengo.

—Entendi, bom isso é só. Está dispensada. Mas fique ciente que a qualquer momento eu posso chamar você para um novo interrogatório.

—Ok, ok. Patrícia se levanta e segue para a porta da sala de reuniões.

—A outra coisa, o que conversamos aqui fica somente entre nós, entendeu senhora Fernandes.

—Sim eu sei. com licença! Patrícia sai da sala.

Dylan passa a mão nos cabelos e fala. _ Quer dizer que aquele monumento de mulher era feia? E aquele tal de Armando só está com ela por interesse? Hum isso muito me interessa.

Na presidência:

Betty passa as últimas informações para Aura Maria.

—Aura Maria eu vou sair pra almoçar com o Michel no club....

—AIIIIII COM AQUELE GATINHO BETTY?

—Aura Maria!

—Desculpa, e o doutor Armando sabe disso Betty?

—Sim Aura Maria, ele sabe. Por isso eu marquei no clube, o Armando também vai estar lá.

A porta da sala de reuniões abre.

—Oi Betty, eu vou sair pra almoçar, gostaria de ir comigo? Dylan fala com um grande sorriso.

—Aí doutor Dylan, eu agradeço muito, mas eu tenho um almoço com um amigo.

—Ah entendo, eu queria te falar que hoje além de interrogar Patrícia Fernandes e Marcela Valência eu também vou interrogar o doutor Armando Mendonza.

—O Armando? Por quê?

— Ele é essencial na investigação.

Continua...