Histórias da Ecomoda.

Daniel Valência em maus lenções.


Na sala de reuniões:

Podia se ver como a tensão entre Armando e o delegado Dylan, faíscas saíam dos olhos dos dois.

Betty resolve chamar a atenção.

— Mi amor, o doutor Ferraz estava me contando que o doutor Valência, tem vários processos na justiça, que ele está sendo procurado por contrabando, lavagem de dinheiro...

— Sim, por isso é muito importante que vocês digam onde o Daniel Valência está!

— Não sabemos! Armando fala.

— Tem certeza? Ou está escondendo algo?

— Eu? Claro que não, Daniel é um cretino e merece ser preso pelo que fez com a empresa e com a minha família.

— Até onde sei o senhor e o doutor Valência são irmãos.

— A contragosto!

— Como?

— Longa história! Betty fala.

— Adoraria que me contasse doutora Pinzón! Dylan fala com um brilho nos olhos, que deixa Armando irritadíssimo.

— Mi amor, acho melhor nos irmos comer alguma coisa, lembre-se que você só tomou café hoje! Vamos almoçar.

— Sim, mi amor... Doutor Ferraz, eu preciso ir almoçar. Mas sinta-se à vontade para conversar com os funcionários da empresa. Caso ache necessário! Betty fala se aproximando de Armando.

— Sim, eu vou dar uma volta pela empresa, quero conhecer melhor os funcionários... Mas se não se importar Beatriz, gostaria de conversar com você depois do almoço, tenho mais algumas perguntas!

— Sem problema nenhum doutor.

— Me desculpe, mas o que mais quer perguntar a minha esposa, ela já não disse tudo que sabe?

— Sim. Mas como os crimes do doutor Valência foram muitos, eu preciso saber algumas coisas da empresa, que só a presidente pode me informar.

— Entendi! Não se importa se eu participar do interrogatório junto com a minha esposa, não é.

Dylan fecha a cara, ele não esperava que Armando falasse aquilo.

— Mi amor, claro que não tem problema, não é doutor Ferraz?

— Não, sem problemas, eu também vou almoçar! Com licença. Dylan sai da sala.

Betty e Armando seguem para a presidência. Betty pega a bolsa e segue para a porta do escritório.

— Mi amor você não vem? Betty pergunta aí ver Armando parado na porta olhando para o nada!

— Hum... A sim vamos mi vida! Armando abraça Betty por trás e da um beijo doce em Betty!

— Mi amor, o que você tem, está estranho?

— Eu? Nada, estou pensando no Daniel. Vamos o meu filho deve estar com fome. Os dois saem da presidência e seguem para o elevador.

Armando não estava pensando em Daniel, na verdade ele estava pensando no delegado Dylan, porque esse cara não tirava os olhos da minha Betty? Com certeza deve estar interessado nela... Mas não vai tirá-la de mim não vai!

No apartamento de Marcela:

Daniel sem alternativa, estava escondido lá.

— Droga... Os policiais estão me caçando como um cachorro, a Marcela vai ter que me esconder... Ela não vai entregar o próprio irmão.

Daniel anda de um lado para o outro, ele abre a garrafa de whisky e serve uma dose. Depois se senta no sofá e liga a tv.

— E a polícia continua a procurar a quadrilha de contrabandistas que vendia tecidos para as empresas, os tecidos vinha do Panamá. Duas pessoas foram presas. Miguel Herrera e Silas Gomes foram presos hoje em seus escritórios. Conversamos com o delegado Dylan Ferraz que em entrevista exclusiva nós disse que não vai demorar até prender todos os integrantes da quadrilha.

— DROGA! Até o Miguel e o Silas, logo eu posso ser o próximo.

A repórter contínua... _ Nossa reportagem procurou o doutor Gustavo Olarte, pois sabemos que ele sempre foi o braço direito do ex-presidente da Ecomoda Daniel Valência. Que é outro procurado pela polícia. Mas não tivemos sucesso.

Daniel desliga a televisão. _ E agora o que eu vou fazer. Preciso desaparecer por um tempo, pelo menos até a poeira baixar!

No Lenoir:

— Eu quero lasanha e suco de amora! Betty fala entregando o cardápio para o garçom.

— O mesmo pra mim! Armando fala.

— Sim senhor...

— A, me traz um whisky também....

— Mi amor, não!

— Calma mi vida, é só pra relaxar.

— Está bem!

O garçom sai e Betty se levanta.

— Pra onde vai?

— ao banheiro, nós grávidas precisamos muito ir aí banheiro Jojojojojo.

— Certo mi vida. Selinho. Vou ligar pra sua mãe, quero saber como está a minha monstrinha.

Betty segue para o banheiro, e Armando pega o celular.

Na casa dos Pinzón:

Julia dava comida para Milinha, enquanto Hermes está assistindo tv.

— JÚLIA!

— Aí o que foi? Julia vem correndo com Milinha nós braços.

— O Doutor Valência está sendo procurado pela polícia.

— Como?

— Sim, parece que ele tinha uma quadrilha de contrabandistas... Quando eu digo pra você, que o diabo é porco!

— Meu Deus, será que a Betty e o Armando estão sabendo disso?

— Acredito que sim... O telefone começa a tocar.

Hermes se levanta e atende.

— Alô?

— Seu Hermes, é o Armando, eu estou ligando pra saber como está a Milinha?

— Olá Armando, a Milinha está bem, acabou de comer... E como foram as coisas na empresa e no hospital.

— Que bom seu Hermes. No hospital meu pai acordou! E na empresa, está um caos, mas como sempre a Betty está comandando tudo com mãos de ferro.

— Que bom que o don Roberto acordou...

— Sim seu Hermes!

— E sobre a empresa, a Betty é uma Pinzón, e essa é uma característica nossa. Mas Armando, uma coisa me preocupa!

— O que sei Hermes?

— Eu acabei de ver no noticiário, que a polícia está procurando o doutor Valência...

— Sim seu Hermes. A Betty teve que dar um depoimento longo hoje para polícia...

— COMO, MINHA FILHA ESTEVE EM UMA DELEGACIA?

— Não seu Hermes, o delegado foi a Ecomoda...

— Entendi, e você?

— Não seu Hermes não sei se ele vai colher o meu depoimento, ele disse que vai conversar com a Betty mais uma vez!

— E o que esse delegado quer com a minha filha?

— Eu também não sei, mas vou ficar de olho seu Hermes!

Betty volta para a mesa.

— Don Hermes, a Betty está chegando quer falar com ela?

— Passe pra ela.

— Mi amor, seu pai!

— Obrigada mi amor.

— Oi Papai.

— O QUE ESSE DELEGADO QUERIA COM VOCÊ?

— Aí Papai, nada ele só queria meu depoimento.

— E VOCÊ ESTAVA SOZINHA?

— Sim papai...

— E VAI FALAR COM ELE OUTRA VEZ?

— Sim papai, mas o Armando vai estar comigo.

— Isso é bom mocinha, lembre-se que o diabo é porco!

— Certo papai, até mais tarde mande um beijo pra mamãe.

— Mande um beijo meu também. Armando fala dona Julia que estava próxima a Hermes.

— Tá filha, tchau.

— Tchau papai. Betty desliga o celular e entrega para Armando.

— Mi amor, porque foi falar com o papai que eu dei um depoimento.

— Mi vida, ele quem começou.

O garçom trouxe a comida do casal.

Na Ecomoda:

O quartel já tinha vindo do almoço. Mas a fofoca não para.

— Meninas vocês viram como aquele gatinho do delegado Dylan Ferraz falou comigo? Disse Aura Maria.

— Me perdoe, mas me desculpe... Quem olhou para você, minha rainha.

As meninas do quartel começam a rir.

— Do que está falando seu ex-grilo voador? Pensa que eu esqueci você dando mole para aquela modelo?

— Mais uma vez, perdoe-me mas me desculpe, não foi nada disso que aconteceu. Eu simplesmente fui educado com ela.

— Sei...

— Ei vocês aí, vão ficar falando do casamento de pobre de vocês? Ou vão trabalhar?

— Olha aqui oxigenada, não se meta nisso.

— Você deveria ter vergonha peitudinha, fazendo esse escândalo.

— O que está acontecendo aqui? Marcela pergunta saindo de sua sala.

— Nada doutora. As meninas do quartel correm para seus postos de trabalho.

— Viu só? Tem que trabalhar. Jojojojojo.

— Falando em trabalho minha querida dama de cabelos dourados, eu trouxe uma correspondência. Freddy entrega um envelope para Patrícia.

Patrícia abre a carta e.

— AHHHHHHHHHHH!

— O que foi oxigenada, outra conta, que não consegue pagar? Jojojojojo. Sandra tira sarro.

Patrícia pega a carta e voa para a vice-presidência.

Patrícia abre a porta com força.

— O QUE SIGNIFICA ISSO?

— Boa tarde pra você também Patrícia!! Em que posso ajudar?

— COMO VOCÊ PODE QUERER TOMAR O MEU FILHO?

— Não se esqueça que ele também é meu...

— CLARO, AGORA QUE ELE ESTÁ CRESCENDO. MUITO BONITO MÁRIO, AGORA VOCÊ É PAI? FAÇA-ME O FAVOR MÁRIO.!

—Do que você está falando Patrícia?

—Que história é essa de colocar seu sobrenome no meu filho? E que história é essa de guarda compartilhada?

—Isso mesmo, eu quero que meu filho tenha direitos...

—DIREITOS? E ONDE VOCÊ ESTAVA QUANDO NÓS PRECISAMOS?

—EU NÃO SABIA QUE ELE EXISTIA PATRÍCIA!

—POIS SAIBA DE UMA COISA, O MEU FILHO VOCÊ NÃO LEVA JAMAIS!

—NÃO QUERO SABER DE NADA, ELE É MEU FILHO TAMBÉM E TENHO DIREITOS....

O elevador abre:

Armando e Betty saem de dentro.

—Mas que gritaria é essa? Armando pergunta olhando para Aura Maria e Sandra.

—A oxigenada e o doutor Mário estão discutindo. Sandra fala.

Armando olha para Betty e fala. _Mi amor, eu vou resolver isso, me espere aqui!

Armando segue para a vice-presidência.

Betty segue para o lado de Aura Maria e Sandra e fala. _O que está acontecendo?

—Aí amiga, depois que vocês viajaram o doutor Mário descobriu que é o pai do filho da oxigenada. Depois disso eles não param de gritar um com o outro! Fala Aura Maria.

Armando vem puxando Patrícia pelos cabelos.

—AAAAAIIIII ARMANDO ME SOLTA!

—CALA A BOCA OXIGENADA! SEU LUGAR É NESSA MESA TRABALHANDO, NÃO ARRUMANDO CONFUSÃO NOS ESCRITÓRIOS!

—ARMANDO POR DEUS! Betty grita, enquanto as meninas do quartel caem na gargalhada.

—Sandra! Armando fala jogando Patrícia em sua cadeira.

—Senhor

—O Mário está te chamando, e VOCÊ BOCA DE TRAPO, TRATE DE TRABALHAR, ANTES QUE O NEURÔNIO QUE CONTROLA A BABA MORRA DE TÉDIO! Armando segue para o lado de Betty.

Sandra sai rindo de Patrícia, enquanto Armando e Betty seguem para o escritório.

Na vice-presidência:

—Doutor, me chamou?

—Sim, entre!

Sandra entra e Mário vai em sua direção e lhe dá um beijo doce na boca.

—Doutor.... não alguém pode nos ver!

—Sandra, hoje a noite, você vai pegar as suas coisas e vai morar comigo no meu apartamento!

—Como?

—Isso mesmo...

—Doutor, eu não posso fazer isso!

—Sandra, amanhã eu vou entrar com o pedido de guarda do meu filho, quero que ele more comigo. E ele precisa de uma família...

—Não estou entendendo doutor.

—Sandra, você aceita ser a mãe que meu filho precisa?

—Como?

Na presidência:

—Mi amor, como você pode fazer isso com a Patrícia?

—Mi amor, fica tranquila, já fiz coisas piores com ela!

—A é, como o que?

—Deixa isso pra lá, agora vem cá, eu preciso de você! Armando puxa Betty pela cintura e lhe dá um beijo quente nos lábios.

—Os beijos começam inocentes, mas como sempre se mostram com muito desejo e paixão quando o telefone toca.

—Mi amor...

—Não atende!

—Mas Armando... Betty empurra Armando e pega o telefone.

—Alô?

—Betty, oi é Catalina!

—Oi dona Catalina!

—Consegui marcar um encontro com o Hugo, hoje à noite.

—Ótimo, e onde vai ser?

—Aí que está o problema, na casa da Inezita.

—Como assim, na casa da Inezita? Por que eles estão morando juntos?

—Não Betty, a Inezita está doente!

—Como ela está?

—Ainda não sei, mas o Hugo me falou que ela está mal, você sabe onde ela mora?

— Sim, eu vou com a senhora (eu também vou mi amor). Armando fala.

—Certo, eu encontro vocês na Ecomoda as 18;00 horas.

No ateliê:

—Como? O Armando está de volta, e eu não sabia disso! Carolina fala passando a mão nos cabelos de Marcelo.

—Claro, você não sossega de jeito nenhum, na empresa.

—Aí Marcelo, eu não sou como você, não tenho uma executiva para me sustentar.

—Nem me fala Caroline, eu preciso de dinheiro, tenho uma viagem para Cartagena....

—O que vai fazer lá?

—O que acha, me divertir!

Carolina estava sentada no colo de Marcelo, quando os dois ouvem passos vindo em sua direção.

Carolina Salta do colo de Marcelo e ele ajeita a calça.

—Amor? Marcela fala.

—Oi meu amor, eu estou aqui!

—Oi! Os dois trocam um selinho. E Marcela encara Caroline com cara feia.

—Com licença, eu vou tomar uma água. Caroline sai do ateliê.

Marcelo abraça Marcela, ela fecha a cara!

—O que foi?

— O que você estava fazendo com essa fulana aqui?

—Marcela não começa! Marcelo fala se soltando dos braços de Marcela.

— Mas você e ela...

—Trabalhamos juntos, somos modelos de molde! Marcelo se afasta de Marcela e se senta no sofá.

— Aí meu amor me desculpe...

—Marcela, quando você vai parar de me comparar com o Armando Mendonza, não é porque eu trabalho com modelos que eu vou trair você!

—Me desculpe meu amor, é que a minha cabeça está uma loucura, com tudo isso que está acontecendo na empresa...

—Tudo bem. Vem cá senta aqui eu quero te dar carinho! Marcelo fala batendo a mão nas pernas.

Na sala da presidência;

—Mi amor, eu consegui falar com dois bancos. Armando entrega o relatório para Betty.

—Ótimo, eu consegui falar com mais dois. Amanhã nos reunimos com eles, vamos ver o que vamos fazer!

—É mi amor, mas algo me diz que vamos ter que usar até os nossos bens para salvar a empresa.

—Sim Armando, dessa vez eu não sei se a Ecomoda vai ter salvação.

Continua...