Depois de explicar o que estava acontecendo e organizar tudo. Ária e Soluço tinham organizado todo um esquema para quando isso chegarem. As crianças e os idosos iriam ficar mais fundo no ninho dos dragões, com dragões que tinham ovos ou filhotes. Todos os vikings restantes iam lutar. Eles passaram as horas trabalhando para deixarem tudo pronto para o ataque. Ária foi até a baia e fez com que os dragões de lá fiquem prontos para atacarem. Quando ela voltou para casa já era à noite. Depois de conversar um pouco com Stoico eles foram para cama.

No outro dia de manhã, Ária levantou cedo e foi arrumar as coisas de Azula para levá-la para o ninho. Ela terminou e foi preparar o café. Ária começou a cortar o pão enquanto a água fervia. Stoico levantou pouco depois dela começar a corta o pão. Ela estava terminando quando Soluço e Astrid entraram de mãos dadas.

– Bom dia. – Soluço disse sorrindo.

– Bom dia. – eles responderam.

– Azula já acordou? – Astrid perguntou se sentando ao lado deles.

– Não. Mas logo ela acordará. – Ária disse colocando o pão na mesa. – Como foi à noite? A cama está tão confortável como eu me lembro?

– Não. Está melhor. –Soluço disse. – Eu levei feno para reforça.

– Eu sei. – ela disse rindo. – Eu vi Banguela voando perto do seleiro.

– Você não deixa escapar uma. – Astrid disse se servindo.

– Não mesmo. – ela disse colando o chá na mesa. –Vou ver Azula.

Ária foi em direção ao quarto da filha. Azula estava se sentando quando ela entrou. Ela coçava os olhos.

– Mamãe. – ela disse levantando os braços.

– Oi amor. – Ária a pegou no colo e saiu do quarto. – Dormiu bem?

– Sim. Bom dia. – ela disse olhando para os outros. – Luço você voltou.

– Claro que voltei. – ele disse pegando a irmã no colo. – Você achou que ia deixa minha princesa?

– Não. – ela disse rindo.

– Aqui está o seu café. – Ária disse colocando o mingau dela na mesa.

– Você não vai comer nada? – Stoico perguntou.

– Não estou com fome. – ela disse se sentando ao lado dele. – Parece que me estomago está pulando na minha barriga.

– Quer deitar um pouco?

– Não. Acho que isso é por que faz tempo desde que lutei de verdade pela última vez. Desde que sair da ilha eu só treino, nada sério. Estou nervosa.

– Vai ficar tudo bem. Os dragões seguem o Banguela. – Stoico disse. – Eles não terem chance.

– Eu sei. – ela sorriu para ele.

Eles tomaram café em silêncio. Depois de terminar eles foram até o ninho. Eles entraram e foram para onde o abrigo estava sendo preparado. Azula correu para perto dos filhotes e ficou brincando com eles enquanto os outros foram conversar com os humanos. Ária foi até onde Fúria estava deitada, ela se sentou ao lado dela e sorriu quando ela colocou a cabeça no colo dela.

– Oi garota. – ela disse passando a mão pela cara dela. Fúria olhou para ela e a lambeu. – Eu sei. Eu também.

Fúria olhou para Banguela que estava pulando envolta do Soluço. Ária seguiu o olhar dela e suspirou.

– Ele ainda não sabe, né?

Fúria concordou com a cabeça. As duas ficaram olhando para eles. Ária pensava em tudo o que aconteceu com ela. Ela nunca imaginou que iria se torna uma grande treinadora de dragão, e também nunca pensou que iria se casar com Stoico, que eles teriam uma filha e que o filho dele seria como um filho para ela. Ária olhou para o ninho. Aquele lugar que ela ajudou a construir, aquele ninho que ela pensou que nunca teria em um lugar perto de Berk. Ainda mais ligando o ninho dos dragões a vila.

– Querida vamos? – ela olhou para Stoico. Ária estava tão distraída que nem percebeu que ela se aproximava.

– Vamos. – ela aceitou a mão que ele estendeu e se levantou.

– Está tudo bem? – ele perguntou olhando para ela.

– Tudo.

– Tem certeza. Parece perdida.

– Estou apenas pensando. Acho que tem muita coisa acontecendo em pouco tempo. Ainda não me acostumei com isso.

– Você passou anos em uma ilha com dragões, acho que você não vai se acostumar com esse ritmo de Berk.

– Acho que tem razão. – ela sorriu. – Já está tudo pronto?

– Sim.

Eles foram até onde Azula estava e se despediram dela. Depois eles saíram de lá. Quando chegaram à praça cada um foi para um lado. Ária estava encarregada de sobrevoar Berk com Soluço para ver se avia sinal de ataque. Stoico estava ajudando Bocão com as armas. O resto dos pilotos estavam ajudando a arrumar os dragões e preparar a linha defensiva.

Ária e Soluço fizeram várias voltas e nada. Depois eles trocaram de lugar com Astrid e Melequento. Ária foi até o ninho e almoçou com a filha. Sua mãe ia ficar no abrigo, caso alguma coisa desse errado ela junto com os dragões levariam a todos para um lugar seguro.

– Como estão as coisas lá fora? – Sibia perguntou.

– Calmas, mas tensas. Todos estão esperando o ataque, mas acho que Drago só atacará ao anoitecer.

– Achei brilhante a idéia do Soluço. Fingi que tudo está bem e do nada ataca quem quer nos ataca.

– Ele sabe ser bem estrategista quando quer. Será um grande líder.

– Você está certa. – elas ficaram em silêncio por um tempo. – O que te incomoda?

– Por que acha que alguma coisa me incomoda?

– Porque sou sua mãe.

– Nada mãe. Acho que estou apenas nervosa.

– Isso foi o que você disse para Stoico. Vamos me conta a verdade.

– Eu...

– Ária precisamos de você lá em cima. – Cabeça-dura disse entrando. – Stoico e Soluço estão te chamando.

– Estou indo. – ela disse se levantando. – Depois a gente se fala.

– Tudo bem.

Ária saiu de lá com Cabeça-dura. Eles foram até o grande salão. Todos estavam com armas e conversavam animadamente, afinal, uma guerra estava chegando e eles eram vikings.

– O que foi? – ela perguntou abrasando Stoico.

– Estamos arrumando os últimos detalhes. Queremos saber se você não tem nenhuma idéia. – Soluço disse sorrindo para ela.

– Não. Acho que tudo o que eu podia te dar sobre guerra já dei.

– Certo. – ele disse. – Podemos atacar primeiro com os Fúrias.

–Acho que não. Vamos deixar eles para depois. Como nossa arma secreta. – Ária disse. – Eles atacam, a gente ataca novamente e depois atacamos com os Fúrias.

– Isso. – Soluço disse mudando as marcações em seu caderno. – Acho que assim teremos uma vantagem.

– Tirando que sabemos que vamos ser atacados, temos dragões, a ilha é um forte e é quase impossível entra aqui a força. É realmente é bom ter uma vantagem. – Ária disse revirando os olhos.