Ária andava distraidamente pela floresta. Ela não queria voltar para casa, tinha brigado com seus pais de novo, eles queriam que ela começasse o treinamento com os dragões e que ela se saísse bem, que fosse a escolhida para matar o dragão na frente da aldeia inteira. Isso não seria um problema, já que ela é uma ótima arqueira e sabia usar uma espada, pelo menos um pouco. O único problema é que ela não queria matar dragões, eles nunca fizeram nada contra ela. Sim, eles atacam a vila, roubam comida e matam vários vikings, mas eles só faziam isso para se proteger e alimentar. Pelo menos é o que ela pensa. Por que se for olhar por outro ponto de vista além dos humanos, ele tinha seus filhotes para alimentar, os vikings matavam os dragões. Atacam os ninhos. Ária não conseguia odiar os dragões. Já sua irmã, Cayla, ela parece que começou a odiar os dragões na barriga da mãe. Se pudesse ela sairia matando todos os que ela via quando estava atacando a vila. Cayla já tinha se machucado tentado matar um Nadder Mortal. Ela tinha subido em cima da casa e foi jogada de lá. Um dos espinhos entrou na perna dela. E seus pais deram uma festa para comemorar isso.

Sua avó que é a xamã da vila, estava tentando convencer seus pais à deixa remela aprender a magia das plantas e estudar para ser uma grande curandeira, com é ela. Mas como na família de seu pai todos são matadores de dragões, eles não queriam saber disso. Eles não querem uma filha curandeira, eles querem que as filhas sejam matadoras de dragões. Ela gostava de aprender como fazer antídotos, chás, pomadas e outras coisas medicinais, mas também não lhe agradava a idéia de passar a vida curando as pessoas, ela queria ser mais do que isso.

Ária continuou andando pela floresta, sem rumo. Ela queria apenas ficar o mais longe possível de seus pais, de seus amigos, de sua irmã, de sua vila. Depois de umas horas andando, Ária viu uma clareira e decidiu que ficaria ali até anoitecer, até lá seus pais parariam de brigar e ela sabia que não teria problemas de ficar na floresta até a noite. Ela entrou na clareira e andou até parar no meio onde se deitou no chão. Ela fechou os olhos e dormiu.

...

Quando ela acordou viu que ainda estava começando a entardecer. Ária se levantou e foi até o lago que tinha ali. Ela molhou as mãos e depois passou pelo rosto. Ela encheu as mãos de água e ia beber quando ela viu uma sombra sair de trás de uma pedra. Ária pensou em gritar, pega seu arco e flecha ou até mesmo fingir de morto, ela sabia que isso era ridículo, quando ela viu o dragão sair de trás da pedra, mas ela desistiu da idéia quando viu a asa dela.

- Oi. – ela disse olhando para o dragão vermelho, com laranja na borda das asas e barriga cor creme. Ele tinha chifres na cabeça, antenas com pequenos espinhos em forma de folha. Ele deveria ter pelo menos uns dezoito metros. – Sei que você deve estar assustado, mas eu quero e posso te ajudar. Apenas se você deixar.

O dragão olhou para ela. Ela podia sentir a hostilidade dele. Sabia que ele não cofiava nela. Depois de um olhado um para o outro, Ária decidiu se arriscas. Lentamente foi andando em direção a ele. Conforme ela ia se aproximando, ele ia rosnando. Quando ela chegou ao lado dele colocou as duas mãos para o alto. A viking percebeu que ele estava mostrando os dentes e os olhos dele estavam na sua cintura, onde uma pequena faca estava guardada. Ela levou a mão até lá e lentamente tirou a faca e jogou longe. O dragão relaxou um pouco, mas ainda olhava desconfiado para a bolsa dela.

- Eu não quero te machucar, quero ajudar. – Ária abriu a bolsa e jogou tudo o que tinha lá. Vários potinhos caíram de lá. Eram antídotos, chás, ervas e algumas pomadas. – Se você deixar posso usa isso para te curar.

O dragão a deixou chegar perto dele. Com cuidado e prestando atenção aos movimentos deles, ela se aproximou. Quando ela estava perto o suficiente viu que o machucado da asa era um mordido de outro dragão.

- Eu posso te tocar? – perguntou esticando a mão e deixou a alguns centímetros da asa dele.

O dragão não esboçou reação nenhuma. Lentamente ela passou a mão na asa e depois pegou alguns potes que estavam no chão. Ela pegou um pote vazio e foi até a água. Ela encheu e voltou para perto dele. Ela rasgou um pedaço da blusa dela e molhou. Lentamente ela passou o pano molhado na ferida. Não estava tão mal como ela imaginava.

- Não está tão mal. – ela disse pegando um potinho azul que ela tinha separado. – Isso vai passar a dor. Eu sei que isso vai deixar desconfortável enquanto eu estiver passando, mas depois vai ajudar a melhorar rapidinho.

Ária começou a passar a pomada, com cuidado. Enquanto ela fazia isso ela percebeu que o dragão olhava para as pedras de vez em quando. Ás vezes ele rosnava. Ela tentou não pensar nisso. Não queria saber por que ele estava rosnando para pedras.

- Prontinho. Acabei. – disse olhando para a asa. – Você tem que ficar com a asa parada hoje e não pode voar para longe. – ela olhou para onde ele olhava. – O que tem lá? – O dragão não respondeu. Ela suspirou e começou a pegar suas coisas. – Posso pegar a minha faca? – perguntou indo em direção a faca. – Bom se você ficar aqui, manhã eu trago peixe para você. Você gosta de peixe? – ela não obteve resposta. Ária foi em direção a floresta.

Ela olhou uma última vez olhou para o dragão e depois voltou a andar. Quando ela chegou à aldeia, ela viu que seus pais estavam conversando com o líder, de novos. Suspirado foi para casa. Ela arrumou suas coisas e depois pegou um pão e foi para o seu quarto. Enquanto comia ela folheava o livro dos dragões. Ela descobriu que o dragão é da classe mistério, um transformasa. Depois de comer ela dormiu.

- Ária, acorda. – ela escutou a voz da sua mãe. – Vai arrumar suas coisas, o treino começa hoje. Sua irmã já esta tomando café.

Quando sua mãe saiu do quarto, ela se levantou e preparou uma mochila. Ela colocou roupas, comida, e alguns peixes. Ela pegou suas flechas e seu arco. Quando Ária chegou à cozinha ouviu os pais conversando.

- Eu não sei se eles podem está falando serio. – ela escutou a voz da mãe dela. – O que você acha?

- Eles podem tentar atacar, mas estamos seguros. – disse seu pai. – Eu quero que você arrume suas coisas e as das meninas. Vocês vão com sua mãe e sua irmã para Berk. Mandei o mercador avisar Stoico. Ele está esperando vocês.

- Apate e você?

- Sibia, eu vou ficar bem. – ele disse calmo. Mas dava para ver que ele estava tenso. – Convencei com o chefe e ele acha que é uma boa idéia. A mulher do Stoico acabou de ter um bebê, você pode ajudá-la.

- Tudo bem. Eu vou. – ela respirou fundo. –Ária anda logo, sua irmã já foi.

Ária esperou um minuto antes de aparecer. Ela se sentou em seu lugar sem falar nada. Seus pais conversavam sobre o quanto o treinamento era legal e como ela ia se diverti. Quando terminou foi para a arena. Chegando lá, ela viu sua irmã e os outros jovens. Tinham cinco meninos e duas meninas, três contando com ela. Ária se juntou ao grupo na hora em que Esgoto entrou. Ária não gostava dele. Ela acha que é louco, e ele também vivia pegando no pé dela.

- Hoje vocês vão me mostra do que vocês são capazes. – ele disse indo até o canto da arena. – Cayla esse já é familiar para você. Com vocês o Nadder Mortal.

Quando ele abriu a porta, o Nadder saiu correndo em direção a eles. Ária desviou dos espinhos e levou Cayla consigo, já que a irmã gêmea queria enfrentar o dragão.

- Ária o que você está fazendo? Eu que vou acabar com esse dragão.

- Salvando sua vida. Os espinhos deles são venenosos. – Ária se levantou e correu em direção aos escudos.

- Muito bem Ária. – Esgoto disse quando ela pegou o escudo. – A principal coisa que devemos ter é o escudo. O que devemos escolher uma boa arma ou um escudo?

- Arma. – Cayla e os meninos falaram.

- Escudo, idiota. Do que vai adiantar uma espata se você estiver morto? – Marreta, amiga de Cayla, disse.

- Ela está certa. – Esgoto disse. – Peguem seus escudos.

Ária rolou os olhos. Eles estavam fazendo tanto barulho que o Nadder estava indo na direção deles. Ela então colocou seu escudo no chão e tirou seu arco das costa, depois começou a bater o arco no escudo. Quando o Nadder veio para cima dela. Ela pegou uma flecha e lançou acertado ele no pescoço. O Nadder foi para o chão.

- Ária ganhou. – Esgoto disse. – Vocês têm que ver isso. Uma arqueira ganhou de vocês. – Ária não respondeu, apenas pegou sua flecha, foi até o canto pegou sua mochila e saiu.

Ária voltou para a floresta. Ela não sabia se o dragão entendeu alguma coisa que ela disse, mas se ele ainda estiver ele deve esta com fome. Quando ela chegou à clareira, ela descobriu o que o dragão, ou melhor, a dragoa, tanto olhava. Ela tinha seis filhotes, por isso ela olhava para Ária desconfiada, por isso ela deixou que Ária cuidasse dela. Ela queria proteger os filhotes e ferida não conseguiria.

- Você é uma transformasa. Eu descobri isso depois que sai daqui. – ela disse se aproximando dela. – Você gosta de peixe? Bom, eu não sei se dá para todos vocês, mas isso é tudo o que eu pensei que você comeria. Não sabia que tinha filhotes.

Ela pegou todos os peixes que tinha na bolsa e colocou na frente da mãe. A dragoa pegou os peixes e dividiu para todos, depois comeu.

- Eu não posso deixar que você fique aqui. – Ária disse. – Os outros podem te encontra. Ferida e com os filhotes vai ser difícil se defender. Eu escutei meus pais falarem sobre um ataque e que eu, minha irmã e minha mãe íamos sair da ilha, posso descobri em que barco vamos, depois coloco vocês lá. Vocês viajam escondidos e quando chegarmos a Berk, eu ajudo vocês a saíram do barco e depois você vai para sua casa. Quer dizer, quando você estiver bem.

Um dos filhotes sentou em seu colo. Ária sorriu e o pegou. Ária percebeu que diferente da mãe e dos irmãos, esse tinha olhos verdes. A mãe colocou a cabeça em uma das pernas de Ária e fechou os olhos. Ária sabia, que ela confiava nela e que iria com ela para o barco.