Cheguei em Hisashi, ele me lançou um olhar estranho, ao me ver sem blusa e com o sangue da Chiharu na barra da calça.

- Lider do dormitório. Takara Misaki abusou de Chiharu Kiryuu. - Eu disse, tentando manter a calma. O lider do dormitório arregalou os olhos.

- Onde ele está!? - Tentei me acalmar, o vontade de correr atrás daquele pevertido sem vergonha...

- Não faço ideia. - Sai de lá, o Lider do dormitório, assim como o seu irmão Kyo Aidou. Entrei no quarto de Chiharu. Ela estava tomando banho. Foi quando escutei um choro, encostei na porta do banheiro. Soluços e gemidos de choro, era a Chiharu... Tentei chama-la, mas minha boca não se moveu. Fiquei me perguntando se ela ia tomar trauma de homens. - Chiharu... - Sussurrei.

- Arata-kun? - Ela chamou, me ouvindo.

- Tem medo de homens agora? - Perguntei triste. Ela não me respondeu por um longo tempo, fazendo o silêncio angustiante permanecer.

- A... Acho que só... Dele... - Ela me respondeu. Me virei, sentindo a presença dela do outro lado da porta. O choveiro havia sido desligado... Ela estava encostada na porta, senti seu perfume tentador de uma Sangue-puro.

- Chiharu... - Chamei.

- Hm? - Demorei um tempo para falar.

- Nunca mais se aproxime de Takara Misaki. Em nenhum caso, pode depender a vida de qualquer um... Mas, não se aproxime... - Eu disse. Escutei outro gemido dela. - Algo dói?

- Sim... - Ela respondeu, eu já sabia o que era.

- Será que ele te engravidou? - Perguntei, ela começou a chorar de novo. E saiu do banheiro enrolada na toalha. Eu me levantei, ela caiu em meus braços. Chorando desesperada e com medo.

- Porque, Arata-kun? Porque comigo que acontece isso? - Ela perguntava em meio aos soluços.

- Eu não sei, Chiharu... Realmente não sei o motivo... - Eu sussurrei para ela. Fiquei com ela chorando um bom tempo, os pais dela foram avisados.

---

Chiharu P.o.v.

Otou-sama e a Okaa-sama chegaram aqui no dormitório da Lua, e foram direto para o meu quarto. Eu estava com um pijama, deitada na cama. Junto com Hideki, Akinori, eles entraram e se sentaram comigo.

Eu abracei o pescoço de Otou-sama.

- Otou-sama... - Chamei, ele me abraçou também. Vi que minha mãe chorava, e continuava em silêncio.