BOREATIA – Deuses:

Panteão Benigno:

Estes deuses, protetores do Bem e dos bons, habitam o sagrado reino de Narthum ou “Campos da Glória”, para o qual também se dirigem as almas heróicas e benignas dos mortais após o fim de suas vidas materiais. Tais divindades compõem a chamada “Linhagem Criadora”, da qual resultou quase todos os seres e coisas criados.

Northar: Pai dos deuses de todos os panteões, senhor das divindades e de Narthum, o reino do Panteão Benigno e da essência benéfica. Mestre do bem. Associado ao Sol, ao trovão e ao pinheiro, árvore a ele consagrada e que é seu símbolo. A criação, em seu princípio, se deve a ele. A vida, em todas as suas formas, é demonstração máxima de seu poder, bondade e justiça. É, também, um deus guerreiro, pronto a se sacrificar pelo Bem e pelo que acredita. A ele são dedicados o primeiro mês do ano e o primeiro dia da semana.

Alcunhas: Pai dos Deuses, Sol, Senhor do Bem, Senhor do Pinheiro

Rimya: Mãe dos deuses, esposa de Northar e personificação do cosmos, que se une ao deus dos deuses numa relação de amor e lealdade. Associada à Lua, à chuva e à macieira, a maçã representando seu ventre, que deu à luz as demais divindades, fruto de seu relacionamento com Northar. Protetora das esposas e do “bom lar”. A ela são dedicados o sétimo mês do ano e o sexto e último dia da semana.

Alcunhas: Mãe dos Deuses, Lua, Senhora do Ventre, Senhora do Lar

Mager: Deus elfo e deus mago, primeiro filho de Northar e Rimya. Criou os elfos à sua própria imagem e semelhança. Senhor da magia, da beleza e protetor das artes. Divindade mais bela e graciosa de todo o Narthum. A ele são dedicados o terceiro mês do ano e o segundo dia da semana. Há a crença que é graças à sua influência sobre a natureza que ocorre a transição entre inverno e primavera.

Alcunhas: Primeiro Filho, Senhor dos Elfos, Grande Mago

Tradir: Segundo filho de Northar e Rimya, senhor da forja, deus inventor, protetor do artesanato, da indústria e do comércio. Geralmente concebido como um homem forte, musculoso e sujo, devido ao trabalho em seu ofício. Domina a Forja Celeste e construiu as armas dos deuses. Possui auto-estima baixa e inveja boa parte das outras divindades, sendo que os gnomos surgiram de sua tentativa de criar uma raça equivalente à élfica. A ele é dedicado o segundo mês do ano.

Alcunhas: Senhor da Forja, Deus-Artesão, Deus-Ferreiro

Bragondir: Terceiro filho de Northar e Rimya, deus dos anões e criador destes, protetor dos ourives e mineradores. Sempre empunha um machado. Apaixonou-se por sua irmã Shakrut e de tal relação resultou a raça halfling. É associado também ao consumo de bebida alcoólica, representando muitas vezes como um “deus beberrão”, sendo por esse motivo protetor das adegas e tavernas. A ele são dedicados o oitavo mês do ano e o quarto dia da semana.

Alcunhas: Senhor do Machado

Swordanimus: Quarto filho de Northar e Rimya, deus da guerra, senhor dos combates e das armas. Semeador de intrigas em Narthum e fomentador de guerras e discórdia entre os mortais. Tentou inúmeras vezes desbancar os irmãos. Durante os últimos séculos antes do Crepúsculo dos Deuses, diz-se que se indispôs definitivamente com as demais divindades – reflexo dos acontecimentos no mundo dos mortais – e foi expulso do Panteão Benigno, sendo rebaixado às entidades inferiores. Se ele se tornou ou não um deus maligno, ainda está para ser revelado. A ele são dedicados o quarto mês do ano e o terceiro dia da semana, o qual sempre foi preterido por exércitos em guerra para ser um dia de ofensiva, devido à proteção do deus. Apesar de pouco conhecido nesse aspecto, por muito tempo também foi uma divindade associada à boa sorte e fortuna.

Alcunhas: Senhor da Espada, Senhor da Guerra

Serinius: Quinto filho de Northar e Rimya, deus das águas, mares e rios. Protetor da pesca e dos navegantes. Entre os deuses, é o que mais pune os mortais por desrespeito, ocasionando maremotos, tufões e naufrágios. O quinto mês do ano é dedicado a si.

Alcunhas: Senhor das Águas, Senhor do Mar, Deus-Navegante

Shakrut: Única filha de Northar e Rymia, nascida em sexto lugar. Também anã. Deusa das montanhas e da caça, protetora dos caçadores. Manteve uma relação incestuosa com Bragondir, da qual resultou o povo halfling. A ela são dedicados o sexto mês do ano e o quinto dia da semana, preteridos para a atividade de caçadores.

Alcunhas: Senhora da Caça, Dama da Montanha

Feger: Sétimo e último filho de Northar e Rymia, o caçula. Também é um elfo, embora algumas representações o coloquem como um halfling. Deus-zombeteiro, sempre aprontou peças e traquinagens com seus irmãos mais velhos e os pais. É o senhor da trapaça e das brincadeiras. Pai da feitiçaria, recurso que criou para imitar a magia de Mager. O nono mês do ano é dedicado a si, quando se concentra o maior número de festivais, jogos e apresentações circenses pelas terras de Boreatia.

Alcunhas: Deus-Zombeteiro, Grande Feiticeiro, O Pícaro

Panteão Neutro (ou “Deuses do Outono”):

Deuses altamente baseados nos princípios da neutralidade e justiça, equilibrando todas as forças do universo, inclusive Bem e Mal. Habitam os “Campos do Entardecer”, ou Partanus, destino de almas mortais com pendências ou incertezas ainda a serem resolvidas.

Itirkanaan: Deus do equilíbrio, personificação do balanço do cosmos, e assim sendo, irmão de Rimya. Mediador entre os planos e os deuses dos diferentes panteões. Senhor do Partanus, como é conhecido o reino etéreo da neutralidade, intermediário entre o Narthum e o Helmus, o plano infernal. Simbolizado por uma balança, é protetor dos tribunais e legisladores. O décimo mês do ano é dedicado a si.

Alcunhas: Senhor da Balança, Grande Juiz

Nayx: Deusa da noite, filha de Itirkanaan, nascida de sua essência, e irmã-gêmea de Wella. Senhora do orvalho e da brisa, divindade protetora do amor e dos enamorados. O décimo primeiro mês do ano é dedicado a si, e é o período em que mais ocorrem casamentos em Boreatia.

Alcunhas: Senhora da Noite, Dama do Amor

Wella: Deusa do dia, filha de Itirkanaan e irmã-gêmea de Nayx. Personificação das forças da natureza. Senhora da fertilidade, das plantações, florestas e da colheita. Grandes festivais são dedicados a si no final do outono. Protetora das gestantes e invocada durante os partos. O décimo segundo e último mês do ano é dedicado a si.

Alcunhas: Senhora do Dia, Senhora da Natureza

Panteão Maligno:

Estes deuses habitam o Helmus ou “Campos do Suplício”, as regiões infernais para onde são remetidas as almas dos mortais malignos. Têm como maior objetivo destruir e perverter as criações dos deuses do Bem.

Devitar: Oposto a Northar, é o deus das profundezas e dos demônios. Surgiu, dentro dos princípios do equilíbrio, como personificação da maldade também existente no cosmos. Senhor do caos e do mal. Manifesta-se através de formas envolvendo o fogo. Aqueles que o cultuam dedicam a ele o último dia do primeiro mês do ano, realizando em segredo violentos sacrifícios e oferendas.

Alcunhas: Senhor do Mal, Senhor do Fogo, Senhor do Sacrifício

Lativia: Deusa da intriga, da mentira e do engano. Nasceu do desejo de Devitar criar uma companheira para si. Diz-se que as diferentes línguas do mundo foram criação sua, de modo que os mortais não mais pudessem se entender, o que levaria a desentendimentos e discórdia. As orações em seu nome geralmente são feitas através de anagramas ou inversões de palavras associadas aos deuses do bem.

Alcunhas: Senhora da Discórdia, Dama da Mentira

Deathyx: Senhor necromante, deus da morte. Nascido do ímpeto de Devitar em criar um meio de separar em definitivo os mortais. Todos os mortos-vivos e feitiços envolvendo a morte estão associados a ele. São seus lacaios que conduzem as almas dos mortais para o Narthum, o Partanus ou o Helmus, de acordo com suas ações em vida. Seus seguidores consagraram a ele muitos cemitérios em segredo, de modo que um dia os corpos neles enterrados possam servir aos propósitos malignos do deus.

Alcunhas: Senhor dos Mortos, Deus-Necromante

Jelus: Deus da inveja e da ganância. Nascido do ímpeto de Devitar em derrubar Northar. Seus seguidores consagraram a ele diversos tesouros perdidos por Boreatia, e aqueles que os encontram sempre acabam alvos de maldições relacionadas ao deus.

Alcunhas: O Grande Invejoso

Null: Deusa do fim, do vazio. Entidade tão misteriosa e poderosa que até Devitar vê dificuldades em controlá-la. É responsável por alguns dos piores castigos infernais. Manifesta-se através de sombras.

Alcunhas: Dama da Sombra, Senhora do Fim