A agitação seguiu para o Park Central, Jason, mesmo contrariado foi junto com seus primos, mas o que ele queria realmente, era saber o que era aquilo que estava segurando a perna da menina; assim que viu a criatura, lembrou-se das palavras do Pai “ Estamos enfrentando uma criatura desconhecida. ”

– Vocês têm certeza de que é melhor irmos para o central Park? – Perguntou Jason, um pouco decepcionado.

– Gracie! Temos um cavalo alado que há quilômetros me viu e falou “Você filho de Poseidon, me siga! “ – Percy falou imitando uma voz grossa e imponente, que talvez, fora o que ele ouvira de Pegasus. – E acredite meu primo, não vou contra as ordens daquele Pegasus, não dele.

O olhar de Jason era claro, não gostava da ideia, mas ainda assim, ele seguiria o primo, pois em seu amago, sabe que Percy era um bom líder, um pouco inconsequente, mas um bom líder, ele já questionara as ideias de Percy uma vez e entendeu como o filho de Poseidon pensava e quando se trata de salvar pessoas, ele faz o que tiver que fazer; inclusive ir contra o próprio primo.

– Ta certo, não vou discutir sobre isso.

Enquanto os três corriam, sons de sirenas e barulhos de motores de caminhões tomavam o vasto centro da cidade. Ainda não era a noite extrema, mas Nova York estava calada demais e era possível escutar todo tipo de sons que provinham dos carros, tanto da Policia, quanto do Exército, pois foi assim que pensou Nico.

– Olha gente, não é por nada, mas não parecia que o Pegasus podia ser visto até por pessoas normais? – Disse o filho de Hades, correndo ao lado dos dois primos.

– Impossível, nossos pais disseram que a Névoa aqui é muito mais forte, você mesmo disse isso. – Percy, que ao correr um pouco mais rápido, ficou levemente a frente de ambos.

– Não digo que seria impossível e se a Névoa seja forte para nós, semideuses e Deuses? Se para os humanos ela não funcionasse?

– Não quero nem pensar, Nico. – O olhar azul de Jason se tornou turvo, ele não tivera um bom pensamento sobre aquela pergunta de Nico.

– Cara, tanto faz. – Rebateu Percy. – Temos uma missão de, novamente, salvar os deuses e é isso que vamos fazer. – Os outros concordaram com um sorriso. – Nico, nos leve para extremo Norte do Central Park, de alguma forma eu consigo sentir Pegasus.

Com o passar dos anos, Nico se tornara um rapaz bem mais poderoso, podia levar não apenas, dois três semideuses para o central Park pelas sombras, como podia levar um grupo inteiro para China. Na medida que os três corriam e passavam pela sombra de um prédio iluminado pelo brilho da Lua, os três sumiram.

– ---------------------Central Park ----------------------------------

– Lady Diana, como assim, cheiro familiar? – Joel estava próximo da deusa, mantendo seu olhar o mais longe possível da Deusa, as histórias de Diana o estava, não por teme-la, mas por saber que de certa forma, ela não gostava de homens, principalmente aqueles que a desejavam e mesmo Diana estando um “trapo” ela era linda o suficiente para ele a desejar.

– Sim, de certa forma, esse cheiro me lembra meus tios e meu pai. – Ele agora estava um pouco mais relaxado, porém, sua lança ainda brilhava perigosamente em suas mãos e Pegasus ainda protegia a menina. – Mas não é esse cheiro que me chama atenção e sim aquela coisa vindo em nossa direção. –

Diana apontava para um Apache que seguia em direção ao Central Park, uma aeronave militar, com as mais perigosas artilharias já feitas para um helicóptero e pior, versátil o bastante para voar rente ao solo, mesmo dentro do Park.

– Tá certo! Eu sei que nosso governo é rápido, mas nem tanto. – Emily se agarrou ao pescoço do garanhão; era claro, que a garota sentia um medo terrível, mas não por si e sim pelo seu mais novo amigo.

– Verdade, acho que estavam nos seguindo. – Joel arrumava a mochila, conferia seus inventários pronto para partirem. – Você disse que seu Pai havia encontrado um garoto chamado Paelen não é? Que ele dizia ser um Olimpiano.

Os olhos de Diana inflamaram, ardiam em tanta raiva que o jovem Italiano temeu pela vida. Ele recuou e a Deusa se aproximou de Pegasus; uma conversa se instalou entre os dois e logo, a senhora da caça relaxou.

– Muito bem, Emily. – Diana se abaixou e conferiu o ferimento da menina e grunhiu. – Temos que cuidar disso, mas por hora, temos que sair daqui. Aquelas coisas estão se aproximando e no momento, prezo por seu bem-estar.

– OTIMO! – Uma voz serena, porém alta ecoou pela escuridão. – Se preza pelo bem-estar dessa garotinha, eu sugiro que abaixa a lança.

– Quem ousa fazer tal pedido para alguém como eu? – A deusa rosnou, Pegasus bateu as asas pronto para voar.

– Queira me perdoar. – Ele saiu da escuridão das arvores. Era um homem de cabelos ralos, loiros e mesmo na escuridão da noite, usava óculos tão negros quanto ao terno de linho que usava. – Meu nome é Agente, senhorita?

– Não lhe interesse quem sou, humano. – Diana apontou a lança para o homem de terno. – Se não se retirar, eu mesma cuidarei para que vá ao submundo em uma passagem só de ida.

– Uma ameaça? – Um sorriso nefasto brilhou em sua face; era exatamente o que aquele homem queria. – Muito bem. – Como uma deixa, vários homens armados apareceram no campo, o Apache já sobrevoava o local onde estavam os três, eles estavam cercados por todos os lado.

– Muito bem! Eu aceito seu desafio! – Diana bradou e como pedido uma onda gigante nasceu do lago, que há pouco estava sossegado.

Os soldados correram, alguns atiraram em todos e como num passe da magica as balas eram engolidas por uma nevoa negra que nascia das sombras das arvores.

– O que é isso?!! – Rosnou o Agente. – Atirem! Atirem! – Aquela ordem foi par ao helicóptero que estava acima deles parado, apenas observando.

(Radio) – Senhor, não podemos fazer isso bem no centro do Central Park.

– Façam isso agora! Eu me responsabilizo! – Falando num ponto que ficava atrás de sua orelha, o Agente autorizou um massivo ataque do Apache.

(Radio) – Roger.....

Assim ele atirou, uma descarga mortal de projéteis beliscos. O caminho das balas eram desenhados na onda e seguiam em direção a Diana e os outros até a aeronave ter sua calda destruída por um raio.

(Radio) – May dey --- Perdemos o controle---- May dey, May dey... – Bum! A aeronave explodiu, mas os dois pilotos foram salvos por algo ou alguém.

– Lady Diana? – Joel estava abaixado, tentando se proteger. – Foi a senhora?

– Como em nome de Zeus eu poderia ter feito algo assim, menino? – Ele sorria. – Não, não foi eu, mas já sei de quem se trata.

A onda varreu todos os soldados, o Agente estava desmaiado bem a margem do lago e apenas, Pegasus, Emily, Joel e Diana estavam intactos e secos.

– Tá certo, seu cavalo! – Um homem de cabelos negros, longos na altura do ombros e olhos bem verdes e revoltosos, saia caminhando do mar como se não tivesse feito nada. – Não basta me ameaçar para te salvar, mas me fazer entrar dentro disso? Ai já é demais você não acha? – Ele estava vestido com uma armadura grega esverdeada com uma grande e revoltosa onda em alto relevo no peito, usava jeans e tinha uma espada embainhado na cintura.

– Você diz isso Jackson, mas você viu o que me pediu para fazer? – Outro homem, que mais parecia um super-man desceu dos céus. Ele era loiro, tinha os cabelos dourados e olhos azuis e ligeiramente menor e mais fraco que o outro, mas tinha a mesma áurea poderosa. – Nunca mais me peça para destruir um Apache, ouviu?

–Está tudo bem mantar balas ao inferno, Hades não vai achar ruim, Hades até vai gostar de matar uns Zumbis com tiros na cabeça. – Nico, que estava parado ao lado de uma arvore assustou os dois humanos. Ele se vestia com roupas negras, tinha cabelo ralo e olhos negros. – Mandar belas ao inferno, esse foi a melhor ideia que teve Percy. – Ele foi sarcástico.

– Nunca pensei que existiriam semideuses aqui. – Diana, ainda vestida com os trapos que um dia fora um belo Chiton, caminhou em direção aos três recém-chegados. – A julgar por seus poderes, vocês são filhos de Jupiter, Netuno e Plutão.

– Haaaaa, isso de novo não. – Queixou-se Percy, que recebeu um olhar devastador de Diana. – Desculpa Lady Artemis, mas sabe, há alguns anos atrás tivemos que lhe dar com suas personalidades psicóticas Romanas e não to nem um pouco afim de lhe dar com isso de novo, serio, tivemos que matar Gaia para vocês voltarem a ser vocês.

A deusa, mesmo irritada com o tom de Percy, o fitou; provavelmente pensando em como matar o filho do mar ou em que animal transformar.

– Não me lembro de você. – Ela disse da bate e pronto.

– É serio isso? – Percy olhou para Jason. – É sério que ele não sabe quem eu sou?

– Lady Diana. – Jason monstrou seu respeito pela Deusa e se curvou. – Receio que viemos de um outro lugar, onde não apenas nós três, mas muitos filhos dos deuses ainda vivem.

– Você... – A Deusa travou, seu olhar ficou turvo como se lembrasse de algo há muito esquecido ou, se estivesse se lembrando de si mesma. – Ainda não sei quem são, mas receio que devem conhecer Pegasus.

– Sim, eu conheço ele muito bem. – Percy acariciou o focinho do garanhão. – Só achava que ele poderia ser um pouco menos mandão.

– Percy, temos muito que fazer. – Nico apareceu novamente, não era como se não estivesse ali, mas ele ainda continuava quieto sempre, quase sempre, não era percebido. – Temos que achar Héstia.

– Héstia? Você quer dizer Vesta? Ele desapareceu do Olimpo? – Diana correu até Nico. – Diga-me garoto, onde ela esta?

– Não se preocupe, nós estamos aqui a mando de Zeus para encontrá-la. – Percy, que falava, estava tomando um pouco de Néctar. – A questão é, como esses dois conseguem ver o Pegasus e ver o que fazemos?

– Não importa, temos que sair daqui, ainda sinto um desconforto. – Diana ainda não se acalmou, algo em seu instinto caçador a alertava. – Algo ainda está vindo, esses humanos não era o que eu temia.

– Você não deve estar falando do monstro que estava segurando...- Jason se lembrou da ferida de Emily. – Meu deus, menina, você ainda consegue andar?

–Sim, estou bem. – Ele mentiu.

– É uma brava menina. – Jason, ao contrário de Percy que motivava os outros com feitos, com suas ações, Jason o fazia com palavras. – Otimo, daremos um jeito nisso, mas...

–ROAR!!!!!

– Haaa ótimo! – Percy sacou sua espada. – Eu sabia! Sabia!