XXII - O Fim e Um Novo Começo

“Light City está um caos. A cidade que antes foi tomada por uma batalha entre heróis para decidir uma das questões mais polêmicas do mundo, agora sofre com uma invasão alienígena. Todos nós temos medo de que essa invasão se espalhe por todo o mundo.

Até então os heróis conhecidos por: Superman, ExoHand e agora Khallium, estão lutando lado a lado junto de outros super-heróis. Torcemos para que essa situação não se torne um novo 2011.”

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De dentro da nave, Mungos acompanha todas as noticias ao redor do mundo sobre a sua repercussão. Ele sabe que o exército americano não é o suficiente para derrota-lo. Mas com a ajuda de outros países, talvez ele seja vencido. Sua preocupação maior são os outros seres que mais estão lhe causando problemas.

— Super-heróis... é assim que eles os chamam... Eu farei essa palavra nunca mais ser pronunciada. — Ele fala, sua voz grossa é assustadora e intimida até mesmo seus guardas.

Ele se levanta de seu trono. Deixa a capa amarela no chão. Sua armadura tecnológica nunca antes vista, está pronta.

— Abram as portas, está na hora deste mundo conhecer o seu mais novo governante.

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— Por Atlantis! — Grita um dos guerreiros da guarda real de Aquaman disparando tiros contra os soldados de Mungos que desviam rapidamente das balas.

Superman rasga o céu derrubando o maior número de inimigos possível. Eis que então surge Aquaman. Sua armadura de Atlanstis é linda, possui algumas escamas douradas, mais resistentes que aço. Carrega consigo seu poderoso tridente.

— Olá Kal-El. — Ele diz olhando para Superman no céu.

— Fico feliz em ver que você se juntou a nós.

— Somos uma equipe, é o que fazemos!

Ele usa seu tridente para perfurar a barriga de um dos capangas, dando uma cotovelada no outro. Saca novamente seu tridente, o estendendo para o céu.

É aí que a umidade do ar se transforma aos poucos em um chicote de água gigantesco, varrendo múltiplos inimigos na rua para longe. Uma linda cena.

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Exohand e Khallium continuam a lutar, mesmo se vendo cercados pelo exército alienígena e sem suporte por perto. Desistir não é uma opção.

— Não consegue fazer aquele negócio com as mãos de novo? — Exohand pergunta disparando tiros certeiros nos inimigos.

— Não é tão simples... — Ele fala fazendo uma pausa para dar um duplo chute em dois inimigos mais próximos, indo ao chão e os derrubando com uma rasteira. — Preciso estar com a minha aura carregada.

— Vou fingir que entendi.

Um som alto vem do norte. O alarme de todos os carros na rua disparam. É quando os inimigos fogem. Sem entender nada, os dois continuam atentos e em defesa.

Ouvem-se passos. Alguém se aproximando. É uma criatura gigantesca, com pelo menos dois metros e meio de altura. Bastante musculoso, possuí uma pele rocha e alguns machucados. Seu rosto e corpo estão escondidos dentro de uma armadura preta.

— Que porra é essa?! — Exohand grita.

— Vamos descobrir!

Os dois partem correndo para cima da criatura que também corre gritando na direção deles. Mas um pouco antes deles se colidirem, os dois vão cada um para um canto, enganando a criatura que continua a correr.

É o momento em que Exohand aproveita para descarregar todos os tiros nas costas do monstro, mas não parece fazer efeito algum.

É aí que ele se vira, irritado. Pega um carro mais próximo como se não fosse nada e o lança na direção de Exohand. Mas no último instante, o herói é salvo por Khallium que o puxa na sua direção.

— Acho que a gente não tem chance contra isso... — Khallium comenta.

— Cadê o Superman quando a gente precisa dele? — Exohand sussurra.

— Enkdomakum! — Khallium grita. O mesmo feixe de luz libera uma energia de suas mãos atingindo a criatura com tudo. Exohand que estava por perto leva um enorme susto com o golpe, pois não estava preparado.

A luz cobriu todo o local. E Khallium usou toda sua energia para derrubar a criatura, tinha que funcionar. Agora ele respira fundo tentando ficar de pé, apoiado por Exohand que também não tem muita força.

Os dois olham para a luz, esperando ela sumir, para ver se o inimigo caiu. Mas é aí que são surpreendidos.

A criatura está correndo a toda velocidade na direção dos dois. Está sem sua armadura que foi quebrada graças ao golpe de Khallium. Os dois não iriam conseguir fugir dessa vez.

E aí que ouve-se um barulho de turbina no céu bem próximo, seguido de uma rajada de tiros e misseis na criatura que grita de dor.

Os dois olham para o alto para ver quem é, e respiram fundo surpresos ao descobrirem.

— Esse morcego ainda consegue me surpreender...

É a bat-nave que dispara sem para vários mísseis até que a criatura finalmente despenca no chão sem forças para se levantar. Ao cair, a mesma cria algumas rachaduras no asfalto, mas dá um alivio em todos por perto.

Exohand acena para Batman que balança a cabeça deixando o local e indo para a guerra,

— Matar bandidos não pode, mas fuzilar um alienígena deixando somente alguns pedaços na rua tá liberado? — Khallium comenta.

— É uma guerra, situação diferente.

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Lá está ele, no céu. Flutuando de braços cruzados. Toda a mídia mira suas câmeras na direção de Mungos que observa toda a batalha.

Um caça americano está indo em sua direção quando é partido ao meio por tentar atropelar Mungos. Ele explode chamando atenção de Superman que olha preocupado agora.

— Você é aquele que atende por Superman? — Mungos grita.

Ele acena para o titã. É gigantesco, tem quase três metros de altura. Sorri ao ver Superman acenando a cabeça. É quando parte para cima numa incrível velocidade.

Se choca com o herói o arrastando no céu e atravessando inúmeros prédios conforme vão se chocando. Os socos ecoam por todos os cantos da cidade. Superman mal teve tempo para reagir. Foi puxado pela sua capa e arremessado para longe. Indo de encontro a um prédio.

Depois do impacto ele cai como uma pedra no chão. Sua força é tão grande que se abre um buraco em uma das principais ruas da cidade quando ele cai.

Todos os civis ficaram chocados com a cena, isso inclui Dubstep Guy que entrou em pânico imediatamente.

— Aí! Wander grita.

O titã mal teve tempo de se virar, foi recebido por um soco nas costas seguido de um tapa que o fez dar cambalhotas no ar.

— Ninguém bate no nosso escoteiro! — Ele grita.

É então que ela aparece. Mulher Maravilha, também no ar. Todos estão filmando a cena, mas Mungos não parece estar nada preocupado com isso. É como se os golpes não tivessem lhe causado dano algum.

— Interessante... — Ele comenta.

Sua rapidez fez com que Wander não previsse o soco de Mungos. Soco tão forte que o arremessou diretamente contra sua própria nave. Quebrando as paredes da mesma.

Wander caiu em um tipo de poço com uma água um pouco quente e ali ficou por alguns segundos até finalmente recuperar sua consciência. O poço despencou da nave junto com ele. Ao sair de lá se sentiu diferente, como se tivesse deixado algo para trás. Mas ele tem preocupações maiores agora.

Foi quando ele voltou para o combate, pronto para mais uma luta. Mungos olhou para ele impressionado. O garoto não teria morrido. Mulher Maravilha puxou sua espada, o plano já estava feito, e Wander sabia exatamente o que fazer.

— Como é que você não morreu?! — Mungos perguntou surpreso.

— Do mesmo jeito que eu não morri! — Superman gritou o surpreendendo com um soco no queixo.

O soco foi tão forte que quebrou o vidro de vários prédios por perto. Como se uma energia invisível tivesse causado todo aquele estrago. Mungos foi para trás com o soco, foi o tempo de Wander agarrá-lo por trás.

— Agora! Vai! — Gritou.

— Mas o que é isso?! — O titã falou tentando se soltar, impressionado com a força do garoto.

— Sangue do seu invocador. — A amazona gritou.

Foi aí que ela cravou a espada na barriga do titã, fazendo ele soltar um granido tão alto quanto assustador. O sangue escorreu pela espada e pela armadura. O titã rapidamente enfraqueceu. E Wander o soltou.

Ele despencou no chão quase sem força alguma. Superman, Mulher Maravilha e Wander se sentiram muito mais aliviados com a batalha ganha.

Foi questão de minutos para ver todos os soldados recuando para a nave. Seu líder foi derrotado, mas não morto. Foi aí que ele se levantou, voando num piscar de olhos de volta para a nave antes que qualquer um pudesse impedi-lo.

— Mas o que?!

O motor da nave foi novamente ligado e deixou o lugar na velocidade da luz junto com todo o exército.

— Acabou? — Wander perguntou.

— Eu não faço a mínima ideia... — Superman responde.

— Uma vitória digna. — Diana levanta sua espada.

— E se ele voltar?

— Tem que ser muito burro para voltar...

Os três olharam para o redor de cidade. Vendo toda a destruição, porém a vitória. Estavam todos juntos, exército americano, patriotas e liga da justiça lutando do mesmo lado.

Os civis aos poucos saem de seus esconderijos mais aliviados e alguns já começam até mesmo a comemorarem.

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3 Dias Depois

Hall da Justiça

É uma tarde ensolarada. Muitos estão reunidos, dentre eles, todos os patriotas e toda a liga da justiça. O próprio Superman está pronto para fazer um comunicado.

Toda a mídia está lá, civis também. Empolgados com o discurso. Algumas pessoas até mesmo usam camisas com símbolos dos integrantes de cada equipe.

— Boa tarde. — Superman fala alto e em bom tom. — A três dias, nós nos vimos lutando contra uma ameaça na cidade de Light City. Mas diferente do ataque de 2011, estávamos preparados para isso. E tínhamos um apoio maior. É verdade que houveram conflitos antes disso acontecer. Mas o próprio Khallium reconheceu seus erros, e hoje está sendo vigiado por de nossos membros. O fato é, que conseguimos lhe dar com essa invasão de um jeito muito fácil e rápido graças a união de todos nós. — Ele faz uma pausa. — E hoje, estamos aqui, para anunciar oficialmente a união entre os Patriotas e a Liga da Justiça.

As pessoas bateram palmas comemorando o feito. A mídia toda captava aquilo tudo em primeira mão.

— E a partir de hoje, a equipe antes conhecida por “Patriotas”, passa a se chamar “Liga dos Patriotas”

Mais palmas são dadas, algumas pessoas até mesmo gritam. Todos os Patriotas estão ali, isso inclui até mesmo o próprio Khallium, que concordou em entrar para a equipe como um acordo.

— Que nome lixo... — Wander sussurra ao lado de Exohand enquanto finge um sorriso para todos.

— A ideia não foi minha... — Exohand responde.

— Ainda dá tempo de desistir?

— Não viaja Wander! — Iceboy fala.

— Seria uma boa...

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LUGAR DESCONHECIDO

GALAXIA DISTANTE

Mungos caminha com dificuldade por aquele planeta vivo. O golpe da espada ainda dói muito. Cobre o seu corte com a mão.

Finalmente avista ele, o outro que a princípio não dá atenção alguma ao titã. Está de costas observando um sol amarelo como se fosse a coisa mais bonita do universo.

— Eu falhei, me desculpe meu lorde... — O titã fala com dificuldade.

É então que aquela risada assustadora é dada. Uma risada que por mais que não fosse alta, ainda assim é bem aterrorizante.

— Acha que consegue me fazer de tolo. Acha que eu não sabia esse tempo todo do seu real objetivo? — Sua voz é grossa e amedrontadora. Apesar de tudo é calma. — Você estava criando um exército por baixo do meu nariz para me dar um golpe. Achou mesmo que eu não iria descobrir?

Mungos não sabe ao certo o que falar agora. Sabe o perigo que corre, e pela primeira vez em toda sua vida ele sente aquela sensação que os inimigos do outro sentiram.

— M-me desculpe. — Gagueja.

— Você ao menos, me trouxe o que eu pedi?

— Eu não consegui... eu os subestimei, são mais fortes do que eu imaginava.

É nesse momento que o outro fecha seus punhos, ainda de costas. Mungos sabe que a situação não está nada boa para ele.

— Acho que eu mesmo vou ter que ir buscar...

— Mas senhor, eles possuem um wikalariano e um kryptoniano. Além de vários outros guerreiros. — Mungos gagueja.

É nesse momento que ele resolve se virar. Revelando finalmente seu rosto e o sorriso sádico implantado no mesmo que é capaz de causar arrepios em qualquer um.

— Eu sei, e eles vão precisar de mais...

Mungos abaixa sua cabeça perante a ele, o rei daquele planeta vivo. O destruidor.

— Sim, lorde Darkseid