Herobrine: Apocalypse

Capítulo Cinco: Explicações


–Thomas? Thomas? - Ouvi uma voz me chamando do outro lado do corredor

–O que foi Mathias?- Perguntei enquanto tentava tirar meu doce de dentro da máquina de vendas

–Nós precisamos conversar.

–Tudo bem, pode falar. O que você precisa?

–Como você chegou aqui tão rápido?

–Pode me ajudar aqui?- Perguntei apontando para o doce que ficou preso na máquina

–Serio?- Perguntou Mathias- Eu estou te fazendo uma pergunta séria aqui

–E eu também-Respondi

Então, vários doces começam a cair da máquina.

–Eu só queria um- Disse apanhando dois doces do chão

–Agora você pode responder minha pergunta?

–Claro! O que você quer saber?- Perguntei, mordendo o doce em seguida.

–Como você chegou no hospital tão rápido?

–Um arcanjo me teletransportou pra cá

–Há-há, muito engraçado- Respondeu Mathias, ironicamente.

–Qual a graça?

–Olha cara, tudo bem se não quiser responder, mas não precisa disso.

–Como assim? –respondi parando de andar em direção do quarto e olhando para o quarto ao lado_ Oh, Hello nurse!_ pensei, olhando para a enfermeira ruiva cuidando do paciente no quarto ao lado do de Mikhael. Ela então olhou pra mim e deu um sorrisinho

–Cara, para de ficar babando a enfermeira!- Disse Mathias me puxando

–Ah, qual é! Vai me dizer que você não gostou dela?

–Cala a boca!

Nós entramos no quarto e vimos Bia chorando do lado da cama de Mikhael

–Ah, oi meninos- Disse ela limpando as lagrimas.

–Oi Bia, como você está?- Perguntou Mathias.

–Eu vou melhorar- Disse ela olhando para mim com uma cara irritada

–Eu trouxe um doce pra você- Disse entregando o outro doce que havia pegado.

–Obrigado- Disse ela arrancando irritadamente o doce de minha mão.

–Ei, relaxe, você precisa descansar e esperar o médico dar os resultados dos exames do Mikhael.

–Sentar, relaxar e esperar calada? É isso que você quer que eu faça? Eu não sei se você percebeu, mas o meu namorado está em coma!- Respondeu ela, parecendo um pouco irritada.

–Ei, relaxa!-Disse Mathias.

–Sabe, Mathias, às vezes você é o único que consegue ficar são e nos acalmar evitar brigas... como você consegue?

–Como você conseguiu sair do carro em movimento sem eu notar?

–Eu já disse! Eu fui...

–Teletransportado por um arcanjo, sei- Me interrompeu Mathias.

–Quer saber? Você quer a verdade mesmo? Quer saber da história toda? Então se sente que a história é bem longa.

FLASHBACK: ESCOLA

Eu apareci do lado do mago que trouxe todos os monstros e preparei minha espada para atacar o amuleto, quando de repente o mago desapareceu e apareceu repentinamente na minha frente. Eu comecei me sentir enjoado, e desmaiei, mas não antes de ver o homem se transformar em mim.

_Mas o que?_Pensei, sem tempo de tirar nenhuma conclusão e desmaiando logo em seguida.

NA SALA DE TORTURA:

Acordei em uma sala escura e com cheiro de enxofre. Tentei andar, mas tropecei e percebi que estava acorrentado. Acho que fiz muito barulho ao tentar me desacorrentar, pois pude ouvir passos no outro lado da sala, provavelmente do meu sequestrador, que ouviu o som das correntes e estava vindo me botar para dormir de novo.

–Então, você finalmente acordou-Disse uma voz grossa e alta.

–Quem é você? Quem é que está aí?- Perguntei, ouvindo apenas um som de algo metálico caindo como resposta.

–Não se lembra de mim? Estou magoado- Respondeu a voz, falando como se fosse um velho amigo meu.

–Talvez seja porque eu não estou te vendo

–Bom, você vai ter que descobrir quem eu sou apenas pela minha voz, pois eu não posso ir aí... estou fazendo uma decisão muito importante...

–Por acaso seria o que você vai usar pra me torturar?

–O que? Não, por favor, eu não preciso te torturar, pois você vai me contar exatamente o que eu quero saber de boa vontade.

–E por que eu faria isso?

–Por que você não esconderia nada do seu irmão mais velho, até porque, se você disser exatamente o que você sabe ele vai te libertar.

_Irmão mais velho? O que ele quer dizer com isso? Eu não tenho irmãos... esse cara é louco, eu preciso dar um jeito de fazê-lo me tirar daqui, antes que a parte ruim comece_

–Escuta, eu não sei do que você está falando, eu não sei o que você quer que eu fale, e nem ao menos que você é...

–Eu já disse, eu sou seu irmão mais velho!

–Não, eu não tenho irmãos!

–Ah, assim você me ofende! Por favor!

–Olha, eu não sei quem você é, nem o que você acha que eu sei, mas eu tenho amigos MUITO poderosos, e que quando perceberem que eu sumi vão...

–Mas eles não vão perceber que você sumiu! Eu fiz de tudo para garantir que eu e você tivéssemos privacidade total até você me contar tudo que sabe

–O que você quer dizer com isso?

–Eu quero dizer que eu garanti que ninguém iria perceber que você sumiu. Eu não quero matar ninguém.

–Você quis dizer que não quer ser morto

–Você realmente acha que eu seria morto por aqueles seus amigos? Por favor!

–Tudo bem, eu entendi. Você é poderoso. Mas o que você quis dizer com “eu garanti que ninguém iria perceber que você sumiu”?

–Nada... apenas uma criatura de testes do meu chefe

–Seu chefe?

–Ah, você sabe-HEROBRINE-.

–Herobrine? Por favor, ele é só uma lenda.

–Você acha? E quem você acha que criou o Nether? E os Ghasts?

–Então, você está dizendo que o Herobrine está no meio dos meus amigos, disfarçado de mim?

–Na verdade, uma nova criatura que ele criou.

–Bom, pelo menos ele sabe pensar...

–É, bom, ele não podia simplesmente me mandar te raptar e deixar seus amigos perceberem. Isso ia causar muitos problemas para mim, então eu teria que matá-los, o que iria te irritar e fazer com que você não se juntasse a ele, e então ele mataria a nós dois.

–Espera... você disse que ele mandou você ir atrás de mim, especificamente, isso quer dizer que ele sabe que nós somos irmãos?

–Sim! É claro! E ele nos escolheu por um propósito!

–E que propósito seria esse?

–Bom... ele já dominou o mundo quase inteiro, só falta a sua cidade e mais alguns vilarejos, e eu sou seu servo mais poderoso. Você é meu irmão, e é quase tão poderoso quanto eu, então, por que matá-lo, se ele pode fazer de você uma máquina de mortes incrivelmente poderosa?

–Ele sabe que eu não vou aceitar trabalhar pra ele, não é? Quer dizer, já faz muito tempo que eu não uso magia, e por que eu mataria pessoas inocentes?

–Ah, mas nós não estamos falando de magia de bruxo, nós estamos falando de magia de verdade.

–O que isso quer dizer?

–Você vai entender quando chegar a hora, mas agora... você vai me falar tudo que você sabe sobre Mathias Hernandez

–Tudo bem: Eu sei que ele era um mago muito poderoso até perder os poderes, uma espada que mata qualquer coisa e passa a vida matando dragões.

–Vamos lá, você tem muito mais pra falar.

–Eu só sei isso! Eu juro!

–Não minta para seu irmão!

–Eu já disse que eu não tenho irmãos!

–Tudo bem, você pediu por isso.

Eu então escuto passos vindo em minha direção. Eu posso ver um pouco de seu rosto, e vejo também que ele está com um punhal de prata na mão.

–Vamos começar a diversão!- Diz ele

Eu podia sentir uma ponta de prata fria cortando a minha barriga. Eu gritei até minha garganta começar a queimar. Eu já tinha sentido muita dor na minha vida. Tanta dor que eu acho que nenhuma outra pessoa teria suportado. Já tive minha mão queimada quase que por inteiro, já tive uma flecha perfurando meu pulmão, e até mesmo já havia sobrevivido a uma explosão nuclear. Mas nada, NADA supera a dor que eu estou sentindo no momento. É como se fosse uma mistura da dor explosão nuclear misturada com Ricino em uma faca de chumbo.

–Eu já te disse tudo que eu sei! Eu juro!

–Eu sei disso.

–Então por que você continua me torturando?

–Por que- Respondeu o homem alto com cabelo loiro passando a faca levemente no meu rosto- nós temos que ser convincentes

–Do que você está falando?-Perguntei

–Eu estou falando que nós precisamos conversar à sós, e para isso eu tenho que convencer meu chefe de que eu estou fazendo meu trabalho direito, daí ele vai embora e eu te explico tudo

–O que?-Perguntei, sendo respondido apenas com um “silêncio” e uma pancada no olho.

–Agora, você vai me dizer exatamente o que você sabe.

–Tudo bem! Ele é um caçador de dragões, luta muito bem, tem uma espada muito grande e que mata qualquer coisa, com exceção, talvez do Herobrine e...

–Tudo bem, você já pode para de fingir, ele já foi- Disse o homem, mudando misteriosamente de corpo.

–O quê? Você é uma daquelas criaturas?

–O que? Não, não... meu nome é Gabriel, eu sou um arcanjo e eu expulsei um dos meus irmãos que estavam na Terra e trabalhavam para Herobrine daquele corpo e clonei ele em mim mesmo

–E por que você faria isso?

–Por que... por que eu não vou arriscar morrer por vocês humanos, mas meu pai quer que Herobrine seja impedido

–E por que ele mesmo não faz isso?

–Por que... - Disse Gabriel começando a me desacorrentar- Ele está muito ocupado lá em cima, e, bem, ele, nós arcanjos (Eu, Miguel, que está de castigo, Lúcifer, que foi expulso e trabalha para Herobrine e Rafael, que está muito ocupado protegendo profetas) e os quatro cavaleiros do apocalipse, que estão à maioria do lado de Herobrine podem matá-lo.

–E então, por que você quer minha ajuda?

–Por que, meu punhal pode ser usado para feri-lo, e como você é um dos únicos ainda vivos, eu vou dá-lo a você e você vai enfiá-lo no peito dele e jogá-lo em um poço sem fundo.

–Espera... você disse que nem todos os cavaleiros do apocalipse estão do lado dele... por que você não pede a ele para fazer isso?

–Por que ele não está do lado do Herobrine, mas Herobrine usou seus poderes para controlá-lo, e agora ele tem Guerra, Fome, Peste e Morte trabalhando para ele.

–Ótimo- Disse ironicamente

–Enfim, nós temos um plano: Você encontra seus amigos, acalma a bruxa que está se formando , acorda o namorado dela que está em coma, procura os outros quatro sobreviventes e vocês se juntam para você chegar atrás dele, apunhalá-lo e jogá-lo em um poço sem fundo.

–Espera... quatro outros sobreviventes? Foi só isso que sobrou?

–Sim, e coincidentemente são quatro cavaleiros. Mas, não se preocupe, eles são humanos.

–Que bom. Mas o que você quis dizer com acalmar a Bia?

–Ah, é que o seu clone enlouqueceu ela e agora ela despertou os poderes máximos dela

–Ótimo, isso vai ser demais... quer dizer, foi meu clone que irritou ela, então só de me ver ela vai ficar mais irritada ainda

–Não se preocupe, você vai conseguir.

–Valeu por isso- Respondi ironicamente- Mas como eu vou acordar o Mikhael do coma?

–Simples!-Disse ele tocando minha cabeça- Você vai saber o que fazer

–Tudo bem, acho que já passou da hora de eu voltar pra escola.

–Não, você não vai pra escola, eu vou te levar para o hospital onde o Mike está, lá você encontra a Bia, acalma ela e salva o Mike.

–Tudo bem, então temos que agir logo antes que ela faça alguma coisa errada.

–Você entendeu o plano, irmão?

–Sim, eu entendi Gabriel. Não vai ser fácil, principalmente com a Bia descontrolada, mas eu entendi.

–Ah, é, quanto a sua amiga... – Disse Gabriel me entregando uma seringa com um líquido verde dentro-... Isso vai ajudá-la a voltar a si

–Obrigado

–Tudo bem, agora eu vou te levar para o hospital, e você dá um jeito.

–Tudo bem. Te vejo em outra vida, irmão

–Há-há-Disse Gabriel, encostando dois dedos em minha testa.

De repente eu apareci na frente da porta do hospital Geral de São Miguel. Eu entrei e perguntei à recepcionista em que quarto estava Mikhael Linnyker

–Quarto 302-Respondeu ela

–Obrigado- Respondi, correndo em direção ao corredor que leva em direção aos quartos.

Subi as escadas, virei à direita e corri em direção ao quarto 302. Eu abri a porta calmamente e pulei em cima da Bia, que estava flutuando, e ela começou a se debater. Eu pude ver o Mathias terminando de subir as escadas e correndo em direção ao quarto, que estava com a porta aberta. Eu tirei a tampa da seringa que Gabriel havia me dado e enfiei a agulha No peito da Bia, que em instantes desmaiou.

–Como você conseguiu?-Perguntou Mathias

–O quê?

–Como você conseguiu sair do carro e chegar aqui tão rápido?

–É uma longa história, quando a Bia e o Mikhael acordarem eu explico.

– Então foi assim que você ganhou essa cicatriz? - Bia pergunta um pouco mais calma.

– Sim - Respondo.

– Bem, acho que ele não copia tão bem quanto deveria. - Mathias diz.

– O que você quer dizer? – Pergunto.

– Bem, é que a espada do clone era normal, não preta como a sua.

– Mas isso não... – Começo a explicar, segundo antes da porta abrir e o doutor entrar no quarto.