Alicia! Tô falando com você!

— Ai! Que é?!!!

— Que é digo eu! Você tá parada aí que nem tonta!

— Olha como fala, sua vadia! E eu tava olhando praquelazinha... Eu estou cega ou ela tá dando em cima do MEU Brandon?!

— Bem, parece que foi ele quem foi até lá...

— Deixa de ser burra sua oxigenada! É óbvio que o Brandon não daria mole pra uma... despeitada que nem ela! Ela tá brincando comigo! E essa brincadeira vai virar uma tempestade num copo d’água!

E a morena saiu sendo seguida por suas amigas:

— Aonde você vai? – Blake perguntou confusa.

— Acertar as coisas! Tem gente nessa escola que ainda não captou a mensagem...

Stella a observou de canto enquanto a morena saía pisando forte. Sabia que ela percebera algo e por isso teria que tomar cuidado ainda que lhe doesse ouvir Brandon reclamar por ter que esconder o namoro e ver a loira tratá-lo apenas como um "amigo".

— Bora – Raquel chamou – Tá na hora.

— Quem é agora? – Keira perguntou sem muito interesse.

— Millena – Stella respondeu terminando de se levantar.

Saíam do refeitório ao lado de vários alunos que já seguiam para suas aulas. Keira comentava algo sobre a roupa indecente de uma garota e as outras duas davam risada quando alguém esbarrou com tudo na loirinha e esta foi tomada por uma grande chuva de suco:

— Ah, me desculpe... – encenou Alicia, enquanto Stella tentava acreditar no que acabara de acontecer. Blake e Ashley se seguravam para não rir; Raquel e Keira estavam totalmente paralisadas de surpresa; e Stella sentia o suco pingar de seu rosto, cabelos e uniforme limpinho.

— Sua... – Raquel ameaçou.

— O que garota?! – a morena endireitou-se – Que é?! Vai dizer que não foi sem querer! Acidentes acontecem!

— É e ela bem que mereceu por ter sujado todo mundo de tinta naquele dia! – Ashley ajudou.

— A culpa não foi dela suas imbecis! E foi de propósito sim! Todos viram!

E ao olhar para os alunos que rodeavam a cena, estes viraram seus rostos para não se intrometerem na confusão:

— Seus covardes... – rosnou a castanha.

— Quer saber, não me importa – Stella interveio – Vou me limpar no banheiro antes que a aula comece. Vão na frente e tentem avisar a professora...

E a garota saiu sentindo-se envergonhada, humilhada e furiosa com a cena toda. Suas amigas deram meia volta e seguiram para a aula, proferindo xingamentos contra a “vilã” e esta permaneceu no lugar, ouvindo suas parceiras rirem e com um sorriso de triunfo estampado em seu rosto.

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Stella entrou no banheiro que estava completamente vazio. Assim que se olhou no espelho, viu a grande mancha de suco em seu rosto, cabelo e uniforme. Rapidamente ela lavou o rosto e molhou as mechas que tinham sujado para que não ficassem melecadas; a camisa branca ela conseguiu limpar da mesma forma que fizera a primeira vez.

— Melhor que tá não fica... – ela comentou enxugando a face. Jogou o papel na lixeira e se preparou para sair do banheiro; mas a passagem tinha sido barrada.

— Onde pensa que vai? – Alicia perguntou. Ela, Blake e Ashley estavam paradas na porta, sorrindo de forma sarcástica e significativa. Stella sentiu seu coração falhar: o que fariam com ela?

— Desculpem, preciso ir. Estou atrasada pra minha aula!

— Na-am! – Alicia a empurrou para trás – Atrasada você está parar acertar as contas!

— O-o que?

— Você é surda garota?! Que parte do “não quero você perto do Brandon” você não ouviu?!

— Mas eu...

— Eu te dei um aviso... Agora é a deixa!

— Mas...

— Meninas! Vamos ensinar pra essa horrorosa que não se brinca com Alicia!

Ashley se multiplicou em três de si mesma e o trio de clones imobilizou Stella. Blake envolveu os braços e a cintura da menina com uma espécie de cinto de diamante, o que a deixou sem movimentos nos braços e nas pernas. É claro que aquilo não iria interferir nos poderes de Stella, mas antes que a loirinha pudesse se quer pensar em algo, Alicia flutuou no ar, enquanto seus olhos viravam dois globos brancos e uma ventania cobria o banheiro.

As luzes estouraram e os espelhos racharam. Pequenos raios foram formados no ar e disparados contra o corpo da garota. Com o impacto, Stella foi jogada contra os espelhos que terminaram de se quebrar, causando diversos cortes na garota.

— Eu mandei... – Alicia continuou – você... ficar longe dele! – e ela estendeu a mão em direção a Stella, erguendo-a no ar e retirando todo o ar de seus pulmões.

— Alicia! Pare já com isso!

— Ferrou... – comentou Blake. Morgana estava parada na porta do banheiro, acompanhada de Keira e Harley.

— Ela me atacou primeiro... – rosnou Alicia.

— Não quero saber! Solte-a ou será expulsa!

A morena ainda esperou alguns momentos antes de soltar Stella e esta cair no chão, quase sem ar, tossindo e com lágrimas escorrendo pelo rosto.

— Não posso acreditar no que acabei de ver! – a inspetora exclamava – Não é pra isso que dou aulas particulares a vocês duas! Me acompanhem agora! E saibam que eu já chamei os pais de vocês duas!

Alicia encarou a mulher com uma expressão de confusão e então disparou um raio contra a inspetora:

— Alicia!!! – suas amigas exclamaram.

— Você atacou a Morgana!

— Ela NÃO É a Morgana! – a morena gritou.

— O que?!

O corpo de Morgana foi se desfazendo enquanto assumia a aparência de Raquel. Keira a ajudou a levantar-se:

— Achou que fosse me enganar, sua maldita?! Morgana sabe que não tenho pais!

— Ah, tá explicado porque você é assim... – Harley comentou. Alicia ofendeu-se com o comentário.

— Ora, sua...! – Blake conjurou diversas adagas de diamante e disparou contra as garotas. Instantaneamente Keira pôs-se a frente e abriu suas grandes asas, bloqueando as facas.

Alicia tornou a subir no ar, mas algo começou a obrigar seu corpo a voltar para o chão. Ao virar-se, ela se deparou com Stella lhe fitando séria, seus cabelos esvoaçando e os cacos de vidro ao seu redor, flutuando também.

Ashley veio com suas clones por trás da garota e uma delas lhe prendeu os braços, a outra deu um soco em seu rosto e a terceira chutou sua barriga. A loira estava de volta ao chão e Alicia aproximava-se. Foi quando uma forte dor atacou a perna da garota:

— Aaah!!! – e ela olhou para baixo, a tempo de ver um lobo lhe morder a canela. Alicia lhe chutou no focinho com o outro pé e precisou apertar o local da mordida para cessar a dor. Ao levantar-se, ela deu de cara com Blake sendo imobilizada por Raquel e Ashley presa por Keira, enquanto o lobo rosnava para si, com os dentes afiados a mostra e a baba ameaçadora pingando no chão.

— Afaste-se de Stella e nunca mais se aproxime, Alicia – Raquel falava – Não conte isto a ninguém e nós também não contaremos. E lembre-se de que nós temos sua bela reputação a nosso favor, caso alguém dedure a briga. Então saia do banheiro imediatamente e suma!

— Eu saio – a garota rendeu-se – Mas isso não termina aqui! Vocês podem ter ganho a briga, mas não ganharam a guerra! Eu ainda acabo com essa vagabunda que deu em cima do meu namorado! E da próxima vez vocês não poderão ajuda-la!

A garota saiu do banheiro encarando Raquel sem se quer piscar. Ao atravessar a porta, ela e Keira soltaram as amigas da morena que saíram correndo atrás de sua “líder”.

— Stella! – Harley correu até ela, já humana – Você está bem?!

— Sim... – ela disse levantando-se.

— Vem! Vamos te levar a enfermaria!

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Após os cuidados ranzinzas da enfermeira, Stella curara-se totalmente. Ficara apenas um corte em sua testa que fora coberto por um band-aid:

— Vai contar isso ao Brandon, não vai? – Keira perguntou.

— Ah... Eu não sei...

— O que?! Não acredito nisso, Stella! Ele tem que saber que por culpa dele você quase foi morta por aquela... urrrggg... garota!

— Mas eu não quero que ele pense que eu sou uma coitada e muito menos que tudo isso vire uma confusão! Não quero que a escola inteira fique sabendo!

— Não importa! Você VAI CONTAR SIM! E se VOCÊ não fizer isso, NÓS faremos!

A garota torceu o nariz praquela ameaça e saíram da enfermaria. Decidiram que seria melhor não comparecer a aula da professora, pois só aumentariam as suspeitas. A loirinha pediu para irem até seu armário guardar seus livros daquele dia e depois só iria querer dormir em seu quarto.

— Podem avisar a Molly pra mim? – ela perguntou.

— Sim! Claro...

— Valeu... – ela sorriu.

— Stella! Stella! – alguém chamava por ela. Brandon aproximava-se as pressas, com cara de assustado, como se tivesse acabado de ver um fantasma – Stella! O que aconteceu com você?!

— O-o que? Nada!

— Eu procurei por você o dia inteiro e me disseram que te viram saindo da enfermaria! Stella! Não minta pra mim! O que aconteceu?!

— Nada Brandon... Eu estou bem! A Harley que precisou ir lá... – ela disse abaixando o rosto. Mas tarde demais, o garoto levantara sua cabeça e agora via o machucado em sua testa.

— O-que-foi-isso? – ele perguntou pausadamente.

— Nada...

— Foi a Alicia – Harley respondeu sem pensar. Stella lhe fuzilou com o olhar e esta deu de ombros.

— A Alicia? O que... Por q... ALICIAAA!

Brandon gritou o nome da garota e em poucos segundos alguém a trazia sendo puxada pelo braço:

— Ai seu imbecil! Me solta! O que está... Brandon?!

— Alicia, me responda a verdade: o que você fez a Stella?

— Eu? Nada!

— Me responda!

— Quer saber?! – a garota irritou-se – Me responde você, Brandon! Por que se interessa tanto por essa garota?!

— Bem... Porque....

— Ah... – a morena soltou um muxoxo de impaciência e fez uma cara sarcástica – Não brinca... Não vai me dizer que tá afim dessa coitada!

— Ah... Eu...

— Sério Brandon! Vocês estão namorando?!

E ele olhou para a loirinha, como se perguntasse se podia contar. Ela fez que não com a cabeça, mas ele fechou os olhos e decidiu agir como acreditava ser o correto.

— SIM! EU estou namorando com ela, sim! E quer saber?! Ela havia pedido que mantivéssemos em segredo porque tinha medo do que iriam pensar dela, mas EU não to nem aí para o que pensam da gente! Por isso faço questão hoje de falar pra todo mundo! EU ESTOU NAMORANDO COM A STELLA! EU AMO ELA! Ouviram?! É! Eu TE amo! E faço questão que todos saibam! Quero que a escola inteeeira saiba disso! E faria o MUNDO inteiro saber disso se eu pudesse! E sabe de uma coisa?! Eu VOU fazer isso! MUNDO! EU AMO A STELLA! Eu beijo ela todos os dias e é a coisa que eu mais gosto de fazer nessa vida! Pronto?! Estão todos satisfeitos?! Porque EU sim! Agora vamos MINHA NAMORADA!

E Brandon a puxou corredor afora. Todos os alunos do corredor estavam pasmos e olhavam para Alicia, que parecia ter levado uma bofetada na cara do próprio presidente.

— Tão olhando o que seus desocupados?! Vão procurar o que fazer! – ela gritou e saiu pisando forte.

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Brandon simplesmente arrastava Stella pela escola inteira. Se quer a olhava. Apenas continuava a andar apressado. A menina o encarava por trás, assustada, confusa... preocupada. Quando finalmente chegaram num lugar totalmente vazio, Brandon parou de andar e ficou olhando para o chão, respirando de forma ofegante:

— Brandon... – Stella tentou falar.

— Para! – ele ordenou – Por que... Por que você me escondeu isso?!

— Brandon eu... Me desculpa! Eu não sabia! Eu tive medo do que você fosse pensar... Eu...

Sem mais esperar, ele a puxou para junto de si e a abraçou com toda sua força, como se jamais fosse soltá-la novamente:

— Brandon? – Stella o chamou ao notar que ele parecia estar... chorando.

— Stella... Nunca mais saia de perto de mim... – ele pediu... ou mandou – Eu não... eu não sei o que faria sem você... Stella... Me perdoa... A culpa é minha... Eu juro! – e ele então se afastou dela para olhar em seus olhos com toda sinceridade. A menina viu que ele estava vermelho, olhos cheio d’água e os lábios trêmulos de nervosismo – Eu juro que jamais irei deixar alguém machuca-la novamente! Eu prometo que farei você a garota mais feliz desse mundo! Eu...

— Brandon! – Stella o interrompeu – Você já faz!

E ela o beijou fortemente. Ele a apertou junto de si e de fato perdeu toda a vontade de soltá-la.

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Depois disso, tudo pareceu se acalmar um pouco pela escola. As pessoas pareciam terem aceitado de forma natural o relacionamento dos dois: alguns até comentavam que os dois formavam um belo casal, pois ambos eram os melhores alunos de suas séries, ambos eram generosos, ambos gostavam de ajudar seus amigos e até os funcionários da escola. A única grande diferença entre eles era que Stella era uma menina mais fechada, extremamente tímida e até medrosa, enquanto ELE era brincalhão, extrovertido e audacioso. Talvez exatamente por essa diferença que se completavam tão bem.

Alicia parecia ter dado um tempo de suas implicações, ou deveria estar descontando sua frustração em outras alunas. Mas todos sentiam que a garota estava longe de ter “se aposentado”.

Depois da briga no banheiro, Raquel e Harley voltaram a conversar normalmente, apesar da castanha ainda manter seus planos de conciliar a morena com Leigh. Seus pensamentos ainda mantinham-se no garoto que lhe salvara na piscina, mas agora estes haviam diminuído. Quem não conseguia esquecer sua solteirice era Keira, que parecia lembrar a todos – mesmo que por indiretas – do quanto se sentia sozinha.

— Relaxa garota! Você não deveria ficar pensando muito nisso!

— Verdade! – concordou Stella – Porque o amor aparece quando menos se espera. Eu não tinha plano algum de arrumar alguém e desejava que isso acontecesse o mínimo possível... e olha só agora! Já vai fazer UM mês que estamos juntos!

— Nossa... Como o tempo passa rápido...

— Nem me fale! Esse final de semana já é o festival e em dois minutos começa a aula do Hilário!

Largaram suas bandejas de qualquer jeito na mesa e saíram correndo:

— Com licença professor! – gritaram da porta. Este as encarou com um sorriso triunfante.

— Atrasadas. Não podem mais entrar na aula.

- Ah... – Matt tentou falar com cuidado – O relógio na parede mostra que ainda faltam doze segundos pro início da aula. Digo, nove, oito, sete, seis...

O professor revirou os olhos aborrecido:

— Hunf... Entrem, entrem...

— Quatro, três, dois...

— Já entendi senhor Matt!

— um... – ele terminou baixinho. Por chegarem atrasadas não conseguiram escolher seus lugares. Por sorte Raquel e Keira conseguiram sentar-se juntas na mesma mesa, Stella sentou-se com Matt e Harley... bem, esta, para seu azar, só restou um único lugar ao lado do novo aluno da sala.

— Sente-se ao lado do senhor Leigh – Hilário disse virando-se para o quadro.

A garota ficou encarando-o por um longo tempo, decidindo-se se sentava ou não:

— Eu não mordo – ele brincou tentando parecer amigável.

— Bom, eu sim – ela respondeu aborrecida e sentando-se na ponta da cadeira, o mais longe que conseguia do rapaz.

— Quer saber, eu não entendo porque você me trata assim.

— Do que cê tá falando?! – ela perguntou irritada.

— O que eu te fiz?

Harley abria a boca para retrucar, mas Hilário virou-se iniciando a aula. Ela teve que deixar seu comentário para depois:

— Muito bem, como podem ver, na mesa de casa um de vocês encontra-se uma bandeja lacrada e muito bem fechada. Assim que abrirem-na descobrirão o tema da aula de hoje. Podem começar.

Animados e curiosos, os estudantes começaram a abrir suas bandejas com toda a pressa e os gritos de exclamações eram diferentes em cada mesa:

— Ah não... – Stella sentiu seus olhos encherem d’água ao ver uma pequena rã pregada na bandeja, morta de forma fria e calculista.

— Ah sim – disse Hilário – Irão dissecar estas rãs e identificar todos os órgãos que compõem o sistema respiratório deste anfíbio. Para aqueles que têm pena, nojinho ou qualquer impedimento a este trabalho, só lhes digo uma coisa: dane-se! Comecem! Vocês têm duas horas para terminar isso ou terão um ZERO bem redondo em seus boletins!

— Não, não, não! – Stella reclamava – Não vou fazer isso com esta pobre rã! Que crueldade!

Keira e Raquel também se sentiam indignadas com a situação do animal, apesar da primeira ser movida mesmo é pelo nojo e receio. Harley, defensora dos animais como Stella, era um mar de palavrões ao professor, que ignorava a tudo.

— Harley...! – a loirinha a chamou cochichando – Por favor, vamos fazer alguma coisa! Devem ter outros bichinhos presos por aí na escola! Precisamos salvá-los! Por favor... Vamos fazer algo!

— Deixa comigo...! Tenho um plano. – e ela virou-se para Leigh – Olha, você pode me ser útil. Se me ajudar nessa, paro de te encher...

— O que? Do que você tá... – antes que pudesse terminar a pergunta, Harley revirou os olhos enquanto seu corpo amolecia e caía no colo do rapaz.

— Harley! – Will que estava atrás exclamou e todos os alunos olharam em direção a cena.

— O que está havendo? – Hilário perguntou aborrecido.

— N-não sei...! – defendeu-se Leigh, totalmente pego de surpresa – Ela simplesmente desmaiou aqui!

— Hunf, como se eu não estivesse acostumado com isso. Anda, leve-a a enfermaria. E se mais alguém passar mal aqui vai ficar deitado no chão mesmo!

Leigh a ergueu em seus braços e saiu carregando-a corredor afora. Ele sentia-se confuso com a cena toda: não entendia porque a garota havia feito aquilo. Uma hora estava brigando consigo e um segundo depois desmaia em seu colo. Que menina complicada!, ele pensou.

Já estavam nas escadas quando Harley abriu os olhos e pulou do colo do rapaz:

— Já pode me soltar.

— Ei! Mas o que... O que... Argh! Você tem problema é?! Eu posso ter estado na cadeia, mas você merecia um manicômio!

— Agora não tenho tempo pra suas idiotices, vamos! – e ela o puxou pelo braço.

— Vamos o que?! Pra onde?!

— Libertar os animais!

— Que?!

— Anda! Você sabe andar ou eu terei que carregar você no colo?

— Mas... Eu... Hunf – e ele suspirou conformado – Já tô nessa mesmo... E pior que tá não fica.

— Ah, fica! Estando EU no meio, tudo pode ficar pior – e ela sorriu de forma significativa pra ele. Leigh apenas revirou os olhos e sorrindo de volta seguiu a garota pela escola.

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