Cap. 2-Pov Autora

–Eu não vou!Não podem me obrigar!

–Não fale assim comigo – retrucou a loira que lhe lançava um olhar tempestuoso.

–Por que agora?Por que sem pedir minha opinião?

–Porque se trata de você e lhe conhecendo bem sei que tentará uma solução que lhe beneficie.

–Mãe, vocês sempre me educaram em casa por que mudar isso agora.

–Por favor, Helena, sem persuasão. Seus poderes estão crescendo e precisa aprender a controlá-los, cada vez mais monstros parecem não que eu me importe de batalhar com eles, mas o que me preocupa é o que pode acontecer com você.

–Por quê?A senhora e o papai me ensinaram tudo o que sabiam tudo o que era necessário, eu sei lutar como vocês, sei batalhar como vocês... – não terminou a frase, pois foi interrompida pela mãe.

–Mas você não é como nós... Entenda, você tem um dom, pode ter nosso sangue correndo em suas veias, mas você é muito mais especial – disse em um tom carinhoso e sonhador.

–E porque não me mandar para o acampamento?

–Quíron não está em condições de recebê-la, eu adoraria que você fosse para lá, mas ele anda recrutando campistas aleatoriamente para outros cantos dos países a para criar filiais do CHB, quando um volta outra vai e não quero você longe.

–Isso é besteira. Que droga! – ela levanta e sai andando da sala de estar, Annabeth apenas escuta porta do quarto sendo batida com força.

Ela fica totalmente perplexa, sua filha nunca tinha agido dessa maneira com ela, sempre fora obediente e responsável, não sabia o que fazer nessa situação. Ela levanta e vai em direção ao quarto de Lena.

–Hels... Por favor, abra a porta.

–Não, não quero falar com ninguém, não quero ver ninguém!

–Escute, não sei como agir nessas situações, você nunca agiu assim comigo – ela não responde, então, a mãe respira fundo e continua - Você terá que ir, pode ser longe, mas é necessário, você precisa de proteção, precisa ser devidamente treinada – ela termina e a porta é destrancada.

–Então que tal fazermos um acordo?

–Me mostre sua proposta e eu analisarei – disse entrando no cômodo.

–Eu vou para a THL e,quando as férias chegarem,eu você e papai passamos o verão inteiro no CHB, com algumas exceções para visitar meus avôs, todos eles, até os mortais.

–Por mim tudo bem, desde que seu pai aceite.

***

Dylan! – escuta a mãe fritando do grande salão.

–Já estou indo! – responde saindo da sala de treinamentos ainda se vestindo.

–Você pode me explicar o porquê de THL ter nos mandado uma carta dizendo que você está aceito na instituição de ensino para jovens “especiais”? – Ele para subitamente e olha assustado para a loira com olhar feroz a sua frente, seu coração está a mil ele sente seu sangue quente correndo pelas veias em seu corpo, mas é como se tivesse esquecido como se respira.

–Eu ia te contar. Estava esperando a carta chegar,na verdade não esperava que me aceitariam.

–Mas aceitaram e você vai recusar!Será que não fui clara quando disse que não poderia se matricular?!

–Foi, mas eu queria e não custava tentar, prometi mim mesmo que se eu passasse iria lhe contar a verdade.

–E quem foi que escreveu como seu protetor? – perguntou e ele discretamente olhou para o tio que passava por eles estudando um livro de magia – Carter!Eu vou matar você!

–O quê?O quê foi que eu fiz?

–Nada!Só mandou meu filho para um internato pelo resto do ano!

–O quê?Você disse que ela tinha pedido para eu preencher! – disse olhando acusadoramente para o sobrinho.

–E você acreditou no seu sobrinho?!

–Sim.

–O garoto que coloca mingau no seu sapato, joga baldes com uma gosma estranha na sua cabeça e te transformou em rato com uma poção que ele dizia ser suco de uva?!

–Tinha gosto de uva e sim eu acreditei. Porquê eu fiz isso mesmo?

–O senhor disse que faria qualquer coisa se sumisse da sua frente para terminar de treinar um feitiço novo.

–A sim... – não terminou de falar levou uma tapa na cabeça e deixou o livro e os papeis todos caírem – Ai isso doeu.

–Não mais do que deveria. E você mocinho,arrume as malas,aproveite seu primeiro e ultimo ano na sua querida escolinha – resolveu e saiu pisando forte,já estava feito,para quê voltar atrás?!

Ele esperou a mãe sair e comemorou indo em direção ao seu quarto, pelo menos ele tentaria, ele poderia experimentar como é ter uma vida normal, ou mais ou menos isso.