Herança

Capítulo 62


Sua mãe ia lhe matar!
Tudo o que queria era fazer o que fazia em quase todos os domingos: passear no parque do lago, curtir a vida com a sua turma, se divertir, comer porcarias e outras coisas menos saudáveis e voltar para casa a tempo de estudar para o trabalho de grupo na segunda feira.
Era pedir demais?
Ela se abaixa e move suas garras com fúria e vontade, rasgando vários fantasmas negros que se aproximavam dos seus amigos as suas costas. Estavam encurralados ali entre as duas choupanas. Porque Mitsue correu para lá e levou os outros consigo?
E porque ela foi tonta o bastante para não confiar nos seus instintos quando farejou a presença deles ali?
Sabia que a ajuda estava a caminho, era só ficarem escondidos que a guarda robô ou alguma sailor iria aparecer para acabar com aquelas coisas.
Só que elas as acharam primeiro.
Ela só teve duas escolhas: fugir e deixar seus amigos morrerem, ou se revelar e tentar salva-los.
E perder a amizade deles para sempre, pois quem iria querer ser amigo de um monstro como ela? Uma youma?
Não teve realmente escolha. Pelo menos eles tinham uma chance de sobreviver. Ou talvez não... quanto mais ela rasgava aquelas coisas e as fazia sumir, mais e mais vinham na sua direção. Pensou em fugir dali na esperança de que as sombras a seguissem e deixassem o grupo em paz.
Mas sabia que não seria assim.
- Kátia.. – murmurou Mitsue – voce está ferida...
- Eu sei – disse ela com uma voz meio cavernosa, normal para uma criatura de cabelos rublos, boca com dentes pontiagudos e orelhas pontudas como ela. Sem falar na pele alaranjada – mas não é grave...
Mais um grupo seguia na sua direção. Ela se preparou e abriu suas garras. Pelo menos o treinamento que fora obrigada a fazer no reino do norte para ter permissão de morar em Tóquio de Cristal valeu a pena. Nenhum youma podia sair do seu reino sem estar treinado para se defender. Poucos faziam isto e os que faziam era para ficar próximos de seus entes queridos que estavam pelo mundo. Seus pais partiram para que ficassem junto de sua avó. Quando esta morreu de velhice umas décadas atrás, ela já tinha fincado raízes naquela cidade, e não quis voltar. Seus pais retornaram e permitiram que ficasse com um Tutor.
Mas não poderia se revelar para ninguém. As pessoas apesar de já conhecerem os youmas, não estavam muito acostumadas com eles. E ela sempre temeu que sua aperencia real assustasse seus amigos.
Amigos de longa data.
Amigos pelos quais arriscava sua vida agora.
- SE ABAIXA!
Ela sentiu ser agarrada por trás bem a tempo de escapar de uma criatura que veio pela sua direita. Não fosse por isso aquela névoa que foi lançada a atingiria.
Ela se vira na direção de quem a salvou e fica surpresa. Era Hector, justamente o que ficou mais assustado quando mostrou sua real aparência.
- O-obrigada...
- A guarda robô está vindo – disse ele – pedimos ajuda pelos visores e uma sailor com um destacamento esta vindo para cá. Isto esta acontecendo na cidade inteira!
- Ainda bem que está vindo alguém – disse enquanto saltava e retalhava a criatura que quase a pegou – estou ficando cansada. Fique atrás de mim, preciso de espaço para usar minhas... garras.
Ele se afastou e juntou-se aos outros dois atrás dela. Olhou furtivamente a distancia e viu outro grupo de sombras sendo atacado por alguém. Pela agilidade e destreza devia ser um malviano. Conhecia dois deles: Um pelo odor e outro pelos seus sentidos únicos para avaliar a real natureza de alguém, já que ele usava algo para mascarar seu cheiro. A amiga da princesa e Nianko. Se aquilo estava mesmo acontecendo na cidade inteira, outros youmas amigos seus devem ter se revelado também.
Lá se foi a vida boa...
Um grupo de dezenas de sombras estava vindo agora. Pelo jeito seria sua ultima luta. Sabendo que se ficasse encurralada ali teria poucas chances, saiu correndo na direção das criaturas, sob os protestos de seus amigos que pediam para não fazer aquilo.
Era estranho... sempre sentiu medo que sua real natureza os afastasse, e agora parecia que eles realmente estavam preocupados com ela. Bom, pelo menos foi uma boa vida. Pena não poder mais perturbar Anne insinuando que era lésbica. Sempre se divertia assim.
Quando abriu seus braços para tentar atacar o maior numero de criaturas Possíveis, um centelha elétrica atingiu o grupo destruindo a maioria deles. Quando se virou na direção de onde aquilo veio viu uma adolescente de cabelos negros flutuando e com faíscas nas mãos.
Uma... uma joviana!
- Precisa de ajuda? – disse ela pousando ao seu lado e lançando mais raios nas criaturas.
- Acho que posso cuidar dos que sobraram – disse ela ainda impressionada – mas acho que aquela pessoa lá precisa.
A desconhecida olhou para o local e apertou os lábios.
- Estão muito próximos das pessoas... aquele malviano não vai conseguir segurá-los...
Ela saltou em direção a uma barraca de salgados e a levantou com as mãos como seu fosse muito leve – lógico, se era joviana devia ser muito forte, como tinha aprendido na escola de seu povo antes de vir para a cidade – e arremessou a barraca para o meio do grupo de sombras negras esmagando muitas e destruindo outras com um disparo elétrico logo em seguida.
Logo depois as duas foram para os que sobraram e os três, a youma, a joviana e o malviano acabaram com as outras criaturas.
- Ufa... – disse o rapaz ofegando – pensei que era o fim... hã... Kátia?
- Oi Nianko... – ela sorriu – parece que nos apresentamos finalmente. Só falta a Diana, se é que não o fez. Isso está acontecendo na cidade inteira pelo que soube.
- Posso dizer que sim. A propósito, meu nome é Maya. E como notaram sou uma joviana. Ou uma mestiça joviana e plutoniana.
- Prazer – disse o rapaz chamado Nianko – é filha de uma sailor?
- Sou filha de um Pirate Knight.
- Humpft – fez Kátia segurando o que quer que tivesse sentido vontade de falar.
- Pode dizer – começou Maya – eles foram os maiores assassinos de youmas. Eu sei.
- Deixem isso para depois – cortou o rapaz – vem mais ai.
- Não se preocupe – disse Maya com um sorriso – chegaram os reforços.
Na entrada do parque viram dezenas de pequenos robôs flutuantes adentrarem este e irem em direção as criaturas. Mais atrás chegou uma sailor - pelo jeito era a sailor Júpiter – que devia estar no controle daquele pelotão. Em cinco minutos o parque ficou tomado pelos robôs e as criaturas foram todas destruídas.
- Bom pessoal, é isso ai. Um bom dia para vocês – disse Maya sorrindo e saltando logo em seguida em direção a sailor.
Kátia respirou aliviada. Pelo menos tudo terminou. Ou será que não? Viu seus amigos correndo em sua direção, com certeza com um monte de perguntas para fazer. O que era ela, porque se escondeu, porque nunca lhes disse nada...
- Kátia, você foi incrível! – disse Akiko pulando no mesmo lugar – sou sua fã!
- Hã... – ela olhou ao redor mas Nianko já tinha sumido.
- Você é uma youma, não é? – arriscou Mitsue.
- Desculpem amigos... eu, eu... eu sou...
- Como assim desculpe? – Mitsue olhou de lado e com uma cara feia – se acha que isso é desculpa, pode esquecer. Temos trabalho de grupo amanhã. Vamos indo, se é que a escola ainda vai estar inteira depois desta... – murmurou rindo levemente em seguida.
- Vocês... não estão com medo de mim?
- Na hora eu fiquei – disse Akiko sorrindo – mas você é a mesma pessoa. E até que essa cor de pele e seus olhos sem íris lhe dão um charme todo próprio. Mas agora vamos embora. Avisaram que há um toque de recolher na cidade e temos que ficar em casa. Parece que as coisas estão sob controle agora.
- Vocês... vão contar...
- Quem tem que contar é você – disse Mitsue – não nós. Você se revelou para arriscar a vida pela nossa. Mas não importa o que aconteça. Você é minha amiga e ponto final! Agora vamos antes que aquela sailor resolva te perturbar com perguntas.
Completamente surpresa ela se deixou levar por eles, voltando ao seu disfarce humano logo em seguida.
Talvez sua mãe não a matasse afinal...
- Que tipo de youma você é?
- Eu... sou uma transmorfa. Posso assumir formas humanas e também um pouco das habilidades das pessoas... aquela era... é minha aparência real.
- Eu gostei...

-x-

Ela olhava ao redor e apurava seus instintos para ter certeza. Os informes dos robôs enviados ao seu visor indicavam que a situação no parque estava controlada. O mesmo já havia ocorrido no megaparque e na praça das sailors. Haviam uns bolsões das criaturas em certos pontos da cidade mas cada um já tinha uma equipe cuidando das coisas.
Uma boa idéia usar os robôs. Foi muito mais fácil e seguro de que encarar as criaturas apenas com as sailors ou policiais. Na opinião dela eles passaram no teste.
- Oi tia!
- Hã? – ela olhou para a garota que tinha acabado de pousar do seu lado – Maya? O que está fazendo na cidade? Seus pais... eu.. ora... me dá um abraço!
A menina gritou de dor quando sailor Júpiter exagerou um pouco no aperto, mas logo passou.
- Nossa! Como está fraquinha... até Marina agüenta esse abraço sem reclamar.
- Agüenta é? Bom, eu vim com o mano e Sumire... estávamos no palácio quando tudo isso começou.
- Sei... – ela a olhava de forma bem desconfiada – e onde eles estão?
- Foram ver se podiam ajudar as novas sailors.
- FORAM O QUE?
- Nossa tia! O que foi? Não podemos ajudar nossas primas?
- Não é isso.. é que... bem... – ela tentou se controlar mas não conseguiu – elas foram massacradas. Recebi um informe de Netuno que tudo está bem agora, mas... não quero pensar nisto agora. De qualquer forma acho que elas não sabem de vocês. Nem sei se lembram que têm primos.
- A Joynah deve se lembrar, garanto. E se não se lembrar, eu conto de novo. Agora que são sailors fica mais fácil, não é?
- Pode ser, mas não é o melhor momento. Bom, venha comigo que preciso ver como estão os outros locais onde estamos com incidentes. E não ouse se meter em confusão, viu?
- Sim senhora! – ela prestou continência com um olho fechado – mas não prometo nada se a confusão for até mim.
- Não é brincadeira Maya.. se encontrarmos um dos generais você não vai ter chance.
- Nesse caso, eu saio correndo e gritando desesperada.
- Duvido – murmurou ela de cara fechada – vamos.

-x-

- Filha... está tudo bem?
- Sim pai – disse Joynah um pouco desanimada – é só que nunca imaginei que alguém poderia ter tanta força... não entendo.
- Falamos que os generais eram bem poderosos – disse Netuno com um ar reprovador – achou que estávamos inventando?
Apesar de ouvir a conversa, Anne permanecia sentada e com os braços cruzados sobre os joelhos. Sentia que algo não fazia sentido. Por mais forte aque alguém seja, há uma questão de física que deve ser respeitada. Aquela mulher até podia ser dez vezes mais forte que sailor Terra, mas para fazer o que fez teria que ter uma massa enorme, coisa de várias toneladas. O golpe que a atingiu e quebrou seus braços deveria ter feito o mesmo com a perna dela.
E não o fez.
Não era velocidade ou resistência, mas lei de ação e reação. Ela não poderia ter feito o que fez se não tivesse algo que compensasse o impacto. E uma das coisas que ela fez podia explicar aquilo muito bem. No momento em que todos se sentiram pesando várias toneladas.
- Gravidade – disse ela para ninguém em especial
- Como? – perguntou Netuno surpresa.
- Gravidade – repetiu ela sem nem lhe dirigir o olhar – aquela mulher manipulava a gravidade. E de uma forma muito peculiar. É a única forma de ter atingindo Joynah com tanta força sem romper os próprios punhos. Joynah tem quase o triplo da densidade de uma pessoa comum. Bater nela com essa força é o mesmo que socar rocha. Eu tenho a mesma força que ela – virou o rosto na direção de Joynah que tinha acabado de reverter ao normal – mas se a atinjo com toda a força, eu é que sou lançada para trás. A não ser que esteja em movimento para frente para compensar isto. E se ela fizer o mesmo, irei levar a pior.
- Filha...
- Sabe que tenho razão mãe. Ela usou um subterfúgio excelente para nos tirar de combate antes que descobríssemos como estava fazendo.
- E o que faria se soubesse disto antes? – Netuno ficou nervosa com a atitude da filha. Ela devia estar grata de estar viva, bem como as suas amigas. E não em ficar pensando em como enfrentar aquela general futuramente.
- Miranda – murmurou ela – seu poder baseado em luz não seria afetado por ela. Alias.. ela conseguiu proteger a princesa, não?
- Eu.. – a sailor ficou reticente. Não devia ter confirmado o que houve com Rita – creio que sim.
Apertando os lábios, Anne retira o visor de seu bracelete e o encaixa no nariz, chamando Rita em seguida.
- Rita... responda por favor.
\"- Titã? Que bom! Quando vi o que aquela mulher estava fazendo eu.. eu quase esqueci de suas ordens\"
- Onde você está?
\"- Chegando perto do castelo. Tem um monte de sombras na cidade inteira. As sailors e guardiões já cuidaram da maioria, mas tem uns espalhados por ai que... eu acho que vou deixar a princesinha em um posto do exército e ajudar\"
- Todas nós vamos – disse ela desligando e pondo-se de pé.
- O que quer dizer com \"todas nós vamos\"? – perguntou Netuno para ela.
- Mãe – sua voz estava bem fria e determinada – mais do que sermos escolhidas para ser sailors, nós aceitamos esta incumbência – o pingente se materializou em sua mão – e sendo minha mãe, responsável ou quem quer que seja, não pode me ordenar a trair a confiança que nos foi depositada.
- Concordo com isso, mas estão subordinadas a rainha como todas nós, portanto...
- A sailor Terra está subordinada a rainha – continuou ela olhando-a nos olhos – ainda não achei nada sobre as senshi lunares naqueles registros que trouxemos da Lua, mas acho que o treinador deve saber a resposta para isso. Treinador – ela se dirigiu a ele – sabe qual a tarefa das lunares no antigo Milênio de Prata?
- Sim – respondeu ele pausadamente.
- E? – atiçou ela fechando as mãos ao redor do pingente que começava a brilhar.
Ele não respondeu de imediato. Primeiro olhou para cada uma delas e dos rapazes, observando atentamente seus rostos e expressão nestes. Anne fez o mesmo e notou que a maioria ainda não tinha revertido, e as duas que fizeram – Calisto e Europa - já estavam com os pingentes na mão para se transformarem. Só estavam esperando mesmo uma desculpa.
- Elas não eram subordinadas a rainha ou ao estado – começou ele devagar e pensativo, para o horror de Netuno que demonstrava em sua face um medo crescente. Exatamente como Anne tinha imaginado – sua dedicação era para a nação como um todo. Raramente faziam algo especificamente solicitado pela governante. Tinham suas atribuições específicas com alguns poderes policiais e deveres definidos. Não sei muita mais a respeito. Se quer saber se deve obediência as senshi planetárias... – ele demorou para prosseguir – a resposta é não! Mas lembre-se de que vocês não são elas. São suas sucessoras e suas atribuições aqui neste novo reino ainda não foram definidas.
- E como estas atribuições foram definidas no antigo reino?
- Sinceramente? – ele sorriu – acho que foi na teimosia mesmo...
- SOHAR! – gritou Netuno desesperada – Como pode incentivar elas...
- Porque elas têm razão – cortou ele rispidamente – só que diferente das sailors planetárias que eram escolhidas ainda crianças e treinadas para sua tarefa por toda a vida, as sailors lunares selecionavam suas sucessoras. E estas eram já adultas e bem capacitadas, no auge de sua forma e espírito. Vocês não estão prontas ainda – ele suspirou – só que não temos outras no momento e... há, que ótimo!
Anne estranhou ele falar aquilo e olhou na mesma direção que ele. Viu duas figuras flutuando e pousarem junto com eles. Parecia que ela conhecia uma delas.
- Sumire? – murmurou ela ficando impressionada – você... pode voar?
- Eu não – respondeu a mulher de cabelos rosas e bem longos sorridente – mas meu namorado sim. Oi tia!
- O que está fazendo aqui? – disse Netuno já não sabendo mais o que fazer agora. Se fosse outra situação Anne já estaria rindo de sua mãe estar perdendo todo o controle da conversa.
- Vim como embaixadora da minha mãe – respondeu cruzando os braços – vimos a bagunça acontecendo e... bem... aqui estamos.
- Destruímos algumas daquelas coisas pelo caminho – disse o rapaz que veio com ela - Também vimos youmas e outros ajudando a proteger as pessoas.
- Isso não explica porque vieram justamente para cá – disse Sohar de forma rude e sombria.
- Tio... acha que eu ia deixar minhas primas serem mortas sem fazer nada?
- Primas? – Allete e Marina falaram ao mesmo tempo.
- Eu me lembro de você – disse Joynah – Arashi, não é? Filho da tia Cassie.
- Isso. Porque está nervoso tio?
- Se quer ser um pirate – começou ele com um olhar extremamente reprovador – deve cuidar de seus deveres antes de se preocupar com a família. Storm deve ter falado isso muitas vezes.
- Eu... – ele ficou ruborizado – bem... eu...
- Esqueça. Se querem ajudar procurem por Afonso. Haruka foi seqüestrada, mas as crianças disseram que ele foi atingido e voou longe. E não o estou sentindo por provavelmente ainda estar usando o dispositivo de Orion.
- A tia foi seqüestrada? – Sumire estava pasma.
- Foi – disse Anne não demonstrando nada – e temos coisas a fazer agora. Se forem procurar por Afonso, nós voltamos para a cidade para acabar com as sombras que estão ainda atacando. E estamos perdendo tempo. Pelo poder da lua Titã, transformação!
Apesar de Allete e Marina estranharem ela se transformar diante de estranhos, elas fizeram o mesmo.
- E então?
- Eu.. – Sumire estava impressionada com ela, sem dúvida – eu vou procurar por Afonso. Amor... vá com elas e veja o que pode fazer para ajudar. E tia... você e Sohar vão fazer o que?
Netuno olhou para baixo por alguns momentos. Era evidente que não queria que a filha fosse atuar como sailor, mas analisando friamente a situação não tinha escolha. Precisavam de ajuda para controlar a situação rapidamente e reduzir os riscos para a população. E também precisavam saber o que houve com Afonso antes de pensar em procurar Haruka.
- Eu vou com elas para a cidade. Depois vamos ter uma conversa, mocinha.
- Ouvirei como filha, não como sailor – respondeu ela saltando em seguida em direção a cidade. Momentos depois as outras saltaram atrás delas, sendo que sailor Moon e sailor Terra – que se transformou logo depois – as seguiram. Sohar observou os dois por alguns instantes e saiu correndo de forma rápida para o mesmo destino.
- Te cuida amor – disse Sumire beijando-o levemente. Logo depois ele usou seu poder eletromagnético e flutuou também em direção a cidade.