Beatriz POV:

- Precisamos conversar – ele me olhou com um olhar de culpa, mais cedo ou mais tarde essa conversa tinha que acontecer.

Fechei os olhos com força e esperei que ele falasse primeiro.

- Me desculpe – ele falou baixando os olhos. Eu não estava pronta pra perdoa-lo – Diga algo. – ele suplicou.

- Oque eu vou dizer? – eu não conseguia mais conter as lagrimas. As lagrimas quentes escorregavam pelo meu rosto.

- Eu não sei onde eu estava com a cabeça – ele voltou a me fitar – por favor, me desculpe. – ele passou a mão no meu rosto para tirar as lagrimas, segurei a mão dele e a afastei. Sai andando, ignorei oque ele dizia. Não sabia pra onde iria, apenas sai andando. Limpei as lagrimas e respirei fundo várias vezes. Eu costumava ficar vermelha quando chorava, mas com esse vento acho que meu rosto já tinha voltado à cor normal. Subi pela escada das Vilas 8 a 14. Vi Alguém familiar saindo da Vila 10. Ele começou a descer a escada. Ele me viu e acenou, apertei os olhos. Aquele cabelo, aquele corpo, aquele... sorriso. Era Harry. Acenei de volta.

- Princesa – ele me segurou pela cintura e me beijou. Eu ri.

- Princesa – sussurrei.

- Você gosta? – ele perguntou bem humorado. Assenti com a cabeça. Ele passou o braço na minha cintura e nós fomos até o Salão de Refeições.

- Posso sentar com você hoje se quiser. – ele falou.

- Não – balancei a cabeça, essa não era uma boa ideia – Que tal eu sentar hoje com você?

- Boa ideia. – entramos no Salão de Refeições, vimos o Liam acenando. Ele estava sentado numa mesa junto com o resto da banda. Nós nos sentamos à mesa.

- Oi garotos – cumprimentei.

- Oi Bia – eles falaram quase em coro.

Nós começamos a tagarelar, eu perguntei sobre a carreira deles, eles perguntaram sobre o Brasil e ficaram super interessados.

- Já ouvimos falar muito do Brasil, país do carnaval, futebol.

- É – ri sem humor, era isso oque todos sabiam, isso me enraivecia às vezes.

- Estou com fome – Harry retrucou.

- Eu também – Niall disse do outro lado da mesa.

- Então vamos nos servir. – conclui. Me levantei e Harry e Niall fizeram o mesmo. Hoje eu estava com vontade de comer carne, carne brasileira. Cheguei à mesa do Brasil. Niall babava.

- Prova essa. – coloquei um pedaço de picanha no seu prato.

Voltamos para a mesa e começamos a comer. Niall praticamente engoliu a comida, Harry era mais calmo, entre uma garfada e outro ele respirava, conversava, pensava.

- Passei a gostar de comida brasileira. – Niall disse. Eu dei uma risada.

- Sempre disse que comida da América é boa. – Harry comentou

- A comida dos Estados Unidos não é tão boa. – Liam torceu o nariz.

- É verdade – confirmei.

Falamos besteiras durante o almoço inteiro. Eu e Harry saímos primeiro do Salão de Refeições, ele foi me deixar na minha cabana.

- Volto mais tarde. – ele deu um beijo na minha testa.

- Ok, que horas? – perguntei sorrindo de canto e com os pés cruzados.

- Oito – ele falou voltando a se virar. Entrei na cabana e resolvi dormir um pouco. Teria uma noite agitada. Dormi quase que imediatamente. Depois de alguns sonhos ouço alguém bater na porta. Me sento na cama e esfrego os olhos.

- Entre – falo com uma voz sonolenta e puxo o cobertor para mim.

- Bela adormecida – Carol cantarolou abrindo uma fresta da porta.

- Fale fiel serva. – digo rindo fraco e me deitando na cama. Ela entrou no quarto e se sentou na cama.

- Sabe que horas são?

- Hora de acordar? – chutei.

- Não, são cinco da tarde. – me levantei com um pulo. Tinha dormido em volta de quatro horas ou mais.

- Hm – falei como se não quisesse nada, sentei na cama de volta.

- Oque pretende fazer hoje a noite?

- Eu... – fui interrompida por alguém abrindo a porta.

- Hola – Adrianna de vez em quando fala espanhol.

- Olá – falamos em português.

- Oque estão fazendo? – agora a conversa era em inglês.

- Perguntando oque a Bia vai fazer hoje à noite. – atirou Carol antes que eu pudesse pronunciar uma letra.

- Continuem, por favor – Adrianna se sentou na cama. Fiz uma careta.

- Vou jantar com o Harry. – falei sem acrescentar mais nada.

- Só? – Adrianna perguntou perplexa.

- Hm, talvez – falei titubeando.

- Cuidado na vida viu? – Carol falou em português.

- Ok – falei rindo. Elas saíram do meu quarto e eu fui tomar banho. Vesti uma blusa de um tecido branco, leve e um pouco transparente. A blusa tem botões dourados e no centro dos botões tem uma pedrinha prateada. Vesti uma calça vermelho escuro. Coloquei uma sapatilha branca com a ponta dourada. Comecei a maquiagem, não exagerei na maquiagem. Estava me admirando no espelho quando ouvi alguém bater na porta lá embaixo, todos ainda estavam na cabana, mas estavam em seus quartos. Peguei minha bolsa e desci as escadas e abri a porta.

- Harry – não consegui evitar o sorriso. Ele não disse nada, apenas estendeu a mão. Segurei sua mão e ele me puxou para fora da cabana. Começamos a andar, subimos as escadas do lado das Vilas 1 a 7, pegamos uma das pontes e entramos no restaurante. Do lado de fora se via muito pouco por causa das plantas em volta do restaurante. Do lado de dentro as mesas eram feitas de madeira escura e lisa. Toalhas de mesa branca, tinham poucas paredes a o local era cercado por janelas por onde se via o mar e as piscinas. A cozinha ficava em frente às piscinas principais e o prédio principal.

- Uma mesa só pra dois? – perguntou um garçom jovem que estava lá de prontidão.

- Sim – respondeu Harry. O garçom me devorava com os olhos.

- Namorados? – ele arqueou uma sobrancelha.

- Ahn, não, só amigos. – eu falei rapidamente, Harry me fitou.

- Sim – ele começou a andar em direção ao uma mesa vazia em frente à janela. Ele apontou para a mesa e nós nos sentamos.

- Amigos? – Harry franziu a testa.

- Ér, sim. Nós nos conhecemos só faz uma semana. – fite-o – E você nem me pediu em namoro. – dessa vez eu falava num tom mais baixo e fitava a toalha de mesa.

- Então você quer que eu peça. – ele se inclinou em minha direção. Ele sorriu. Voltei a fita-lo – Posso fazer isso agora. – torci o nariz – Ok, então. – ele levantou as mãos. O garçom que nos atendeu nos entregou os cardápios.

- Gostariam de pedir alguma coisa?

- Vinho? – Harry perguntou, assenti com a cabeça – Esse vinho, por favor. – ele apontou para o cardápio. O garçom saiu.

- Oque nós vamos comer? – perguntou Harry, eu ainda olhava o cardápio. Baixei o cardápio.

- Pode escolher – falei suavemente, ele levantou o cardápio e sorriu. Não pude deixar de retribuir o sorriso. Pedimos um risoto, e enquanto esperávamos nos começamos a conversar. Tomei um gole do vinho.

- Você esta linda. – ele falou sorrindo.

- Obrigada. – olhei de relance para a mesa e voltei a olha-lo. Ele observou a janela.

- Estão todos indo pra festa. – ele voltou a me olhar – Mas, prefiro oque nos vamos fazer hoje. – não consegui evitar riso.

- Eu também. – provoquei-o. Ele me lançou um sorriso com cara de safado. Coloquei uma das mãos em cima da mesa. Ele deslizou sua mão pela mesa e segurou a minha, olhei-o nos olhos. Ele acariciou meus dedos depois me olhou.

- Que foi? – perguntou acanhado, eu devia estar com uma cara de boba.

- Nada – sorri de canto e retribui o carinho.

- Ahn, acho que nos deveríamos escolher nosso prato. – ele retirou a mão vagarosamente e levantou o cardápio – Hm – ele avaliava o cardápio – Vai ser esse – falou quase sussurrando.

- Qual? – inclinei-me levemente em direção ao cardápio.

- Surpresa – ele me olhou mal intencionado. Fiz uma careta.

Ele chamou o garçom e pediu o “prato surpresa”. O garçom estava sempre me lançando olhares.

- Qual o problema dele? – Harry perguntou fitando-o enquanto ele fazia o pedido no balcão.

- Sei lá. – o garçom voltou a nos olhar. Harry puxou minha mão e a beijou. Franzi o cenho e ri.

- Uma hora ele vai ter que se tocar. – disse enquanto afastava minha mão da sua boca. Nos conversamos por mais um tempo e depois o prato chegou.

- Bom apetite – disse o garçom.

Quando o garçom estava longe o bastante, Harry falou:

- Foi o bom apetite mais falso que já ouvi. Na verdade oque ele queria dizer era: espero que morra engasgado. – ri do comentário.

O prato surpresa era um risoto com filé. Gostei muito do risoto, da carne também, mas pra quem é brasileira, a carne não era nada demais. Quando terminamos Harry falou:

- Vai querer sobremesa? – perguntou enquanto tomava um gole de vinho.

- Pra que sobremesa? – falei pegando o guardanapo para limpar a boca.

- Tem razão – ele me fitou cheio de segundas intenções. Ele se levantou e esperou que fizesse o mesmo. Estávamos descendo as escadas quando Harry finalmente falou algo.

- Isso esta demorando demais – falou impaciente.

- Hm – falei irritando-o. Ele parou e me fitou. Ele chegou mais perto e rápido como um raio me pegou no colo e saiu correndo.

- Oque esta fazendo? – perguntei segurando seu pescoço.

- Carregando você.

- Ahn, acho percebi.

Quando chegamos à Vila Harry estava caminhando.

- Pronto – falou arfando enquanto me colocava de volta no chão.

- Não devia ter gastado sua energia com isso. – abri a porta. A cabana estava escura, não tinha ninguém. Sorri.

- Ainda tenho energia de sobra... – ele entrou na cabana e me encostou na parede – pra isso. – ele beijou e com uma das mãos empurrou a porta, ele tomou a chave da minha mão, trancou a porta e depois colocou no bolso de sua calça. Puxei-o pelo cabelo. Ele colocou as mãos na minha cintura. Ele parou de me beijar e me puxou escada acima. Parou no andar de cima e me perguntou:

- Qual seu quarto? – riu fraco.

- Esse – puxei-o pela escuridão e encontrei a maçaneta da minha porta. Empurrei-o para dentro, fechei e tranquei a porta. Mal me virei e eu já tinha encontrado seus doces lábios. O guiei até minha cama enquanto nos beijávamos. Ele se jogou na cama me puxando junto. Ficamos por um tempo, deitados, nos beijando. Ele estava em cima de mim e começou a desabotoar minha blusa.

- Assim não tem graça. Esta totalmente escuro. – ele me beijou e foi até a porta da varanda e abriu as “aletas” de madeira. A luz da lua invadiu o quarto. Não era muito claro. Mas o bastante para que eu conseguisse observar suas feições. Ele se sentou lentamente em cima do meu quadril e começou a beijar meu pescoço delicadamente. Senti os pelos de minha nuca se eriçarem. Enquanto me beija ele desabotoava minha camisa com uma das mãos. Segurei seu quadril e deslizei minhas mãos pelo seu corpo. Senti os botões de sua camisa. Sem pensar duas vezes comecei a desabotoa-los. Ele tinha desabotoado minha blusa e agora estava acariciando minha barriga. Puxei a camisa dele e a atirei em algum lugar do quarto. Ele começou a deslizar o tecido fino da minha blusa pelos meus ombros. Quando a tirou a jogou delicadamente pra fora da cama. Coloquei as mãos em sua nuca e o puxei de volta. Com uma das mãos desci ate sua calça e desabotoei o botão. Puxei o zíper lentamente provocando-o. Senti a protuberância de sua calça ficar ainda mais alto, encostando-se no meio das minhas pernas. O toque fez uma onda de calor fluir pelo meu corpo. Consegui empurrar sua calça até as coxas brancas e esguias de Harry. Ele se encarregou de tirar o resto. Agora, podia sentir melhor aquela protuberância.

Ele abriu o botão da minha calça enquanto me beijava, puxou a calça sem se dar ao trabalho de abrir o zíper. As mãos dele deslizaram até meu sutiã. Senti que ele sentiu um pouco de dificuldade. Levantei o corpo usando seus ombros de apoio e com uma das mãos soltei o sutiã. Harry tirou as alças lentamente. Uma de cada vez. Por fim, tirou o sutiã e o jogou do lado da cama. Ele fitou meus seios por alguns estantes e depois me deitou e voltou a me beijar. Uma de suas mãos segurava meu seio esquerdo. Ele se apoiava com o cotovelo no colchão. Ele me beijou com mais fogo e deslizou uma das mãos até minha calcinha branca de renda. Ele a retirou com carinho e a segurou por um tempo observando-a.

- Linda – falou se referindo a calcinha. E depois a jogou junto com a pilha de roupas. Ele tirou sua cueca e procurou alguma coisa na pilha de roupas. Pegou sua calça e tirou do bolso um pacote reluzente de camisinha. Ele o abriu e deslizou pelo seu pênis ereto. Ele se deitou e beijou. Passei a mão pelas suas costas. Depois pelo seu tórax. E por fim, cheguei à protuberância. Ele beijou um dos meus mamilos. Segurei aquele órgão com uma das mãos, ele arfou de prazer. Ele baixou o quadril. Instintivamente tirei as mãos.

Ele penetrava devagar. Depois o ritmo foi aumentando. Eu gemia. Mas seus beijos abafavam meus gemidos. Segurei seus cabelos com força. Quando a onda de prazer nos invadiu caímos suados na cama. Eu puxei o lençol para me cobrir, nos ainda arfávamos. Harry me roubou o lençol depois cobriu nos dois lentamente. Virei-me para o lado contrario ao de Harry. Harry se aproximou e passou um dos braços pela minha cintura e deu um único beijo em meu pescoço. Depois disso, caímos no sono.