Hate you, or not.
Trégua.
Julie P.O.V
Já faz uma semana desde que Kendall e Amy viajaram, sinto falta da companhia deles. Porém a vida tem que seguir e tenho que proteger a Aly do idiota do ex.
Acabo de chegar em casa junto de Alice e Carol, depois de um dia mais que cansativo da universidade.
– Depois de horas e mais horas de aula, eu bem que mereço um almoço digno de uma rainha! – informa uma Aly faminta.
– Todas nós merecemos – corrige Carol.
– Bom relaxem as duas, porque hoje quem assume a cozinha sou eu! – exclamo por fim.
– Faça comida para mais duas pessoas, Logan e James vem almoçar conosco.
– Tudo bem, mas se o idiota do James disser algo não garanto nada se ele irá viver para contar a história.
– Calma Julie, ele nem chegou e você já está irritada – comenta Carol. Simplesmente ignoro e dirijo-me a cozinha.
Estou cortando a carne em bifes, quando escuto passos e distraindo-me acabo cortando meu dedo.
– AAIII!!! – está ardendo e doendo muito.
– Meu Deus! O que tu fez Juliana? – pergunta James ao meu lado.
– Ah... sabe como é, eu confundi meu dedo com esse bife e deu no que deu... – respondo revirando os olhos, que estão lacrimejando.
– Está doendo muito?
– Não, imagina... – quem em sã consciência pergunta isso? – cortei meu dedo, está sangrando muito, estou quase chorando... LÓGICO QUE ESTÁ DOENDO DIAMOND!
Ele se aproxima com o semblante preocupado, pega em minha mão com o maior cuidado e coloca em baixo da torneira para lavar o ferimento.
– Onde tem kit primeiro socorros?
– No banheiro – ele pega um lenço do bolso, e o enrola em meu dedo.
– Segure firme para estancar o sangue – diz e logo sai em direção ao banheiro.
Sinceramente esse jeito dele está me assustando, se bem que é até fofo... Não Julie ele ainda é o mesmo James babaca de sempre, que acha que só porque tem fama e dinheiro pode tudo.
– Venha até aqui na mesa! – ordenou Jay.
– Acho que posso fazer o curativo sozinha, não preciso da sua ajuda!
– Tem razão, você acha. Mas não pode! Larga mão de ser teimosa e me deixe cuidar de você. Por favor? – pediu James com uma cara fofa. Pera... Cara fofa? Desde quando eu acho que o Diamond tem cara fofa? Esse corte deve estar me afetando!
– Está bem – suspiro rendendo-me. Fui até ele e sentei na cadeira, ele pega em minha mão como se fosse frágil de mais, como se fosse quebrar a qualquer instante. Retirou o lenço com muito cuidado, pegou uma gaze e limpou o sangue em volta, passou um pouco de iodo e soprou para parar de arder, passou um pouco de pomada pra corte, e por fim colocou mais uma gaze dobrada por cima e fixou-a com esparadrapo.
– Vem, vou levar você para o hospital, pelo jeito vai precisar de ponto.
– Tudo bem...
Kendall P.O.V
Nestes últimos dias Amy tem sido uma grande amiga, tem feito com que eu esquecesse de quase toda a tristeza. Tenho conversado por telefone com Julie todos os dias, sinto falta da minha princesa.
– Hey, Kends! – sou interrompido de meus pensamentos por Amy.
– Diga doidinha... – faço sinal para que entre no quarto.
– Hoje estou de folga , então estava pensando em lhe animar e fazer com que tire seu projeto de trazeiro deste colchão, e ir andar de patins comigo na praça – com esses olhos pidões e esse sorriso no rosto quem tem coragem de responder um não?
– Não precisa, foi sua mãe deu a ideia, ela estava arrumando o sótão e achou, eu vou usar um que sua prima esqueceu aqui.
– Ok, então vamos?
– Sim.
James P.O.V
Depois que Kendall pediu que eu tomasse conta de tudo, tenho refletido e resolvi ser uma pessoa mais legal com Julie.
Agora que estou esperando a mesma sair do consultório, penso sobre o que me levou a ser um grosseiro com a mesma desde o início. Simplesmente não encontro uma resposta que seja plausível para tal ato. Acho está mais que na hora de me redimir perante Juliana.
– Então... Vamos James? – pergunta Julie assim que sai do consultório.
– Foram quantos pontos?
– Quatro.
Não dizemos mais nada e seguimos em direção ao meu carros. No caminho para casa dela não contenho-me e acabo falando algo que já deveria ter sido dito a muito tempo.
– Eu andei pensando e quero lhe pedir desculpas. Não entendi o por que de toda essa nossa implicância entre nós.
– Eu lhe perdoo. Porém quero lhe deixar claro que o imbecil da história é você!
– Eu?
– Sim, você!
– Tudo bem, admito. Fui um completo idiota. Seria muita hipocrisia de minha parte pedir para sermos amigos se não for com sinceridade.
– Concordo, mas se tentarmos pode dar certo. Porém não custa nada tentar.
– Sim. Até agora não quis te jogar pela janela deste carro, e nem que tivesse sua cara completamente desfigurada pelo asfalto quente.
– E eu também não quis que você morresse engasgado pelo veneno da própria saliva, Diamond – rimos – acho que esse pode ser duradoura essa “trégua”.
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