Hate You

De volta para a Coreia


— Tudo preparado para a execução de nosso plano? – a voz vinha de uma escuta no ouvido do jovem.

— Claro, senhor. – o rapaz ruivo de olhos azuis checa seu relógio de pulso – Apenas alguns segundos.

— Ótimo! – gritos de alegria são ouvidos da rua. As pessoas começaram a contagem regressiva para o ano novo.

— 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 e... – nesse momento um forte brilho amarelo vindo da usina nuclear da cidade cega a vista dos moradores que gritam na hora, mas seu desespero é abafado pelo barulho da grande explosão que havia ocorrido.

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A jovem loira acorda gritando num pulo.

— O QUE ACONTECEU?!!! – gritava Park Bom entrando no quarto com um secador de cabelo na mão apontado como uma arma.

— Calma, só foi aquele pesadelo de novo.

Desde a explosão da usina nuclear de Luoes, a 2.ª maior cidade da Coreia do Sul, CL vem tendo esses pesadelos. Motivo: nem ela sabe.

— Já é a quinta vez essa semana, está na hora de você procurar um psicólogo, unnie. – falava Minzy ser tirar o rosto de seu mangá.

— Está me chamando de louca, Minzy?

— Não, só estamos preocupadas com você, já que você nunca foi disso de ficar tão apreendida com uma tragédia a ponto ter pesadelos constantes com ela.
Alguém bate na porta do quarto.

— Meninas, o voo de vocês sai em 3 horas.

— O QUÊ?! Eu nem me arrumei ainda!!!! – CL corre para o closet se trocar.

— Não se preocupe que não é só você não. – Park Bom se referia a Sandara, que dormia de boca aberta na parte de cima do beliche onde Minzy estava.

— Espera. – Minzy puxa o pé da amiga que cai no chão dando um grito.

— Doeu, ai. – dizia Sandara com a mão na cabeça.
Todas riem.

— Fiquei bem assim? – dizia Cl saindo do closet vestindo uma jaqueta de couro preta sobre um top da mesma cor. No rosto óculos escuros e usava uma calça de couro preta também. Seus cabelos loiros estavam soltos por trás dos ombros.

— Onde você conseguiu essa roupa?!!!! – disse Bom apaixona por aquela roupa.

— Ah, eu... peguei do figurino. – falou a última parte rapidamente.

— VOCÊ FEZ O QUÊ?!

— Nada!!!

— Já me troquei. – disse Sandara. Ela usava uma calça apertada preta e um “tomara que caia” vermelho no lugar da camisa – Vamos gente, se der algum problema a CL se troca no voo, estamos atrasadas.

Todas concordam e saem do quarto. Minzy vestia uma regata branca por cima de uma lingerie preta e também uma corrente. Ela usava botas cinza e um shorts preto.

Já Bom usava um vestido preto com algumas aberturas e uma “gola” dourada saliente na parte de cima e botas canos baixos. Em seu cabelo vermelho tinha um laço da mesma cor.

Na entrada do hotel...

— CL, posso saber que roupa é essa? – dizia a senhora que segurava uma prancheta enquanto caminhava junto as 4 jovens em direção a mini-limusine cercada de seguranças, que bloqueavam a passagem dos paparazzis e fãs que gritavam “2NE1!”.

— Ah, Sun, não fica brava não, só foi essa peça de roupas. Você promete que não vai contar? – falou enquanto fechava a porta do carro.

— Para o aeroporto. – disse a senhora – Bem, vou pensar no seu caso, senhorita Lee.

— Obrigada! – disse abraçando a mulher de aproximadamente 50 anos que usava um blazer cinza por cima de uma camiseta da mesma cor. A saia justa que ia até o seu joelho era da mesma cor.

— Esses jovens de hoje.

Enquanto isso Sandara e Minzy acenavam para os fãs.

— Coreia, lá vamos nós de novo! – todas estavam feliz, pois tinham feito na noite anterior o último show de sua turnê mundial, bem todas menos Park Bom, que observava preocupada algo pela janela.

— O que foi? – pergunta Minzy – Você não está feliz de voltar para casa?

— Sim, mas... não é isso.

— É o que então? – pergunta CL.

— Como era aquele rapaz do seu sonho?

— Era ruivo, tinha os olhos azuis e eu acho que usava roupas pretas. Por quê?

— Aquele cara não se parece com ele? – ela apontava para um jovem ruivo que as observava de um beco sem saída.

— Você tem razão, será que é ele?!!

— De quem vocês estão falando? – pergunta Sun.

— Daquele homem ali. – Park Bom olha de novo para a janela e percebe que ele tinha sumido – Mas ele estava lá, eu vi!

— Eu também vi, Bom. – disse CL – Ele deve ter se misturado com a multidão ou adentrou o beco.

— Ou vocês estão vendo coisas. – brincou Sun.

— Hehe – disse Minzy ironizando.

— Não se preocupe, Bom. – respondeu CL – Mesmo que seja ele, que mal ele poderia nos fazer?

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Um gato preto caminhava tranquilamente pelo beco quando ele vê um grande rato cinza no lixo. Rapidamente ele começa a caçar sua presa, quando de repente ele dá de cara com algo invisível e o rato foge.

Em seguida o gato sente algo segurando ele mas não vê nada nem ninguém, após poucos segundos o gato começa flutuar no ar.

— Olá, gatinho!
Um homem surge literalmente em sua frente e era ele que o levantava.

Modo de invisibilidade desligado. – a voz vinha do relógio do rapaz ruivo.

— Foi bom te fazer companhia, gatinho. – ele joga o animal para trás que cai dentro de uma lixeira que se fecha sozinha. O gato solta um leve miado e o rapaz dá uma risadinha malvada.

— Você quer parar de judiar do gatinho e trabalhar? – dizia a voz que vinha da escuta do ruivo.

— Só estou esperando esse “desfile” de gente passar, vai que me reconheçam!

— E o mais importante: vai que ELAS te reconheçam.

— Elas? Elas só acham que eu sou um ser maligno que veio dos sonhos de uma garota que tem o nome na tabela periódica.

— Mas não se esqueça que elas pertencem a YG. Elas podem até se esquecer de qual é o verdadeiro objetivo delas naquela “gravadora”, mas nós não.

— Relaxa, vai ser moleza vencê-las. Isso se elas estiverem contra nós.

— De qualquer forma, preciso que você volte para Luoes. Tome.

Um botão aparece no relógio do rapaz. Ele aperta e um gás rosa aparece envolvendo-o.

— COF COF! O que é isso? – dizia enquanto balançava os braços dissipando a nuvem de fumaça.

— É para te proteger da radiação do local.

— Tá, mas você poderia ter feito isso mais cheiroso sabia. – dizia tapando o nariz – Você não conhece glade não?

— Pare de reclamar e ouça-me bem: você deverá usar isso uma vez por dia, senão as coisas poderão ficar... bizarras.

— Bizarras como?

— Você entenderá ao chegar lá. Agora pode ir.

— Mas como eu vou para Luoes sem que me percebam? – o jovem sente algo duro cair em sua cabeça – Ai.

— Serve?

Ele olha para cima e vê por um segundo um helicóptero sobre sua cabeça. Pendurado nele a escada que havia caído na cabeça do rapaz. Em seguida ambos desaparecem.

— Helicóptero invisível! A quanto tempo não usamos um desses. – ele retira um óculos branco do bolso e coloca-o no rosto apertando um botão ao lado da lente esquerda. Assim ele conseguiria ver o helicóptero e qualquer coisa que estivesse invisível. Depois ele aperta seu relógio desaparecendo novamente,

Modo de invisibilidade ligado.

Ele sobe até o helicóptero que em seguida parte em direção a Luoes, Coreia do Sul.

Algumas horas mais tarde...

— CL, CL, CL. – Park Bom balançava-a lentamente tentando a acordar.

— Espera. – disse Minzy – CL, O G-DRAGON ESTÁ AQUI NO AVIÃO!!!!!

— OI?!!! – ela acorda tão rápido que acaba batendo a cabeça no teto do avião – Ai!

Sandara se contem para não dar risada, mas não aguenta e solta uma gargalhada.

— Não teve graça, viu? – dizia CL pegando sua mala.

Elas tinham acabado de chegar na Coreia.

— Teve o sonho de novo?

— Felizmente dessa vez não.

— Rápido, meninas! Temos que chegar na YG Entertainment em uma hora.

— A gente vai direto para lá?

— Sim. – dizia Sun Hee – Parece que o dono da gravadora que falar com vocês.

— Sério? Que top! – disse Park Bom.

— Não é o TOP, é o Yang Hyun-suk, beijos. – falou Minzy.

— TURN DOWN FOR WHAT!!!! – gritaram todos do avião menos Bom e Sun.

— Depois acorda com uma aranha de borracha no ombro e não entende o porquê. – Bom beija as bochechas de sua amiga enquanto se direcionava a saída do avião.

— ENTÃO FOI VOCÊ!! VOLTA AQUI!!!

Minzy sai correndo atrás da amiga.

— Quantos elas têm mesmo? – pergunta Sun.

— Minzy tem 21 e Bom 31. – disse CL em estado “Poker Face”.

— *Vamos que está todo mundo olhando.* - dizia Dara enquanto empurrava CL e Sun para a saída do avião.

Após desembarcarem no aeroporto elas percebem que havia um grande número de pessoas lá, a maioria feridos.

— *Quem são essas pessoas?* - sussurra Dara no ouvido de Sun.

— *São alguns dos poucos sobreviventes da explosão de Luoes. A maioria deles vieram para tentar recomeçar a vida aqui em Seoul.*

— Triste. – Dara olha para CL, que parecia preocupada.

— Sun, eu vou ao banheiro e já volto.

— Não demore, estamos em cima da hora.

— Eu vou também. – disse Sandara.

— Ai, por que vocês não foram no avião? Vão logo antes que os fãs reconheçam vocês.

No banheiro...

— CL?

— Oi, unnie. – disse CL se olhando no espelho com um olhar triste

— O que foi?

— Esse acidente. Toda vez que falam dele eu sinto algo estranho.

— De que tipo?

— Eu não sei explicar, parece um sentimento de culpa mas não sei do que...

— Por que você seria culpada? Não foi você que causou o acidente.

— Esse é o problema. Lembra daquele rapaz do meu sonho? Então, se não for um acidente apenas?

Uma menina de aproximadamente 19 anos sai de dentro de um dos box do banheiro e a primeira coisa que vê são elas.

— C... C... C... Da... Da...

— Já era. EVERYBODY RUN!!!! – grita Dara puxando a amiga para fora do banheiro feminino.

A jovem dá um grito e sai correndo atrás das duas. Ele grita tão alto que mais pessoas percebem a presença das K-idols e correm atrás delas.

— Cadê a CL e a Dara? – bom perguntava impacientemente para si mesma.

— Oh, olha elas ali acenando para gente! – disse Minzy acenando de volta e sorrindo.

— Minzy, acho que não é isso que elas estão tentando dizer.

Atrás delas surgem algumas garotas correndo atrás delas , depois mais uma, e mais uma...

— Mas o que? – Sun Hee retira seus óculos de grau para enxergar as dezenas de fãs atrás das suas.

— Gente! – disse Minzy apreensiva.

— Olha lá! A Bom e a Minzy! – grita algumas garotas de uma cafeteria próxima.

— CORRAM! – grita Park Bom.

Assim corriam CL, Sandara, Minzy, Park Bom e Sun Hee, fugindo de quase 10 fãs em buscas de selfies e autógrafos.