Capítulo 4- É você que eu quero!

Pov. Binho
Eu vejo Tati conversando com aquele tal de Gustavo, e meu sangue esquenta. Não sei o motivo, até porque ela solteira, e fica com quem quiser e nós.. Não temos.. nada.
Então porque eu me sinto tão mal?

Eu já fiquei com outras garotas, já até namorei! Não sei porque a Tatiane me deixa assim sem nunca termos todo nada demais. Ou tivemos? Não sei.. Muitas pessoas já perguntaram se somos um casal, nossos amigos nos shippam e coisas do tipo. Mas eu nunca tinha parado realmente pra pensar nisso, na possibilidade de sermos um casal.

Ah, caralho. Eu sou um idiota. Uma anta. Demorei tanto tempo pra perceber isso, que agora ela deve estar se agarrando com o Gustavo. Eu preciso encontrar alguém que possa me ajudar. Alguém que seja bom com garotas.. o Mosca!

Pov. Mosca
Estamos no intervalo. Eu estou sentado no refeitório, enquanto Mili busca cappuccinos para nós. Acompanho cada movimento dela. Ela é linda. Sempre foi. E o melhor é que ela é minha. Minha namorada. Minha garota. Minha melhor amiga. E eu a amo demais.
Ouço uma voz conhecida me chamando, o que me tira dos meus pensamentos. Binho. Ele estava com uma cara de nervoso, os cabelos bagunçados e suado, devia ter andado pela escola toda me procurando.. novatos. Logo ele iria se acostumar.

Mosca: O que você quer?
Binho: Credo meu, que grosseria!
Mosca: Fala logo.. Eu tava um pouquinho ocupado.

Binho: Aham, ocupado.. só se sua ocupação for babar em cima da Mili!
Idiota. Eu reviro os olhos.

Binho: Então.. É a Tati. – Ele me conta tudo. Que acha que está gostando dela, que quer conquistar ela.

Mosca: Ah mano, você vai ter que dar um tiro no escuro – Ele arregala os olhos – Calma, é modo de dizer. Quis dizer que você vai ter que arriscar. Porque a Tati é gata, tem um monte de menino atrás dela.. – Ele me olha bravo – Eu namoro, caramba! To falando porque eu reparo nisso, todo mundo repara. É normal. O fato é: Você só vai saber se tentar mesmo. Porque não tem como ter certeza. Mas vocês são um casal lindo, sempre shippei #Tabinho. – Eu faço uma voz fininha de menina, pra irritar ele. – Mas é verdade mano, vocês ficam lindos juntos. Eu só quero q sejam felizes. Quebra esse orgulho e vai atrás dela!

Pov. Tati
Eu estava com Gustavo e umas pessoas que conheci ali. Eles eram legais, estávamos conversando sobre várias coisas. Ana estava comigo também, mas ela parecia distante, olhando os garotos que jogavam bola. Com garotos quero dizer Thiago.

O Gustavo toda hora tentava se aproximar, tipo passando o braço em volta de mim ou fazendo cantadas idiotas. Ele era bonito. Era loiro e tinha olhos verdes, o típico boyzinho de São Paulo. Mas não me interessava. Talvez para ficar, mas não para nada sério. Éramos apenas amigos, e só.
Gustavo: A gente podia dançar. Que nem nos velhos tempos.

Tati: Vamos ver se você não enferrujou então – Arqueio a sobrancelha e dou um sorriso irônico, brincando.
Colocamos a música “O amor está em jogo” sim, a de Rebeldes, e dançamos a coreografia da novela. Quando paramos vejo algumas pessoas aplaudindo em volta, e olhando. Entre elas, o Binho. Ele sai correndo, parece triste.

“Esse primeiro ano chegou causando” “Caramba, olha as crianças do primeiro ano!” eu ouvia as pessoas dizerem. Não liguei e sai correndo, tinha que achar o Binho.

Eu corria, olhando pelos corredores. Entro no corredor dos dormitórios ( era um internato pra quem estudasse integral, mas não era nosso caso)

Tati: Binho?

Binho: O que você quer? – Eu vi lágrimas em seu rosto, ele parecia ter chorado bastante
Tati: Porquê você tá chorando?

Binho: É coisa minha. Reconheço minha derrota em algo que nunca vou ter.
Eu abaixo a cabeça.

Tati: E porque isso? Você sempre foi um dos mais perseverantes de lá. Nunca desistiu fácil. Se você quer algo, luta por isso. Me fala o que você quer, eu posso te ajudar!

Ele levanta, coloca uma de suas mãos em meu rosto, a outra em minha cintura e.. aconteceu. Quente, suave e amorosamente. Eu posiciono minhas mãos enlaçando seu pescoço, e apenas continuo. Ele separa nossos lábios, sorrindo

Binho: Você. É você que eu quero.