Harvest Moonlight

Capítulo 15 - SPR 4 - noite - sol. lua? não está chovendo xD'


Henry desceu as escadas correndo e alcançou as duas mulheres.

–Henry! - a mãe quis repreende-lo mas assim que ele parou, ela desistiu. - Já que está aqui, mostre á senhorita Swan onde ficam o lavabo e a sala de jantar.

O garoto concordou e deu a mão para Emma.

–É por aqui. - ele disse.

–Acomode-se que já vou levar a lasanha. - Regina sorriu para Emma e tomou outra direção.

Após lavar as mãos, Emma chegou à sala de jantar onde Cora estava terminando de pôr a mesa. Emma notou que haviam cinco lugares postos. Henry puxou uma cadeira e convidou a loira a se sentar ao lado dele. Acomodaram-se e Regina veio trazendo o jantar. Colocou a travessa na mesa e tirou as luvas de cozinha com estampa de vaquinha. Serviram-se.

–Regina, onde está sua irmã? - Cora perguntou, saboreando o jantar.

–Sei lá, deve ter saído com aquele cara... - ela respondeu sem dar muita atenção.

–Oh, você tem irmã? - Emma imaginou que seria a ocupante do quinto lugar.

–Sim, mas não temos o mesmo pai. - a prefeita sorriu para a moça.

–Maridos são muito frágeis, - Cora comentou - morrem muito fácil, coitadinhos...

–Sinto muito... - Emma teve medo de ter tocado num assunto delicado.

–Não se preocupe, querida, - Cora continuou sorrindo - nenhum deles pôde competir com a minha verdadeira paixão... o dinheiro! - e alisou as joias. - Inclusive, acho que vou fazer mais...

–Não, mamãe! Já tivemos acidentes demais nas minas. - Regina interveio.

–Vovó é a melhor mineradora de Storybrooke! - Henry disse orgulhoso.

–É mesmo? - Emma lhe deu atenção.

–Sim, aquelas joias foi ela mesma que pegou. Ela ficou tão famosa que até vendeu nome do meio dela para uma empresa quando se aposentou...

–Que interessante, qual?

–Votorantim.

–Sim! Essa cidade foi construída em cima da mineração! - Cora dizia com a animação de quem revive boas memórias. - Mas aí as pessoas começaram a morrer, e vieram as leis ambientais...

–Não desanime, mamãe, fazendas também dão dinheiro. - Regina comentou.

–Sim, e você recolhe os impostos de várias! - Cora riu.

Regina também riu. E Henry se juntou as duas por alguma razão.

–E você, Emma, o que fazia em Boston? - Cora perguntou assim que terminou de rir.

–Eu... - ela quase engasgou com a comida. - era uma... empreendedora... independente... no ramo da... vingança. - talvez não tenha sido a melhor escolha de palavras.

–Uma assassina de aluguel? Que interessante, conte mais sobre isso. - Cora sorriu com interesse.

Regina engasgou. Henry tinha um enorme sorriso no rosto e um brilho nos olhos.

–Você já matou alguém? - ele perguntou impressionado.

–Não! Não é nada disso, eu... cobrava dividas! - ela procurou esclarecer o mais rápido possível.

–Então você nunca matou ninguém? - a empolgação do garoto se esvaiu.

–Não diretamente, mas teve uma vez--

O som da porta se abrindo e risadas invadindo o hall desviaram a atenção. Ouviram uma voz feminina se despedir de alguém, e então passos se aproximando.

–Desculpe o atraso.

Emma se virou e viu uma mulher em um longo traje preto, loira, alta, sorridente, de pele... verde.

–Zelena, - Cora chamou a atenção - onde você estava até agora?

–Na igreja, mamãe. - ela se acomodou na mesa e se serviu.

–Emma, essa é Zelena, minha irmã. - Regina apresentou.

–Oi... - Emma cumprimentou discretamente.

–Ah! - Zelena se virou, percebendo a presença da convidada. - Então você é a namoradinha da Regina?

–Zelena! - a prefeita repreendeu.

–Zelena, - Cora interveio - não fale assim na frente da namoradinha da sua irmã!

–Está gostando da lasanha? - Regina tentou agir normalmente.

–Sim está uma delícia. - Emma fez o mesmo.

–Então, Emma... - Zelena começou.

–Vamos deixar a Emma jantar em paz? - Regina disse firme.

Até o final da refeição, nenhuma palavra foi dita. Henry terminou de comer e se retirou. Regina estava retirando os pratos quando o menino voltou.

–Assiste um filme comigo? - ele mostrou um DVD à Emma.

–Se não for ficar muito tarde... - ela se virou para Regina.

–Fique o tempo que desejar, - Regina sorriu - mas Henry tem que dormir cedo porque tem aula amanhã.

Henry concordou e levou Emma até a sala. Pôs o filme e os dois sentaram no sofá. Star Wars Episódio IV. Só agora a mulher reparou que o garoto usava um fino pijama temático, estampado com figuras do Darth Vader.

Em alguns minutos Regina juntou-se aos dois e se acomodou ao lado de Emma. Henry foi se deitar no outro sofá.

–Quando eu era criança - Emma comentou com a anfitriã - eu gostava de pensar que um dia alienígenas apareceriam para queimar o orfanato e me levar para lutar no espaço... agora falando em voz alta parece uma ideia bem sinistra.

Regina riu.

–Eu falava pra Zelena que o pai dela era o Jabba.

Emma não sabia se ria ou sentia pena da moça verde.

–A sua irmã sempre foi... - Emma arriscou.

–Gótica? - Regina completou - Não, é esse novo namorado dela que a levou para a igreja e fez a cabeça dela...

Se a mulher era mesmo verde ou se só estava verde, ninguém na casa parecia se importar com o fato. Emma não tocou mais no assunto.

Um filme levou a outro e Emma foi deixando de se preocupar com sua postura, ou medir suas palavras com tanto cuidado. Regina parecia estar se divertindo com a companhia e os comentários ocasionais.

O sofá estava confortável, Regina estava ao seu lado, o som do filme foi ficando cada vez mais distante... e Emma dormiu.

***

Um som estridente fez Emma abrir os olhos. A fraca luz do amanhecer mal iluminava a sala através das cortinas. Regina levantou do colo da loira num pulo. Puxou Emma pela mão e a levou até a porta o mais rápido que pode.

–Obrigada pela visita, tchau! - a prefeita sussurrou rapidamente. Segurou o rosto de Emma com as duas mão e lhe deu um beijo. Abriu a porta e empurrou a loira pra fora.

Extra: