Capítulo 7

No instante em que se viraram para ir até a cozinha, ouviram um grito vindo de lá, então sacaram as varinhas e correram até lá. Quando entraram no cômodo, encontraram a Sra. Weasley encostada na bancada ofegante com as mão sobre o peito e uma figura baixa e esquisita próxima à ela.

_ Monstro! - Harry disse.

_ Boa noite, meu senhor – o elfo disse fazendo reverência – Boa noite, família Weasley, Srta. Granger e estranha – ele completou olhando para Angelina.

_ Boa noite, Monstro – disse Harry – E a estranha é Angelina Johnson.

_ Perdoe Monstro, Srta. Johnson. Monstro não sabia como chamá-la – monstro fez mais uma reverência.

_ Tudo bem – Angelina respondeu sem jeito.

_ O que você quer, Monstro? - Harry foi direto ao ponto.

_ Monstro queria saber como está seu senhor, Monstro não tem notícias dele desde a batalha... - disse Monstro se aproximando de Harry.

_ Estou bem, Monstro e obrigado pela preocupação. E como você está? O que tem feito?

_ Monstro está bem, meu senhor. Monstro tem trabalhado na reconstrução de Hogwarts como seu senhor mandou – respondeu Monstro.

_ Mas achei que a escola já estivesse pronta – Rony observou.

_ Está sim, Sr. Weasley. A escola ficou pronta ontem e Monstro retornou à casa dos Black que agora é de seu senhor.

_ E o que fez por lá, Monstro? - perguntou Harry se sentado à mesa – Sente-se, Monstro.

_ Obrigado, meu senhor – o elfo se sentou – Monstro limpou, limpou e dormiu um pouco.

_ Muito bom... - Harry disse sem saber mais o que falar com o elfo.

_ Monstro sabe que não deve se meter na vida de seu senhor, mas Monstro quer saber se seu senhor irá morar em sua casa – ele finalmente foi ao ponto onde queria chegar.

_ Bom... Acredito que não... - Harry disse em dúvida – Sabe, logo as aulas vão recomeçar e eu ficarei em Hogwarts. Talvez vá morar lá quando sair Hogwarts mas ainda não pensei nisso. Mas por que a pergunta?

_ Monstro não tem muito o que fazer por lá, Monstro ainda tem que limpar uns quartos , mas logo não terá mais o que fazer naquela casa. Monstro quer saber se tem algo que seu senhor possa fazer...

_ Entendi... Enquanto estou aqui n'A Toca... - ele disse pensativo – Se a Sra. Weasley concordar, você pode ficar por aqui e ajudar.

Todos olharam na direção da mulher e ela percebeu que era com ela.

_ Ah, claro... - ela disse no susto.

_ Ótimo! Então vá para casa, arrume o que tem que arrumar. Quando tiver terminado venha para A Toca. Fique por aqui e volte de vez em quando para casa para limpá-la, entendeu?

_ Monstro entendeu, meu senhor. Monstro agradece Sra. Weasley por permitir que Monstro venha trabalhar aqui – ele disse se levantando – Monstro vai para casa, agora. Se precisar de Monstro, é só chamar, meu senhor...

Dito isso, o elfo estalou os dedos e sumiu.

_ Espero que não tenha mesmo problema, Sra. Weasley – Harry disse.

_ Não mesmo... - a velha mulher disse – Ele é um bom elfo.

_ Obrigado, Sra. Weasley...

_ Harry, querido, já disse para me chamar de Molly.

_ Eu já lhe disse que ainda não é possível, Sra. Weasley – disse Harry rindo.

_ Jovens – murmurou ela se virando para as panelas que preparavam o jantar.

_ Boa noite, família – disse Sr. Weasley passando pela porta da cozinha com Percy em seus calcanhares.

_ Boa noite – todos disseram.

_ Já podem ir se sentando, a comida está ficando pronta – Sra. Weasley disse.

Todos se sentaram e começaram a conversar. Logo, o jantar foi servido e o clima estava ótimo. Derrepente, uma coruja entrou voando pela janela e pouso à mesa, fazendo com que todos se assustassem.

_ É para o Jorge – disse Rony tirando a carta da perna da coruja – E é de Hogwarts. O que querem com você?

_ Deve ser a resposta de uma carta que mandei para McGonnagal... - Jorge disse pegando a carta e a abrindo.

Hermione se levantou e foi pegar mais sopa na panela. Quando voltava para seu assento, passou por trás de Jorge e Harry pode notar que ela leu a carta. O jantar seguiu tranquilamente. Ao final da refeição, Hermione fez sinal para que Harry a acompanhasse. Harry puxou Gina com ele e acompanhou Hermione que puxava Rony. Quando chegaram ao quarto de Rony, Hermione fechou a porta e desatou a falar.

_Não me julguem, mas eu estranhei o fato de Jorge receber uma carta de McGonnagal. Afinal, o que eles poderiam ter em comum para se corresponderem? - ela disse.

_ Talvez eles estejam se encontrando... - disse Rony fazendo uma careta.

_ Que nojo! - disse Gina dando um tapa na cabeça do irmão.

_ Então,, eu espiei a carta de Jorge – ela confessou ignorando o namorado e a cunhada.

_ Hermione! - disse Harry fingindo surpresa.

_ Não fale assim que eu sei que você me viu espiando, Harry! - rebateu Hermione.

_ Ok1 O que ela dizia? - perguntou Gina.

_ Dizia – ela fez careta para lembra – Prezado Sr. Weasley, gostaria de lhe informar que o seu pedido foi aceito. Os papéis foram anexados a essa carta. Estamos à sua espera. Atenciosamente, Minerva McGonnagal.

_ Estranho... Que pedido o Jorge pode ter feito para Minerva? - comentou Gina.

_ Não faço a mínima... - sussurrou Hermione.

Os quatro se mantiveram em silêncio por horas.

_ Olhe a hora... - disse Harry olhando o relógio que ganhara dos Weasley em seu décimo sétimo aniversário – É melhor irmos dormir...

_ É mesmo... Vou tomar um banho antes de dormir... - disse Hermione indo em direção a Rony e dando um selinho nele.

_ Você vai dormir aqui de novo, né? - Rony a questionou.

_ Se o Harry descer de novo... - comentou Hermione.

_ Você vai descer de novo, né, Harry? Pera! - Rony parecia ter finalmente entendido – De novo? Você dormiu lá na última noite?

Harry não sabia o que fazer, então olhou para a namorada em busca de ajuda.

_ Dormiu... Algum problema com isso? - Gina o desafiou.

_ Claro que tenho! Você é minha irmã caçula! - Rony disse ficando com o rosto vermelho – Mas vocês só dormiram, né? - ele perguntou para Harry com um olhar de suplica.

_ Hum... É, claro... Só... Dormimos – Harry respondeu nervoso.

_ Você está mentindo, Harry! Olha pra mim e diz que vocês só dormiram! - Rony gritou.

Harry tentou olhar pro amigo, mas não conseguia, sabia que seu olhar o denunciaria.

_ Deixe de bobagem, Ronald! - Hermione interviu – Se eles estão dizendo que não fizeram nada, é porque não fizeram! E mesmo que tivessem feito, eles não te devem satisfações. E, além disso, ele é o Harry, seu melhor amigo há sete anos, ele não é qualquer cara!

Harry sabia que a amiga teve a melhor das intenções quando falou tudo, mas as palavras dela o atingiram como um soco na boca do estômago. Ele se jogou em sua cama e ficou ali parado até que alguém deu sinal de vida e resolveu falar.

_ Hermione, vamos descer. Você toma um banho e depois sobe – disse Gina pegando a amiga pelo braço – Harry, vá tomar um banho e depois desça, ok? - ela completou olhando para o moreno jogado na cama.

_ Ok – foi tudo que ele respondeu.

As meninas saíram do quarto. Rony continuava de pé tentando se acalmar. Harry se levantou e foi para o banheiro e tentou parar de se sentir culpado por ter transado com a irmã do seu melhor amigo. Não obteve muito sucesso, mas logo Rony estava batendo na porta para Harry se apressar. Harry desligou o chuveiro, secou-se, vestiu uma calça de moletom e uma camisa e saiu do banheiro. Ele não conseguia olhar para Rony, então se apressou e logo desceu para o quarto de Gina.