Victorie já estava com dois meses, sendo paparicada por todos na Toca, os avós e tios disputavam a menina para ver quem passava mais tempo com ela. Era um bebê lindo, tinha olhos de um azul arrebatador e cabelos loiros como o de Fleur. Não puxara quase nada a Gui. Era uma fofura pura.

Passaram os primeiros dias após o parto lá, para que Fleur tivesse ajuda, já que sua família estava em outro país e não podiam viajar naquele momento. E agora faziam visitas periódicas a Toca, já que a senhora Weasley estava reclamando que via a neta pouco.

Harry estava com Jorge e Rony falando sobre as quartas de final de quadribol, virou o rosto meio que num impulso distraído e viu Gina.

Ela estava com Victorie nos braços e sorria, segurava com todo o cuidado. Harry ficou admirando aquela cena, imaginando como seria quando ele e Gina tivessem filhos.

— Ei Harry, to falando cara. Harry- Jorge bateu no braço de Harry, o que fez derrubar um pouco de Uísque de búfalo na roupa.

— Que?

— Você não acha que se Adam Rish tivesse se aposentado na temporada anterior teríamos mais chances?

— Ah, hã, desculpe não estava prestando atenção?

— Não me diga! E eu aqui gastando a minha saliva. Ah vou ver se consigo tirar Angelina da cozinha. Mamãe não desgruda dela, não consigo nem dar mais uns beijinhos – disse tentando encenar beijos em Rony.

— Sai fora.

Hermione vinha caminhando em direção a eles, estava tão sorridente quanto Rony nos últimos dias.

— E ai, tudo bem?

Ela e Rony trocaram olhares cumplices, de carinho e desejo?

Conversaram um pouco sobre coisas do Ministério, sobre as notícias que andaram saindo no Profeta diário e sobre o casamento que estava próximo. Rony havia ido pegar mais cerveja amanteigada para Hermione.

— Esta ansioso? Nervoso? Com medo? – Disse tudo muito rápido – Porque eu estou, e nem sou eu quem vai casar, só sou a madrinha – disse num meio sorriso.

— Estou, estou e estou – disse gesticulando e rindo – Mas me sinto pronto, realmente estou feliz– olhou bem no fundo dos olhos da amiga e ela entendia o que ele realmente queria dizer. Estava pronto para ter a família que nunca pode ter, a família que lhe tiraram. Ele e Gina seriam uma família, que provavelmente cresceria depois, e os Weasley de fato seriam a família dele. Estava feliz com isso, e nenhum sentimento de medo, de ansiedade ou de nervosismo poderiam acabar com aquela sensação de que finalmente nunca mais estaria sozinho no mundo.

— Hei Potter acha mesmo que vai me pegar – hahahahahahahahaahaha.

— Acho – disse ofegante e se protegendo atrás de uma cabine telefônica – que esse cara não vai se render tão facilmente – teremos – ainda ofegante devido a tanta correria e feitiços que estava lançando e recebendo sem parar – Que tentar outra coisa.

— Acho que poderíamos distrai-lo de alguma forma, somos em três e ele apenas um, como podemos estar perdendo – kel dizia inconformado.

— Tenho um plano – Malfoy estava com metade da camisa rasgada devido a um feitiço que recebera no peito, estava queimada e seu peito estava num tom de vermelho anormal. – Se atacarmos os três juntos, um protegendo dos feitiços e os outros dois avançando podemos conseguir detê-lo.

— É muito arriscado Malfoy, não vou por minha vida em risco ao seu lado, não mesmo – disse Harry o encarando. Era sempre assim, quando realizavam missões em conjunto, Harry nunca concordava com Malfoy, em nada, mesmo que a abordagem dele quase sempre parecia ser a mais certa.

— Olha Harry, Draco tem razão se... – Um feitiço atingiu em cheio o rosto de Kel que caiu estático no chão.

Vários feitiços foram lançados das varinhas de Harry e Draco, agora estavam sozinhos

— Precisamos ir Potter, agora – disse um pouco alto devido ao barulho da cobra de fogo que saída da varinha do bruxo rival.

Tudo ficou em silencio.

— Malfoyyyyyy – disse em um tom debochado, a uma distância moderada do trio, lançando alguns feitiços e gargalhando – Venha pro meu lado, traga o Potter para acabarmos logo com a vida dele, não vou machucar você. Você é um de nós afinal. – e gargalhava igual a Belatrix Lestrange.

Harry olhou para Draco, não sabia se apontava a varinha para o loiro ou para o outro bruxo que estava se protegendo atrás de um trailer velho. Deixou a varinha pronta para qualquer coisa, nunca tinha ficado sozinho com Draco em uma missão e se suas dúvidas fossem reais aquela seria a última missão da sua vida. O bruxo gargalhou novamente e Harry desviou o olhar para ele.

— Confie em mim- disse tão baixinho que nem mesmo ele ouviu.

Draco lançou um feitiço sobre Harry e tirou a varinha de perto dele depois que ele caiu no chão duro e com um baque muito forte.

— Hahahahahahaaha sabia que você era nosso – disse o bruxo gargalhando.

— Não foi difícil, ele é um tonto, esse Potter! Quer ter a honra? – Disse num sorriso demoníaco, o cabelo revolto e os olhos ardiam em um cinza claro.

— É tudo o que eu mais quero – o bruxo era muito magro e alto, parecia ser desengonçado e tinha um rosto marcado por cicatrizes horríveis.

Harry estava caído no chão, sentindo uma dor ensurdecedora na cabeça, não sabia qual feitiço Draco havia lhe lançado, a visão estava turva.

— Eu sabia que você não tinha mudado. Você é igual ao seu pai, um lixo de homem, um lixo de Bruxo! Da pior espécie que pode existir, sua mãe deve ter vergonha de ter um filho como você – Disse as últimas palavras quase num sussurro, porém Draco ouviu muito bem. Harry Estava quase desmaiando e sentia suas forças acabando, sentia se leve.

Malfoy o olhou o cerrou os punhos, um ódio invadia a sua alma.

A última coisa que viu foi um fio de luz verde.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.