Hanko High School:KAI

005 - Soul + Beach + Hanko


Estava na sala do diretor eu, Aki e Ritsu, e o diretor Jelly.

– E então, Tetsuya-kun. – disse Jelly. – Você descobriu tudo?

– Sinto muito, mas o idiota do Aki abriu a boca, e fomos obrigados a contar a verdade. – falou Ritsu.

– Ei! Assim magoa! – recrutou Aki.

005 - Souls + Beach + Hanko

– Ah... Diretor... – falei – Eu só queria saber por que vocês tinham ocultado tudo isso de mim?

– Bem, isso por causa das palavras de Satanás. Ele disse que você o libertaria! – falou o diretor.

– Mas eu nuca ia libertar Satanás! Eu não deixaria este mundo no caos! – protestei.

– Bem... Tetsuya, você sabia que todos os seres vivos são cinzas? – perguntou o diretor.

– Como assim? – perguntei. – Nunca ouvi falar de algo assim!

O professor bebeu seu café, que estava em uma xícara onde estava escrito ‘’Professor. A melhor profissão’’. Depois, o diretor começou a explicar:

– Bom. Neste mundo, não existem pessoas totalmente boas, e também não existe pessoas totalmente más. Somos todos maus e bons ao mesmo tempo. Ou seja, somos uma mistura do bem e do mal. Não somos nem pretos, nem brancos. Somos uma mistura de preto e branco.

– Ah! O termo seria ‘’Black-and-White-man’’. – argumentou Aki.

– Não, Aki. Acho que o termo seria ‘’Homem-cinza’’, pois preto com branco dá cinza – disse Ritsu.

– Isso! – fala o diretor. – O termo seria ‘’Gray-Man’’.

– Ei, mas isso é o nome de um mangá! – falei.

– Então, é isso... – falou o diretor.

– Me deixa ver se entendi... Você não confia em mim, pois acha que eu posso ficar mau? – perguntei.

– Respostaaaa Correeetaaa! – respondeu o diretor alegremente. – Todo ser vivo mantém um lado oculto, e o outro exposto. Alguns mantêm o seu lado White exposto; outros o lado Black. Porém, as pessoas podem mudar o lado: o que deixava o White exposto passa a deixar o Black exposto, e vice-versa.

– Uoou! Isso é tão legal. – falou Aki.

– Não, não é nada legal. – falei. – Diretor, você acha que eu posso me tornar mal?

– Bem, você é a própria alma de Satanás, então você pode perder o controle e ficar mau. Isso é um problema, pois Satanás não distingue amigos e inimigos. Se você perder o controle, pode matar todos a sua volta, inclusive seus próprios amigos e sua própria família. – disse o diretor em um tom sério.

Engoli seco nessa hora. Eu poderia matar todos que eu amo? Não... Não posso perder o controle! Não! Não posso fraquejar. Eu amo todo mundo! Eu amo meus amigos... Amo minha família... Amo a Ritsu...

– E o que eu preciso fazer? – perguntei.

O diretor pegou duas caixas, e as entregou para Aki e Ritsu.

– Estas caixas contêm selos especiais. – explica o diretor. – Quando você usar seus poderes e perder o controle, esses dois devem colocar estes selos em você.

Ritsu e Aki pegaram as caixas. O diretor continuou falando:

– Somente eu e vocês três tem conhecimento da origem dos poderes de Tetsuya. Os demais professores e alunos não devem saber disso!

– Certo! – falamos os três juntos.

...

– Sol! Mar! Garotas! – exclamava eu e Aki. – Estamos na praia!

005 - Soul + Beach + Hanko

– Ei, vocês dois! – falou Ritsu – Não vão já se animando! A gente veio aqui para treinar nossas habilidades!

– Ah, Qualé, Ritsu! – reclamou Aki. – Estamos em férias de verão! Temos que nos divertir!

– Nada disso! Esqueceram-se? Satanás pode voltar! E, além disso, logo ‘’aquilo’’ vai começar! Precisamos treinar e nos tornarmos mais fortes.

– Ah, Não precisa ser rígida? – disse Midori. – Deixe meu namorado se divertir.

– Ei! Desde quando o Tetsuya é seu ‘’namorado’’? – perguntou Ritsu.

– Desde que ele me salvou. – ria Midori.

Ritsu se voltou para mim.

– Por que você não a deixou morrer?

– Calma... Por que não nos divertirmos um pouco? – perguntou Saki.

Ritsu suspira.

– Tá legal. Vamos nos divertir.

– Ieeebaaa! Vamos nos divertir! – exclamou Aki.

– Vamos fazer um monte de coisas! – falei.

– Sim. – respondeu Aki. – Como...

Competição de Natação! Competição de Construção de Castelo de Areia! Competição de Quem come mais! Competição de Bronzeamento!

– Ahh... Tem tanta coisa para fazer! – falei.

– Realmente, eles estão aproveitando. – disse Yuki.

– Deixa eles. – falou Saki. – Vamos pegar leve pelo menos no primeiro dia.

...

A casa onde estávamos era propriedade da Saki. Uma casa enorme, para falar a verdade.

– Então podemos mesmo passar uns dias aqui? – perguntei.

– Na verdade... Eu queria ficar em um lugar maior. Mas só consegui pegar a menor casa emprestada. Desculpe-me. – respondeu Saki.

‘’Quê?! Essa é a menor casa?! E há outra maior?!’’ pensei.

...

– Ahh... Adoro dias de sol! – falei.

– Eu não. – disse Yuki. Ela estava vestindo um biquíni roxo com detalhes em vermelho. Seu cabelo estava preso em uma trança.

– Ah. É mesmo. A Yuki é uma mulher das neves... – falou Saki.

Os trajes de banho que as garotas estavam usando fizeram meu nariz sangrar, e o Aki ficar animado. Midori usava um biquíni amarelo apertado com detalhes pretos. Saki vestia um maiô azul, com as costas nuas. Já Ritsu usava um biquíni rosa, também apertado. Fala sério. A Midori e a Ritsu usavam trajes que faziam os peitões delas ficarem destacados.

– Ei, Yuki. Você não vem nadar? – pergunta Midori.

– Já disse que não gosto de sol. Vou ficar aqui na casa lendo um livro e tomando sorvete. – falou Yuki.

– Tá legal. Mas você vai perder a diversão. – disse Aki, que ficou sem resposta.

Fomos nos divertir. Primeiro, quebramos a melancia. Bom, o Aki a acertou... Depois de bater com o pau várias vezes na minha cabeça. Depois, fomos nadar.

– Ei, Tetsuya-kun... Porque você não vem nadar comigo? – perguntou Midori de um jeito meigo e sedutor.

– Hã... Prefiro nadar sozinho... – respondi timidamente.

– Ora, vamos... Não seja malvado comigo... – Midori segurou em meu braço, esfregando os peitos dela em meu corpo. Então, ela solta uma alça do biquíni, deixando um de seus seios descobertos.

– UAAHH! – gritei enquanto saia sangue pelas minhas narinas. – CUBRA! CUBRA O SEU SEIO!

Midori esfregava seus seios em meu corpo, sendo que agora só um estava coberto.

– Ora, meu amor... Você é um homem. Devia amar isso. – falou Midori, que estava prestes a soltar a outra alça. Eu ficava desejando que ela não fizesse isso, pois aí os peitos dela iam ficar totalmente expostos. Quando ela ia soltar, um punho veio e atinge meu rosto.

– Seu tarado! Agora você curte ficar vendo a Midori fazer Strip-tease? – gritou Ritsu comigo.

– Não! Não é o que você tá pensando! – falei, enquanto tentava me explicar.

– Ah... O Tetsuya-kun é meu namorado. – falou Midori. – Eu posso tirar a roupa na frente dele... Além disso, talvez eu e ele já possamos tran...

– QUÊ?! Você tá dizendo para mim que eu... E você... Devemos fazer o tal ‘’ato sexual de reprodução que todos os mamíferos fazem’’?– perguntei espantado. Midori fez ‘’Sim’’ com a cabeça.

– QUÊ?! Sua Filha da Puta, eu vou acabar com você! – gritou Ritsu.

– Vem me enfrentar, que eu sou mais foda que você! – disse Midori.

– Calma, meninas, calma! Não vamos brigar aqui! – falei.

Elas me encararam. Depois, cada uma foi para um lado. Eu segui a Ritsu.

– Ei, Ritsu! Fique calma! – falei. – Olha, por que você não dá um mergulho no mar?

– No mar?... – Ritsu pareceu assustada. – Não! Não quero nadar!

– Ué, por quê?

– Por que... Por que... Porque não quero molhar minha cauda! – falou Ritsu. Vale lembrar que a Ritsu não é humana. Ela é uma Yōkai-raposa, e por isso tem cauda e orelhas de raposa.

– Mas o Aki tem cauda de macaco, e ele tá mergulhando numa boa. – argumentei. – Vai, fala. Qual é o problema.

Ritsu estava vermelha. Ela virou o rosto, e disse:

– Eu não sei nadar...

– Quê?

– EU NÃO SEI NADAR!

Fiquei surpreso com aquela declaração.

– Você... Não sabe nadar? – perguntei.

– SIM! SERÁ QUE EU VOU TER DE DESENHAR PARA VOCÊ?! – gritou Ritsu.

Ritsu estava vermelha. Ela suspirou e disse:

– Eu nunca tive a chance de aprender a nadar. Além disso, eu morro de medo do mar! Não tenho coragem de chegar perto dele.

– Ora, se quiser, eu posso te ensinara nadar, e a quebrar esse seu medo de mar. – falei. Sem pestanejar, peguei na mão de Ritsu, e a levei ao mar. Era engraçado ver a Ritsu no mar. Ela segurava o tempo todo em meu braço. Quando uma onda batia, ela me abraçava tão forte que quase quebrava meus ossos. Ritsu parecia até uma criança. Porém, eu lhe ensinava as coisas básicas para ela nadar. Ela tentava me imitar... E conseguia. Depois de um tempo, Ritsu já sabia nadar. E não tinha mais medo do mar.

...

– Vamos fazer um teste de coragem! – propôs Aki. – Em um acampamento não pode faltar um teste de coragem!

– Boa ideia! Vou participar! – falei.

– Também participarei! – falou Midori.

– Se é assim, também irei. – falou Ritsu.

– Também irei. – disse Yuki.

– Eu não vou participar disso! – falou Saki.

– Ah é. Você não gosta destas coisas que dão medo. – falou Aki.

– N-Não é nada disso! Tudo bem, eu vou participar! – disse Saki

Dividimos-nos. Fui com Ritsu e Saki. Aki foi sozinho, e Midori e Yuki foram juntas.

Saki estava apreensiva. Ela era muito medrosa, e estava com muito medo.

– Q... Que besteira colegiais fazerem teste de coragem... – falou Saki assustada.

Nesse momento, uma mão pousou no meu ombro. Ao nos virarmos para ver quem era, uma forma grande e disforme surgiu.

Finalmente encontrei vocês... – falou a criatura.

Gyaaaaahhh!!! – gritou Saki. Nesse momento, ela desmaiou.

Ritsu e eu levamos um susto também. Mas ao olharmos bem a criatura, descobrimos de quem era: o diretor Jelly.

– Pai... Quer dizer, diretor! O que o senhor está fazendo aqui? – pergunta Ritsu.

– Ah... Bem, eu fiquei sabendo que vocês iam para a praia... Bom, estamos em férias de verão, então decidi vir para a praia também, e aproveitar para lhes dar um susto... Mas me perdi no caminho e fiquei vagando por ai...

– Bom... Pelo menos você nos assustou.

...

– Ah... Nada como um banho quente depois de um dia inteiro nos divertindo, e treinando... – falei.

– Sim... Eu também estava precisando de um banho... – disse o diretor.

Nós estávamos com a toalha enrolada na cintura, mergulhados em uma piscina de água quente.

Nesse momento, reparo que Aki está olhando para uma parede de bambu, e tateando ela.

– O que você está fazendo, Aki? – perguntei.

– Shhh! Silêncio! – disse Aki. – Estou tentando espiar as garotas tomando banho.

– QUÊ?! Ora, seu tarado! – falei. – Isso é invasão de privacidade, não acha diretor?

– Essa água quente está tão gostosa. – disse o diretor Jelly.

‘’Ele nem tá prestando atenção na situação’’.

– Ora... Você não quer ver as garotas nuas? – perguntou Aki.

– Não. – respondi.

– Não mesmo?

– Não!

– Tá legal. Vai perder.

– Tá, tá. Eu vou ver!

Não sei o que deu em mim para eu querer ver elas sem roupa. Só sei que quando encostei-me à parede de bambu para olhar pelo buraco... CRASH! Ela desabou, e caímos na piscina de água quente onde estavam as garotas. E para o meu azar, cai de cara nos peitos da Ritsu.

– GYAAAAH! O QUE ESTÁ FAZENDO, SEU TARADO! – gritou Ritsu, que me deu um soco bem forte, que me fez voar para bem longe. Foi assim que terminou aquele dia na praia.

EPÍLOGO

Naquela noite eu estava sentado no telhado, olhando as estrelas. Então, Ritsu aparece.

– Ei, Tetsuya. Não vai descer? – pergunta Ritsu.

– Já estou indo. Estou admirando as estrelas. Veja como elas estão lindas hoje.

– É mesmo. Elas estão lindas hoje. – falou Ritsu.

Ficamos olhando as estrelas por um tempo.

– Obrigada. – disse Ritsu.

– Hã? Tá me agradecendo por quê? – perguntei.

– Obrigada por me ensinar a nadar, e por acabar com meu medo do mar.

– Não há de quê. Eu apenas te ajudei porque eu gosto de você. – falei sorrindo.

Nesse momento, Ritsu fez algo inesperado: Ela me beijou.

Foi a primeira vez que uma garota me beijou. Fiquei bastante surpreso com essa ação. Seus lábios doces se encontravam com os meus. O mundo parou naquele momento. Deve ter se passado dez segundos, quando ela se afastou.

– Ah... Ritsu... Você... – eu nem conseguia falar. Estava sem palavras.

– Eu quebrei teu galho. Você disse que nunca beijou, não é? Pois agora você beijou. Deixou de ser boca-virgem. – disse Ritsu. – Isso é o meu pagamento de dívida. Hoje, você me ensinou a nadar e me fez perder o medo de mar. Eu estava de devendo uma. Agora, paguei minha dívida.

Ritsu se levantou. Antes de ir, ela se virou e disse:

– Se contar sobre esse beijo para alguém, eu te mato, OK?

– OK. – respondi.

CONTINUA NO CAPÍTULO 006

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