O voo foi bem tranquilo, as comidinhas eram bem gostosas, e quando fomos aterrissar me senti meio tonta. Desembarquei do avião e fui pegar minhas malas, não foi muito fácil para mim, porque sou muito fraquinha, e as malas estavam muito pesadas, depois de um tempão finalmente consegui pegar as malas e ir para a entrada do aeroporto...

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De repente, meu celular toca, e quando eu atendo era meu pai:

— Alô¿ Kate, é seu pai, onde você esta¿

— Oi pai! Eu não sei direit... ah! Achei! Eu estou na porta 2 do aeroporto, você já esta aqui?

— sim querida, bem... eu já estou indo ai!

Naquele exato momento, estava com um grande aperto no coração, por deixar minhas amigas, nem sabia se eu conseguiria fazer novas amizades, eu sou muito tímida e nem sei se gostariam de mim...

Mas quando meu pai apareceu, me deu um pouco de esperança de que daria tudo certo.

— Kate? Como você está grande!

—Ah! Oi pai!

— Então vamos?

— Sim.

Depois de sair do aeroporto pegamos a estrada, e soube quando chegamos pela placa “Seja bem-vindo a Sun Coast” nem dei muita bola para a placa, mas quando vi o mar, por uma estranha razão me senti um pouco melhor. Quando estávamos quase chegando ao centro da cidade papai virou em uma pequena estrada de terra, e então me disse:

— Kate nós estamos quase chegado, nós moramos naquela casa ali.

— Mas por que é estrada de terra?

— Eu não sei, mas acho que é por que é o subúrbio.

Depois de andar um pouco mais, encostamos em frente a um portão e quando ele abriu, ele entrou com o carro, e quando sai tive a visão daquela bela e enorme casa, então meu pai sussurrou para mim:

— Querida aquele é seu quarto.

E me apontou a uma pequena janela (pequena mesmo), e logo eu pensei que era um quarto minúsculo. Mas de repente, ouvi um latido muito longe, porem que ia aumentando cada vez mais e quando percebi estava no chão!

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Bem foi um jeito meio estranho de conhecer o Bob! Papai me ajudo a levantar e disse para mim ir entrando que ele logo entraria também.

Ao entrar papai disse que ia me mostrar a casa antes de almoçarmos, então ele me apresentou a Maria, a empregada, e depois começamos a andar pela casa, ele me mostrou todos os cômodos da casa menos o meu quarto.

— Kate, esse é seu quarto! — Ele me mostrou um colchão e um cabide na varanda, meu pai fez uma cara tipo “espero que goste” e eu fiquei totalmente chocada e ao mesmo tempo muito brava com ele, e quando eu estava quase estourando, ele diz com uma voz tão calma mas com um toque quase imperceptível de ansiedade (felizmente sou boa em perceber as coisas):

— Venha vou te mostrar o ultimo cômodo, o sótão

E nós fomos até o sótão, naquele momento estava sem paciência nenhuma e nem queria saber de sótão nenhum, mas subimos as escadas, novamente, mas desta vez fomos até o final daquele corredor cumprido, e lá tinha uma escada simples porem sem a luz acesa ela se torna muito escura, mas ao acendermos a luz era possível ver alguns porta-retratos, sobre um pequeno muro, com fotos minhas, achei aquilo bem estranho “fotos minhas na escada para o sótão?”. Mas então papai abriu a porta e eu fiquei sem palavras...

— Seja bem-vinda ao seu quarto querida!

— Pa-pai! Foi você que escolheu o meu quarto?

Maria aparece por trás de nós, de repente e com um sorriso meigo, e voz doce disse:

— Claro que não! Fui eu!

— A bom, por que se não perderia a lógica!

Ao entrar em meu novíssimo quarto a primeira coisa que eu fiz foi pular em cima do Puff e depois deitar na cama, para ver se é confortável, papai encostou no batente e perguntou:

— E ai, gostou?

— É bem melhor que um colchão na varanda! — Disse com ironia

Depois disso Maria nos chamou para o jantar, que foi frango assado com arroz, batata frita, salada de tomate com pepino, e de sobremesa, uma tigela enorme de sorvete com calda de chocolate, a comida da Maria é muito melhor que a da minha tia, que geralmente era mingau (mas para mim era gororoba).

Ao final do jantar dei boa noite para todos e fui deitar, porque no dia seguinte será meu primeiro dia de aula, estou muito nervosa, será que eu terei amigos? Será que gostarão de mim? Ou será que eu serei uma daquelas pessoas sozinhas? Tudo isso me deixava mais nervosa ainda, mas... o que eu posso fazer?