Gêmeos do Mistério

O Urso das Várias Cabeças


(15 anos)

—Olá, aventureiros! Eu sou Dipper e esta é minha irmã, Mabel. Juntos formamos os...

Eles se olharam e gritaram em coro:

—Gêmeos do Mistério!

Dipper volta a falar:

—E, hoje, Nós tentaremos ir mais fundo no túnel em que estamos explorando á alguns anos. Como vocês devem saber, nos vídeos anteriores revelamos as criaturas incríveis deste lugar e este misterioso diário!

Dipper mostra na câmera um diário de capa vermelha, com detalhes dourados e uma mão com seis dedos com um 3 dentro.

—Só que hoje será diferente!

—Como assim, Dipper?

—Nós não iremos ficar indo e voltando do buraco... Iremos ficar nele o máximo possível!

—Continue assistindo, e não se esqueça de se inscrever e ativar o sininho de notificação, pra não perder nenhuma de nossas aventuras! Agora vamos!

—CORTA!

Dipper faz um sinal pra Mabel, que estava segurado a câmera.

—Muito bem, aposto que o vídeo vai fazer sucesso!

—Sim... Mas eu confesso que estou meio desconfiada deste buraco!

—Mabel, Mabel, Mabel... Não se preocupe! Tudo vai dar certo. Somos os Gêmeos do Mistério, lembra?

—Gêmeos do Mistério!

Os gêmeos entram no túnel e voltam a gravar. Eles andam por muito tempo e avançam muito mais que antes.

—D-Dipper... S-sinto uma coisa estranha!

—Claro, Mabel! É emoção... Todo mundo teria isso.

—N-não, é sério!!

—Bom, pode ser que tenha alguém por perto. Nunca se sabe...

—D-Dipper...

—Ai, Mabel, você... Mais vem cá.

Dipper abraça a irmã.

—Vai dar tudo certo! Cadê aquele otimismo todo?

Mabel dá um sorriso fraco. Ela não sentia confiança para ficar dias naquele túnel sombrio e perigoso.

Der repente, um rugido ecoou pelas cavernas.

—O-o quê é isso?!

Dipper ligou a câmera e pegou um facão.

—Segura o celular, Mabel...

Der repente, um par de olhos amarelos e brilhantes surge nas sombras. Depois outros, outros, mais outros... Vários pares de olhos estavam atentamente olhando para eles.

Ao sair das sombras, os gêmeos puderam ver que aquele ser era um verdadeiro urso com o corpo infestado de cabeças. O ser rugiu com toda a força. Mabel sentiu vontade de desmaiar.

—Filme aí, Mabel!!

—D-DIPPER??! V-VOCÊ NÃO VAI...

Antes de mais nada, Dipper se lançou contra o urso... Que o arranhou. Porém, nesta hora, ele conseguiu acertar o coração dele. O ser soltou seu último rugido e caiu morto no chão.

Dipper caiu de joelhos. Mabel correu para socorrê-lo, ainda filmando. Sangue escorria pelo braço de teu irmão.

—D-Dipper!! Oh minha nossa...

—M-Mabel...! N-não foi nada... Eu e-estou bem... Verifica o urso...

Mabel olhava horrorizada para as grandes marcas de arranhão no braço de seu irmão. A garota pegou um suéter que estava ainda sendo criado e amarrou no braço de Dipper, como se fosse gesso.

—O-obrigado...

—Não me meta mais este susto!

—Desculpe, mais não prometo nada...

Mabel suspirou, sabendo que o irmão ia sempre se meter em encrenca. Ela se levantou e foi até o urso. Um arrepio percorreu teu corpo ao ver os olhos vidrados do animal morto.

—B-bem... Pelo menos, teremos mais comida e um casaco novo...

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Um pouco mais a frente, eles se depararam com dois caminhos.

—O.O...

—Hmm... Seguimos por onde?

—Sei lá...

Os gêmeos pensaram.

—E...Se a gente se separar?

—SE SEPARAR?! Ta maluco, Dipper?

—Ué, não seria má ideia... E aposto que os inscritos gostariam!

—Mais a questão não é os inscritos, bro bro! É a NOSSA sobrevivência...

—Mabel, confie em mim... Eu sei o que estou fazendo!

—Será...? Ou será que só acha que sabe?

Dipper suspirou.

—Mana... Mas...

Dipper não sabia mais o que falar. Mabel suspirou.

—Ok, então, Dipper... Vamos nos separar!

—Ma...

Antes que pudesse terminar, Mabel tomou o caminho esquerdo. Sem pensar duas vezes, Dipper foi pro caminho oposto.

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Mabel percorria aqueles longos corredores de pedra e terra. Não conseguia mais achar Dipper. Se gritava teu nome, não havia resposta. Ficava pálida só de pensar no pior ter acontecido.

No fim, acabou cansando e se sentou em um canto. Estava faminta. Abriu sua mochila e pegou uma maça. Depois, ligou a câmera.

—Estou sozinha aqui neste labirinto sem fim... Não acho meu irmão. Nenhum sinal de Dipper. E eu não aguento mais isso...

Quando percebe, seus olhos estão lagrimejando. Estava assustada, triste e confusa. Sua cabeça estava cheia demais. Deu uma mordida na maçã pra conseguir pensar direito.

—Eu só queria que Dipper estivesse aqui...

—Uh, eu sei como isto pode acontecer...

—HÃ?!

Mabel fica pálida. Olha para o lado e vê um homem alto, de cabelos loiros. Usa um paletó com uma gravata borboleta. Um chapéu flutua sob sua cabeça e ele tem um tapa-olho em forma de um triângulo preto de cabeça para baixo... Cobrindo o olho direito. E, além de tudo, seu olho á mostra é dourado, brilhante e se assemelha ao de um gato.

—Meu nome é Bill. Bill Cipher.

Mabel sente um frio na barriga. Já viu aquele rapaz em algum lugar, mais não sabia donde.