Guardioes de Deus: a Batalha nos Ceus

Capítulo 4 - A Chegada. Parte II


Fizeram a refeição em silêncio, seus anfitriões trajavam vestimentas mais confortaveis e alegres. Arão não perguntou nada, apenas saboreou a comida. Tudo parecia um sonho. Encontrava-se no firmamento. Seria real? E as coisas que vira a tarde ? E essa sensação de bem estar e felicidade que o acompanhava, como explicar? Sua curiosidade aumentava a cada momento, ia fazer uma pergunta quando Velana tomou a palavra.

-Sua mente deve estar confusa, e penso que custe a acreditar em tudo o que viu hoje.

-Você lê pensamentos?

A mulher fez um sinal de negação então o garoto prosseguiu.

-Realmente estou muito espantado, não sei se tudo isso é real ou se é minha mente que está me pregando uma peça.

-Tudo o que você viu é real, e a imaginação é sua principal arma aqui, foi ela quem construiu este mundo, o melhor que o homem poderia querer. Tudo o que se deseja você encontra aqui, a beleza esta presente em toda parte, a paz, a tranqüilidade, a convivência pacifica e o amor... aaahhhh. Estar num eterno estado de felicidade. Suspirou a mulher.

-Com todo esse entusiasmo que você fala posso afirmar que aqui é mesmo o paraíso. Disse ele animando-se.

-É uma bela definição, tão simples e ao mesmo tempo tão complexa.

Kamis falara pela primeira vez desde que começara o jantar.

-Parece que você começou a compreender.

Ela levantou-se sorrindo, passou as mãos pelo cabelo do garoto e foi até a janela. O brilho das estrelas era intenso, não se avistou uma única nuvem sequer, a noite estava esplendida, havia tantas estrelas no céu que poderia se fazer qualquer desenho com elas.

-Acho que não tenho outra opção...

As palavras de Arão foram cortadas pela vozimperativa que vinha de Velana.

-Silêncio, ele está chegando!!!

\"Ele?\". Pensou Arão.

Todos sentaram-se quietos no sofa, um ponto luminoso surgiu no horizonte, veio silêncioso e rápido, seu tamanho crescia conforme se aproximava da morada. Uma bola de luz entrou pela janela, sua intensidade foi se esvaecendo, tomando a forma de uma pessoa, Arão se viu diante de um ser perfeito em todos os seus sentidos.

Sua aproximação fez com que imagens tumultuadas ocupassem a mente do garoto deixando-o confuso. Ao mesmo tempo que ficara impressionado com a beleza do visitante e com a sensação de paz e tranqüilidade que ele transmitia. Não sabia por que, mas seu rosto não lhe era estranho. De onde o conhecia?

-Boa noite Nemamiah.

A mulher pegou a mão do homem, beijou-a em sinal de respeito.

-Boa noite a todos. Respondeu-lhes o recém chegado, sua voz era pausada e suave, saía como uma canção que faz aflorar bons pensamentos.

-Aqui está ele meu senhor.

Apontou para o garoto com a cabeça e abraçou sua mulher.

-Meu amigo Kamis sem formalidades, somos todos iguais.

Colocou a mão no ombro do homem, exibindo um belo sorriso, talvez um dos mais sinceros que Arão tivesse visto.

-Podemos passar sem isso.

Virou-se para o garoto, iniciando um dialogo com o mesmo enquanto Kamis e Velana ficaram abraçados observando.

-Boa noite Arão! Estou muito contente que estejas conosco, é um motivo de muita alegria.

O visitante se aproximou mais.

-Ainda bem que conseguimos trazê-lo a salvo. Não sabíamos qual seria o momento de sua chegada. Tivemos muitasperdas, infelizmente nem todos tiveram a mesma sorte.Fez-se uma pequena pausa.

-Meu nome é Nemamiah, sou 57º gênio. E julgo que pela sua expressão deve estar querendo receber muitas respostas. Bom, algumas eu poderei providenciar, outras, porém ainda rondarão sua mente e lhe serão dadas na hora certa.

\"Eles poderiam ser mais diretos, por que todo esse suspense\". Pensou.

Arão tinha vontade de falar, fazer muitasperguntas, mas gaguejava, as palavras não lhe saiam. Seria a presença desse ser que o deixava desse jeito? A única frase que conseguiu emitir foi:

-Eu vi um morro suspenso no ar...

-Ah o morro do sol, simplesmente maravilhoso. Aliás, é impossível não notá-lo, sua excelência se sobressai ao resto, mas é apenas uma das muitas belezas que existem. Você encontrará coisas que vão muito além da sua imaginação e por enquanto de sua compreensão. O tempo será seu mestre, ele lhe ensinará tudo o que precisa aprender. Mas seu rosto me diz que estou confundindo-o mais em vez de ajudá-lo a compreender.

-Olha para vocês pode ser normal ver um morro suspenso no ar, animais selvagem soltos convivendo pacificamente entre si. Mas para mim não! Tudo isso ainda é uma grande novidade e pelo pouco que vi este lugar é um sonho.

-Um sonho? Huummm.... Se você quer denominá-lo desse modo que assim seja, afinal ele já recebeu tantas designações...Um lindo sonho que jamais se acaba, tudo aqui está em perfeita comunhão, é uma dádiva.

-Espere ai.Interrompeu Arão assustado, colocou as mãos na cabeça e fechou os olhos. Algumas imagens vieram a sua mente, visualizava a cena de um acidente de carro. -Eu.. Eu... Morri, isso explicaria muita coisa. Agora me lembro o acidente... Eu estou morto!

Indagou num sussurro perdendo o equilíbrio.Velana colocou a mão em seu ombro para apoiá-lo.

-Não consigo me recordar de mais nada, porém o acidente, dele tenho recordações, estou morto...

O visitante pegou as mãos de Arão e sorriu, num instante toda sua aflição e medo sumiram, a paz se fez presente sobre sua inquietação.

-Não! Essa seria a resposta a te dar, você não morreu. O firmamento te causa tanto assombro assim, a ponto de você não conseguir contemplar a perfeição que reina aqui. Como a convivência pacifica entre todos os seres ou ainda o morro do Sol que seria impossível para um \'\'homem comum\'\' conceber que exista tamanha graça. Logo meu jovem irá se acostumar e não vaiquerer estar em outro lugar. Quando estiveres em sintonia com este mundo, eleo acolherá.

-Então este vazio que sinto, assim como minha a falta de lembranças,essa é a sensação de se estar morto, pelo menos até eu me acostumar com este mundo... O jovem continuava a insistir.

-Você não está morto.

Continuou o visitante a explicar com muita paciência.

-Simplesmente por que sempre pertenceu a este mundo. Há algumas correções a serem feitas em seus pensamentos. Quando a morte chega, o homem passa por um período revendo toda sua existência, os seus erros e acertos, as coisas que poderia ter feito diferente, se ele se dispusesse a ser melhor.

O visitante caminhou até a janela olhando para o céu.

-Ele entenderá que suas escolhas é que traçam o seu caminho, mas que nada acontece por acaso. Existe uma vontade superior que o guiou por toda sua existência, presente até mesmo nos momentos mais difíceis, onde ele pensou estar sozinho e desamparado. Essa mesma vontade o trouxe até aqui. E neste momento ele receberá as respostas para as inúmeras provações pelas quais passou e não entendia o porquê.E no final terá sua recompensa por ter sido fiel e suportado tudo com fé sem jamais deixar de acreditar...

-Se tudo é revelado por que não consigo me lembrar de nada além do acidente que sofri.

Colocou as mãos na cabeça, mais algumas imagens lhe vieram à mente.

-Seu caso é especial, na realidade você foi transmigrado para este mundo.Você passou do mundo dos homens para este sem conhecer a morte. Nesta passagem rápida, sua memória se apagou momentaneamente, isso acontece para que a adaptação a este mundo, seja mais natural, já que você não passou pela fase de rever seu caminho, mas aos poucos você irá recordando seu passado.

Arão olhou-o cheio de desconfiança.

-Quando vai voltar totalmente?

O visitante indagou antecipando-se a próxima pergunta de Arão e respondeu ao mesmo tempo.

-Isso só o tempo dirá, conforme fores vivendo aqui e dependendo dos fatos que presenciares sua mente trará todos as lembranças de volta. Para alguns isto é muito rápido para outros mais lento e por fim existem aqueles aos quais não é bom saberem nada atéque o momento mais oportuno chegue.

-Mas por quê? Quero dizer, o que estou fazendo aqui se não morri??? Aposto que não foi um engano de alguém. Indagou de modo sarcástico.

-Não foi um engano tudo tem um propósito para acontecer, e sua presença neste mundo não é mero acaso, aliás, tínhamos grande preocupação se você conseguiria chegar bem.

-Como assim?

-Meu jovem amigo.

O visitante falava pausadamente.

-Você nunca pertenceu ao mundo dos homens, teve uma curta passagem de tempo por ele. Seu lugar sempre foi entre nós, não cabe a mim explicaro porquê, o mais importante é que você retornou são e salvo. Também não sou a pessoa digna de dizer-lhe o que se passou, quando chegar à hora outros lhe revelarão a verdade, os motivos vão além de sua compreensão.

-Quer dizer que não sou realmente humano? Fez um momento de silêncio. - Então o que sou?

-É um ser celestial que nasceu no firmamento. A única verdade que você precisa saber é que foi impreterível que fosses mandado ao mundo dos homens para viver junto deles, nem mesmo nós sabíamos quanto esse período duraria e agora retornou para cumprir seu destino.

-Isso é incrível. Disse Arão

-Gostaríamos de ter tido mais tempo de prepará-lo para este momento. Não queríamos que chegasse com tantas dúvidas e com tamanha desconfiança, porém o curso da história tomou outro rumo. Fomos obrigados a trazê-lo, atrasar mais sua vinda poderia significar um grande risco e isso não poderíamos correr.

-Existem mais como eu?

-Sim.

-Deixa me ver se entendi.

Arão fez um resumo do que acabara de ouvir.

- Estou no céu e não sou, ou melhor, nunca fui humano, apesar de me sentir um, sou um ser celestial fiquei na terra ou sei lá qual denominação vocês dão para ela aqui. Por que algo aconteceu. Estou retornando, pois algo aconteceu novamente ou está acontecendo que não estavam nos seus planos. Isso, isso é difícil de se acreditar.

Olhou para o visitante e observou-o melhor.

\"De onde conheço esse cara?\" Não conseguia lembrar.

-Um pouco confuso, mas resumistes bem os fatos. Sei que apesar de toda a tua desconfiança, você acredita em mim. Disse o visitante.

Sua feição era séria e complacente, denotava confiança, o jovem por momento algum duvidou que tudo o que ele disse não fosse verdade.

-Infelizmente não posso lhe revelar mais do que isso.

-As pessoas têm família no firmamento?

-Claro que tem, é tudo praticamente igual ao que você já conhecia.

-Então eu também tenho família?

-É estranho você perguntar isso, mas infelizmente não temos maiores relatos sobre sua família.

-Que pena. O garoto pareceu ficar desolado. –Você veio só para conversar comigo?

-Na verdade sou o guardião da cidade Ocidental, um mensageiro, minha missão é lhe trazer a seguinte mensagem:

\"Sua estadia nesta morada é curta, amanhã cedo partirás rumo a Cidade Superior. Deverás se juntar com os outros garotos. Na Cidade Superior obterá todas as respostas que procura“.

-Você é um mensageiro? Quer dizer um anjo? Imaginei vocês bem diferentes.

Arão ficou surpreso com a revelação do viajante.

-Eu sei, nos imaginam sérios, com asas, luzes e auréola. A mente humana é muito criativa aprendemos muito com eles. A missão de cada mensageiro é ajudar as pessoas, para isso e para ganharmos a confiança de cada um temos que nos adaptar a cada crença e religião. Nossas formas podem ser as mais variadas possíveis, assim como nosso temperamento,cada pessoa esta pronta para nos receber a seu modo. Talvez a melhor resposta seja: Os anjos têm a forma da qual as pessoas necessitem. Mas independente da forma ou temperamento, a essência é uma só, onde estão presentes amor, paz, fé, justiça, compreensão e perdão.

Velana tomou a palavra depois de um longo tempo em silêncio

- Nemamiah é o guardião e protetor do pergaminho da cidade Ocidental, é um arcanjo, deve ajudar a todos que trabalham por uma causa justa. No mundo em que você vivia, ele tem a missão de ajudar as pessoas a prosperar em todas as áreas e a libertar outras que encontraram no vício sua destruição, encaminhando-as para uma vida saudável. Nos orgulhamos de tê-lo ao nosso lado, ele sempre nos apoiou com justiça e sinceridade, sem contar seu vasto conhecimento que ajuda a discernir o certo do errado.

-Obrigado pela consideração Velana, mastenho que partir. Já cumpri minha missão aqui.

-Mas como vou conseguir encontrar tal cidade?Perguntou Arão. -Não conheço nada...

-Não tem como errar. No caminho encontrarás indicações. Receberás ajuda nos momentos mais oportunos.

O Anjo virou-se para ir embora.

-Vou vê-lo novamente?

Apesar da pergunta os pensamentos de Arão estavam com outra dúvida :

\"De onde eu o conheço? Esse rosto não me é estranho \".

-Sim em seus sonhos. Respondeu o Arcanjoe piscou para o garoto. Um estalo, o jovem lembrou-se de onde era, seus pensamentos foram cortados pelas palavras finais do Anjo.

-Mas tome cuidado, apesar de estar no firmamento nem sempre seus caminhos serão seguros e antes que você me pergunte, muitas vezes os sonhos podem se tornar realidade.

Essas foram às últimas palavras do mensageiro antes de partir.

Arão levou as mãos a cabeça e novamente fechou os olhos. De repente a cena veio em sua mente, uma torre gigantesca, o portão com símbolo de uma águia, uma besta horrível, um cavaleiro lutando... A morte...Abriu os olhos assustado, reconhecia Nemamiah, era ele o cavaleiro que o havia salvo da morte na torre, porém se seu sonho se transformasse em realidade...

Os três ficaram sozinhos, sua mente ainda era povoada por pensamentos e imagens de tudo o que tinha vivenciado naquele dia. Um cenário incrível, todavia estava acontecendo. Estariaem um transe profundo? Voltou à realidade quando uma voz feminina soou-lhe aos ouvidos.

-Esta tudo bem com você? Perguntou Velana.

-Sim esta. Respondeu Arão vagamente. Olhou para o casal que o observava de modo preocupado.

-Acho melhor irmos dormir, amanhã será um novo dia e você terá uma longa caminhada até a Cidade Superior.

Completou a mulher. Mas Arão queria mais respostas.

-O que é esta tal Cidade Superior? O que ela tem de importante?

Dessa vez foi Kamis quem respondeu.

-É o símbolo da paz e da união entre os povos. Um lugar comandado pela justiça divina, ondeosregentes e seus discípulos se reúnem para trocar conhecimento. Uma cidade diferente de tudo o que se possa imaginar. Pelo menos costumava ser.

Seu rosto tomou um ar mais sombrio.

-Os bons tempos passaram, uma nuvem negra paira sobre a cidade agora, mas peço para ser forte e provar que nós o povo celestino somos dignos de ter representantes nela.

Kamis proferiu com rancor as últimas palavras.

-O que quer dizer com sermos dignos? Até parece que não serei bem recebido nessa tal cidade ...

-Kamis não esta na hora de nos recolhermos?

A voz de Velana denotava certa preocupação.

-Não Velana! Ele precisa saber. Se eu fosse você, não esperaria uma recepção calorosa...

-Mas como isso?

A indignação de Arão era visível.

-Estamos no céu não? Onde tudo é lindo e maravilhoso. Todos vivem em harmonia, hoje mesmo vi animais que normalmente estariam se matando convivendo em paz, como posso ser recebido com indiferença.

-Mesmo os animais adquiriram um instinto de crueldade que antes não existia, prova disto foi a morte que você presenciou a tarde. Se fosse em outras épocas, você seria recebido com graças e glórias, hoje, porém os tempos são outros, a desconfiança e a discórdia habitam aquela cidade. Os presságios não são nada bons.

-Por quê? Do jeito que fala parece que as pessoas da cidade superior não gostam de vocês. Estou certo?

-Meu jovem, infelizmente você está correto. Kamis respondeu a pergunta e continuou.-As pessoas da Cidade Superior, não vêem com bons olhos o povo celestino. Para eles existem dois povos, o da Cidade Superior e os renegados, nós os celestinos.O povo celestino vive nos campos e nas comunidades, são pessoas honestas e simples. Na Cidade Superior estão os grandes sábios e os gênios, conhecidos como anjos e outros que são os responsáveis pelo bem estar dos reinos dos céus e da terra. Tínhamos uma convivência fraterna, porém muito disso mudou, sentimentos que antes não existiam, passaram a fazer parte do dia a dia, a conviver conosco conturbando tudo.

-Sentimentos...Disse o garoto.

-Sim! O medo, a desconfiança, a raiva, o ódio, o ciúme e tantos outros, até parece que abriram a caixa de pândora. No firmamento não sabíamos o significado dessas palavras a milhares de anos e agora eles estão se alastrando, o povo da Cidade Superior nos olha com desconfiança. Penso que eles estão preocupados com os presságios que surgem. E por não entenderem o que está acontecendo, tentam achar culpados para isso.

O pesar na voz de Kamis denotava toda a sua tristeza.

-Quer dizer que existem dois povos? O celestino e os cidadãos da Cidade Superior e ambosestão com relações estremecidas?

Velana fez um sinal de afirmação com a cabeça.

-Mas você me disse que os anjos vêm da Cidade Superior. Então o que Nemiamiah estava fazendo aqui e por que foi tão gentil conosco?

-Você adora fazer perguntas.

Velana respondeu preocupada vendo Arão se interessar tanto pelo assunto, mesmo este não sendo tão agradável de se comentar. Kamis prosseguiu com sua explicação.

-Como em todo lugar existem aqueles que estão acima dos acontecimentos e conseguem no meio de todo o caos enxergar a verdade, Nemamiah é um deles, sua profunda compaixão e grande sabedoria o coloca no caminho certo, o caminho da verdade. Por isso ele nos ajuda, pois sabe que devemos ser o que sempre fomos um único povo. Separados somos fracos.

Velana foi até janela olhar para o brilho das estrelas.

-Mesmo por que experimentar o medo é novo para todos, assusta ecausa insegurança. Isso foi sentido no começo dos tempos, mas nem todos se lembram ou não querem relembrar essa época sombria.

Velana voltou-se para Arão colocando as mãos ao redor do pescoço.

- Meu jovem, seu caminho não vai ser fácil, fico com pena que um garoto tão novotenha que passar por esta sina, mas aproveite o presente e desfrute da nossa hospitalidade, pois este será um dos poucos momentos de paz que terá. Não quero assustá-lo, mas não posso iludi-lo. Iremos nos recolher agora, tenha uma ótima noite e nos veremos amanhã cedo.

Velana se aproximou de Kamis, o casal se abraçou indo para o quarto, Arão permaneceu sentado na sala por um longo tempo, seu olhar fixou-se nas estrelas. O cachorro deitou-se ao seu lado, tentava organizar seus pensamentos, queria acreditar que iria adormecer e ao acordar não estaria mais ali, voltaria a sua vida normal, seja qual fosse ela...Adormeceu...

Sentiu algo quente e macio em sua barriga, abriu os olhos o cachorro dormia a seu lado, a realidade não mudara.