Lily’s POV

Detenção. Tem coisa pior que isso? Ah, sim, claro que tem. Detenção com o cara que te beijou no quarto ano, que é seu inimigo mortal e que é muito gostoso, vulgo: Draco Malfoy.

É meia noite e estou limpando todos os troféus na sala de troféus – avá.

Esfregando com muita força, pra descontar a raiva, em todos os troféus. Ah, e sem contar que tem um loiro gostoso do meu lado fazendo a mesma coisa. Não que ele estivesse com a cara emburrada, afinal, ele só tem a cara de deboche mesmo!

Mas todos esses pensamentos foram dispensados quando Draco se abaixou pra pegar o troféu que caira de sua mão. Isso pode lhe parecer normal. Mas para uma garota de quinze anos, com os hormônios a flor da pele isso não é nada normal.

Ter a visão da bunda de um cara gostoso e loiro não era nada normal pra mim.

Oh, Merlin, aquela bunda! Eu juro que um dia vou perguntar pra ele se ele botou silicone porque Merlin… que bunda!

Mordi o lábio inferior sem perceber. Assim que Malfoy voltou para a sua posição normal – isso ficou meio erótico! – ele me viu com uma careta e mordendo o lábio inferior. E pela cara dele, ele pareceu saber tudo o que eu pensei sobre… você sabe, a bunda dele.

– O que foi? – Ele sorriu debochado – Tá com dor?

– Ah, nada! – Difarcei. Oh droga, eu concerteza estava vermelha.

– Tudo bem, eu sei que sou gostoso! – ele sorriu – Mas não precisa ficar com essa cara! Se você quiser é só pedir! – Além de sinico é convencido. Não que eu discorde dele, claro, afinal, Merlin que bunda!

– Haha, nossa Malfoy, sua humildade contagia! – Disse sarcásticamente. - Bom, eu sei de várias coisas que te contagiam além da minha hulmildade cativante! – Ele disse se aproximando de mim.

– Como o que? – Perguntei receosa.

– Talvez… - Ele se aproximou e seus lábios encostaram no meu ouvido. – Meu beijo – Ele deu um beijo no meu pescoço, e consequentimente me arrepiei – Meu toque – Ele beijou o meu ombro e me prendeu ainda mais a seu corpo passando contínuamente suas mãos pelas minhas costas, por cima da minha blusa. – Diz…

– D-dizer o q-que? – Disse num sussurro, botando minhas mãos na sua nuca, subindo para seus cabelos. - Diz que me quer, Potter… - Ele tinha voltado a botar seus lábios no meu ouvido – Diz que me quer tanto quanto eu te quero!

– E-eu… - Tentei dizer. Mas algo lá no fundo, dizia que nada daquilo era permitido. O que só deixava a situação melhor ainda.

– Diz, Potter… - A voz dele era tão rouca, e tão sexy!

– Não p-posso!

– Você pode Potter, basta querer! - Beijou o canto da minha boca – Desisto! – E me beijou. Oh céus! Que beijo.

Enquanto as mãos dele se encontravam nas minha costas, minhas mãos estavam bagunçando seus cabelos, e por mais que eu tentasse quebrar o beijo, uma parte de mim – mais forte – me empurrava mais e mais contra ele. Droga, sentir o gosto daquela boca seria um problema, que, claro, eu resolveria depois. Porque nada importava naquele momento. Era como se alguém tivesse apertado um botão “esquecer de tudo e de todos” e PUFF! Esqueci.

Foi tudo muito rápido. Em menos de um segundo, Malfoy me puchou para dentro do armário de vassouras. Bendito armário de vassouras!

– Você é louco? O que…

– Madame Nor-r-r-a! Shhhhh! – Ele disse me interrompendo.

– Madame Nor-r-r-a, você viu alguém? – Ouvi Filch dizer. E depois de algum tempo ele saiu. Respirei fundo sentindo os sentidos voltarem.

Respirei fundo e tentei sair do armário. Isso mesmo, tentei! Mas um loiro – gostoso – me impediu segurando no meu braço.

– O que você pensa que tá fazendo? – Perguntei me virando pra ele

– O que você acha que eu estou fazendo? – Ele botou um braço na minha cintura e me empurrou contra si mesmo fazendo com que ficassemos muito próximos. Mas muito próximos mesmo. E no segundo seguinte ele selou nossos lábios. Oh droga, o botãozinho de esquecer o mundo foi apertado de novo.

Santa calça de Merlin, eu já não sabia se poderia passar um milésimo de segundo sem beijar ele. Obviamente estou viciada. E não era uma coisa que agradava muito.

Estar viciada em Draco Malfoy não era lá uma coisa que eu iria pedir de natal pra Papai Noel.

Senti minhas costas encostarem na parede do armário de vassouras e subtamente subi minhas pernas de forma que elas se entrelaçassem na cintura de Draco.

Eu poderia passar a eternidade dauqele jeito e não iria reclamar. Ele se afastou de mim para respirar. Malditos pulmões limitados!

Agarrei seus cabelos tão bruscamente que no segundo seguinte Draco já estava com seus lábios colados nos meus.

Mas ai ele fez uma coisa que eu poderia jurar mata-lo. Ele saiu.

Ele saiu e me deixou lá, sozinha.

Subtamente algo foi crescendo no meu peito. Ravia, ódio, fúria. Oh Merlin, eu poderia quebrar aquela escola num segundo de tanta raiva que eu estava.

Como ele pode me deixar naquele estado, dentro de um armário de vassouras?

Ah, mas Draco Malfoy não teria mais aquela cara bonitinha amanhã, e como eu sei disso? Simples! Eu tratarei de desfigurar ela.

–------------------------------------------------------------------------------------

Ok, não desfigurei a cabeça dele. Talvez porque eu não quisesse dar esse gostinho pra ele, digo, eu não queria que ele soubesse que eu fiquei com raiva. Ou talvez seja porque eu gosto da cara dele como é, porque ele é bonitinho. Mas a questão é que uma semana se passou desde o “incidente”. E eu não vejo Draco desde então.

Não que eu esteja com saudades, claro, é só que… ele beija muuuuuito bem.

Bom, hoje, quarta-feira, eu e Harry estavamos no salão principal esperando Rony e Hermione. E bom, nós vimos eles. Mas não de uma maneira normal. Afinal, eles estavam conversando e rindo. CONVERSANDO E RINDO!!!!!!! DESDE QUANDO HERMIONE E RONY COMPARTILHAM INFORMAÇÕES E AINDA POR CIMA DÃO RIZADA JUNTOS???????

– Olá! – Disse Hermione se sentando junto de mim enquanto Rony se sentava do lado de Harry

– Oi… - Eu e Harry dissemos juntos num tom desconfiado

– Hermione, será que você poderia me passar a mantega? – Rony perguntou

– Claro! – Ela respondeu sorridente. Ok, tinha uma coisa muuuuuuuuito errada nessa história.

– Conta! – Disse me virando pra ela.

– Contar o que?

– Conta o que aconteceu com a Hermione, porque eu tenho certeza que você não é a Hermione que eu conheço!

– Como assim?

– Hermione, você está sendo educada com Rony, e ainda nem falou que ele tem a mentalidade de uma colher de chá! – Harry falou indignado

– Harry, agora temos aula com Umbrigde, e eu não quero me atrasar! – Disse Rony se levantando e levando Harry junto.

– Hermione, por favor, me diz o que está acontecendo!

– Ok… Tudo começou quando você contou pra Rony que eu gosto dele...

Flashback on (narrador observador)

– Sabia que você era burro, mas nem tanto! Era uma vez à anos atrás, uma garota que se chama Hermione te conheceu e se apaixonou. A história continuará desse jeito se você não tomar uma atitude. Faça com que valha a pena você ter nascido e realize quem é a garota certa pra você! Harry, por favor, preciso falar com você lá em cima! Agora! - Lily falou

Assim que a ruiva saiu com seu irmão, Hermione sentiu seu sangue subir à cabeça e num impulso ela se levantou para subir ao dormitório feiminino. Mas Rony a impidiu ficando em sua frente.

– Rony, eu preciso ir para o dormitório! – Ela disse sem ter coragem de olhar pros olhos do garoto

– Hermione, o que a Lily falou era verdade?

– Ron… – Hermione, você me deve isso! – Rony falou e Hermione sentiu o sangue subir à cabeça e dessa vez não foi de vergonha, e sim de uma coisa muito maior, raiva.

– Eu te devo isso Rony? Como assim eu te devo isso? – Ela explodiu – Você nunca olha pra mim, você passa metade do seu tempo reclamando como o Harry é famoso e você não dá a mínima pra mim, você fica me xingando Rony. Eu não te devo nada!

– Desculpa! – Ele disse segunrando seu braço

– Ok, eu só queria que a gente desse pelo menos uma trégua!

– Ok, trégua aceita! – Ele disse a abraçando e, finalmente, a deixando subir pro dormitório.

Flashback off