O inimigo mora ao lado

A policia ainda continua as buscas pela jovem desaparecida na noite em que um memorial foi feito para a adolescente Rachel E’Dare em homenagem a sua morte. O pai de Quione, Boreas revela que as buscas vão de mal a pior. A única testemunha do caso é a adolescente Calypso Atlas que revelou a policia que um assassino com capuz cercou as duas e esfaqueou Quione. Calypso não disse mais nada, mas a quantidade de sangue no local indica que a vitima foi gravemente ferida.

Piper suspirou. Ela estava no Starbucks perto de sua casa esperando Jason para uma conversa.

Quando Jason finalmente chegou Piper puxou assunto.

– Finalmente a sós. – ela disse tomando seu café.

– É finalmente. – ele disse sorrindo. – Acho que com tudo isso que aconteceu a gente nem pode se beijar direito – ele disse com um sorriso malicioso.

– Cala boca seu safado! – ela exclamou sorrindo.

Piper conhece Jason desde criança, eles brincavam juntos no quintal junto com Thalia. Depois de anos Jason finalmente a convidou para ir ao baile, e depois daquele dia as coisas só melhoraram para os dois.

– Eu sei que você gosta desse safado aqui! – Piper deu um soquinho em Jason.

– Seu convencido – Piper pensou por um minuto – Você foi chamado para depor?

Jason ficou serio.

– Fui – ele disse simplesmente.

– E o que você disse? – Piper perguntou.

– O que você me mandou dizer – ele olhou para os lados. – Eu disse que não ficamos muito tempo juntos e que eu fiquei a maior parte do tempo no bar bebendo.

– Ótimo.

Mais cedo naquela manhã assim que saiu da escola Piper puxou o namorado para um canto afastado e o obrigou a mentir no seu depoimento. Não exatamente mentir, apenas omitir que ele estava com Piper naquela noite.

– Eu ainda não entendo Pips. Por que eu tenho que mentir? – Jason perguntou a olhando nos olhos.

– Você não esta mentindo Jason – ela disse convincente – você esta apenas, digamos que, ajudando sua namorada gostosa.

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– E lá se foi mais um jarro da minha mãe – Silena resmungou depois de Thalia jogar contra a parede o quarto jarro de flores de Afrodite. A punk estava muito nervosa, e todos sabem que Thalia Grace nervosa é um problema. Pelo menos dessa vez ela descontou a raiva em jarros de vidro e não em criancinhas indefesas da rua.

– Ah, meu Deus! – Drew gritou do seu quarto. – O que foi isso?!

– Nada! – Thalia gritou de volta.

– Thalia para com isso! Minha mãe vai surtar quando ver isso!

– Me deixa Silena! – e mais um vaso. – sua mae compra outro!

Silena suspirou e tirou seus saltos cor de rosa.

Thalia parou para beber um copo d’água.

– Sabe Silena – a punk disse – sua mae devia comprar mais vasos desse, eles são fáceis de quebrar.

– Vai nessa, Thalia. – Silena deu um sorriso falso e depois retirou as luvas cor de rosa que ela usava para esconder aquela tatuagem ridícula.

Thalia se engasgou com a agua que estava bebendo.

– Silena!

– O que foi punk?

– O que significa essa tatuagem?

– Ah, eu não sei – Silena começou dizer. – Eu acho que...

– Não importa! Esconde isso! Coloca essa porcaria de luva de volta! – Thalia disse pegando as luvas e as entregando para Silena.

– Nossa Thalia, eu sei que a tatuagem é horrível, mas não é pra tanto...

– Silena cala a boca! Eu já vi essa tatuagem!
– Serio? Onde?

– No pulso da Rachel, no dia em que encontraram o corpo no meu quintal.

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– Annabeth você não pode dizer mais nada entendeu? – Annabeth estava jantando pela primeira vez em semanas com seus pais.

– Entendi mae, eu não posso dizer mais nada... - a loira resmungou. Era a quinta vez que sua mae a alertava.

– Ótimo – Frederick deu um basta. Gloria aos Deuses.

– Bem Annie, temos que ir.

– Pra onde? – Annabeth perguntou indiferente.

– Temos uma reunião marcada.

– A essa hora da noite? – A loira desconfiou. – Por que céus alguém marcaria uma reunião depois do jantar?

– Não faça perguntas Annabeth! – Atena disse se levantando. – Eu quero que você tranque todas as portas e janelas. E não abra a porta pra ninguém – Atena ordenou.

– Tanto faz general. – A loira subiu as escadas e trancou a porta do seu quarto.

Depois de passar mais de uma hora assistindo televisão no maior tedio, Annabeth decidiu ir ate a janela para tomar um ar. Péssima decisão.

– Chase, Chase – o Jackson começou. – Assassinos em serie escalam janelas.

– Se alguém ousar escalar a minha janela – Annabeth provocou – Vai se ver comigo.

– Com certeza, o assassino pensara duas vezes antes de degolar o seu pescoço. – Percy soltou uma gargalhada.

– Isso é uma ameaça Jackson?

–Então eu sou o assassino? – Percy perguntou.

– Não sei. – A loira respondeu. - É?

– Poupe-me Chase, se eu fosse o assassino já teria te sequestrado há bastante tempo. – ele sorriu de lado e mordeu o lábio inferior.

– Bem, você tentou fazer isso ontem. – ela constatou.

– Eu sei que você pensou na ideia.

– Nem nos seus sonhos, Jackson!

– Nos meus sonhos também – ele sorriu. – Só que neles não somos só amigos.

Annabeth corou. Mas que droga!

– Você é um idiota Jackson! Um enorme idiota!

A loira disse e deu as costas.

Você só precisa de um banho, só de um banho. – ela murmurou entrando na banheira de sua suíte.

A agua estava morna e a loira aproveitou pra relaxar. Instantaneamente as lembranças do sangue de Quione vieram á sua mente. Na noite passada após se lavar ela escondeu as roupas sujas dentro de uma caixa e depois colocou no esconderijo secreto que só ela conhecia.

Annabeth vestiu seu pijama ali mesmo dentro do banheiro. Ela não confiava em quartos para se trocar ainda mais quando se tem o Jackson de vizinho. Depois de vestir sua blusa gigante que ia ate metade das coxas ela secou os cabelos com a toalha e os deixou soltos caindo ate sua cintura. Quando ela saiu do banheiro quase caiu pra trás quando viu quem estava sentada em sua cama.

– Mas que droga! – ela xingou depois de ver Percy Jackson sentado em sua cama confortavelmente apenas com uma calça de moletom e uma blusa azul que destacava seus músculos.

– Sabe Chase, eu disse que era muito fácil subir pela sua janela – ele disse calmamente enquanto observava o corpo de Annabeth – alias belas pernas – ele ressaltou.

Annabeth jogou uma almofada nele.

– Jackson seu idiota! O que você está fazendo aqui?! – Annabeth pegou uma calça jeans e se trancou de novo no banheiro.

– Bem, depois que você me xingou, como sempre, eu decidi que isso não ia ficar assim, então eu decidi vim te dar uma lição!

– Ah, é? – Annabeth perguntou saindo do banheiro. – e qual é a sua lição?

– Quer mesmo que eu diga? – ele disse se levantando e indo ate ela.

Annabeth caminhou pra trás e bateu as costas contra a parede.

– Gostaria – ela disse sentindo a respiração de Percy em seu pescoço.

– Então eu vou te mostrar. – ele a beijou intensamente enquanto apertava sua cintura. Annabeth envolveu as mãos na nuca de Percy enquanto ele descia os beijos ate o seu pescoço. Suas mãos iam de encontro a sua cintura subindo um pouco mais.

– Essa era a sua... Lição? - Annabeth perguntou quando Percy apertou ainda mais sua cintura. Ele colocou as pernas dela em volta de sua própria cintura.

– Só se você quiser – ele disse enquanto a levava para a enorme cama de casal.

Percy deitou Annabeth e depois se deitou por cima dela. Ela começou a beijar seu pescoço enquanto passava as mãos pelo seu peitoral. Estava tudo indo bem ate um celular vibrar. Era o de Percy.

Annabeth ouviu a voz de irritação quando o Jackson atendeu.

– Preciso ir – sua voz estava rouca. – Minha mãe quer que eu vá pra casa. – ele disse e depois pulou da janela de Annabeth para a sua. – Tranque as janelas, Chase – ele disse e se virou para dentro.

Annabeth estava com um leve sorriso no rosto que se desfez quando ela percebeu o que havia feito.

Beijou o Jackson?!

Ela se preparou para dormir, mas a luz do seu computador piscou indicando um novo e-mail. Ela trancou aas janelas e depois apertou em ler mensagens.

O inimigo mora ao lado, cuidado espertinha. Estou de olhos abertos e lembre-se: eu vejo tudo!