Good girls
Ela esta morta e minhas mão sujas de sangue!
– Você acreditou mesmo no que o Leo disse? – Piper Mclean perguntou para uma de suas melhores amigas Silena Beauregard.
– É claro!- Silena respondeu olhando para os lados.
A maioria das pessoas ainda estavam dentro da casa, mas algumas se jogavam na piscina provavelmente bêbados. Piper e Silena estavam perto da entrada.
– Qual é Silena, está na cara que o Leo inventou essa historia só pra zoar com a nossa cara.
Silena olhou para a piscina onde Thalia estava com Luke.
– Tem razão o que poderia acontecer, afinal estamos todos juntos.
– Tanto faz – Piper sorriu, ate que viu uma luz acesa na garagem. – Espera sua mãe esta em casa? – Ela perguntou para Silena.
– é claro que não! – Silena se virou para trás e viu a luz ligada. – Droga! Eu falei pro pessoal não usar a garagem!
Silena caminhou até a garagem onde a luz estava acesa. A porta estava aberta e assim que ela entrou a luz se apagou. ÓTIMO! Um dos carros estava ligado com as quatro portas abertas. Ela apostava que algum engraçadinho tentou transar no carro da sua mãe. Silena foi até o carro e o fechou as portas uma por uma, os faróis estavam ligados. Ela trancou e ouviu a porta bater. Seu sangue gelou. O aviso de Leo era: É só não ficar dando bobeira sozinha lá fora.
**
Annabeth desviou de Percy mais uma vez. Eles estavam sentados na beira da piscina e sempre que tinha uma brecha Percy tentava chegar mais perto dela.
– Qual é Annabeth, você acreditou ou não naquela história sinistra do Leo? – ele perguntou tomando um gole de sua cerveja.
– É CLARO QUE NÃO JACKSON! – Ela respondeu já irritada.
– Mas você pareceu estar com medo. – ele provocou.
– eu não tenho medo Jackson.
Percy soltou uma gargalhada tão alta que Annabeth ficou furiosa.
– Qual a graça Jackson?!
– Você – ele chegou mais perto dela. Tão perto que ela poderia sentir seu hálito. – Não precisa fingir Annie. Eu sei que você esta com medo.
– Medo de que Jackson? – ela se levantou. – Eu poderia andar por esta floresta sozinha agora mesmo, sem sentir um pingo de medo.
– Ah, é mesmo? – ele perguntou se levantando. – Vá em frente senhorita.
– Com prazer! – ela caminhou até as árvores que ladeavam a casa e caminhou para dentro do bosque.
– ANNABETH! – Percy chamou. – Eu não estava falando serio!
– Me deixa Jackson! – ela continuo andando. Percy a seguiu. – Eu quero ir sozinha!
– Ah, claro e quando o assassino te pegar eu vou dizer pra sua família que você decidiu caçar um animal à noite!
– Olha não existe assassino nenhum seu Mané. E se eu morresse pode ter certeza que minha família não ligaria nem pro enterro! – ela desviou de uma arvore retorcida.
– Como assim? Eu pensei que vocês fossem à família perfeita. – Percy começou a andar ao lado dela.
Annabeth escutou um barulho atrás deles. Ela se virou e esbarrou em Percy.
– Calma – ele disse aproximando o rosto do dela.
Ele colocou as mãos em sua cintura. Ela não tentou impedir.
– Você não devia fazer isso... - ela disse com a voz entrecortada.
– Eu faço muitas coisas que não devia.
Ele aproximou o rosto do dela e a beijou. Um beijo calmo que Annabeth pensou em impedir, mas estava ocupada sentido o gosto da boca de Percy.
– Eu sempre quis fazer isso... – ele disse se afastando. – Sabe te beijar... Desde o sexto ano. – Percy se aproximou de novo da boca de Annabeth e prensou seus lábios contra os dela.
Annabeth envolveu suas mãos na nuca de Percy e caminhou um pouco para trás batendo as costas em uma árvore. Ele envolveu as pernas dela em sua cintura e aprofundou o beijo a prensando contra a árvore.
Annabeth já estava sem folego, mas não queria parar. Era... Tão bom. Percy afastou os lábios e a olhou nos olhos, eles estavam mais escuros que o normal.
– Eu... – Annabeth começou, mas foi interrompida por um grito.
Ela se levantou com as pernas bambas por causa do contato com Percy.
– Você acha que aconteceu alguma coisa? – Percy perguntou passando as mãos pelos ombros de Annabeth.
– Eu não sei. – ela se afastou. – Acho melhor voltarmos.
**
– Thalia... acho melhor nos não fazermos isso. – Luke interrompeu Thalia, enquanto ela beijava o seu pescoço.
– Qual é Luke – ela disse desabotoando a camisa que ele vestia. – eu pensei que você quisesse.
– Eu quero – ele parecia nervoso. – mas não aqui, sabe esse é um memorial... Não é certo fazermos isso.
Thalia saiu de cima de Luke e se sentou na enorme cama de casal do quarto de hóspedes.
– eu pensei que você não se importasse com a Rachel viva, muito menos morta!
– Thalia eu realmente gosto de você e não quero te esconder nada. – Luke se levantou e encarou Thalia por um minuto. Estava o maior dos silêncios e eles estavam ambos encarando um ao outro.
– O que você quer me dizer Luke? – Thalia perguntou se levantando da cama calçando seus coturnos.
– Olha... eu juro que só aconteceu uma vez e... – ele hesitou e passou as mãos no rosto. – faz tanto tempo.
– Luke, me diz que não é o que eu estou pensando!
– Olha Thals, a gente não teve nada foi só uma noite e eu juro, NÃO SIGNIFICOU NADA.
– Você dormiu com a Rachel! – Thalia deixou as palavras saírem como uma avalanche. – EU NÃO ACREDITO!
– Thalia – Luke se aproximou dela.
– Não chega perto de mim!
Ela bateu a porta do quarto e correu pelo corredor sem direção. Thalia entrou em uma porta qualquer e trancou a porta por dentro, quando ela se virou viu que não estava sozinha.
– Credo Nico! – ela colocou as mãos no coração. – você me assustou.
– Foi você quem entrou correndo que nem uma maluca. – ele deu um sorriso tímido e misterioso.
– Me desculpa – Thalia se virou para destrancar a porta. – Acho que você quer ficar sozinho.
– Abro uma exceção para você – ele colocou sua cerveja em cima da mesa de madeira e se sentou em uma poltrona.
Thalia se sentou a poltrona ao seu lado.
– Então – ela perguntou. – por que você fica sempre sozinho?
– Acho que não sou muito sociável – ele tomou um gole de sua cerveja e ofereceu a Thalia. Ela aceitou imediatamente. – Aconteceu alguma coisa com você?
– Bem, tirando meu quase futuro namorado ter dormido com a defunta... Está tudo ótimo. – ela bebeu mais um gole de cerveja e depois a passou para Nico.
– Bem, necrofilia é um problemão.
Thalia sorriu.
– Você tem uma mente perturbada – ela constatou tomando a cerveja das mãos deles.
– Nem imagina o quanto – Nico se aproximou de Thalia, sentindo sua respiração.
Ela se levantou e tirou os coturnos.
– O que você está achando de toda essa história de assassino em serie? – Ela perguntou olhando a piscina pela janela.
Nico se levantou e parou atrás de Thalia. Ela quase podia sentir seu hálito quente no seu pescoço.
– Talvez seja mentira. – Ele colocou os braços na parede e Thalia ficou sem saída.
– Talvez? – ela perguntou se virando para ele. Seus rostos a centímetros um do outro.
– Mas talvez, seja verdade. – ele falou em uma voz tão assustadora e sexy que Thalia o puxou pela nuca e o beijou urgentemente. Ela não sabia muito bem o que estava fazendo. Talvez estivesse bebido demais ou talvez esteja apenas se vingando de Luke beijando o seu primo gostoso. Mas não era isso, era algo a mais.
Quando finalmente se afastaram por falta de ar, eles se encararam por um tempo, até Nico quebrar o silencio.
– Vou pegar uma bebida. – ele disse e saiu deixando Thalia sozinha.
Droga! Ela pensou. Mas que merda ela havia feito? Beijado o seu primo? Ela estava tão perdida em seus próprios pensamentos que só parou quando ouviu o grito agonizante do lado de fora.
**
– SOCORRO! – Silena já estava rouca de tanto gritar por ajuda. Quando ela foi à garagem para apagar as luzes alguém a trancou do lado de dentro. Ela tinha certeza que já se passara mais de uma hora. Será que ninguém sentiu sua falta? Belas amigas, ela pensou esmurrando a porta novamente.
Ela se abaixou e se sentou no chão para descansar um pouco. Suas mãos estavam vermelhas de tanto esmurrar aquela maldita porta e ela estava com muito medo de não estar sozinha. Quer dizer, aquela garagem era enorme e ela tinha quase certeza que a porta foi trancada pelo lado de dentro. E se o assassino estivesse logo ali? Maldita hora em que ela saiu sozinha querendo bancar a heroína. E ainda por cima tinha aquela maldita festa em que ela não se lembrava de nada, a não ser que bebera bastante e dançara com um desconhecido.
Ela estava quase dormindo quando ouviu um grito agonizante. Ah, meu Deus. Será que alguém morreu?! Ela se levantou e começou a esmurrar a porta novamente. Depois de alguns minutos ela ouviu o som de uma ambulância. Alguém se machucou, não pior, alguém morreu! Ela bateu mais e mais na porta, ate que escutou alguém a destrancando.
– SILENA? – Era a voz de Piper.
Silena correu e abraçou a amiga, alguém estava atrás dela. Era Jason.
– De quem foi aquele grito? – Silena perguntou soltando Piper e correndo até a piscina.
– Silena espera!
Dois carros de ambulância estavam parados em frente à entrada. Todos estavam ali.
– Quem morreu? – Silena perguntou temendo ser uma de suas amigas ou ate mesmo sua irmã.
– Não sabemos, se alguém morreu. – Jason interveio. – ouvimos um grito e depois procuramos por todos. Algumas pessoas sumiram.
– Quem?!
Silena estava desesperada. Ao lado de uma das ambulâncias estava Drew conversando com Leo. Pelo menos ela estava bem.
– Jason! – Thalia correu e abraçou seu irmão. Nico Di Ângelo estava atrás dela com sua irmã Bianca.
– Vocês sabem de quem foi o grito? – Bianca perguntou preocupada.
– Não, mas achamos que foi de uma garota. – Jason disse.
Então Silena percebeu. Algo nãos estava certo. Alguém não estava ali. Ela se virou para Piper com lagrimas nos olhos.
– Quem foi que sumiu?! – Piper ficou quieta. – Fala Piper! – Silena gritou.
– Calypso. – ela hesitou. – Aquela garota da nossa turma de álgebra, Clarisse. Quione. Chris, Percy e... – ela começou a tremer. – Annabeth.
Silena sentiu as lagrimas escorrendo pelo rosto. Thalia a abraçou.
– vai ver ela só foi dar uns amasso com o Jackson – Jason descontraiu.
– Annabeth! – Thalia gritou indo em direção a garota loira que saia da floresta com os cabelos despenteados e alguns arranhões nos braços. Percy estava ao seu lado, no mesmo estado da loira.
Thalia a abraçou. E depois as outras.
– Ah, meu Deus eu pensei que você... - Thalia começou.
– nem me fale! – Annabeth resmungou. – O que essas ambulâncias estão fazendo aqui? E porque está todo mundo com essa cara de culpado? – a loira perguntou.
– Acho que alguém morreu. – Thalia disparou.
Chris e Clarisse saíram de dentro da casa.
– Eles estavam lá dentro? – Piper perguntou.
– Com certeza estavam se comendo – Thalia disse.
Chris parou do lado de Annabeth.
– Estávamos mesmo, algum problema?
– Todo! Pensamos que vocês tivessem morrido sei lá – Jason gritou.
– Desculpa mais a gente só estava dando uns amasso no porão. Algum problema?
– Espera. – Silena interveio. – No porão onde fica a minha cama? A que eu comprei em Miami?!
– Silena... Calma, tem coisas mais importantes a tratar. – Piper disse abraçando Jason.
Eles escutaram passos perto da floresta. Houve um silencio enorme. Piper abraçou Jason ainda mais. Thalia estava agarrada a Silena. Percy tentou abraçar Annabeth, mas ela desviou. Alguém saiu correndo da floresta passou correndo e puxou Annabeth pelo braço.
– Calypso?! O que aconteceu com você?
Ela puxou Annabeth pelo braço e depois passou as mãos no cabelo da loira.
Calypso agarrou mais ainda o braço da loira a sujando de um liquido vermelho.
– EU... TENTEI IMPEDIR!
– tentou impedir o que? – Thalia perguntou mantendo distancia.
– Caraca você ta toda suja de sangue! – Silena disse.
– E me sujou todinha! - Annabeth disse se afastando de Calypso.
– NÃO É MEU!
– Então é de quem?! – Percy perguntou.
Calypso desabou no choro e caiu no chão.
– EU TENTEI... MAS NÃO CONSEGUI.
– Calypso respira. – Piper pediu. – Onde esta a Quione?
– ESTA MORTA!
Fale com o autor