Good Beginning, Bad Middle, Happy Ending

Good Beginning, Bad Middle, Happy Ending


Nora se lembrava de muitas coisas do seu passado. Ela se lembrava da primeira vez que viu Carlos De Vil; o jeito que ele chamou sua atenção enquanto ele estava causando problemas por aí com seus amigos. Ela se lembrava de se tornar amiga dele meses depois disso. Bem, meio que amigos. Eles trocavam algumas palavras quando se viam e pareciam se dar bem. Então sim, amigos.

O primeiro beijo deles era algo que nunca deixaria suas memórias. Aconteceu quase um ano depois que eles se conheceram, eles haviam se tornado próximos um do outro nos meses anteriores e Nora acabara desenvolvendo uma queda por ele, assim como ele parecia se sentir da mesma maneira sobre ela. Carlos não usou essas palavras para que deixasse ela saber disso; na verdade, ele não usou palavra nenhuma, ele apenas pressionou seus lábios contra os dela.

Depois disso, eles entraram em um tipo de relacionamento. Eles nunca oficializaram nada, mas eles certamente agiam como se estivessem namorando. Estavam sempre saindo em encontros; ele até mesmo a apresentou a seus amigos - mesmo que ela se sentisse um pouco intimidada por eles; Nora estava sempre lá para apoiar Carlos, assim como ele sempre estava lá para ela também. A paixão de Nora por ele lentamente se transformou em algo mais forte, mas ela não ousou nomear esse sentimento, temendo que ele não sentisse o mesmo.

Outra coisa Nora lembrava - e ela duvidava que algum dia fosse esquecer - foi o dia em que Carlos foi convidado para ir à Auradon Preparatória. Foi um dia com muitos sentimentos... Confusos.

Ela se lembrava da multidão em torno de uma limusine. Uma limusine chique na Ilha, o que diabos estava acontecendo? Ela se lembrava de Carlos explicando brevemente a situação. Ele estava indo embora, deixando-a. Carlos prometeu que não seria por muito tempo e que em breve ele estaria de volta, mas Nora sabia melhor que isso, promessas eram quebradas o tempo todo na Ilha.

E então aquelas três palavras saíram da boca dele. "Eu te amo". Nora levou um momento para entender que ele realmente dissera isso. Ela mal teve tempo de reagir, já que ele estava praticamente sendo puxado para a limusine. Mas ela gritou que o amava de volta e ele parecia ter escutado. A última lembrança que tinha de Carlos era dele sorrindo para ela antes de entrar no carro.

Nos dias que se seguiram, ela fez o possível para se manter informada sobre as novidades de Auradon, esperando ter um vislumbre de Carlos em algum lugar. Sua esperança nas promessas do garoto foram desaparecendo ao longo das semanas, no entanto. Depois de seis meses, Nora estava certa de que ele não voltaria e provavelmente já havia encontrado outra garota com quem ficar.

Uma tentou tirar proveito da situação de Nora, tentando convencê-la a se juntar a sua tripulação. Ela aparentemente precisava de mais pessoas que estavam com raiva de Mal e sua turma, mas Nora recusou; ela não odiava Carlos, apenas se sentia chateada, só queria esquecer isso.

Mas então algo aconteceu. Alguns homens de uniforme azul e amarelo bateram na porta de sua casa. Ela mesma, Nora, havia sido convidada para estudar na Auradon Preparatória. Ela não acreditou no momento em que ouviu aquilo, sentindo suas pernas enfraquecerem, seu corpo tremendo levemente. Não estava esperando por isso.

E tudo isso leva ao momento atual que ela estava. Nora estava sentada em uma limusine - que, aliás, tinha várias coisas deliciosas para comer - com algumas outras pessoas da Ilha. Ela só reconheceu a neta de Lady Tremaine, Dizzy, que parecia muito ansiosa por estar ali. Nora sabia não devia estar parecendo tão diferente.

Ela estava indo para Auradon, era real, estava acontecendo. Ela iria testemunhar magia? E comeria alimentos que nunca ouviu falar? Ela realmente estaria por perto de pessoas boas e gentis? Realeza? Carlos ficaria feliz em vê-la lá? Essas perguntas não saíam da mente de Nora, fazendo com que sua ansiedade e insegurança aumentassem.

A garota, tentando se distrair desses pensamentos, olhou para a janela, observando a paisagem lá fora. Estava escuro, mas mesmo assim ela podia ver como tudo parecia ser tão... Bom. Ela não pôde deixar de se surpreender. E então viu a escola. Era tão grande e bonita. Ela realmente iria estudar lá de agora em diante? Nora sorriu para a vista, mas eles não pararam por lá. Ela não questionou, apenas se focou em suas mãos.

Que tipo de aulas ela teria? Ela se encaixaria com as pessoas de lá? Faria amigos? Aprenderia a ser boa? Ela já não era? Nora não estava certa, ela não era tão maldosa quanto a maioria das pessoas na Ilha, mas ela seria boa como uma verdadeira pessoa de Auradon?

De repente, o carro parou, fazendo com que o coração de Nora pulasse uma batida. Haviam chegado. Ela estava longe de se sentir pronta, mas foi a primeira a ter coragem de deixar a limusine. Dizzy veio logo atrás dela, aproximando-se enquanto olhava em volta. Logo todas as crianças estavam do lado de fora, seguindo os guardas, que os guiavam para algum lugar. Um navio. Era tão chique e brilhante. O mais perto disso que eles tinham na Ilha era o navio de Uma.

Quando entraram no local, Nora foi saudada por música e rostos sorridentes; um homem e uma mulher elegante estavam lá para recebê-los, mas Nora estava espantada demais para prestar atenção ao que eles estavam dizendo. Ela só voltou à realidade quando Dizzy esbarrou nela enquanto corria escada abaixo, até a parte do navio que estava, por alguma razão, molhada. Os olhos de Nora seguiram a garotinha, vendo-a correr em direção a alguém. Evie. Se ela estivesse lá, Carlos também estaria por perto? Nora realmente queria ver Carlos? E se ele a tivesse esquecido?

Nora cuidadosamente desceu as escadas, sentindo-se um pouco inadequada para estar ali. Todos lá eram tão lindos.

Seus pés mal haviam tocado a água no chão quando ela sentiu dois braços molhados envolvendo sua cintura por trás, levantando e girando-a no ar, fazendo-a soltar um grito. Nora ouviu uma risada quando foi colocada de volta no chão; ela reconheceria aquela risada em qualquer lugar.

A garota se virou, encarando um Carlos extremamente sorridente e molhado. Ele parecia tão diferente; seu cabelo estava mudado e ele parecia mais alto do que ela se lembrava. Ela não teve tempo para analisá-lo melhor porque logo Carlos a puxou para um abraço apertado. Oh, ele estava muito mais forte do que a última vez que eles se viram.

— Estou tão feliz que você está aqui. - sua voz também havia mudado. - Senti sua falta. - a garota, sem reação, não se mexeu e Carlos se afastou dela, estranhando sua falta de ações. Seu sorriso desapareceu quando ele viu a expressão chorosa da garota. - O que foi?

Nora se jogou em seus braços, envolvendo os braços em volta do pescoço dele, enterrando o rosto no ombro do garoto.

— Eu senti tanto a sua falta. - ela disse, sentindo algumas lágrimas escorrendo pelo seu rosto. - Você esteve longe por muito tempo.

Ela sentiu sua cintura sendo apertada por Carlos enquanto ele dava pequenos beijos no topo de sua cabeça.

— Desculpa. - ele murmurou. - Eu queria entrar em contato com você, acredita, eu tentei, mas... Não é fácil. Eu não queria deixar você lá, sozinha. – ele apertou o abraço. - Eu pensei em você todos os dias que eu estive aqui.

Nora sorriu com essas palavras, sorriu por estar com ele novamente, vendo que ele estava realmente feliz por estar com ela.

— Eu achei que você tivesse me esquecido. Seguido em frente. - ela sussurrou, sentindo Carlos ficar tenso antes que ele se afastasse o suficiente para poder olhar para o rosto dela.

— Você realmente achou isso? - seu rosto expressava muitas emoções, como mágoa e indignação. - Como eu poderia esquecer a primeira vez que te vi? Esquecer a pessoa que sempre esteve lá por mim? Ou o jeito que você me faz sentir feliz e nervoso quando está por perto? Como eu poderia esquecer a garota que amo?

Amor. Então, ele realmente a amava. Aquelas palavras fizeram com que Nora se sentisse feliz e amada, do jeito que só Carlos conseguia fazê-la sentir. Um sorriso apareceu em seu rosto quando ela assentiu. - Eu te amo tanto.

Nora inclinou-se para frente, pressionando os lábios nos dele, uma ação que foi bem recebida por Carlos, que não hesitou em mover os lábios contra os da garota. Suas mãos acariciaram sua cintura, levemente a puxando para mais perto dele, ele queria tê-la tão perto dele quanto podia.

Os braços dela, que ainda estavam em volta do pescoço dele, também o puxaram para mais perto dela, as mãos dela bagunçando levemente o cabelo molhado dele. Quando ela o sentiu gentilmente chupando seu lábio inferior, ela não pôde deixar de soltar um gemido satisfeito, ela realmente sentira falta de ter Carlos com ela.

Ele lentamente se afastou, encostando a testa na dela, sorrisos bobos em seus rostos. - Estou muito feliz por você estar aqui. - Carlos deu um rápido selinho nos lábios dela. - Você é meu final feliz.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.