Olhei para a porta, era um casal muito bem vestido, logo atrás deles veio um garotinho, com a cara emburrada.

– Meus pais... – Ela disse

– O que tem seus pais? – Perguntei

– Nada, eles são legais mas... Tava legal fingir que aquela casa era só minha... – Ela disse

–Não é sua?

–Não... Meus pais e meu irmão foram viajar, então eu fiquei com a casa só pra mim por um tempo... – Ela respondeu, a mãe dela a viu e acenou, Éponine acenou de volta com um entusiasmo falso.

Eles vieram em nossa direção e Éponine se levantou para abraçar eles...

– Que saudades filha... E esse? Quem é? – Ela perguntou sorrindo

– É um prazer mademoiselle, sou Enjolras... – Disse

–Prazer Monsieur Enjolras... – A mãe de Éponine disse

Cumprimentei todos eles, inclusive o garotinho. Eles saíram, deixando eu e Éponine a sós.

Comemos e ficamos conversando um pouco, logo depois saímos do restaurante e ficamos passeando pela rua. Éponine disse que tinha que voltar. Me despedi dela.

Fui pra minha casa e vi minha mãe sentada no sofá lendo um dos meus livros. Ela me encarou e deixou o livro de lado.

– Onde estava? – Minha mãe perguntou

– Eu saí pra almoçar com Éponine... – Eu disse

– Você está saindo muito com essa Éponine... Pode falar, você gosta dela? – Meu pai disse descendo as escadas

–NÃO! Quer dizer... Sim... Mas ela... Ela é só uma amiga! Não quero nada demais... – Eu disse saindo de perto

Entrei no quarto de visitas onde minha irmã estava, ela estava lendo o jornal, coisa que ela nunca fazia, sentei do lado dela, ela olhou pra mim e sorriu.

–O Henry não vai vir? – Perguntei e ela bufou

–Enjolras... Eu não queria te contar agora, mas... Eu e Henry nos divorciamos á algumas semanas, perdi o emprego, estou cheia de dividas, vendi a minha casa e meu carro e voltei para cá morar com vocês, não posso voltar para Nova York agora, não nessa situação, vou ficar aqui por uns tempos, até a situação melhorar... – Ela disse olhando para baixo

–Tá tudo bem, ta tudo bem... – Eu disse abraçando ela

–Mas e você? Tem 21 anos e não encontrou ninguém? – Ela disse rindo

–É melhor do que ter 28 e estar cheia de dividas e divorciada... – Eu disse e ela riu

–É, você tem razão! – Ela disse

–Bem, eu vou indo, meu turno hoje é de noite... A gente se vê mais tarde... – Eu disse saindo

Peguei meus livros e fui em direção á universidade, chegando lá coloquei meus livros no meu armário e peguei meus cadernos. Olhei que aula eu teria, já que não estava acostumado com os horários noturnos. Era língua Jurídica Forense. Fechei o armário e fui em direção á sala de aula...

Monsieur Enjolras? – Ouvi a voz de Éponine. Me virei para trás e vi ela segurando vários livros, quase os deixando cair.

–Olá mademoiselle Éponine! – Eu disse

–Tem aula do que agora? – Éponine perguntou

–Língua Jurídica Forense... E você? – Perguntei

–Enologia... – Ela fez uma careta e eu ri – Bom, vou indo, boa aula monsieur...

Depois de algumas horas eu já estava na quarta aula e estava caindo de sono, meu professor chamou atenção várias vezes para tentar me manter acordado, mas um tempo depois o turno acabou e eu fui pra casa.

Cheguei e estava tudo escuro e em silencio, imaginei que todos estavam dormindo. Fui pro meu quarto e dormi...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.