Os Cullens encontraram-se num restaurante local, um lugar com certo toque de sofisticação, o lugar era amplo e possuía lustres. O café da manhã com a família Cullen seguiu silencioso. Pareciam quatro desconhecidos dividindo uma mesa. Depois do desjejum seguiram para um hotel de um amigo próximo.

O quarto era simples em relação aos outros quartos do hotel, mas seria usado apenas por um dia. Emmett se jogou em cima da cama de lençóis brancos, depois deitou-se de lado apoio o braço para sustentar a cabeça. Carlisle sentou-se em uma das poltronas e Esme ficou em pé do seu lado.

— O assunto é delicado – iniciou Esme.

— Vocês poderiam ter dito sobre a doença da vovó a muito tempo – disse Edward.

— Isso é complicado!

— Sabe... a gente poderia ser uma família normal que senta numa mesa de casa e conversa sobre os problemas! – exclamou Emmett.

— A vó de vocês não queriam que soubessem da doença. Ela queria ...

— Com que direito vocês acham que devem esconder as coisas da gente? – perguntou Edward interrompendo o pai.

— A doença é dela. Ela tem o direito de contar quando bem quiser. E afinal ela não queria a própria família sentisse pena – indagou Carlisle.

— Eu não sei o que vocês acham que significa família, mas geralmente serve para esses momentos difíceis – Emmett sentou-se na borda da cama.

— E estamos juntos. Temos que ficar mais unidos do que nunca – Carlisle uniu as mãos quase como se implorasse.

Todos ficaram em silêncio por alguns segundos.

— Mas até agora ninguém disse o que a minha vó tem! – disse Emmett.

— Ela ... ela... – Carlisle não conseguiu terminar a frase.

Esme o abraçou por trás.

Era diferente falar da doença de um paciente do que contar sobre quem você ama. Palavras difíceis até para quem vê o sofrimento em outras famílias.

— Ela tem um tumor maligno no cérebro – iniciou Esme – sem chances de operar... daqui algum tempo ela não vai conseguir falar, andar e as funções vitais que antes fazia sem nenhum esforço como respirar vão se tornar bem difíceis... depois haverá falência em diversos órgãos: fígado, intestino, rins... – a matriarca respirou fundo – então, ela vai morrer. Isso é questão de meses, não sabemos quando, mas vai acontecer.

Carlisle olhava fixamente para o chão. Esme colocou a mão em seus ombros. Para Emmett e Edward a ficha ainda não tinha caído. Eles estava atônitos com as informações. Os dois irmãos lançaram um olhar um para outro.

— Tem certeza que não existe mais... nenhuma coisa que impeça que isso aconteça? – perguntou Emmett mesmo sabendo qual seria a resposta.

— Todas as possibilidades foram avaliadas. Consultamos os melhores médicos do país... – Carlisle estava com os olhos marejados.

O médico esfregou uma das mãos nos olhos. Edward levantou-se e foi até em direção ao pai. O jovem ajoelhou-se ao lado da poltrona e parou por alguns instantes e o abraçou.

***

Três semanas depois...

Era impressionante como as pessoas começam a dar valor a algo que elas podem perder. Às vezes só percebemos o quanto alguém é importante para nós quando estamos prestes a não ter essa pessoa na nossa vida. Discussões fúteis, rotina tumultuada, ambições, ciúmes são coisas que aos poucos nos afasta de quem amamos.

Todos os finais de semana Edward e Emmett tentavam arranjar tempo para fazer uma breve visita para a sua vó. Os dias iam passando e Ava parecia mais frágil do que nunca. Já não conseguia tocar piano como tanto gostava porque as suas mãos tremiam. Com as noites frias do outono a tendência era ficar mais em casa.

***

O celular de Carlisle tocou e médico atendeu. Com essa ligação ele percebeu que o seu final de semana foi pelo ralo. Vestiu-se rapidamente para atender a emergência no hospital. Foi para o quarto de sua mãe despedir-se.

— Sinto muito que eu não vou poder ficar, mãe! – disse Carlisle.

— Não se preocupe e faça o seu trabalho! – exclamou Ava.

Ava encontrava-se deitada em sua cama king size.

— Pelo menos não fez que nem o garoto – apontou Josh.

— Mas Emmett torceu o ombro, querido! – defendeu Ava.

— Isso se for verdade mesmo! – disse Josh sentando-se na cama.

— Josh! – repreendeu Ava.

— Próxima semana acredito que dê certo – disse Carlisle sem muita empolgação.

— Acredito que sim – afirmou Ava.

Carlisle deu um beijo na testa de sua mãe, despediu-se dos seus pais e saiu.

— E por onde anda Edward?

— Saiu com a namoradinha dele – disse Josh com tom de desdém.

***

— Eu não acredito que a gente está voltando na casa que você machucou o pé – disse Bella em um tom risonho.

Era o enorme casarão que parecia ter sido abandonado pelos donos. Uma construção do XIX que preservava todas características da época. A madeira rangia debaixo dos pés dos jovens. Eles passaram pelo salão principal.

— Esse lugar continua sem ótimo para se esconder! – exclamou Edward.

— Quer se esconder de quem? – perguntou Bella.

No outono era muito impreciso saber se o dia seria quente ou frio. Naquele dia a umidade do ar estava alta. O sol se escondia atrás das nuvens acinzentadas que traziam o presságio de chuva. Bella tremia de frio, mas tentava parecer que estava bem. Ela não fez uma boa escolha de vestuário para aquele dia. A jovem vestia uma camisa de manga com listras verticais, um short de jeans de cintura alta e um tênis escuro meio desbotado. Edward usava uma camisa azul de mangas e uma calça preta.

— Desculpa interromper o seu fim de semana com a sua mãe. Nem sabia que ela estaria de folga hoje – indagou Edward.

— Não precisa se desculpar. Ela mesma havia me dito que iria ter que resolver “assuntos pendentes”, mas eu sei que ela foi se encontrar com o Charlie. Acho que eles estão tentando se acertar.

Edward deu a mão para Bella quando os dois iriam subir as escadas de madeira.

— Você acha que eles vão voltar? – perguntou Edward, mas não olhou para a namorada.

— Talvez... eu não sei. Até quero que eles voltem, mas não vou criar expectativas.

Edward soltou a mão de Bella para verificar se a porta do quarto principal estava aberta.

— Parece que está trancada! – observou Edward.

Edward se jogou contra a porta para arromba-la.

— Edward! – gritou Bella.

Na segunda vez Edward conseguiu abri-la.

— Consegui! – Edward indicou para que a namorada entrasse primeiro.

— Nossa! Aqui está bem empoeirado!

— Espera um instante! – Edward sacolejou o lençol branco que cobria a cama.

Uma pequena nuvem de poeira se espalho pelo local. Bella tossiu um pouco.

— Está tudo meio sujo e isso porque a prefeitura quer fazer um leilão – disse Bella.

Edward bateu nos travesseiros para tirar o pó.

— Mas dá para deitar um pouco – Edward se jogou na cama e tirou os sapatos.

A cama era enorme, lençóis e travesseiros tinham a mesma estampa com formas simétricas em tons de marrom, vermelho e verde. Tudo no quarto tinha um aspecto rustico. O reboco das paredes estava descascando em algumas partes. Bella deitou cautelosamente na cama, ela ficou com medo de aparecer algum inseto.

— Pode chegar mais perto – Edward sorriu.

Bella se aproximou até encostar no braço do namorado.

— Já pensou em o quanto as coisas podem mudar próximo ano? – perguntou Bella apreensiva.

— Já! – Edward respirou fundo – mas prefiro não pensar nisso. Falta menos de dois meses. Eu... não quero pensar nas mudanças, mesmo sabendo que elas vão acontecer de um jeito ou de outro.

— Também não gosto de ficar pensando, mas às vezes... eu me pego pensando em coisas ruins... como a sua vó.... Eu gosto muito dela.

— Ela ótima! – exclamou Edward – Em meio a toda mudança que vai acontecer eu só quero que a gente não mude.

— Eu também!

Edward se aproximou beijando a namorada. Bella correspondeu com intensidade. O rapaz ficou por cima da estudante. Ele colocou a mão na coxa e subiu para a bunda apertando contra os seus quadris. Os dois já ficaram ofegantes. O nadador tirou a camisa como se estivesse livrando de um peso. Ela pôde observar que em poucos meses de treinamento na faculdade o namorado estava com o corpo mais forte e definido. Por um instante alisou o tórax dele.

O jovem continuo a beijar a namorada. Pareciam insaciáveis. Edward começou a beijar o pescoço de Bella.

— Me avisa se eu estiver passando dos limites! – falou Edward entre beijos.

— Você não está...

Edward ajudou sem hesitar a tirar a camisa da jovem revelando assim o sutiã rosa dela. Voltou a beijar o seu pescoço e foi descendo aos poucos para o meio dos seios e depois para barriga. O nadador afastou-se para tirar a calça, ao abrir o zíper o coração de Bella acelerou ainda mais. Não tinha como ela não o desejar por completo.

— Edward ...

Dali para a frente ela não sabia o que fazer, era inexperiente nessa questão.

— O que foi?

Bella desabotoou o único botão do seu short. Edward a ajudou a tirar sua roupa de baixo. A jovem agora estava apenas de sutiã. O nadador ficou em cima dela. Ele a olhou nos olhos.

— Você é linda!