Prólogo - O Sentimentalista

PRÓLOGO – O Sentimentalista

“O que eles diriam se todas as nossas confianças fossem transformadas em pensamentos sombrios? Bem, isso pode ser respondido apenas com uma resposta… Seus sentimentos estão mais leves, mais lépidos, e muito mais felizes. É isso que um Sentimentalista deveria sentir, que seus sentimentos se transformaram em apenas um só… a amizade, a harmonia e a simpatia se fundiram em você. Estás louco? Não sentiu mais o medo e a fúria te dominar? Nunca sentiu um aperto em seu peito diante seus problemas? Estas respostas só virão em sua mente… Apenas você deve sentir que serão respondidas. Mas, Ain… como você soube dos sentimentos positivos e felizes sem a minha consulta? Como você aprendeu isso sozinho? Será que foi alguma intuição sua? Eu exijo estas respostas, mas, após sua missão ser concluída! O que você passou em Henir ficou no passado, não quero que use isto como uma desculpa para sentir-se um fracassado… Eu o puniria se você fizesse isso. Eis aqui, minha benção a você… espero que sua missão seja concluída sem problemas… eu sempre acreditei em você, Ainchase! Dou minha confiança a você, meu menino…”

A pequena esfera de luz, circulara em torno do santuário. De repente, aquela pequena coisa cintilante disse:

— Eu aprendi com as amizades que eu consegui, senhora Ishmael. – disse Ain para a deusa. – Tudo o que eu vi em Elios, e continuo vendo, me fizeram acreditar que eu posso ser mais que um simples emissário… Mas, eu ainda me pergunto… Será que quando eu concluir esta missão, eu realmente serei esquecido pelos humanos?

A divindade curvou-se na esfera de luz, pegando-a em suas mãos.

— Este é o planejado, Ainchase! – disse Ishmael segurando a esfera. – A sua missão é: Restaurar o El, depois disso, você será esquecido pelos humanos para toda a eternidade… Para eles, você é só uma passagem, mas para mim, sempre será uma existência a mais em nosso santuário. Você superou as maldades que outros emissários diziam a você… você agora é o meu sucessor ao meu cargo de deusa! E quando eu finalmente deixar este mundo, você irá estar em meu lugar, como um novo deus…

A esfera transformou-se em um corpo masculino, olhara para a deusa com ternura e simpatia.

— E… eu não sei se eu quero isso. – disse Ain. – Eu não quero ser esquecido…

Ela acariciou seu rosto.

— Eu sei que você se apegou aos humanos. – disse ela. – Mas não temos outra escolha…

Ele ficou triste, mesmo assim, manteve-se confiante em relação a sua missão. Ain consegue ouvir uma voz chamando o seu nome, ele decide seguir esta voz.

— Eu tenho que ir… – disse Ain a Ishmael. – Qualquer coisa, eu venho aqui de novo.

Antes de ir, Ishmael segura Ain pelo braço… ela o abraça firmemente.

— Boa sorte, meu querido… – disse ela acariciando seus cabelos. – O santuário está de portas abertas a você, Ainchase.

Ain sorriu, logo depois, ele se teletransportou para o mundo real, deixando a divindade sozinha no santuário. Para o emissário, uma nova aventura estava para começar… mas, ele sentiu que deveria explorar mais os sentimentos que um Sentimentalista consegue sentir e atender. Mesmo depois dos eventos em Peyita, Ain ainda tentava compreender suas ações… Ele não conseguira mais sentir o Apostásia, mas ele tinha duvidas se ainda ele estava vivo. Ainchase voltou para o mundo real com todas estas perguntas, que serão respondidas com o passar do seu tempo.