Give Your Heart A Break

Você tem gosto de remédio.


Eu tentava empurrar Matt sem êxito, parece que quanto eu mais o empurrava mais ele puxava meu corpo para junto do seu, eu não retribuía o beijo, mas mesmo assim ele continuava.

– Solta ela! – ouvi Dylan falar tomado de ira e puxar Matt para longe de mim, Dylan sem hesitar deu um soco no rosto do ruivo fazendo o mesmo se mover para o lado.

– Dylan não! – eu gritei segurando seu braço, seus olhos se voltaram de encontro com os meus.

– Você ta bem? – ele perguntou preocupado pousando suas mãos em meu rosto delicadamente.

– Estou mas... – não pude terminar, Matt empurrou Dylan fazendo com que meu corpo também se movesse alguns centímetros.

– Qual é garoto estrela? – Matt vociferou para Dylan – Me pegou desprevenido, mas agora eu to preparado.

Dylan sem pensar foi para cima de Matt e o impacto do corpo dos dois, fez com que eles fossem para o chão. Um depositava socos na face um do outro e tentavam desviar dos golpes o quanto podiam.

Havia varias pessoas em volta, e nenhuma delas fazia nada. Eu estava ficando louca, queria que eles parassem imediatamente, mas receava me aproximar e acabar levando um golpe.

– Parem, por favor! – eu pedia.

– Não se meta com ela! – Dylan falou para Matt, que por um momento o olhou confuso e acabou levando outro soco.

Senti um nó na garganta, mas eu não choraria, nunca chorava. Nunca.

– O que ta acontecendo! – Carrie gritou vendo o tumulto a nossa volta, junto a ela estava Fred, que estava tão surpreso quanto a garota.

– O que deu nesse imbecil! – Fred disse soltando as mãos de Carrie e fazendo um sinal para Eddie. Logo os dois e Ned estavam lá tentando separara-los.

No meio daquela confusão Ned acabou levando um golpe e seu nariz jorrava sangue.

– Qual é garoto estrela? – Matt provocava Dylan enquanto Eddie o segurava – Cai dentro Mané!

– Me solta Fred! – Dylan gritou com o amigo – Agora é minha obrigação acabar com ele! – ele fez força para frente, porém Fred conseguiu o conter.

– Já chega! – a treinadora Jones deu um grito estridente e assustador – Viemos aqui apoiar as meninas e vocês me fazem isso? Elas ganharam por nossa escola e em troca brigam como animais! – ela olhou fundo nos olhos de Dylan e Matt, se fosse eu já teria saído correndo dali. – Vocês vão respeitar a nossa vitória indo embora daqui agora, se não acho que irão estudar com seus netos! – Porque todo mundo faz essa ameaça? Mas que droga!

Matt puxou os braços das mãos de Eddie e andou até mim, por um momento receei por minha segurança.

– Você escolheu muito errado Nanda. – ele falou com amargura – Espero que se dê conta antes que seja tarde.

– Matt eu... – ele não me deixou terminar, virou-se de costas e saiu sem olhar para trás.

Respirei fundo e soltei o ar antes de olhar para Dylan, sua boca pingava sangue e seu olho estava começando a ficar roxo. Eu estava irritada com ele, porém eu queria cuidar dele... O que sinto por Dylan está estranho demais.

– Que foi idiota! – falei o olhando com raiva.

– Cuida de mim? – ele disse fazendo cara manhosa enquanto se aproximava.

– Claro mas antes... – dei um razoável soco em seu braço o fazendo soltar um leve gemido – Agora eu cuido. – dei um sorriso.

– Bruta! – ele falou em tom de zombaria e me puxou para um beijo.

Nos beijamos lentamente e eu pude sentir o gosto de sangue, pensei em parar por imaginar que ele sentia dor, mas ele não parecia se importar.

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Troquei minha comemoração numa boate com as garotas pela casa de Dylan, fui lá ajudá-lo com seus ferimentos.

– Era pra eu estar dançando. – falei fingindo que gostava de mesmo de dançar.

– Você ainda pode dançar, só que para mim. – ele falou piscando um olho, justo o olho roxo que o fez soltar um “Ai”.

– Seu olho vai ficar bastante roxo – comentei enquanto passava o medicamento em seu olho – Que sorte a minha né? Estou ficando com um mané.

– Um mané que você gosta né? – ele me puxou, fazendo com que eu sentasse em seu colo, não ligando para suas intenções passei algodão na sua boca onde havia poucos cortes.

– Não sei se gosto de você. – falei apertando levemente o canto de sua boca, ele segurou minha cocha fortemente e confesso que gostei daquilo.

Foi então que selamos nossas bocas novamente, um beijo calmo no inicio e que a casa segundo ganhava ferocidade. Ele se aproveitava do fato de eu estar com o uniforme de cheerleader para deslizar suas mãos por minha cocha e apertá-las.

– Você tem gosto de remédio. – eu falei enquanto afastava para me levantar, aquilo de algum modo o incitou mais.

Ele se levantou abruptadamente e eu enlacei minhas pernas em sua cintura, ele sustentava meu peso com as mãos que se localizavam por baixo de minha saia.

Ele me pôs delicadamente na cama e ficou por cima de mim, logo depositou beijos em meu pescoço e descia até perto de meu busto. Não sei o que estava acontecendo comigo, tive um súbito desejo de luxuria e tirei sua camisa rapidamente.

Ele me olhou impressionado e beijou-me com urgência, eu sei o que ele queria e estava me perguntando se eu lhe daria.

Suas mãos prenderam as minhas acima da cabeça como naquele dia da festa e ele desabotoou a parte de cima do uniforme e simplesmente o tirou deixando meus seios cobertos por um mínimo sutiã a mostra.

Naquele momento cai em mim, e me levantei rapidamente da cama enquanto ele me olhava sem entender.

Meu rosto queimava, minhas mãos suavam e naquele momento minha mente se dividia entre me entregar a um desejo ou agir como a verdadeira nerd que sempre fui.