Giants Wizard
Prefácio
Olhava para baixo ofegante, as duas mãos apoiadas nos joelhos. Ao som alto de passos apresados escoroou na parede e olhou de relance para a rua principal onde um grupo de três a quatro magos olhavam ao redor a procura de algo, aparentemente, irritados.
Recuou os passos devagar ainda olhando para o pequeno grupo a sua frente com cuidado para não fazer barulho, entretanto seu corpo se chocou com um outro e ela olhou para trás apavorada.
– Aonde pensa que vai, princesinha? - Pergunta uma mulher, esta de cabelos alaranjados, curtos estilo chanel, pele morena, bastante escura e olhos num aterrorizante vinho.
A loira num ato desesperado tentou se afastar da mulher a presas, mas o grupo de magos já estava a sua frente impedindo sua escapatória.
– Ara, ara, para quê tanta presa? Nós ainda nem nos divertimos! - A mulher fala segurando forte o cabelo dourado da maga celestial puxando com força retirando algumas lágrimas de seus olhos além de um gemido fraco de dor.
– Me larga... - Pede em uma voz fraca e chorosa, seu corpo tremia e o choro era evidente.
– Tsk, mulher irritante! - A morena joga o corpo do outro no chão - Princesinha, entenda de uma só vez, aqueles seus amigos idiotas não irão te salvar! - Os olhos âmbar demonstravam superioridade e seus lábios entortados em claro desgosto.
A morena começou a chutar o corpo frágil da outra junto com o resto do grupo que ria da situação. Todos eles com uma tatuagem de um circulo saindo deste três cabeças de cobra, cada um em um lugar e cor diferente.
– Como se sente ahn? Sabendo que ninguém virá de buscar?!
– A princesinha da Fairy Tail... Ou melhor, ex-princesinha da Fairy Tail!
– Não creio que a maior guild de Fiore tenha gente tão fraca como ela...
– Não sabe fazer outra coisa se não chorar! O que foi? Quer ir para o colo da mamãe e do papai é? Ah sim, esqueci... Papai e mamãe morreram!!
– Buuuh!! Me salvem! Princesinha chorona...
– O que foi? Cadê sua guild agora?!
Várias gargalhadas maldosas acompanhadas de frases aqui e ali chegavam ao ouvido da maga celestial sem forças para se debater ou fazer qualquer coisa, simplesmente levava os ataques.
Só que, de todas as coisas, o que mais lhe entristecia, é que todas aquelas frases eram verdade.
Ela não tinha pais.
Só sabia chorar.
Sempre a princesinha indefesa.
Fraca.
E, acima de tudo, não era mais Lucy Heartfilia da Fairy Tail.
Dor é apenas uma palavra até que alguém lhe ensine o verdadeiro significado dela.
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