Mycroft desligava a ligação e Sherlock já havia sumido, entrado no jornal provavelmente.

A mulher respirou fundo quando desligou o telefone. Saiu do carro e pagou o motorista. Dirigiu-se ao jornal e assim que entrou, encontrou o detetive discutindo com o responsável ali. Tratou de se aproximar e entregar a ele o celular, e resolver a situação. “Já está arrumando problemas?”

“Veja bem, eu só quero falar com um de seus funcionários, já disse.” Sherlock parecia estar discutindo a um tempo com o homem em sua frente.

“Eu preciso saber o assunto ou então nada feito.” Disse o gerente impaciente.

“Estamos procurando um amigo dessa senhorita aqui, ele a persegue e ameaça.”

“Pode provar isso?”

“Não temos tempo para provar, saia da frente!” Sherlock dava um empurrão para o lado no homem e entrava dando passos pesados em direção aos cubículos dos encarregados.

O gerente então vira para Heather e a encara. “Pode me dizer o que está acontecendo? E se for realmente verdade o que aquele maníaco disse, por que não recorreu a Scotland Yard?”

A senhorita Green sustentava o olhar do gerente e buscava ser firme em suas palavras. “Sim, é verdade o que este senhor diz, mas ele não é um maníaco.” Falou um pouco mais baixo. “É um cabeça dura... O fato é que procurei a Yard, Detetive Inspetor Lestrade me falou de Sherlock.”

“A Polícia está indicando maníacos agora? Que seja, mas seja breve pois temos muito trabalho a ser feito.”

Podia-se ouvir ao fundo o som do Sherlock chamando a senhorita Green.

“Venha logo Srta. Heather eu o encontrei!” Ao longe Green podia ver Sherlock a chamando, fazendo um gesto com a mão enquanto falava em voz alta e apontava para alguém que parecia bem nervoso, um antigo amigo dela.

Assim que Sherlock a chamou, dizendo tê-lo encontrado, ela gelou e foi em sua direção um tanto hesitante. Quando viu de quem se tratava, empalideceu. “Hal...”

“Enfim nos encontramos de novo, não?”

“Precisava ser dessa maneira?”

“Vejo que tem muito a conversar, então visto que o caso está resolvido estou indo de volta ao meu escritório. Foi um prazer falar com você Srta. Heather, e foi um desprazer conhecê-lo Sr. Hal, se precisar dos meus serviços sabe onde me encontrar.”
Sherlock dizia tudo de maneira muito rápida e precisa como se fosse calculada, logo em seguida já estava indo em direção a saída sem nem esperar uma resposta de Green ou de Hal.

Ela ria do modo como ele falava, e depois de seu discurso, ela precisou ir até ele. “Ora, não pode partir sem deixar que eu agradeça, senhor Holmes!”

“Ora, não há de quê.
Sherlock dava de ombros enquanto segurava a porta com uma das mãos e olhava a mulher do lado de dentro. “Ah... Se ele não se comportar, o que é uma forte tendência dele, visto a suas ações e sua falta de arrependimento, recomendo que fale com Lestrade e mostre as provas que lhe mostrei... De qualquer forma, de nada.”

“Ele vai se comportar.” Ela dava um sorriso de canto. “Foi um prazer conhecê-lo, Sherlock.”

“O Prazer foi todo meu, senhorita Green.” Holmes se voltava contra ela e a porta se fechava, logo dava pra se ouvir Sherlock chamando por um táxi do lado de fora.