Fúria dos Deuses

O 600° andar - Monte Olimpo - Parte I


Eu tinha vários motivos para acabar com aquela coisa. Primeiro: ela interrompeu uma discussão minha com o Chuck. Segundo: Ela quebrou duas mesas do meu bar favorito. Terceiro: Eu realmente precisava descarregar a minha raiva, e existe algo melhor para estresse do que fatiar uma cobra gigante?

- Hey! - Eu gritei, brandando Contracorrente e vendo pessoas correrem para todos os lados. Chuck falou algo sobre a Névoa, então não sei direito o que as pessoas viam, mas pelos olhos desesperados, não era algo bom. - Escamosa, vamos dar uma volta. - Eu falei e comecei a correr para fora do lugar. Não aguentaria caso a cobra chegasse ao bar e quebrasse algumas garrafas de Martini.

Eu não sei da onde arrumei forças. Também não sei direito como eu fiz aquilo. Mas com dois golpes, eu transformei a Píton em um punhado de areia em uma das principais avenidas de NY.

- Certo. Vamos arrumar um hotel antes que a policia chegue. - Serena disse enquanto entrava em um táxi.

A noite passou tranquilamente. O hotel não era o melhor mas felizmente não tinha ratos, então, já era um começo. De manhã, pegamos o táxi novamente e fomos até o Empire State Building. Entramos no prédio e o Chuck parou na frente do recepcionista.

- 600° andar. - O homem não desviou o olhar do jornal.

- Não existe 600° andar. Vá embora. - Chuck bufou.

- Eu preciso ir ao Olimpo. Agora. - O homem olhou para nós com uma sobrancelha arqueada e eu resolvi intervir.

- Por favor, não ligue para o hospício. - Sussurrei e o cara sorriu.

- Vão embora. - Serena passou na nossa frente, apoiando os seios na bancada e puxou um dracma.

- Seja um bom homem e nos mostre o elevador. - S. disse sedutoramente piscando os olhos de uma forma meiga. O homem apostou para um pequeno corredor e seguimos por ele, onde encontramos uma porta de elevador comum que se abriu. Entramos e apertamos o botão do 600° andar. Parecia ridículo. O portal do Olimpo era um elevador apertado onde se tocava \"Village People\". Mas quando as portas se abriras, a situação mudo: eu descobri o porquê dos deuses amarem tanto esse lugar. Imaginem o paraíso. Não chega nem aos pés do Olimpo. O castelo, as paisagens.... um castelo decorado em prata. Reluzia de uma maneira impressionante.

- Vai ficar ai parada, babando, ou vai entrar de uma vez? - Escutei Chuck falar enquanto passava por mim e voltei ao normal.

Eu imaginei que fossemos enfrentar uma grande segurança. Ou um,a secretária dizendo algo do tipo: \'\'O Sr. Zeus está ocupado agora e não pode atender\". Mas não. Depois de subir um milhão de escadas, chegamos a uma sala, com 13 tronos, como os chalés do acampamento. No meio do \'U\', estavam um homem e uma mulher de cabelos ondulados e um vestido solto, branco, e um homem cujo os olhos eram magnéticamente azuis, como os de Chuck agora. Foi apenas o que precisei para saber que aquele era Zeus e aquela Hera.

- Querido, o que ele está fazendo aqui? - Hera falou do chuck como se ele fosse uma doença contagiosa.

- Bom te ver também madrasta. - A mulher (mais alta do que um prédio de 4 andares) lançou um daqueles olhares, como se desejasse ter visão a laser para derreter Chuck naquele momento. Ela provavelmente tinha poderes mais perigosos do que esse mas, bufou alto e saiu. De alguma maneira, o ambiente pareceu menos aconchegante sem ela ali.

- O que você está fazendo aqui? - Ele falou para mim, com raios nos olhos e uma face assassina.