Marguerite recolheu as botas do chão, mas, não as calçou. Ainda vestindo apenas as meias, caminhou na ponta dos pés até a porta. Antes de alcançar o corredor, a herdeira verificou se havia algum sinal humano… de um certo humano, o qual estava evitando há alguns dias desde que experimentaram juntos um tórrido momento de paixão. Ela não sentia-se preparada para encará-lo novamente sem que seu corpo desse sinais de que ansiava repetir a dose. Nunca havia se sentido assim, tão sem controle de seus próprios instintos. Em seus pensamentos relembrava constantemente cada toque, beijos e carícias de John. A mera menção de seu nome lhe causava calor e inquietação. Não estava nos seus planos fazer com que alguém percebesse que o nobre homem lhe causava tanta pertubação, principalmente ele. Por este motivo, respirou aliviada quando Challenger pediu que Roxton e Malone fizessem uma breve viagem ao sul em busca de alguma caverna que pudesse levar a saída do platô. Marguerite imaginou que este seria o tempo ideal para que a febre da paixão pelo caçador se abrandasse nela e tudo voltasse a ser como era. Entretanto, não funcionou. A cada dia que passava se sentia mais atraída a ponto de se irritar com a duração de tal viagem, estava julgando ser tempo demais sem a presença dele.

​E então, seu caçador havia retornado na noite anterior. Ela ouviu de seu quarto sua voz máscula ecoando por toda a casa da árvore. Seu impulso era correr para seus braços, mas, ela se conteve. Ficou em silêncio tentando ouvir o que aquela voz envolvente dizia. Ele e Malone contavam trivialidades do platô encontradas pelo caminho, dinossauros, caçadores de cabeças, homens macaco, nada fora do comum e como de costume nenhuma saída. Ela permaneceu atenta, e não passou despercebido quando John mencionou seu nome, ainda que de forma despretensiosa, ele queria saber onde estava ela. Verônica explicou que a herdeira estava em seus piores humores e decidiu se recolher antes do horário. Não era mentira, realmente Marguerite estava muito irritada, principalmente porque, não sabia lidar com o que estava sentido. Depois de pouco tempo percebeu que todos foram para a cama, mas, ela ainda estava acordada quando percebeu alguém se aproximando de seu quarto. Sabia exatamente quem era. O som do caminhar de Roxton lhe era tão conhecido, a forma como ele arrastava o pé direito antes de levantá-lo do chão para dar o passo seguinte era pra ela uma de suas características marcantes. “Claro que essa era uma observação comum a ser feita, nunca que ela perderia seu tempo esquadrinhando todos os comportamentos dele, isso é uma atitude de alguém apaixonada e ela, obviamente, não estava apaixonada tentava desesperadamente se convencer disto.

​Roxton havia entrado em seu quarto e sem saber como agir, ela fingiu dormir. Ele ficou parado algum tempo observando-a, em seguida veio até sua cama e beijou-lhe a testa fazendo um carinho. Apenas Deus seria capaz de compreender o tamanho da força de vontade que Marguerite teve suportar para não puxá-lo de volta pra junto dela quando o caçador se afastou. “Foi melhor assim pensou “infelizmente” lamentou.

​Sabia que alimentar tal desejo só faria querê-lo ainda mais, além disso, não havia tido sequer a oportunidade de conversar com Roxton sobre o que aconteceu entre os dois. Ele foi um amante incrível, fez com que ela alcançasse níveis de prazer jamais experimentados, entretanto, quando os outros retornaram naquela tarde, Roxton se mostrou enfático e um habilidoso mentiroso ao dizer a todos que o pão não estava assado por culpa de Marguerite que esqueceu a massa descansando e não a colocou no forno. Claro que essa justificativa não explicava os suspensórios torcidos e a camisa dele abotoada de forma errada devido a pressa com que os vestiu quando deram-se conta que não estavam mais sozinhos na casa. Na hora ela se irritou com tamanha arrogância de deixar na conta dela toda culpa, porém, revelar o real motivo do atraso não era uma opção decorosa. Marguerite sorriu maliciosamente com a lembrança e novamente se viu imaginando as mãos de Roxton percorrendo seu corpo nu, sua boca explorando cada parte de sua pele, sua língua…

​—Marguerite! Algum problema?_ a voz de Verônica interrompeu seu frenesi, e a herdeira imaginou que tipo de expressão estava demonstrando para que a garota loira lhe deferisse tal questionamento.

​—Verônica!_ sobressaltou-se ao perceber que tinha companhia. Sorriu tentando parecer estável e controlar o fogo que ardia dentro dela._ Problema algum. Por que pergunta?

​—Por nada… você parecia… estranha e vermelha, como se estivesse com calor, mas ainda é de manhã e a temperatura está mais agradável que de costume. Além disso está parada no corredor com as botas nas mãos.

​Só então a herdeira se deu conta da estranha situação, realmente, Verônica tinha razão, ela estava ardendo pelo fogo da luxuria, mas, não podia deixar transparecer tal fato.

​—É impressão sua. Minhas botas estão sujas e eu não queria esparramar barro por toda a sala._ mentiu_E me diga você, onde estão os demais? Essa casa está silenciosa hoje.

​—Challenger e Malone estão no moinho, e Roxton foi caçar o almoço.

​—Ótimo!_ o que era pra ser um alívio silencioso saiu de sua boca com muito entusiasmo.

​—Ótimo? Ótimo por que?_ a loira parecia confusa e começava a se preocupar com as atitudes estranhas de Marguerite.

​—Ora… ótimo… é ótimo… por que… _ a herdeira tenta encontrar uma resposta plausível pra aquele simples questionamento._ é ótimo por que é bom que os rapazes voltaram seguros da viagem, e… ótimo que tenham ido consertar o moinho, assim voltamos a ter água quente e ótimo que Roxton trará algo saboroso pro almoço. Estou cansada de comer carne seca de raptor.

​A menina da selva ainda se mostrava cética, arqueando uma das sobrancelhas buscando veracidade na explicação intrincada de Marguerite. Por fim, decidiu que era mais fácil ignorar e dar o caso por encerrado. O dia estava lindo e ela pretendia fazer para os amigos a sua sobremesa favorita: torta de figos. Para isso, ia precisar de ajuda.

​—Marguerite, você gosta de figos?

​—Figos?_ levantou a cabeça animada enquanto ainda calçava a segunda bota._ Adoro figos! Não me diga que você colheu alguns para o café da manhã…

​—Nada disso, Marguerite. Se você quer comer figos pode ir colhê-los na figueira que fica na trilha do lago, aproveite e traga alguns para eu preparar uma torta para o almoço._ Verônica entregou uma cesta de palha nas mão da herdeira que estava pronta para protestar._Colher frutas é uma tarefa mais simples que fazer um pão, portanto, acho que você não terá problemas._completou com sarcasmo.

​Marguerite revirou os olhos e arrancou a cesta das mãos da amiga.

​—Eu sei que Roxton fez questão de colocar toda a culpa sobre o incidente com o pão nas minhas costas, mas acredite, eu realmente não fui a única culpada.

​—Há algo que queira compartilhar, Marguerite?_ perguntou a loira com curiosidade. Ela sabia que estava acontecendo alguma coisa entre a morena e o caçador, por isso, acho que aquela era a oportunidade ideal para descobrir do que se tratava.

​—Eu? Compartilhar?_ tentou se fazer a desentendida._Claro que não. O que eu poderia querer compartilhar? É melhor eu ir buscar estes frutinhos, afinal, não quero ser novamente a responsável por não fazermos as refeições no horário apropriado._ disse saindo de fininho deixando a amiga sorrindo e imaginando até quando a herdeira seria capaz de negar o que sentia por Roxton.

****

​O som do elevador subindo chamou atenção de Verônica, faziam apenas alguns minutos que Marguerite havia saído em busca dos figos e julgava ser cedo demais para o seu retorno, mesmo assim arriscou:

​—Você já voltou, Marguerite?_ gritou da cozinha.

​—Não é a Marguerite._ disse Roxton trazendo a carcaça, já limpa, de um javali e colocando sobre a pia._ Onde ela foi?_perguntou instintivamente.

​Verônica notou uma leve nota de preocupação na voz do amigo e por isso tratou de tranquilizá-lo.

​—Ela foi colher figos naquela figueira próxima ao lago. Logo estará de volta.

​—Eu vou atrás dela._disse não se importando em dar explicações.

​—Roxton, não é necessário. Marguerite foi armada e estamos no final da estação dos figos, não haverão muitos para ela colher, logo ela estará de volta._ argumentou Verônica.

​John sabia que a amiga tinha razão, mas, ele precisava com urgência encontrar Marguerite a sós. Conhecia-a o suficiente para saber que ela estava fugindo dele. Ontem no quarto podia quase apostar que não estava dormindo, só fingiu para evitá-lo, entretanto, ele não permitiria tão situação por muito mais tempo. Seu sangue fervia dentro de suas veias quando lembrava da bela morena. As últimas noites fora de casa foram um martírio profundo. Malone sequer entendia o porquê de Roxton se oferecer para fazer a guarda por quase toda a noite, era óbvio que o jornalista não fazia ideia de que a lembranças dos momentos íntimos que passou com sua amada eram companheiras inseparáveis de sua vigília. E mesmo que ele quisesse, tais lembranças não o deixariam dormir. Numa das noites, ele teve que refrescar-se em um riacho próximo, na expectativa que a fria temperatura da água pudesse aliviar seu corpo das manifestações espontâneas causadas pela recordação do corpo nu de Marguerite sob o seu. Enfim, ela havia tomado conta de sua mente, e ele sabia que jamais seria o mesmo depois de ter feito amor com ela. A desejava com loucura e esperava que a herdeira sentisse o mesmo.

​—Vi pegadas de homens macacos na trilha do lago, é melhor verificar se está tudo bem._ era uma mentira deslava, ele sequer tinha caçado naquela direção, mas, precisava de um argumento.

​—Eu achei que você tivesse ido na direção do rio Summerlee caçar. Ontem você mencionou que próximo ao lago haviam poucos animais.

​“Maldição!” Verônica tinha sempre que ser tão detalhista.

​—Pois eu mudei de ideia e decidir caçar em volta do lago, como pode ver, tive sorte._apontou para o jovem javali morto_E agora chega de perguntas. Vou atrás de Marguerite, ela pode estar com problemas…

​A garota da selva não acreditou nem por um segundo na desculpa de Roxton para sair a procura da herdeira. Apenas limitou-se a dizer para si mesma enquanto começava a manipular o animal que seria o prato principal.

​—Esses dois não têm jeito.

****

​“A sugestão de Verônica não foi má ideia refletia Marguerite entre uma mordida e outra em um apetitoso fruto. Ela tinha recolhido todos os frutos maduros da árvore, não haviam muitos, mas seriam o suficiente para a torta. E agora que o trabalho estava feito, ela sentia-se no direito de cobrar seu pagamento, saboreando os figos mais bonitos da cesta.

​Ao menos pelo tempo em que se manteve ocupada coletando as frutas, a herdeira se distraiu e não pensou no corpo bem definido de John, nem na sua voz ou seu toque… pensando bem, a textura do fruto que experimentava lembrava os lábios carnudos, saborosos e bem definidos do caçador. Fechou os olhos e imaginou que ao invés do figo, o que tocava sua boca eram os beijos ousados de Roxton, deixou-se levar pela sensação e foi acometida novamente pelo calor costumeiro. Ela não se importou, ainda de olhos cerrados desabotoou alguns botões da camisa com apenas uma das mãos. Começou a tocar seu próprio colo ao mesmo tempo que deferia uma mordida com desejo. Estava ali, sozinha e livre para imaginar o que quisesse sem risco de julgamentos e…

​—Marguerite?!

​“Minha imaginação foi longe de mais agora” sorriu satisfeita pela veracidade do que estava lhe proporcionando. A herdeira pensou ainda de olhos fechados. Seu desejo por John era tão poderoso que sua mente quase podia ouvi-lo chamando por ela.

​—Marguerite?!

​A voz mais próxima dela a fez compreender instantaneamente que não se tratava de uma ilusão e sim, o caçador estava ali e provavelmente observou o que fazia. Que vergonha!”. Num único movimento ela abriu os olhos e juntou as pontas da camisa.

​—JOHN! Que susto! O que está fazendo aqui?

​—Vim atrás de você… e o que você estava fazendo?_ perguntou desconfiado. A herdeira parecia em transe quando a encontrou, porém, estampava um sorriso de satisfação nos lábios.

​—Eu? Bem… eu não fazia nada. Estava apenas saboreando esse figo._ tentou disfarçar.

​—Você parecia bem satisfeita.

​—É por que ele está fabuloso e se engana se pensa que vou dividi-lo com você, Lorde Roxton.

​Ele riu e Marguerite ficou curiosa por saber o motivo.

​—Por que você está rindo?

​— Por nada._ soltou mais uma gargalhada.

​—Lorde Roxton, está sendo desagradável, quero saber imediatamente se sou eu o motivo de sua graça.

​—Não exatamente._ ele tentou controlar o riso._ apenas me recordei o que Challenger falou sobre os figos.

​—E o que ele disse?_ perguntou desconfiada.

​—Bem… segundo George, os frutos da figueira são receptáculos perfeitos para que as vespas… bom… para que as vespas acasalem-se no seu interior._ não conteve a gargalhada quando viu a herdeira cuspir o pedaço da fruta que estava na boca._Ora, Marguerite, as vespas também precisam de algum divertimento.

​—Isso é tão repulsivo.

​—Você não parecia achar repulsivo o que compartilhamos há alguns dias._sugeriu com malícia.

​—Não está sendo cavalheiro em lembrar tal fato._ disse com raiva da ousadia do caçador.

​—Me desculpe, mas… devo confessar que tal ocorrido não sai dos meus pensamentos._ ele caminhou alguns passos e agora estava bem próximo dela.

​Marguerite sentiu uma vibração de excitação se manifestar em seu âmago. Roxton estava perigosamente perto.

​—Sinto muito por você._ ainda tentava manter o autocontrole, mas, sua respiração já estava ofegante pelo desejo e ela evitava olhá-lo nos olhos. Estava apoiada com as costas no tronco da árvore e não tinha para onde fugir, embora isso foi a última coisa que pensava em fazer.

​—Eu não acredito._ ele ergueu seu queixo forcando-a a olhá-lo. Notou que em seus olhos verdes ardia o mesmo fogo que o devastava. _Diga-me que não sente o mesmo que eu. Que não tem pensado em mim, em nós, todos esses dias._ uma de suas mãos ergueu a barra da saia cáqui da mulher, e ela não o impediu.

​Começou então a acariciar sua coxa enquanto posicionava a perna dela em seu corpo. Marguerite se encaixava perfeitamente a ele, seria esse um sinal para que ficassem pra sempre juntos? John queria acreditar que sim e desconfiava que ela pensava o mesmo. Tomou-lhe os lábios com paixão e a ousada mão agora encontrava-se com a renda delicada da roupa íntima da morena. A herdeira era elegante, sofisticada e moderna, provavelmente reflexo de sua estada na França. Diferente de outras lingeries que ele teve oportunidade de despir, Marguerite usava peças menores que deixavam mais do corpo a mostra, isso era muito excitante para o caçador. Seu tamanho facilitava o acesso a certas partes do corpo dela sem a necessidade de deixá-la totalmente nua. E foi o que fez. A mão não se contentou apenas em tocar a seda, queria sentir o que guardava por trás do fino tecido. Afastando um pouco, seus dedos chegaram ao seu objetivo. O centro de prazer de Marguerite estava quente, úmido e receptivo. Ele a massageou e sentia seu corpo vibrar em seus braços. Teve certeza que o desejava tanto quanto ele a ela.

​—Diga-me quer não quer o mesmo que eu._ pediu com desejo.

​—Eu quero! Quero ser sua…agora._ não podia negar o que seu corpo gritava.

​Aquelas palavras eram a senha para entrada de Roxton ao paraíso. Seus dedos continuaram o maravilhoso trabalho que se dispunham a executar, deixando a mulher a cada segundo mais torpe de desejo. Mesmo fazendo uso de uma só das mãos, o caçador conseguiu habilmente desacolchetar o bustiê dela, teve o cuidado de não despi-lo totalmente, nem a sua camisa, não queria que a aspereza do tronco tá árvore ferisse suas delicadas costas. Tinha assim tudo o que desejava a seu pleno dispor. Há essa altura, Marguerite também já havia se livrado do colete, do coltre e da camisa azul clara dele. Os lábios dele deixaram por um momento a boca preciosa dela. Parecia loucura abrir mão de tal de algo tão saboroso, mas, o que ele pretendia se deliciar em seguida era ainda mais extasiante. Sua língua percorreu o caminho do pescoço dela, não esquecendo de mordicar o lóbulo de sua orelha. A herdeira quase não podia raciocinar tamanho prazer que sentia, quando se deu conta, Roxton sugava com sofreguidão um de seus mamilos, com voracidade a boca dele traçou caminho por entre o vale de seus seios até encontrar a outra protuberância rosada, rígida e convidativa, ela não poderia suportar por muito mais tempo. Seu corpo dava sinais de que seu clímax estava muito próximo.

​—Oh… John…_ gemeu

​—Isso, meu amor… eu estou aqui. Também sou seu.

​—Oh… quero você…_ sua voz era um sussurro afogado em ondas de libido.

​Ele entendeu e obedeceu prontamente. Afinal, o que era ele, além de um escravo das vontades daquela mulher? Em movimentos rápidos desafivelou o cinto e abriu os botões da calça e ceroulas. Era impossível negar a atração que sentia por Marguerite, seu corpo ganhava vida própria em sua presença e todas as suas células gritavam por unir a ela em um só ser. Ele o fez, ajeitou a perna da mulher um pouco mais suspensa e com gentileza, mas com muita vontade adentrou o seu corpo. Palavras faltavam para definir as sensações que as deliciosas fricções causavam em ambos. O que se ouviu a seguir foram gemidos apaixonados, palavras desconexas e gritos de prazer quando os amantes alcançaram o nirvana de seus corpos.

****

​Ele sentou-se sob a copa da árvore, que tinha servido de abrigo para o amor dos dois, e carinhosamente convidou-a para que se sentasse em seu colo. Acariciando seus cabelos e brincando com sua pequena mão entrelaçada na sua o caçador quebrou o silêncio.

​—Acredita mesmo que seremos capazes de ficarmos separados algum dia?

​—Receio que não._ ela sorriu._ Por muito tempo achei ter domínio de minhas vontades, mas isso não funciona bem quando um certo lorde está por perto._ ambos gargalharam._ mas, precisamos ser discretos, não quero que os outros comentem e eu …

​—Não precisa se explicar, será como você quiser. Serei paciente e saberei esperar até que você esteja pronta para assumir publicamente nosso relacionamento… muito embora, eu acho que será difícil disfarçar meus olhares apaixonados._ brincou e beijou-lhe a boca com ternura.

​—Vai ter que fazer um esforço, e eu também._ confessou_agora preciso levar estas frutas para Verônica antes que ela desconfie de algo._ começou a se levantar e caminhar até onde havia deixado o cesto. _ESSA NÃO!!!_ disse com desespero.

​Roxton que ainda estava sentado ergueu-se com a arma em punho.

​—O que aconteceu?!

​—De novo não!!_ apontou com o dedo para na direção das frutas.

​Só então o caçador pode notar uma lebre com abdômen distendido pela gula. O ligeiro animal havia comido praticamente todos os figos, que Marguerite colhera, durante o tempo em que ambos estiveram ocupados. Sem poder controlar o riso, John abraçou sua emburrada herdeira e não conteve o comentário:

​—Se pretendemos fazer isso mais vezes é importamos nos certificarmos que os outros não morram de fome.

​Os dois gargalharam felizes. Teriam que encontrar uma boa desculpa mas, o sorriso de satisfação demonstrava que a travessura tinha valido a pena.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.