Fringe: Uma Nova Era

Peça Ajuda de Outro Universo!


F

ILHA DA LIBERDADE, NOVA YORK

Era de noite. A patrulha noturna havia começado. Peter estava escondido em um pequeno corredor de árvores, observando o caminho que os seguranças executavam. Ele puxa seu celular e olha para a imagem de fundo, que continha Olivia e Etta ao seu lado. Ambos haviam conversado sobre isso algumas vezes, Olivia achava que Walter também faria a diferença, mas estava um pouco mais receosa com os riscos que podiam correr, ainda mais quando uma figura de um futuro aonde nem mesmo estavam vivos os alertou.

—_______________________FLASHBACK________________________

Já era noite. Olivia foi até a sala e encontrou Peter vestido de terno e gravata, com a chave do carro em suas mãos.

Olivia: Amor? Vai aonde?

Ele a notou rapidamente.

Peter: Tenho que fazer isso.

Olivia olhou preocupada e andou até ele.

Olivia: Precisa mesmo? Ajuda dele?

Perguntou com sinceridade, esperando que ele respondesse o contrário.

Peter: Eu tenho que tentar. Isso faz parte de algo muito maior do que achávamos que fosse.

Ele respondeu explicando a importância de fazer tal. Olivia concordou com um aceno e segurou na nuca dele, o beijando.

Olivia: Não demora.

Peter: Não vou, que isso? É só uma visita e... quem sabe, a gente consiga fazer desse lado, mesmo?

Ele falou sendo otimista.

Olivia: Tá bom. Se cuida.

Ele a beijou na testa.

—__________________________________________________________

Peter segue adentro. Na instalação, as câmeras têm suas luzes e lentes desativadas. Peter segue um guarda por dentro da instalação enquanto segura uma bola metálica e a põe dentro de uma mochila grande às suas costas e o segue até ele virar em um corredor. Ele se levanta e vira para o outro lado. No subsolo, havia um enorme espaço, tão grande quanto um hangar, aonde estava o Vácuo. Ainda presente naquele enorme espaço, cujo destino era incerto para ele, mas sabia que a máquina respondia à ele. Peter sobe em um guindaste de metal próximo da Máquina. No topo haviam aparatos de medidas, Peter tira uma luva e lentamente extende a mão até ela, sentindo um pequeno choque no encosto.

?: Ei, você, parado!

Diz um segurança apontando com um revolver na direção dele. Ele puxa um rádio no ombro.

?: Invasor no subsolo, sendo apreendido!

Peter pula para o centro da Máquina e o segurança dá a volta, dando um tiro de aviso. Peter se segura na beirada.

?: Não vou avisar novamente!

Peter é obrigado a puxar uma pistola e mira, atirando perto dele. O segurança revida, acertando próximo do Vácuo e consequentemente a própria máquina. Uma linha com 5 seguranças se aproximam correndo. A Máquina se energiza, marcando picos nos aparatos e sensores próximas à ela e a fazendo se ativar, gerando uma onda de choque que atinge os seguranças, os fazem cair para trás.

Peter: Uou...

Ele olha surpreso para a Máquina e se posiciona no centro dela. Ele encosta um braço em um dos apoiadores acima de sua cabeça e um vórtice azulado se abre na sua frente, em pleno ar, sabendo que agora, a Ponte entre os dois mundos estava mais uma vez aberto.
Ele tira o braço rapidamente e pula para o outro lado.

A

Um vórtice azulado se abria rente ao chão e Peter atravessa, caindo de bruços.

Peter: Argh!

No momento em que ele começa a se levantar, ele é imediatamente cercado por várias pessoas do FBI, armadas pesadamente. Eles o levantam com força e o imobilizam. Peter percebe que era somente ele e uma equipe do FBI ali. Ele é algemado, mas abre um sorriso pela realização.

MANHATTAN

No Departamento da Divisão Fronteiras de Manhattan, atrás de uma sala de interrogatório, ainda algemado e sem a sua mochila, Peter espera imóvel até que alguém abre a porta, um rosto familiar e até provável, havia entrada: Lincoln Tyrone Lee. Não estando nada contente em ver Peter, aparentemente, este fecha a porta e cruza os braços, com um olhar sério.

Lee: Você não consegue ficar longe por muito tempo, não é?

Ele fala com seriedade e então abre o jogo, dando uma risada social e alta enquanto se aproxima e puxa a cadeira logo à sua frente. Peter franze o cenho e dá uma risadinha.

Peter: Olha, não me lembro de te ver com este senso de humor.

Peter dá uma risada.

Lee: E pelo que me lembro, demos um adeus para o seu lado.

Ele sorri.

Peter: Eu apertaria a sua mão, se...

Lee: Oh, é! É um protocolo do FBI, mesmo que eu te conheça, você foi detido, então...

Ele esclarece a pequena diferença de protocolo entre os universos e Peter acena positivamente com a cabeça.

Peter: É e tem o fato de meu sósia estar morto.

Ele mantém um sorriso um pouco forçado, falando acanhando.

Lee: É... então, temos o que conversar, mas primeiro o que está fazendo aqui?

Ele pergunta normalmente, como parte do seu trabalho.

Peter: Eu preciso falar com o Secretário de Defesa-

Lee: Oh, oh, oh! Invadiu nosso solo americano e já quer uma reunião com o Secretário de Defesa, que que houve? A sua Divisão Fronteiras está tão apressada assim?

Ele fala com certo sarcasmo.

Peter: É urgente. Não teria vindo, se não fosse.

Ele esclarece de forma genuína.

Lee: É. Aposto que seja mesmo.

Do outro lado da janela a prova de som, Coronel Broyeles permanecia. Fauxlivia se aproxima, ficando ao lado dele.

Olivia: É ele mesmo.

Ela diz de forma sarcástica, como se estivesse feliz, mas retórico.

Broyeles: É ele sim. Acabamos de começar. E o seu marido está levando bem na boa.

Ele encolhe os ombros um pouco e Olivia abre um sorriso seguido de uma risadinha.

Olivia: Ele leva mesmo quando é algum conhecido que o fez lembrar do Outro Lado.

Broyeles: Pode voltar aos seus serviços ordinários. Tá tudo sob controle.

Ela acena positivamente e se retira.

R

Depois de uma hora sendo interrogado, Peter é solto da sala de interrogatório, acompanhando Lincoln até o lado de fora. Broyeles fica de frente para ambos em uma postura rígida quando saem e encara Peter, fazendo sinal para Lincoln continuar seu serviço.

Broyeles: Agente Bishop, se é que posso chama-lo assim...

Ele extende a mão para ele e Peter a aperta.

Peter: Phillip, lamento não ser tão formal assim, mas...

Broyeles: Você procura ajuda do Secretário de Defesa, pois sabe que ele é o único que contém o conhecimento necessário.

Ele resume.

Peter: Olha, eu sei que o cargo dele é muito puxado, mas se o senhor me conseguir uma reunião, qualquer coisa, eu prometo que sairei tão rápido quanto cheguei.

Ele fala com assertividade para Broyeles, este que olha lateralmente, pensativo.

Broyeles: Tornarei isto possível. Contudo, preciso saber logo, como pretende fechar A Ponte entre os lados?

Peter: O Vácuo responde ao meu DNA. Eu posso fechar qualquer vínculo entre os universos, mas não será preciso, coronel. Os experimentos com cortexiphan não acontecem mais e se não me falha a memória, a Ponte era o que estava corrigindo o Universo Vermelho.

Broyeles olha para ele de outra forma, parecendo concordar.

Broyeles: Irei conversar com o Secretário de Defesa sobre isto.

Ele menciona, mostrando interesse.

Peter: Então, quanto tempo eu vou ter que esperar, onde vou passar a noite?

Ele pega sua mochila no canto e a veste.

Broyeles: Você vai ficar com o Agente Lee e a Agente Dunham, por ora.

Ele afirma.

Peter: Tudo bem. Se servir como auxílio, eu vou querer apenas uma revisão do Walter sobre o meu trabalho.

Ele dá um pendrive para o coronel.

Peter: Tem uma parte do trabalho nesse dispositivo. Agora, tenho que ir.

Peter seguiu Lincoln.


—___________________________________________________________
De noite, em uma casa regular em Boston, Peter estava em um quarto um pouco desocupado, com apenas uma cama. Ele encara a sua mochila e a abre, olhando para as peças do traje temporal.
Alguém bate à porta.

Peter: Oi?

Lincoln abre a porta.

Lee: Olha, a noite a água corrente tem sua vasão diminuída, por uma questão de economia, se você ainda for tomar banho...

Ele explica para Peter em um tom acolhedor e amigável.

Peter: Ah, obrigado. Eu já tomei banho.

Lincoln pressiona os lábios em resposta.

Peter: Lincoln. Obrigado por me deixar passar a noite aqui.

Ele fala agradecido e Lincoln sorri estranhando um pouco.

Lee: Eu não sabia que pretendia passar uma temporada no Universo Vermelho, mas o Coronel Broyeles tornou isso nossa responsabilidade.

Fala acanhado.

Peter: Entendi. Então, você mudou um pouco, tá com senso de humor, foi o casamento?

Ele se aproxima um pouco, perguntando de forma descontraída. Lincoln sorri.

Lee: Foi, hehe. Precisávamos um do outro no momento mais difícil e deu muito certo. Foi rápido, espontâneo e... louco.

Peter dá risada.

Peter: Oh!

Lee: Imagino que com a Olivia também tenha sido nesse passo.

Peter: Olha... logo depois que demos nossos “adeus”, ela engravidou.

Lee: OH!

Peter: Pois é. Minha garota já tem 12 anos.

Ele fala contente, Lincoln sorrindo e não acreditando.

Lee: Pensamos nisso, mas as coisas desse lado continuam muito conturbadas, como pôde ver que ainda monitoramos o Véu.

Ele fala em um tom um pouco mais sério.

Peter: “Véu”?

Lee: É como estamos chamando o espaço que separa duas realidades. Pensamos que os centros de âmbar podiam se expandir, mas estão intactos desde o dia em que partiram.

Peter: As coisas no Universo Azul não estão tão diferentes. Nós passamos muito tempo intalados tentando resolver um caso fronteiras sem a ajuda do Walter...

Disse com pesar e lamento por estes momentos difíceis em sua carreira e de sua esposa.

Lee: Espero que encontre o que procura.

Diz sinceramente.

Peter: Eu vou.

Respondeu determinado.
Sozinho em sua casa, o Coronel Broyeles insere o pendrive em seu laptop e envia uma menssagem por um programa de tela completamente negra, recebendo uma resposta: “Recebido. Avaliarei pessoalmente.”
De manhã, Peter é acordado por Olivia.

Olivia: Bom dia. O café sai cedo.

Ele olha cansado.

Peter: Que horas são?

Olivia: São 5 da manhã. E o Lincoln tem uma coisa para te falar.

Ela fala diretamente para ele e sai do quarto, Peter se levanta e olha ao redor, a sua mochila estava aberta ao pé da cama, com um notebook no chão, de tampa aberta do seu lado.

SEDE DO DEPARTAMENTO DE DEFESA, MANHATTAN

Estacionando na frente do departamento movimento logo pela manhã, Peter sai do carro, deixado lá por Lincoln Lee.

Lee: Conseguiu rapidinho!

Ele brinca.

Peter: Pois é, isso vai se resolver rápido. Muito obrigado.

Peter entra na Sede, sendo recebido especialmente e direcionado para um escritório no último andar. Ao adentrar, Peter paralisou um pouco ao ficar diante do Secretário de Defesa Walter Bishop, vestido em um terno cinza e sentado, aparentemente esperando que ele chegasse. O seu pai consanguíneo sorriu genuinamente.

Walter: Peter. Há quanto tempo.

Disse com prazer em vê-lo. Peter se aproximou.

Walter: Vamos, entre.

Um guarda fechou a porta e Walter se levantou, se aproximando e abraçando-o. Peter abraçou de volta.

Peter: É, já faz um bom tempo.

Ele sorriu de leve, não esperando essa recepção dele, contudo já fazia uma era que não se viam. Walter colocou a mão no ombro de Peter e mudou de expressão, para um rosto sério.

Walter: Sei por que está aqui.

Peter segurou na alça de sua mochila. Walter lhe ofereceu para se sentar e assim eles o fizeram para tratar do assunto profissionalmente.

Walter: Primeiramente, sinto muito pelo que aconteceu a Walter. Creio que tenha sido por uma boa causa.

Disse ele na mesma oratória de antigamente, paciente e as vezes frio.

Peter: Então deve saber o porquê de eu querer trazê-lo de volta.

Deixou que Walter conduzisse a conversa. Ele acenou com a cabeça.

Walter: Eu dei uma olhada no seu projeto. É bem avançado, considerando a tecnologia que seu pai utilizou para cruzar para esse lado.

Afirmou com uma certa dificuldade.

Walter: Mas como todo profissional da ciência, deve medir os riscos de tal fronteira que está explorando.

Ele encarou Peter bem seriamente. Peter inclinou o rosto.

Peter: Vai me dizer para não seguir com o projeto.

Disse descontente e entediado de ouvir o mesmo dos demais.

Walter: Vai cometer o mesmo erro que ele.

Afirmou friamente.

Peter: Não pode ter certeza disso. O projeto foi criado por um cientista do meu lado, eu só tenho que alterar o tempo de duração, já remodulei a parte mecânica, agora o resto da física e dos cálculos é o que necessito.

Explicou para Walternativo, ele se afastou um pouco e piscou pesadamente.

Walter: Olha, pelo que eu sei, o cientista que fez isso acontecer era um criminoso do nível fronteiras, sendo assim não há uma literatura explicando como ele realmente fez este experimento acontecer. Viajar para o futuro envolve uma outra matemática, e para mais de um século afrente, uma física diferente da que está pensando que vai funcionar.

Explicou de volta, balançando negativamente com a cabeça para Peter.

Peter: Essa física já foi teorizada e calculada várias vezes ao longo das décadas. Preciso que você me ajude nessa parte.

Ele foi a frente com a proposta.


A

Em missão, Lincoln e Olivia foram transportados dentro de uma vã do FBI pela cidade para um local residencial, aonde estava ocorrendo um evento fronteiras relacionado a roubos. O casal liderou a equipe de abatimento e fez ela se dividir em duplas por todo um prédio, assegurando as moradias com a invasão repentina do corpo do FBI.

?: Limpo.

??: Limpo!

Os agentes foram revistando os apartamentos, procurando sinais de furto, mas nada foram do comum era encontrado ou detectado.

Lee: Será que hoje é o dia que fechamos a conta com esse cara?

Brincou com Olivia enquanto subia as escadas até o último andar com ela.

Olivia: Não joga essas palavras para cima da operação, Lincoln. Podemos estar bem perto.

Respondeu ela brincando de volta com um sarcasmos irritadiço.

Lee: Esse cara me paga pelos federais que mandou para o hospital.

Ambos se posicionam de lados opostos à entrada de um apartamento e Lee encosta na maçaneta, vendo que ela estava aberta. Olivia entra primeiro, com a arma à frente de seu rosto e dando passos largos e firmes para não causar nenhum barulho. Lee a acompanhou por trás pelos corredores do apartamento. Não havia ninguém lá dentro e haviam poucas mobílias. Olivia fez um sinal para ele e havia um rastro de queimado no chão.

Lee: É aqui.

Olivia vê metal atrás de uma porta de quarto e abre lentamente, mas é recebida por um tiro que quase a acerta na cabeça, vindo da cozinha. Lee se vira atirando e um homem de capuz e roupa negra passa correndo até a escadaria.

Lee: PARADO!

Ele correu atrás. O homem pulou os degraus conforme corria. Lee se posicionou na beirada do corrimão, mirou e atirou até acabarem as balas, errou todos os tiros. Quando cercado pelos demais federais, o homem ergueu as mãos e se afastou.

???: De joelhos!

Disse um dos agentes. O homem puxou sua manga e revelou um aparato tecnológico enterrado em sua pele, conectado à vários fios e o pressionou.

Lee: Se afastem, ele está usando o dispositivo!

Alertou os federais, eles se viraram diante de uma luz roxa que envolveu o homem e este acabou desaparecendo, deixando para trás um rastro de queimado.

W

Mais tarde, à noite, na casa de Lincoln, Peter abriu a porta e entrou frustrado, passando a mão no rosto e se inclinando, extravasando o fiasco que foi sua conversa com Walternativo. Ele ouve um som de motor e percebe que Lee e Olivia haviam chegado após o seu turno naquele dia. Ambos entraram e passaram pela sala sem dizer uma palavra. Olivia se dirigiu até o seu quarto e fechou ele. Lincoln pressionou o punho.

Peter: Ei...

Cumprimentou Lee, tendo pelo menos o prazer de vê-lo após o dia que teve.

Lee: Oi.

Disse no mesmo tom, estressado.

Peter: E ae? Parece estar tudo muito corrido mesmo nessa parte do multiverso...

Ele sorriu e Lee sorriu um pouco de volta, encarando o sofá antes de desabafar.

Lee: É, ai ai...

Ele se sentou e Peter sentou-se na poltrona ao lado. Lee esfregou o rosto.

Lee: Eae, como foi?

Preferiu ele saber primeiro.

Peter: Ah, ele é bem de boa.

Sorriu forçadamente.

Peter: Vai fazer tudo que tem de bom. Super-altruísta.

Disse sendo bem irônico.

Peter: Não só perdi meu tempo hoje, como também a tarde inteira tentando voltar. Eu não sabia que nessa Nova York os ônibus não tem cobradores!

Disse com desprezo e ironia.

Lee: Não tem mesmo, estamos muito high tech, hoje em dia.

Riu ele de leve.

Lee: Comigo também foi um fiasco, quer dizer, é mais trabalho para fazer em cima do mesmo caso: Um ladrão com seu velho caso fronteiras e a gente atrás.

Disse cansado.

Lee: Nada saiu da investigação do local, somente o mesmo. O homem usa teleporte para dobrar a realidade e viajar pequenas distâncias e efetuar roubos, mas acaba ficando irrastreável após usado.

Explicou ele, desabafando.

Peter: Disse “teleporte”?

Olhou confuso.

Lee: É, ele tem algo incrustado na pele dele que ele usa.

Peter arregalou os olhos após ouvir isso e pensou.

Peter: Vocês podem estar investigando o mesmo homem... quer dizer, o caso que investiguei alguns anos atrás, parece o mesmo, mas ele estava procurando uma forma de viajar no tempo.

Apontou ele.

Lee: Como assim?

Peter: “Incrustado na pele”. Essa era a mesma forma que o homem que criou a tecnologia que estou desenvolvendo viajava pelo tempo.

Explicou ele, surpreso. Olivia saiu do quarto.

Olivia: Olha, acho que vou querer no Caribe...

Ela desabafou para Lincoln.

Lee: Huh? Oh, agora, não, amor. O Peter me disse algo importante sobre o nosso caso, vem cá!

Ele a chamou. Olivia se aproximou curiosa, cruzando os braços.

Peter: Hmmm...

Peter: Podemos fazer o seguinte. Como o Walter não vai me ajudar de maneira alguma com o projeto, então pensei em um jeito da gente conseguir se resolver. Ajudo vocês a encontrar esse ladrão e vocês dois me concedem acesso à tecnologia dele para completar o projeto.

Propôs ele. Olivia encarou Lee.

Olivia: Que? Não. Não pode usar tecnologia assim logo depois de uma série de crimes cometidos, ninguém lhe concederia isso.

Afirmou ela sobre como funcionava.

Peter: Sim, mas não estou falando para pedirem ao coronel ou a divisão o acesso para isso.

Sugeriu.

Lee: Peter, não podemos conceder uma tecnologia sem registro para um homem que nem carteira de identidade tem nesse mundo. Exige muita burocracia, exige a assinatura do próprio secretário de defesa!

Apontou ele.

Peter: Bem, eu não acho que as coisas simplesmente caem do céu, também. Eu sei quem é este homem, eu já passei por isso e posso ajudar vocês a fechar este caso, mas em troca tem que ajudar o meu mundo.

Lee: Se descobrirem que fizemos qualquer coisa, há uma punição bem severa para quem cometer este ato pirata.

Esclareceu o risco que estaria passando.

Olivia: Não sei se no seu mundo tem isso, mas com isso eles podem nos apagar por completo. Nossos nomes, currículos, residência, parentesco, tudo vigente na lei e diante da sociedade, seria apagado. Seriamos igual moradores de rua, a gente ia ter que recomeçar tudo do zero.

Apontou o perigo, Peter encostou.

Lee: Independentemente. Isso não vai acontecer. Sinto muito, sei que é nosso amigo, mas...

Peter: Ok... então... me permitam estudar a tecnologia dele aonde possa ser legalmente autorizado, farei a minha parte, posso gerar um relatório e mais nada.

Propôs outra oferta. Olivia e Lee trocaram olhares de confiança.

Olivia: Melhor.

Lee: É, sim... isso é possível, mas não podem haver garantias.

Afirmou.

Peter: Tá bom. O caso fronteiras que envolveu um homem assim foi diferente...

Peter explicou como ocorreu o caso fronteiras para eles. Na mesma noite, Olivia e Lincoln sugeriram ao Coronel Broyeles um plano de abordagem, uma espécie de armadilha envolvendo tecnologia fronteiras de interesse ao ladrão. Após a concordância, o casal foi requisitado na Divisão Fronteiras naquela noite e Peter os acompanhou para ajudar a montar a cilada em uma das garagens do FBI.

Peter: Deixa eu ver se entendi, ele tem procurado pedaços de tecnologias avançada, como naquele apartamento, para aprimorar o próprio dele? E vai deixar a tecnologia de espelho do Walter aqui para ele vir buscar?

Ele deu de ombros para Lincoln conforme eles andavam e viam os preparativos.

Lee: É, mais ou menos. Nós temos visto que ele procura por tecnologias avançadas e isso parece afetar na forma como ele se teleporta. Os roubos têm escalado e teoricamente, estatisticamente, ele já pode realizar roubos à esta garagem, por exemplo.

Ele sorriu para Peter.

Peter: Como eu havia previsto anteriormente.

Ela se juntou à eles. O local estava sendo montado com agentes portando relógios esverdeados em seus pulsos, todos eles armados até os dentes.

Peter: Mas como que ele não vai perceber que estamos aqui?

Ele olhou estranhando para os agentes.

Lee: Vamos usar dispositivos de invisibilidade.

Peter: Pera, o quê?

Ele ficou impressionado.

Peter: Eu fiquei de fora mesmo.

Olivia deu risada.

Lee: Eu vou acionar a invisibilidade remota para todo mundo e você fica no seu posto, como os outros. Assim que der o tempo, todos vão aparecer de surpresa para ele e o caso encerra.

Explicou ele para Peter.

Peter: Bom, acho que não podia ter passado pelo portal numa hora melhor.

Lincoln sorriu para ele de leve e eles se separaram, indo cada um para seu posto. Olivia se posicionou atrás de um monitor em um painel escondido no escuro da garagem enorme e teclou um comando.

Olivia: Agora, o sinal de que o sistema programado da garagem deve estar no ar...

O computador que estava ao lado da porta da garagem faísca um pouco. Passada meia hora, um raio de luz roxo tomou conta da sala e o escuro se instalou novamente. Todas as câmeras foram desligadas do nada e sons de passo podiam ser ouvidos ao longe. Peter observou de longe, assim como todo mundo, vendo o homem se deslocar até o centro, aonde havia uma vã de transporte. O ladrão arromba a vã e tenta retirar a tecnologia. Neste momento, Lee pressiona seu relógio e todos os agentes saem do breo, o cercando. Olivia se aproximou dele e o prendeu, lhe pondo algemas.

A

No Prédio da Divisão Fronteiras, Lincoln saiu de uma sala acompanhado de Peter. Lincoln puxou um tablet e teclou algumas coisas antes de guarda-lo novamente.

Peter: Então, servi de muita coisa?

Brincou com Lee.

Lee: Ah, sua expertise com a tecnologia e a predição de como ela funciona é o que conta.

Ele parou no corredor e Peter se virou para ele.

Lee: Tem certeza de que vai precisar da tecnologia dele? Você já parece dominar bem o assunto.

Ele brincou de volta.

Peter: Ah, tenha certeza de que se eu não precisasse, não viria até aqui ver esses seus rostos repetidos de chefia e Olivia.

Riu de leve. Lincoln pôs as mãos na lombar, assumindo uma postura profissional.

Lee: Bem, o seu acesso à tecnologia está ainda em debate com o Coronel Broyeles, mas lhe asseguro que a sua confiança foi garantida. Ela deve sair logo, logo.

Revelou a posição deles para Peter.

Peter: Lincoln, muito obrigado, eu...

Lee: Não, que isso? Nós é que estamos em débito com você.

Lincoln recebe algo em seu tablete através de uma vibração e ele o pega. Ao ver, ele encarou um pouco mais sério que o habitual.

Peter: Lincoln?

Lee: Vem comigo.

Peter seguiu ele até um escritório. Ao entrar, Broyeles estava colocando uma papelada de lado em uma mesa.

Lee: Senhor? Eu não entendo. Como pode cancelar o meu pedido, depois de tudo que ele fez.

Apontou para Peter. Broyeles havia cancelado o pedido dele de Peter analisar profissionalmente a tecnologia como forma de cooperação.

Broyeles: Mesmo que o Sr. Bishop tenha todas as qualificações, coisa que não está registrada em nenhum lugar deste mundo, eu não poderia realizar este consentimento.

Afirmou, não se importando muito e voltando a se focar em seu trabalho.

Lee: Mas, coronel, Peter fez a parte dele. Temos que cumprir com o acordo.

Broyeles: E eu neguei isso. Posso cumprir de qualquer outra forma, menos a realização deste pedido com uma tecnologia não patenteada.

Respondeu de forma firme e autoritária.

Peter: Sr., nós precisamos disso...

Ele se impôs. O coronel o encarou por alguns segundos.

Broyeles: Nós também precisamos de muito do que fazem lá fora. Estas tecnologias têm outros destinos, outras tecnologias que podem vir a surgir a partir delas, por exemplo.

Explicou ele, ficando com raiva.

Lee: Mas, senhor! Isso não é o que fazemos quando negociamos entre corporações!

Ele insistiu.

Broyeles: E eu não vou repetir, Agente Lincoln Lee! Está dispensado.

Ergueu ele a voz, batendo o martelo pela última vez.

Peter: Lincoln, deixa...

Ambos saíram frustrados.

Lee: Isso não devia acontecer...

Disse estranhando muito a atitude repentina de Broyeles.

Peter: Está okay, eu posso...

Falou frustrado, pensando profundamente.

Lee: Olha... eu te levo de volta para a minha casa, a gente dá um jeito.

Peter acenou com a cabeça para ele.
Ao chegar lá, sem nem Peter sair do carro, Lincoln abriu o porta-malas.

Lee: Ai, Secretário de Defesa Jr., vem dar uma olhada.

Ele zombou de Peter. Peter se aproximou e viu a tecnologia exatamente igual aquela que ele estava usando para tentar viajar no tempo no porta-malas do carro.

Peter: Mas como!?

Perguntou em voz alta, incrédulo.

Lee: Eu dei um jeitinho de pegar emprestado da Divisão Fronteiras. Eles queriam deixar de molho, deram mole e aí eu...

Disse zombando.

Peter: Mas... por que você está arriscando a sua própria vida e da sua esposa por isso?

Ele se virou, perguntando sem entender para Lincoln. Eles eram amigos, mas Lee estava pondo sua carreira e sua vida, em todos os sentidos, em risco. Lee rangeu os dentes de medo e demorou para responder.

Lee: Olha, erm...

Ele pressionou forte os lábios e balançou a cabeça negativamente.

Lee: Tem coisas que têm acontecido no nosso mundo, recorrente à casos fronteiras, que acho que as regras desse mundo não se aplicam mais... e temos que tomar atitudes sobre isso.

Revelou ele.

Peter: O que tá acontecendo?

Lee: Acho que estamos à beira de uma guerra...

Ele se virou de costas, posicionando a lombar contra a beirada do porta-malas e cruzou os braços.

Lee: ...contra um inimigo que este mundo jamais viu.

Ele olhou para Peter preocupado.

Lee: Seu pai faria a diferença aqui. O secretário de defesa não está procurando se ajustar à essa nova era de casos fronteiras.

Explicou ele de forma bem sincera e genuína.

Peter: Eu vou trazer ele de volta.

Disse determinado, pegando com Lincoln a tecnologia para futuros estudos e comparações com a sua.

Peter: Ok, agora só vou precisar de mais uma coisa.

SEDE DO DEPARTAMENTO DE DEFESA, MANHATTAN

Peter havia retornado para mais uma reunião com Walternativo, para tentar convencê-lo de ceder o conhecimento necessário para completar o projeto. Peter se sentou frente a mesa do secretário de defesa.

Peter: Então, eu sei que pensa que não vai dar certo e que os perigos e riscos são muito altos, mas eu lhe asseguro que tenho o que preciso para fazer tudo funcionar.

Afirmou para Walter, que o olhou esperando mais do que somente afirmações.

Walter: E então...

Peter assentiu um pouco.

Peter: Eu não sei o que se passa com o seu mundo, mas eu sei o que se passa no meu. As coisas que meu pai fez, até certo grau, podem ser imperdoáveis, mas é isso que acontece quando se tenta procurar concertar as coisas ou torna-las melhor. É preciso buscar compreender o todo para então confirmar que está tudo certo. Ele pode ser a única pessoa em todo o tempo e universos que pode nos ajudar.

Explicou ele para o sósia de seu pai. Walternativo engoliu seco e passou a ele uma carta com o símbolo de uma tulipa nela. Peter piscou ao olhar para a carta e depois para Walter, não crendo muito.

Peter: Tulipa branca...

Ele quase não pronunciou as palavras.

Walter: Nesta carta há os cálculos para a sua máquina funcionar no inverso. Para que você realize o salto até o futuro.

Explicou ele, mantendo a mesma frieza, mas olhando preocupado para Peter.

Walter: Tenha cuidado com o que mexe.

Desejou ele. Peter puxou a carta.

Peter: Obrigado.

Respondeu incrédulo, ainda.

BOSTON, MASSACHUSSETS

Lincoln e Olivia haviam ajudado Peter a levar seu equipamento até o porta-malas do carro, Peter estava de saída naquele fim de tarde.

Lee: Ok, isso é tudo?

Perguntou ele à Peter enquanto Olivia pegava a chave do carro dentro da casa.

Peter: É tudo.

Eles bateram as mãos em um estalo e se abraçaram.

Lee: Foi bom te ver, por ora, Peter.

Ele sorriu ao dizer genuinamente.

Peter: Igualmente, Lincoln. Obrigado por tudo.

Lee: Traz ele de volta, se não nada disso terá valido a pena.

Zombou ele no tom e Peter sorriu e riu.

Peter: Vamos ver o que ele fala quando voltar. Deve querer um leite fresco de vaca.

Ele viu Lincoln olhando para Olivia de longe com algum pesar.

Peter: Olha, cara. Quer um conselho de quem conhece um pouco das duas? Seja transparente com ela, talvez ela precise de espaço para tirar a cuca dos afazeres.

Lincoln acenou com a cabeça. Eles se despediram e Olivia levou Peter em uma embarcação para a Ilha da Liberdade.

ILHA DA LIBERDADE, NY

Após se despedir de Olivia, Peter passaria por uma série de testes enquanto assegurado por alguns agentes fronteiras no local para auxiliá-lo de volta ao seu universo quando pudesse.
Peter abriu a carta e puxou uma folha no tamanho de um cartel, com séries de cálculos, ajustou os instrumentos que conseguiu com Lincoln e os seus próprios, calibrando os equipamentos para se complementarem. Peter conectou os cabos à eletricidade de um gerador da ilha dentro de uma sala vazia e tirou sua camisa, colocando a mochila mecânica em suas costas e puxando o pressionador para sua mão esquerda.

Peter: Ok... teste número um do novo equipamento...

Ele pressionou com força e uma eletricidade correu pela máquina e os cabos, mas nada aconteceu após alguns segundos.

Peter: O quê?

Ele tentou pressionar de novo e não houve nada. Ele franze a testa, de raiva e larga o pressionador.

Peter: Não! Eu fiz tudo que devia ser feito!

Ele gritou e se virou para a parede, socando ela com força.

Peter: Não!

Peter socou várias vezes, até sua mão começar a sangrar. Ele gritou de frustração.
Uma eletricidade correu pela máquina novamente e ao tentar socar a parede mais uma vez, um brilho multicolorido envolveu seu campo de visão, a parede e toda a sala. Peter fora envolvido por uma esfera multicolorida, lhe dando a sensação de movimento, e logo mais, ele apaga.

Ao abrir os olhos, Peter sentia umidade e um frio em todo seu corpo. Ele se mexeu de leve, estava deitado sobre um campo verde parecido com milharal. Ao ver as plantas, elas pareciam ter espigas, mas um corpo fino, como grama. Peter sacodiu a cabeça e respirou o ar fresco, frio e úmido a sua volta, se levantando rapidamente e suportando o peso da máquina em suas costas.
Peter olhou para o solo, a lama em sua volta e ela era roxeada. Ao olhar para cima, ele se depara com uma paisagem inexplicável de saber como foi parar lá. Ele olhou ao redor e viu uma cadeia de montanhas, um céu nublado, com nuvens roxo-acinzentadas, dominada por trovões azulados. Imóvel diante da visão, surge a suprema pergunta em sua mente: “Aonde eu estou?”.

Y

No apartamento em que Lee e Olivia investigaram, um homem de terno chega andando de madrugada e percebe que a tecnologia no local havia sumido. Ele abaixa um celular, do qual estava ligado para o número do Coronel Broyeles e o desliga.

????: Ele pegou, então...

FIM...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.