POVs Levy

Até hoje todos me perguntam porque eu me apaixonei por alguém como ele, uma pessoa bruta, irritante (não que eu não seja) e fria como ele. Mas ele é o tipo de amigo que gosta de jogar na cara, não para te ver sofrer, mas sim para você aprender, ele sempre vai te dizer “eu te disse” com a intenção de que você não erre na próxima, ele te aconselha no começo e só age no final quando você já quebrou a cara, mas é por isso que o amei, por ele ser uma pessoa que apesar de chata e irritante é gentil, do modo dele. Mas claro que não daria certo esse romance, uma pessoa que odeia restrições como eu com alguém que dá avisos toda vez que eu faço algo, sem falar que pra ele eu sempre fui a baixinha irritante, mas é melhor assim. Deixa eu começar para vocês compreenderem.

Era uma tarde normal e calma, com os cantos dos pássaros e o suave barulho do riacho... Por favor, tão achando que é conto de fadas? Podia estar ocorrendo realmente tudo isso, mas não para uma garota revoltada de quinze anos, sim essa garota era eu, mas por que revoltada? Um simples motivo que aborrece a qualquer pessoa da minha idade, pais, sim os controladores que falam que eu sou nova para tudo, na verdade nem eu posso mais dizer que são realmente meus pais, uma semana atrás falaram que o Ricky, que era para ser meu pai, não é meu pai biológico, minha vida tá uma bagunça. Primeiro falece minha mais querida avó, que nem era minha avó de sangue mas mesmo assim me tratava com muito amor e carinho, segundo descubro que meu pai não era meu pai, terceiro mesmo ele sabendo que não é meu pai é controlador como um, chato como um, então resolvi fazer pirraça. Eles sempre quiseram que eu fosse a filha perfeita, nunca admitiram que eu tirasse abaixo de nove, que eu desrespeitasse qualquer um, que eu xingasse ou qualquer coisa que filinha perfeita tem que fazer, como se isso realmente existisse, mas eu cansei, cansei ter de bancar a obediente.

Resolvi arrumar minha mochila cabe tudo, é uma miniatura de mala de roda, mas eu chamo como eu quiser, sim eu irei sair de casa, mas é só por uma semana para eles entenderem que eles são meus pais não minha vida e que eu já estou grande para cuidar dela, para eles pararem de serem corujas e aprenderem que eu já tenho quinze anos. Bom mudas de roupa para sete dias e o resto é livro, claro que apesar de que eles falam que eu tenho de ter notas perfeitas eu não o faço por obrigação e sim porque eu gosto. Depois de tudo pronto eu aproveito que meus pais estão conversando na sala, bom deviam estar pensando em como irão me pedir desculpas depois de nossa briga, sai sorrateira pelos fundos e me ponho a correr. Agora vocês se perguntam, para onde essa louca vai? Se for para casa de um familiar só iria piorar as coisas não? Sim, e por isso que eu tenho um plano, irei a casa do meu anjo da guarda, da minha salvação, do meu santo, pau pra toda obra, minha pilastra de apoio, meu ombro amigo.

—Gajeel, por favor me deixa ficar é só por uma semana. – Eu me abaixo e me curvo no chão, sabe quando eu falei de anjo da guarda e tudo mais? É só para situações que ele não tenha que me acolher na casa dele, ou situações que envolva meus pais, ou situações relacionadas com minhas brigas com os colegas, ou ter de me dar conselhos e ajudar a me recuperar de algum transtorno. Resumindo, ele só me ajuda se ele tiver alguma coisa a ganhar nisso tudo.

—Escuta aqui nanica, se você é revoltada com a vida eu não tenho culpa, eu te avisei que você teria que ter paciência com seus velhos nesses tempos. E caso não tenha visto meu apartamento é do tamanho da sua sala, sem falar que já tem outro revoltado aqui. – Bom, Gajeel nunca muda, ele é chato e irritante, mas no final sempre dá uma mãozinha.

—Não tem problema, se quiser eu durmo até com Lily. O Natsu nem você precisam se incomodar, e em relação a comida eu saio para tomar café e almoço com meu dinheiro, por favorrrrrrr. – Olho pidona para ele, apesar disso não funcionar mais com ele a muito tempo. Ah, só para constar Natsu é primo dele. Ele suspira e me puxa para dentro do apartamento dele, yey, Levy wins.

—Natsu, a Levy vai ficar aqui por uma semana, então você vem para meu quarto e ela fica com o seu. – Apesar dele estar dizendo isso sem felicidade. Bom ele exagerou quando falou que a casa dele era pequena, uma cozinha americana, dois quartos e um banheiro, sem falar que tinha área de serviço.

—Ah não precisa se preocupar com isso, eu vou pra casa. Minha irmã ligou e disse que meu pai viajou e vai ficar duas semanas no Canadá e de lá vai para a Espanha por mais uma semana, quando ele voltar se estiver ainda estressado eu volto para cá. – Natsu era filho dum homem rico que vivia viajando, apesar dele não se dar muito bem com o pai, por isso vinha para a casa de Gajeel o único familiar perto, mesmo que fossem ricos Gajeel nunca aceitou um tostão dos pais de Natsu, questão de orgulho. – Ah eu deixei um dinheiro para você em cima da cabeceira, por você ter me acolhido e cuidado de mim. – Dito isso ele saiu da casa correndo.

—Ele nunca muda. Mas na sua questão, te boto pra fora se seus pais ficarem ligando para cá de cinco em cinco segundos, entendeu? – Aquele olhar de superior, isso também não funciona mais comigo.

—Ok, já avisei para minhas colegas mais próximas para não passarem o número daqui da sua casa. – Digo dando uma piscadela e ele estranha.

—Ei ei baixinha, quanto tempo que você vem bolando isso? – Ele sabia que eu era capaz de bolar um plano demoníaco.

—A vinda da minha casa até a sua é longe, por isso consegui fazer tudo nesse tempo, e meus pais apesar de não ficarem calmos vão saber que eu estou com um colega, eu deixei uma carta. – Dou aquele sorriso falso e ele me olha como se eu fosse uma ameaça.

—Você é um demoniozinho. Bom, mas como você já me causou muito problema hoje vamos jantar e madrugar assistindo filme, ok? – Era férias mesmo, e esse era um dos nossos passatempos.

A noite foi passando rápido e assistíamos um filme após o outro, conversando coisas aleatórias, sempre fizemos isso e em um dos últimos filmes me lembrei quando conheci o Gajeel. Foi tão hilário, eu tinha seis anos e veio um garoto que parecia ser durão para balançar também, então do nada começamos a conversar ai passou minha vizinha e eu falei baixinho para Gajeel:

—Ela não parece ter cara de cavalo, mas com a cor de um tomate? – Ele me olhou sem parecer entender muito bem então ele gritou para a mulher:

—Eiii moça, sabia que você parece uma fusão de um tomate e um cavalo. – A mulher se virou para nós com uma cara de "eu entendi direito?” e eu fiquei branca, daí eu peguei o braço de Gajeel e sai correndo com ele. – Por que você correu?

—Por que? Porque você a xingou!!! – Falei desesperada.

—Ué, mas você também a xingou. – Ele começou a rir. – Estranha. Vamos, onde é sua casa? Seus pais devem estar preocupados. – Ele estendeu a mão e eu a segurei, uma mão tão quente e aconchegante. Quando chegamos na minha casa eu me lembrei.

—Você não é da minha escola?

—Se lembrou? Você realmente é estranha, eu tenho uma amiga anormal, vou me gabar disso. – Ele disse rindo, um riso infantil.

—Ei anormal é.... – Repensei. – Você disse amiga?

—Você é minha amiga não é? Até amanhã Levy. – Ele saiu correndo e acenando e foi ai que uma improvável amizade começou, naquela época estar com ele significava problema, conseguimos derrubar um galinheiro no passeio escolar, demos descarga nos peixes da diretora, e ele sempre estava lá para me reconfortar, teve uma vez que eu briguei com minha melhor amiga, saímos até na porrada, ele apenas assistiu a briga, ele tinha me dito que eu me machucaria mais se continuássemos brigadas. Ele ficou me reconfortando depois da briga, foi ai que me apaixonei por ele, um tempo depois eu minha amiga fizemos as pazes. Desde então ele tem estado comigo e é como se ele lesse meu pensamento, ele não é do tipo que reconforta com abraço e diz que vai ficar tudo bem, ele é do tipo que age com o diálogo, te aconselha antes e te consola depois. Mesmo assim até hoje sou apaixonada por ele.

Quando o filme acabou eu já estava babando no ombro de Gajeel, ele ficou apertando minha bochecha até eu me irritar e tentar socar a barriga dele, mas o que doeu foi minha mão.

—Ei baixinha quatro da manhã, vamos dormir. – Ele disse se levantando. – Dorme ai então.

—Nãooooooo. – Miei. – Me carrega, não tenho força. – Não queria me aproveitar da situação não, eu estava realmente sem força.

—Tá de zoera? Sabe quão pesada você é, mesmo sendo uma anã? – Ele me olhou espantado.

—Me carrega, ou eu vou te encher o saco a madrugada inteira. – Ele suspirou e me colocou nas suas costas e me levou até o quarto, me deitou na cama.

—Satisfeita? Tchau. – Ele acena e eu seguro sua mão, ele me olha cansado.

—Vamos ficar juntos para sempre não é? – Eu não sabia o que estava dizendo, mas a reação dele foi diferente da que eu achei que ele teria, ele apenas deu um sorriso sincero e disse:

—Até quando não existir mais ossos nossas lapides continuarão lado a lado e eu te assombrarei pela eternidade. – Depois ele me olha de um jeito macabro e eu suspiro.

—Acho que os papéis estão invertidos, eu que te encherei o saco. – Fecho os olhos e mergulho profundamente nos sonhos.

Na manhã eu acordo normal, até me lembrar do que disse a Gajeel na noite passada, eu realmente não posso ficar nem bêbada nem com sono perto dele, eu posso acabar falando demais... mas por que tenho tanto medo dele descobrir? Quero dizer eu gosto dele, e ele nunca fez nada que demonstrasse o contrário, apesar de que sei que ele gosta de mim de uma forma diferente, e todos tipo TODOS sabem dos meus sentimentos por ele, então eu não entendo esse medo bobo que tenho. Talvez seja medo de ser rejeitada, não não, eu não tenho problemas com rejeição, acho que meu medo é que caso eu me confesse agente perca aquela amizade que demorou anos para ficar assim.

Ouço um estalo e a porta se abre, vejo então um ser todo despenteado só de bermuda na minha porta. Numa ocasião diferente eu gritaria histérica e jogaria tudo que tenho direito na pessoa, mas eu simplesmente comecei a rir, e não tem coisa pior que eu rindo, senhor eu começo a rir e não paro mais e fico rindo feito uma hiena até eu acabar com toda a graça do planeta. Gajeel joga uma almofada em mim.

—Pelo menos eu não tô listrado igual uma zebra. – Ele tinha razão, minhas bochechas e meus braços, até as pernas, estavam marcadas por causa da colcha grossa que eu tinha dormido em cima. – Anda anão de jardim, veste um short em vem tomar café. – Nem me importei com o comentário.

—Hmpf, deixa eu pelo menos colocar o sutiã em paz seu tarado. – Eu falo fingindo estar irritada para ver se conseguia fazê-lo corar, nas minhas contagens eu fiz Gajeel corar 3 vezes na vida.

—Levy, Levy, eu conheço todas as suas medidas. – Ele fala com a voz sedutoramente rouca, na minha imaginação fraca. Eu coro e finjo não escutar. – E posso afirmar que o que tem de baixo da camisa É RETO IGUA ASFALTO!!!!

Ele grita e sai correndo, e bom... minhas imagens de uma possível cena de romance se desfazem e se transformam em palavras nem um pouco bonitas. Depois de me acalmar vou tomar café e o ignoro falando apenas com Lily.

—Então vai me ignorar? Vai se separar de mim só porque eu disse umas verdades. – Ele diz fingindo estar indignado e por mais que eu odiasse admitir ele estava certo, comparada a TODAS garotas peitudas e sexys da escola eu era a tábua infantil que não ia crescer, apesar de não me importar muito com isso, só quando vinha de um certo alguém. – Eu não gosto quando ficamos longe. – E mais uma vez meu coração dá um pulo, ele não é de dizer esse tipo de coisa, mas parece tão real. – Porque temos que ficar juntos para sempre. – Eu engasgo com o suco e perco o folego, sinto meu rosto queimar e não olho para Gajeel um bom tempo.

—Imbecil. – Digo baixinho. – Só faz isso para me provocar.

—E você cai nas provocações. – Ele diz rindo mais da minha cara. – Aposto que você tinha esperanças de que eu estava com mais sono que você naquela hora e não ia me lembrar de nada do que havia acontecido. – E eu só ficava mais vermelha.

—Tsc, se eu soubesse que fosse ser assim preferia ter ficado em casa. – Falo com uma mini-raiva e me arrependo de ter proferido tais palavras, porque dizendo isso ai sim ele começaria a me encher o saco.

—Falando nisso... você não devia estar pedindo desculpas para seus pais numa hora dessas? Achei que fosse zoação o lance de uma semana. – Fiquei estressada e não consegui segurar.

—Pedir desculpas??? Pelo quê??? Por eles tentarem controlar minha vida?? Por eles terem mentido para mim durante 15 anos?? Por eles não agirem como pais e sim como um mestre ensinando seu macaco de imitação?? – Eu estava irritada e prestes a chorar.

—Só estou te falando que uma hora você não vai ter mais com quem contar. – A este momento eu já estava com lágrimas no meu rosto, me levanto bruscamente e grito:

—E O QUE EXATAMENTE VOCÊ SABE DISSO???? – Saio correndo igual uma idiota sem rumo.

Droga, agora eu ferrei com tudo, magoei meu melhor amigo, briguei com ele e possivelmente perdi sua amizade, briguei com meus pais, os decepcionei e ainda os deixei tristes.

Paro de correr e me deparo em um parque que parece uma floresta, sento em um banquinho e tento me acalmar, eu realmente não devia ter cuspido aquelas palavras maldosas, sem falar que eu devo ter tocado no seu ponto fraco, falar de sua família, ele viveu praticamente toda sua infância com seus tios, pois seus pais tinham morrido em um desabamento de prédio. Então pode-se dizer que ele nunca teve a imagem nítida de uma família. Fui pensando em tudo que ele me avisava e que todos aqueles avisos no fim estavam certos, mas eu sempre os ignorava, perdia a cabeça e acabava sempre jogando a culpa nele.

Sem nem perceber sinto algo gelado em minha bochecha e me sobressalto. E lá estava ele, seu rosto calmo e passivo, seus olhos impossíveis de desvendar, sua boca na forma de uma linha reta, se não tivéssemos acabado de brigar eu diria que ele está com uma atitude normal. Estava com vergonha de olha-lo na cara, então Gajeel dá um longo suspiro.

—Acha que me ignorar vai resolver as coisas? – Não tinha palavras, ou se tinha elas não queriam sair.

—Por que voltou? – Ele me olhou confuso e levantei um pouco o rosto. – Digo, falei coisas horrendas e mesmo assim... você... você simplesmente vem correndo atrás. – Disse com mais alto que o normal.

—Ei, ei, por que a raiva? Achei que as garotas ficassem felizes quando os garotos correm atrás delas. – O fuzilo com o olhar e ele se cala. – E como eu não voltaria? Você é minha amiga e está com problemas e meu dever é te ajudar, e enquanto você continuar com os problemas eu continuarei tentando te ajudar.

—Mas... Mas...

—Sem falar que se eu não corresse atrás talvez você se perdesse, ou fosse atropelada, ou pedófilo viria atrás te confundindo com uma criança, poderia ser raptada, ou levada para um orfanato, prometi a seus pais que tomaria conta de você, vai que você é levada pela conferência de anão de jardim.

—Eu sei me cuidar sabia e anão de jardim é seu... – Então levei em conta uma coisa. – O que disse sobre meus pais?

—Que eu os prometi que cuidaria de você enquanto estivesse comigo.

—Pera, pera, pera, você ligou para eles? Agora eles devem estar histéricos, se eu chegar em casa eles vão me encher o saco dizendo que uma dama não deve e dormir sozinha na casa de um homem mesmo que seja amigo de infância. E provavelmente nunca mais deixarão eu chegar perto de você. – Eu estava ao cumulo do desespero e já tinha esquecido que tinha brigado com Gajeel.

—É te ter longe por um tempo vai ser saudável pra mim. – Mesmo que ele tivesse dito brincando eu estava para arrancar seus cabelos. – Mas sabe, foram eles que me ligaram um pouco antes de você chegar lá em casa, eles disseram pra tentar convencer você a voltar pra casa se não deixar você dormir uma noite e depois te persuadir ou te expulsar. – Estava chocada, meus pais realmente deixaram eu ficar na casa de um garoto sem chamar o FBI? E também...

—Como é que eles te o número da sua casa? – Perguntei cerrando os olhos.

—Ahhh, já tem um tempo, eu sempre me comunico com eles quando você está junto. – O olhei incrédula.

—Podia ao menos ter me contado.

—Pra você reclamar depois? Não valeu. – Ele respondeu e eu bufei. – Mas sabe, acho que eles tão com a razão, você quer mandar no próprio nariz, mas nem consegue ficar cuidando da sua casa durante três dias. Você é uma idiota sem senso de direção ou boa coordenação motora, que tem apenas 15 anos e está revoltada com seus pais por eles tentarem apenas te protegerem, por mais chato que seja. E vai ter uma hora na vida que você não vai ter mais eles para te ajudarem ou protegerem. – É, eu estava chorando e muito, cada fungada que eu dava podia acabar com o oxigênio de uma cidade. E mais uma vez ele estava com a razão.

—Gajeel quantas vezes você já esteve com a razão? – Perguntei chegando mais perto do moreno.

—Sempre. – Ele me abraçou pelo ombro e eu encostei a cabeça em seu braço.

—Gajeel, mesmo dizendo que é pelo fato de eu ser sua amiga, por que sempre age tão carinhoso comigo? – Eu precisava saber, meu coração estava acelerando e dependendo de sua resposta ele podia ficar mais dolorido ou parar simplesmente.

—Porque você é minha baixinha irritante, e eu tenho que te tratar bem, onde já se viu tratar seu animal de estimação mau? - Era para eu estar desapontada e triste ou com raiva, mas eu estava sorrindo e me sentia feliz. Por que? Eu não sabia, mas não me importava, sentia que podia fazer qualquer coisa.

—Sabia que eu te amo. – Eu disse, sem travar ou gaguejar e me senti mais leve.

—Eu também te amo. – Mesmo que o amar dele tivesse um sentido diferente do meu ainda me deixava feliz.

Eu entendi que com ele eu podia fazer qualquer coisa realmente, que ele sempre ia me apoiar, e eu não precisava que ele fosse meu namorado ou algo do tipo para que isso acontecesse. Mas mesmo assim, uma parte de mim não queria esquecer o sentimento nutrido durante tantos anos e talvez demoraria para esquecer. Mas eu tinha que me conformar que uma vez que fiquei na “eu gosto de você como amigo” não tem volta, é por isso que eu odeio friendzone.