Freddy's War - Interativa

The Second Toy-Old War: Part 8 — Revelations


Capítulo 31 — Segunda Guerra Toy-Old: Surpresas Desagradáveis.

1 Hora e 19 Minutos Restantes

Area Principal — 4 AM

Se pudesse respirar, Leonnard estaria bufando, respirando fundo ou fazendo qualquer tipo de ato humano que expresse tédio.

Enquanto todos estavam ali, lutando, o único animatrônico, ou melhor, animatrônica, que o Toy realmente achava interessante lutar contra não estava em nenhum lugar da Área que pudesse ser visto por ele, apesar de seus globos oculares serem de última geração. Ele observou enquanto Olds jogavam Toys sobre as mesas e chegou a refletir se deveria lutar com qualquer um, mas ele não se importava mesmo se um ou todos os Toys fossem destruídos desde que ele continuasse ativado e caso pensasse em lutar, era bem possível que acabasse com o mesmo destino de Rin, destruído.

Ele se sentou em uma das mesas, ativando qualquer sistema de reconhecimento que tivesse para achar a maldita Old que queria destruir a tantos anos, mas sempre sem sucesso.

— Essa patética tigresa que tem mania de se esconder...

No exato momento que terminou de falar foi atingido por trás com uma força incomparável. Depois de bater na parede e cair pateticamente no chão, ele soube que finalmente tinha encontrado a adversária. Ele se levantou, ignorando o metal recentemente amassado em sua barriga e possivelmente em suas costas e encarou Thana, a tigresa animatrônica destruída que estava parada onde antes era as costas da cadeira, sendo transformada em uma massa de madeira dessa e da outra utilizada no golpe contra ele.

— Não sabe que é feio falar de alguém por trás? — O sorriso de sua face desapareceu no momento que ele percebeu o que ela queria dizer.

— Esperto, muito esperto. — Virando-se para a Old, encarou a animatrônica que estava dando a volta na massa de madeira destroçada. Ambos os pares de olhos se cruzaram, em nenhum momento deixando de encarar o adversário.

O sorriso debochado — estranho na face robótica, quase que anormal — de sempre voltou a sua face, enquanto ele passava suavemente a mão pela juba artificial e sentia alguns amassados recém-adquiridos, a animatrônica que o atingira anteriormente apenas estava parada atrás dele, seus olhos piscando de algo que parecia uma emoção humana, mas claro que era apenas uma comparação.

—Trapaceira.

Os olhos da robô brilharam, e ela sorriria se pudesse. Seu corpo inteiro se movimentava, seus olhos analisando-o. O leão robótico sabia que estava procurando alguma fraqueza, mas ele já começara a análise momentos antes, procurando alguma brecha para atacá-la e fazer o máximo de danos possível.

—Você que estava de bobeira. — Comentou a tigresa, quase que casualmente, flexionando os joelhos mecânicos, fazendo Leonnard ver a movimentação dos “músculos” artificiais.

—Tenho a mania de não cometer o mesmo erro duas vezes.

Ele levantou os braços, como se estivesse se alongando, e formou uma verdadeira pose de batalha.

— Vem cá, velhinha. Hora de decidirmos quem é o melhor.

A animatrônica montou uma pose de batalha, um pouco atrasada. Enquanto ela começava uma pose de defesa, foi fortemente atingida na barriga. Ela pode sentir seu endoesqueleto estalar, enquanto o leão plastificado à sua frente falava algo ininteligível aos ouvidos da tigresa branca. Ela tentou parar no chão, arranhando-o com seu cambaleio, mas quando finalmente se firmou, Leonnard deu uma rasteira na Old, que caiu de cara no chão.

— Patética. — Ele deu um chute, mas finalmente a tigresa conseguiu fazer algo. No momento que o pé do leão plastificado iria atingir o rosto da tigresa, ela segurou a perna dele, puxando-a para o chão, derrubando o Toy em consequência. Thana levantou-se, já se recuperando dos golpes antes transferidos contra si.

Rapidamente, o leão se afastou e levantou, ao mesmo tempo em que a tigresa avançava contra ele, o soco de Leonnard foi desviado por uma das mãos da adversária, enquanto que a outra mão da withered vinha em sua direção, fechada. O potente soco o fez novamente bater na parede, mas ele não teve o tempo de cair. Um forte chute destroçou a carcaça do seu peito, acertando o endoesqueleto, enquanto que a Old colocava suas mãos no pescoço do Toy o segurando e levantando-o minimamente do chão.

— Que foi? Não vai terminar o serviço? Vocês são patéticos. Quer dizer, aquele seu amiguinho raposa até que era de se respeitar, mas você? Quer dizer, até entendo o coelho e a galinha. Olha o estado deles. Mas você? Você tá toda arrumadinha, só umas falhas no pelo e você já é fracote?

Ela forçou o pescoço do cantor, ouvindo alguns estalos. Ele fechou os olhos brevemente, dizendo, em seguida:

— Não posso esquecer do urso velho de vocês. Sinceramente. Como ele consegue ser um líder tão ruim? Ah, mas eu tinha que guardar o melhor para o final, não é? — Ela pressionou mais. O Toy colocou as mãos em volta do braço da Old, inutilmente, mas não parou de falar — A raposa. Aquela maldita raposinha vermelha, que se acha tanto por ter quase me destruído. Eu vou fazer ele pagar.

— O jeito que vocês falam me irrita. — Thana falou, irritada.

Enquanto pressionava o corpo do outro contra a parede, utilizando a mão livre, a tigresa deu um forte soco no leão, que sentiu a mandíbula se movimentar, quase sendo arrancada. Ela o soltou, deixando-o cair no chão com um barulho alto, seu corpo retorcendo-se e estalando pelos danos internos. Ele falou algo que a tigresa não pôde compreender.

— Desculpa, acho que não te entendi. — Ela debochou, se aproximando devagar, apreciando cada momento daqueles preciosos segundos da impotência do toy.

— Filha da p... — a caixa de voz de Leonnard parou de funcionar por um momento, durante o xingamento. Um barulho de faíscas pode ser ouvido por ambos os robôs, que provocou um sorriso da old e um rugido de ódio do leão.

— Foi mais fácil do que eu esperava. — Ela começou a se afastar, preparando para dar um golpe potente.

— Não ackkkabooo--u.

Ele se levantou, cambaleando, e jogou o microfone no chão. Ele apertou algo em bem no centro da gravata.

Confusa, Thana olhou para o microfone que o leão tanto gostava e tinha acabado de jogar no chão. Nesse momento, uma gota de óleo caiu em frente ao microfone e ela levantou a cabeça. O sorriso sarcástico do Toy foi substituído por um sorriso largo e macabro — muito mais macabro por se originar de uma boca metálica, assim criando rachaduras na estrutura da mesma, apenas deixando o sorriso ainda pior —, que parecia fazer questão de mostrar o quão maiores os caninos do leão pareciam estar. Seus olhos, por sua vez, estavam quase totalmente pretos, se não fosse pelos pontos brancos no centro. Eram dos olhos que escorria o óleo, provocando uma imagem incomodante, pareciam lágrimas, mas bem escuras.

Akkcho que subestimei vok--ce. Não kké ekxatttaaaamen--tee a princesinha indekkkfesaaa que eu achhhavaa.

Thana, que até algum tempo atrás achava que tinha vencido, percebeu que a batalha estava só começando, ao ver aquela estranha situação em que se encontrava. Mas, apesar de não saber o que estava ocorrendo com Leonnard, ela não iria deixar aquilo sem resposta, então voltou a pose de combate. O Leonnard modificado não fez nada, apenas continuou parado, suas lágrimas de óleo pintando seu rosto de preto.

— Eu posso até perder. Mas admita, eu ferrei toda a sua vida no restaurante.

Iksso vai kser conseeertaaado em brekkvvvvve.

Ela investiu um golpe no Toy, que rapidamente desviou, derramando óleo por onde passasse.

Ela atacou com um chute enquanto que o Toy se sustentava, mas ele agilmente segurou o pé da Old. Ele girou o braço, derrubando facilmente tigresa, durante um rodopio, fazendo-a perder mais pelos e provocando faíscas ao cair. Forçando seu corpo ao máximo, Thana deu um forte impulso para trás, levantando e se livrando do braço do leão.

— Ao meknos vokk-- tem um poucooo de hon-honra e lukkkta de vooolta. Um dia, eu vou ckkontar essa história, e você vai ser lembraaaada por consekkguir revidar. — O que acabara de falar foi em direção a tigresa, que investia socos no leão. Ele, sem atacar, apenas desviava, sorrindo. Enquanto desviava, ele se aproximava dela, que apenas andava para trás. Ela percebeu a estratégia do mais novo, e quando estava prestes a encostar-se a parede, ela sentiu que não havia mais saída.

— Foi uuumma boa lukktaaa.

Ela bateu na parede com as costas, encarando-a assustada e ele sorriu.
Satisfeito pela batalha, o Toy deu um forte soco na barriga da tigresa, que sentiu o metal estalar e se curvar para dentro. Sem parar por um segundo, o leão continuou investindo socos e chutes na Old, que aos poucos começou a falhar. Seu braço foi esmagado, sua perna torcida, seu esqueleto interno foi pressionado para dentro.

Ele já sabia. Era só mais um soco.

E ela também. Foi nesse momento desesperado que Thana investiu toda e qualquer força que seu corpo velho tivesse em um soco bem dado na cabeça de Leonnard. Sem estar preparado para isso, o Toy recebeu o soco.

Ele foi lançado em uma mesa, quebrando-a em dois. No mesmo momento, os olhos do leão se apagaram e o óleo parou de escorrer.

Cambaleando, Thana se aproximou. Ele não estava desativado para sempre, mas estava desligado. Ela encarou o Toy, percebendo que alguns fios da mandíbula estavam para fora. A juba estava amassada em diversos pontos, assim como a barriga do robô, tendo uma fenda que mostrava o endosqueleto. Sua mandíbula estava jogada para dentro, assim como alguns dentes estavam faltando. O exoesqueleto dos braços estava rachado, em consequências dos golpes múltiplos e com força.

Finalmente, ela parou para avaliar a própria condição. Um dos olhos parara de funcionar, a mandíbula estava caída, o metal da barriga amassado e no mesmo ponto, o endoesqueleto estava totalmente exposto. Sua mão esquerda estava esmagada, com uma série de fios para fora, completamente queimados pelo curto-circuito. Provavelmente nunca mais funcionaria.

Cansada da luta, Thana se sentou, apoiada na parede, e o olho restante se apagou, mostrando o final da bateria da Old.

1 Hora, 17 Minutos e 42 Segundos Restantes

Corredor — 4 AM

Lya levantou os olhos para seu agressor.

O corpo enorme, rasgado, apodrecido e enferrujado pelo tempo era ameaçador. Estava de costas para a gata robótica, segurando com força e raiva Toy Freddy, que estava jogado contra a parede. Balloon Boy e Len estavam jogados no chão, desligados, enquanto Lya apenas conseguia se manter ligada por alguma maré de sorte. Ela estava quieta, apenas ouvindo a curta conversa do urso com o tal de Forgotten/Plasma. Ela apenas viu o monstro robótico liberar o corpo de Toy Freddy, derrubando-o no chão e se virando para a Área Principal. Ele foi em direção às lutas, ignorando-a e os dois robôs desligados ao seu lado.

Lya colocou as mãos no chão, forçando-as para se levantar. Com estalos de metal, Lya conseguiu firmar-se completamente no chão. Seu corpo estava um pouco amassado e parecia mais difícil de se movimentar que o comum, talvez pela situação de estar quase que desistindo de sua iniciativa para impedir toda essa loucura, ela já estava se acostumando com a situação. Primeiro, um monstro feito de escuridão sequestrou ela, Mangle e BB, querendo destruir o toy, além de por algum motivo querer a localização da Sala Secreta que ela também não fazia ideia de onde era, já que apenas conseguira sair de lá pelo Porão.

Abaixou-se para ficar perto de Balloon Boy, balançando-o, numa inútil tentativa de ligá-lo. Olhou para o robô, sentindo um vazio ao visualizar o estado do tão amado toy.

A cobertura de plástico estava rachado em dezenas de lugares, rachaduras grandes e pequenas tomavam conta da estrutura do robô. Sua placa estava lascada e a tinta simplesmente desaparecera, deixando apenas a letra B e um pouco dos O’s. O endoesqueleto do pé direito estava visível, apesar da cobertura de plástico ainda poder ser vista, quebrada e destruída, mas visível. O que era mais estranho era que o balão onipresente do pequeno estava quase intacto, apesar de poder ser visto rachaduras na estrutura do mesmo.

— Balloon? — Chamou o garotinho robótico. — Você está bem? Ligue logo, criatura!

Seu grito pareceu ter funcionado, já que foi só ter terminado de gritar que o garoto abriu os olhos, semicerrando-os, e tentou se levantar em seguida. Ele olhou em volta, ainda tendo seus sistemas inicializando, já que dava para perceber que o robô estava mais lento que o normal.

— Tudo bem com você, BB? — Questionou a old, que esperou calmamente ele conseguir se ligar completamente.

— A-acho q-que sim. Esse golpe foi demais para meus sistemas internos. Está demorando mais do que o normal para eu me inicializar por completo. Falando nisso, o que foi aquilo?

— Um old, pelos danos e pela estrutura do corpo. Mas eu nunca vi um desse tipo, ele parecia uma versão em branco dos outros, acho que algum tipo de protótipo. Ele se chamou de Forgotten, mas Toy Freddy antes de se desligar o chamou de Plasma.

— Plasma... — BB pareceu pensativo, mas talvez fosse impressão dela, era muito mais difícil entender o que se passava nos outros animatronics do que com humanos. — Não reconheço esse nome. Talvez tenha sido um animatronic original ou springlock. Não sei bem, mas deve ter estado aqui antes de mim, ou participado da Primeira Guerra Toy-Old, para Toy Freddy o reconhecer.

Eles ficaram um tempo em silêncio, mas logo a falta de som foi coberta por sons de passos humanos. Assustados, ambos se deitaram no chão e se fingiram de desligados, Lya espiando através de uma pequena abertura nos globos oculares. Logo, uma figura humanoide e coberta por um casaco roxo surgiu em sua visão, se arrastando e olhando em volta, seu rosto coberto por um capuz vindo do casaco.

— Forgotten conseguiu mesmo desligar esses animatroniczinhos, até que não foi uma perda de tempo. Mas pelo que Rw falou, ele vai tentar se livrar da Marionette, e nesse momento eu vou atrás da Sala Secreta, para encontrar aquela roupa e, talvez, achar o inimigo do Chefe de Rw.

A figura se ergueu e foi em direção à porta, mas parou. Lya sentiu o metal estalar, o que fez com que a figura virar-se para encará-los. Lya sentiu o corpo gelar, ao ver o rosto da figura. Como aquilo era possível?

— Balloon Boy e Lya. Que surpresa! Parece que Forgotten não foi tão eficaz como queria. — Seus olhos púrpuros brilharam em fascínio — Acho que não preciso me apresentar, mas acho que devem estar em dúvida. Então, sim, eu sou Purple Guy.

Dando uma maléfica risada, saiu do corredor. Deixando-os a sós, mas fazendo Lya tremer. Nunca vira algo assim naquele rosto. Ao seu lado, Balloon Boy abriu os olhos, em fúria, dizendo a mesma coisa que estava em sua cabeça:

Eu vou te pegar, Fritz Smith.

1 Hora, 12 Minutos e 33 Segundos Restantes

Kid’s Cove — 4 AM

Mangle sentiu o metal de seu corpo destroçado quase quebrado estalar.

Sem crianças ou animatronics, a Kid’s Cove parecia quase parte de um prédio abandonado. Partes de seu corpo estavam jogadas pela sala inteira, enquanto um olho extra parecia paranormalmente encarando-a e analisando-a. Uma das paredes estava quase que apodrecida, rachaduras e ranhuras ocupavam a parede que era repleta de cimento seco, uma camada extra em boa parte da mesma. Mangle passara os últimos minutos parada analisando a parede, por puro tédio. Sua cabeça extra estava se mantendo desligada por alguma razão desconhecida para si. Ela estava se sentindo solitária, mas a ausência de animatronics que não estavam lutando, de alguma forma, deixava tudo ainda mais sinistro e desencorajador. Uma presença deixou-a alerta.

— Olá Mangle.

— Rw.

— Boas notícias, Forgotten está indo atrás de Marionette. Toy Chica está cooperando em deter os rebeldes que se recusam a lutar. Os olds e toys estão se espancando até a destruição. Acho que o plano de Sombra está se concretizando. Agora é só esperar ver Marionette sucumbindo e conquistaremos o que é nosso por direito.

— Para que isso, Rw? — Mangle questionou a figura. — Destruir os animatronics? Acabar conosco? Para quê?

— Mangle, Mangle, Mangle. Tem muito mais em jogo do que simplesmente uma guerrazinha de destruídos contra novos. Há uma trama oculta, uma conspiração, Toy Foxy. Estamos planejando mudar tudo, nos liberar dessa maldita consequência de uma vingança da Marionette. Sombra sabe o que faremos. Iremos libertas os outros de nós, mas para isso iremos acabar com Marionette. Forgotten irá ser uma ferramenta para destruirmos-a.

— Por que está contando isso a mim? — Questionou.

— Por que eu contei a Toy Chica, e ela se juntou a nós deliberadamente... Bem, a parte pior dela se juntou a nós. E espero que você também se junte a nós, Destroço.

— O que ganharei com isso?

Rw sorriu, a cor branca contrastando com a negra. Mangle sentiu algo estranho dentro de si, não sabia o que.

— Ora, minha cara raposa, além de vingança, um novo e melhorado corpo.

Sentiu algo estranho, era uma boa ideia? Você sabe que sim. Todos veem você como uma coisa destroçada. Seu próprio nome significa destroço! Você quer isso, não quer? Vingança? Um corpo melhor e mais forte? Mangle sorriu. Seu corpo estalou, faíscas iluminando o rosto de Rw, mostrando uma forma parecida com a de Toy Bonnie, mas negra e feita de escuridão.

— Sim, Rw. Eu quero, almejo por isso.

Continua em Marionette VS Plasma...