(Leiam as Notas Iniciais! É importante!)

Capítulo 22 — Antes da Guerra

Area Principal — 11 PM

Mike odiava quando o deixavam na mão.Estava há horas esperando Charles Fazbear — O dono da pizzaria de maior sucesso dos últimos anos — e nada de aparecer, saíra por horas (Aguardava como uma criança a ligação em seu iPhone, mas ninguém precisa saber disso) e voltara à pizzaria. Nenhum sinal do Senhor Fazbear.

Depois de um tempo, porém, desistiu de espera-lo. Agora estava sentado no chão da Game Area, com os olhos azuis fechadas, a respiração tranquila e as mãos apoiadas ao lado do corpo, os ouvidos atentos a qualquer barulho do recinto.

Ele dormiu? — Ouviu um sussurro, baixo.

Abriu os olhos instintivamente e deu uma rápida olhada no lugar; sem sinal de humanidade, os animatronics desligados e os clientes já embora. Além dele, só Fritz Smith e Jeremy Fitzgerald, ambos nas Party Room.

— Alguém está ai? — Questionou, olhando para os animatronics.

Balloon Boy, com seu costumeiro sorriso, parado e estendendo seu balão, ao lado a leoa Alice, parada e desligada, junto com Clara, a coelha e Jordan, o lobo. Todos em suas posições que Mike vira antes de sentar-se no chão. Não parecia que haviam mexido, ou algo parecido. Não vire seu pai, Mike.Repreendeu-se, ele nãoficara louco, porém, ouvira sim um barulho estranho. Ouvira. Um. Sussurro. Levantou-se e procurou, nada. Saiu da Game Area, testa franzida, procurando um ser humano.

— Mike! — Gritou Jeremy, adentrando o salão. — Graças a Deus! Vamos, temos que ir!

— Por quê? — Questionou com uma sobrancelha arqueada.

— Porque a pizzaria vai fechar e você não vai querer ficar aqui à noite.

Parts & Service — 11 PM

Thana estava ansiosa — mais que o normal.Era uma das regras básicas — uma das únicas aplicadas tanto a Olds quanto a Toys — que era proibidomover-se ou sair da Parts & Service antes da meia-noite. Se havia alguém que desrespeitara à essa regra? Sim. Já houve animatronics que burlaram a Regra Principal, junto com a segunda - evitar contato com os carne-e-osso. Thana, porém, estava ansiosa, andando de um lado para o outro e encarando os outros animatronics; Hunter, este sentado com o olhar vago e fazendo desenhos com o dedo no chão; Drack, em pé e fazendo desenhos na parede com seu gancho dourado; Lya caída e com a cabeça tombada para o lado, parecendo concentrada em algo; Bonnie, caído, com os olhos — pontos vermelhos brilhantes — desligados.

— Que horas são? — Questionou Skar, bufando, que estava em pé.

— Onze horas — Respondeu Drack, sustentando o olhar do escorpião.

— Podemos sair daqui? — Questionou Thana.

— Não. — Seco, respondeu Old Freddy.

— Por quê? — Questionou Hunter levantando-se. — Hein Freddy, por quê?

— Porque é uma regra. E pode ser que tenha mais carne-e-osso, além de Jeremy, claro que não sabem que andamos a noite. — Falou Freddy — Como o Fritz.

— Quem é Fritz? — Questionou Lya.

— É-éé ohhhooo ckkkeerrrrrreeennnntyyye. — Disse Bonnie.

— “É o gerente” — Traduziu Thana.

— Ah... — Falou Lya, olhando para Bonnie e voltando o olhar para Old Freddy. — Quando vamos sair daqui?

O barulho da meia-noite retumbou pelo salão, e Freddy riu.

— Agora.

Sótão — 12 AM

O homem bufou e colocou as mãos no rosto.Estava à duas horas tentando reativar o animatronic destroçado, sem sucesso. Era desgastante, e o maldito ser das sombras não cooperava. “Estou aqui apenas para observar, se você não vai fazer besteira”. Quem ele pensa que é?A raiva subia a cabeça do humano. Era irritante não conseguir fazer o robô funcionar. Era impossível!Suspirou e analisou os fios, tomando cuidado para não rasgar ainda mais... Rasgar... Rasgados... Concertar... Solda... É isso!Agarrou o fio solto, juntou e pegou a solda. Com cuidado, ligou, as faísca iluminando o rosto do homem, e juntou. Agarrou a placa-mãe, juntou com o fio recém-soldado e ligou na placa.

Um barulho de faíscas no metal ecoou no sótão, e o humano caiu no chão, sorrindo. O robô emitiu um barulho de sibilos, ligando-se, o ser abriu os olhos, e suas mãos agarraram o ar. O animatronic parou, estreitando os globos oculares e achou o humano no chão. Foi até ele, levantando-o e jogando na parede. O homem, porém, ao invés de estar com medo, sorria.

Quem é v-você?— Questionou, jogando o corpo do homem ainda mais contra a parede. O homem riu.

— Não é importante agora, The Forgotten.

— Do que você me chamou? — Questionou, rangendo os dentes.

Forgotten.Seu novo título sabe? Seu código.Agora...

Duas mãos agarraram o animatronic que foi levado para trás, debateu-se, e um rosto surgiu, rindo. Forgotten olhou com os olhos arregalados, e os dentes rangendo.

— Pela primeira vez, você fez algo que eu gostei, Carne-e-Osso!— Disse o ser, ainda agarrado a Forgotten. — É o seguinte, animatronic. Meu Chefe quer você para algo, que eu não sei. Ele diz que você aceitaria isso de imediato se eu falasse o que você tem que fazer.

— E o que é? — Questionou. O humano riu, aproximando-se, seus olhos brilhando.

Matar Marionette.

Prize Corner — 1 AM

Marionette espreguiçou-se, saindo da caixa.Ela estava, pela primeira vez, feliz por algo; feliz por entrar numa guerra, que há anos todos evitavam. Inclusive Puppet.Pensou. Sustentou o olhar e viu-se parada encarando um urso marrom, com gravata-borboleta, encarando-a com curiosidade.

— Puppet?

Riu, Toy Freddy franziu o cenho, e encarou a fantoche.

— Marionette.

Toy Freddy arregalou os olhos, traduzindo a única palavra proferida pela Animatronic. Quando chegou em si, suspirou e agarrou com força o microfone.

— Desde quando?

— Antes de eu destruir o Old imprestável. — Resmungou e encarou Freddy, como se a desafiasse a parar de xingar o outro grupo de robôs. Toy Freddy, porém, apenas assentiu.

— Entendo... A caixa de música foi desligada?

— Sim. E a Guerra? — Questionou. O resmungo e o suspiro mostravam que o urso não estava tão entusiasmado quanto Marionette.

— Os Toys bem, acho que alguns não querem guerrear. Não estão desconfiados que os Olds são maus.

Marionette bufou. E jogou a cabeça para trás, pensando. Sorriu, então, e encarou o urso.

— Preciso da sua ajuda. Mas será necessário que guarde segredo, senão nósseremos os alvos dos dois lados da guerra.

— Por que faria isso, Marionette?— Questionou, a sobrancelha robótica levantada.

Ela riu.

Ele, talvez, se lembra, ou esqueceu do que houve?

Toy Freddy rangeu os dentes, talvez se lembrando do Toy.

Qual é o plano?

Área Principal — 1 AM

Balloon Boy estava desconfiado.Sentia a tensão no ar. Os Toys por todos os lados, andando, sussurrando e olhando para a porta do corredor, onde a Parts & Service ficava, imaginando quando os Olds sairiam e os atacariam. Ele já estava cansado disso. Saiu da Game Area e foi em direção ao corredor, algumas conversas pararam e todos encararam o garotinho. Ele ignorou e saiu pelo corredor, parando quando viu duas figuras conversando. Uma gata e um lobo conversavam. BB aproximou-se, temeroso, sabendo que eram Olds pela aparência maltrapilha. Os dois pareciam temerosos, olhando para o Office — Onde duas garotas sussurravam, olhando no Tablet. Claramente seguranças, pensou. Parou e prestou atenção nos sussurros.

— Você está doida Lya?! Você ouviu Freddy! Você viu o que fizeram com Bonnie e Chica! Eles os destruíram.— Trovejou o lobo.

— Mas e daí? São erros do passado! E se eles se arrependeram? — Disse a gata, Lya, encarando com raiva o lobo.

— Eles nãose arrependeram, você ouviu Toy Freddy. Eles querem guerrear, querem nos destruir. Vocêouviu. — O lobo disse, porém, Lya bufou, encarando o lobo.

— Sai daqui, então, Hunter.Eu... Eu quero pensar.

— Pense então, Lya. Mas se lembre; se não estiver do nosso lado, é inimiga. Pronta para arcar com as consequências, Lya?

— Sim.

Hunter voltou a Parts & Service, enquanto Balloon Boy, discretamente, entrava no corredor, se aproximando de Lya. A gata não percebera a presença do Toy até o mesmo sussurrar:

— Você está bem?

Lya pulou de susto e encarou Balloon Boy, o garotinho encolheu-se, envergonhado.

— Quem é você? — Questionou.

— Receio que você não me conheça por eu ser um Toy — Respirou fundo — Sou Balloon Boy, prazer — Estendeu a mão com o balão.

Lya suspirou e sorriu, estendendo e apertando a mão do Toy.

— É um prazer, sou Lya.

Balloon Boy riu, aliviando a tensão. Lya sorriu, analisando o robô.

— Eu... — balbuciou — Me desculpe, mas ouvi a conversa com o outro... Hunter não é? Posso perguntar o motivo da briga?

Ela analisou o animatronic por um segundo, para depois responder:

— Tudo bem, é só que... Não acho que deveríamos, sabe, brigar.

— Concordo. É que... Os Toys, principalmente Freddy, tem seus motivos para odiar os Olds, e vice-versa. Acho... Que a chegada de vocês só adiantou algo que um dia ou outro aconteceria. Seria cedo ou tarde. Só que, graças a vocês, foi mais cedo.

— Eu sei é só que... — Gritou, batendo na parede, Balloon Boy assustou-se indo para trás — É frustrante saber que não dá para parar com isso. Ninguémquer lutar contra a Guerra.

— Não exatamente. — Disse BB.

— Como assim? — Questionou Lya, curiosa.

— Nós dois, por exemplo, queremos que a guerra pare; duvido muito que ninguémacha isso também. Não vamos nos expor, mas tenho uma ideia.

— O que, exatamente o senhor pensa?

— Bem, primeiro, não me chame de tratamentos de humanos, é no minimo, assustador — riram —, e segundo, acho que podemos fazer um Terceiro Grupo. Um Grupo contra a Guerra.

— Rebeldes? — Questionou, rindo.

— Quase isso.

Continua...