Capítulo 13 – Preocupações.

Porão/Parts & Service – 10 AM

–Mas, quem vai ficar para pegar Hunter? – Thana questionou.

Todos estavam preocupados. O silêncio era perturbador. Ninguém se atrevia a dizer nada, o único barulho era os gritos das crianças através da porta do Parts & Service. Freddy mexeu-se desconfortado, sabia que não deveria dizer nada, apenas quem estivesse no porão podia impedir tudo isso, e ele se sentiu aliviado por não estar ali em baixo. Thana olhou para Freddy, com raiva da cara dele, não sabia os seus pensamentos, mas não deveriam ser bons. Olhou para Foxy, este que parecia preocupado, olhando para Bonnie, no fundo do porão. Thana olhou para baixo, quando uma voz saiu de trás dela, deixando-a com raiva e preocupada.

–Nenhum voluntário? – Freddy questionou.

Skar fechou os olhos, e encarou o monte de destruição. Vendo fios saindo por entre os destroços. Ele desejaria salva-lo... Mas não tinha a coragem. Era necessário mesmo? Era a única maneira? Sabia que sim, parecia que Hunter era o único que ainda segurava a saída deles Tentaria salva-lo.

Minnie estava triste, como conseguir tirar Hunter dali, e ela podia salva-lo apenas tinha que joga-lo... Mas ela era fraca. Mas tinha esperança. Podia retira-lo de dentro do monte de cimento, pedras, caixas, e outros destroços, que o prendia ali, no chão... Sujeito a ficar preso pela eternidade. Minnie tinha que salvar Hunter, era o único jeito de mostrar que era corajosa.

Lya tinha uma ideia de quem poderia tira-lo dali. Ela podia salvar Hunter... Podia ajuda-lo, mostrar sua prestatividade, sentia-se sozinho, presa e isolada no porão, depois de sair da solidão de sua “casa” a sala secreta... Era o único modo. Só ela podia salvar o lobo.

Drack sentia-se culpado, fora ideia dele fazer Hunter subir a torre, era culpa dele que Hunter estava preso embaixo da pilha de destroços, impedido de se mexer e sair de sua prisão... Criada por Drack. Ele tinha que salvar o lobo. Não o conhecia... Mas tinha a obrigação de retira-lo de lá... Mesmo que tivesse de ficar a eternidade no Porão.

Bonnie não tinha ideia do que fazer. A ideia era dele, era ele quem devia a por em prática. Mas sua situação não ajudava as circunstâncias atuais. Sem um braço, sua perna dolorida... Não fora ele que os deixou cair quando tentaram sair pela primeira vez? Não fora ele que atraíra Lya a bater nos outros animatronics do porão? Bonnie tinha uma nova ideia para ele poder salvar Hunter...

Porém, antes que qualquer um se oferecesse uma voz saiu de uma boca metálica:

–Eu vou tira-lo daqui.

Lugar Desconhecido, Freddy Fazbear’s Pizza – 10 AM

O ser estava quieto na escuridão, pensando na guerra que estava por vir, e achando engraçado a situação ocorrendo no porão, mas ele tinha que aparecer para sua diversão ser estragada.

–Olá! Feliz por me incomodar? – Questionou, encarando o recém-chegado.

–Sim meu caro. – Disse, encarando o ser à sua frente. Tinha um ar de superior na aparência – Soube das novidades?

–Qual delas? Hoje em dia há muitas. – Sorriu, olhando para o teto, e voltou o olhar para o que estava à sua frente.

–Simples, o Porão. – Encarou-o, atrevido.

–Sobre qual das novidades do Porão? – Questionou, sustentando o olhar lançado pelo outro.

–A do lobo.

Hunter? Ele não é assim “Novidade”.

–Sua situação atual... – Falou, encarando o ser camuflado na escuridão.

–Preso? Ah sim, e é engraçado não? Nem espera a guerra... Para já ter tragédias. – Disse, rindo.

–Você sabe tanto quanto eu que este desastre é fichinha para o que está por vir...

–Ah sim, meu caro, ah sim... A Guerra é um belo entretenimento.

Game Area – 10 AM

Balloon Boy olhou discretamente para trás, novamente. Jeremy estava como segurança, circulando a área principal... E Balloon Boy queria que viesse logo para a Game Area. Voltou à atenção para a criança, entregando o balão azul atrás dele. O garoto gritou de felicidade, abraçou o animatronic – Tomando cuidado para o recém-recebido balão não estourar – e saiu correndo para Clara.

–Olá Balloon Boy – Um sussurro vindo de trás do animatronic o fez olhar, achando Jeremy Fitzgerald encarando-o, sorridente. – Volte o olhar para as crianças.

–Não precisa – Disse BB, sustentando o olhar e o sorriso do humano. – As crianças estão mais entretidas com os novos animatronics. – Riu fraco, mas não era de raiva, mas sim de alegria.

–Tudo bem então... – Disse o funcionário. Encarando o robô. – Como está o dia?

–Ensolarado? – Arriscou.

–É sério Balloon Boy – Disse, mas seu tom de voz era de diversão.

–Tudo bem. Só algumas pilhas reanimariam meu humor... – Sua voz foi falhando, em tom de tristeza.

–Qual é desta sua mania de pilhas? – Perguntou Jeremy, encarando o garoto dos balões.

–Lembranças... – Disse, com um tom de remorso e tristeza, deixando sua voz a ficar vazia.

–BRALHON BUOY! – Uma garotinha de alguns anos gritou, correndo até o garoto dos balões. Este que voltou a atenção para ela, e entregou um dos balões atrás dele. Sem perceber, porém, Jeremy saia, de fininho, sabendo que tocara numa parte frágil do animatronic. Sem saber o porquê da pergunta ser tão ruim...

Balloon Boy entregou o balão, e ia falar com Jeremy, quando percebeu que saíra, e deixara uma pilha onde antes estava. Feliz, agarrou a pilha.

Sala de Segurança – 11 AM

Emily suspirou, encarando Anne. Não sabia por qual o motivo de só naquele dia o emprego fora entregue a elas. Era uma coisa estranha, ela estava muito desconfiada daquela atual e desconfortante situação.

–O que é isso? – Anne tirou uma caixa de baixo da mesa, e abriu-a, olhando para dentro.

–Uma lanterna, um tablet, um pedaço de papel e uma máscara? – Emily citou os objetos, e agarrou o pedaço de papel jogado acima do tablet, abriu e leu.

“Olá, bem-vindo ao seu novo emprego! A lanterna é necessária para iluminar o corredor, à noite, durante seu turno! A máscara, bem, é uma precaução – algo que será especificado à meia-noite, com a ligação de um dos nossos funcionários... o tablet é único, com tecnologia de ponta. Ele só tem um aplicativo: o das câmeras, que está ligado aos sistemas internos da pizzaria, tenha apenas um pequeno problema, o sistema de horas do tablet só mostra as horas, não minutos, e nem segundos, é por causa da memória do tablet. Ele mostra o mapa da pizzaria, e tem um mecanismo de luz, onde apenas aperta um botão e as luzes conectadas às câmeras se acenderão. A lanterna tem energia limitada. Então economize. Bem, até à noite.”

–Nossa... É bem, acho que teremos que esperar a ligação às doze horas, para saber sobre, bem, isso. – Disse Anne levantando a máscara de urso, analisando-a.

–Então como acha que vamos nos sair no nosso turno? – Emily questionou, franzindo o cenho.

–Espero que não haja nenhum acidente, ou algo parecido.

Continua...