Franklin

How Did We Get Here?


-Vovô!- larguei as minha malas e corri pro braço do meu avô.

Desde a morte de meu pai eu não voltava mais a Franklin, pois sempre minha mãe não tinha tempo o suficiente. Fazia muito tempo que eu não via meus avôs, sentia suadades deles, e principalmente de meu pai, que nunca esteve comigo.

-Como você cresceu minha querida.- meu avô me colocou no chão- sinto muito pelo o que aconteceu com a sua mãe, ela era uma mulher incrível.

-Eu sei- segurei minhas lágrimas- será que o senhor ainda tem disposição pra pegar as malas?

-Tenho sim, sou velho mais não sou preguiçoso.

Meu avô saiu e eu fui comprimentar a minha avó, parecia que eles não mudavam sempre com um visual bonito e a alma rejuvenescida.

-Oi vovó.- dei um beijo em seu rosto.

-Olá Angel, meus pêsames pela sua mãe.

-Tudo bem vó, ela está em um lugar melhor agora.

-Como foi a sua viagem?

-Cansativa, ainda estou cansada.

-Então vamos para casa, assim você toma um banho e descansa pois amanhã tem aula.

-Tudo bem- me levantei e fomos para o carro.

Todo ano eles trocavam de carro, esse ano haviam pego uma BMW. Meus avôs tinham dinheiro, podiam ir morar em qualquer cidade, mas preferiam morar no Tennessee.

-Nós arrumamos o quarto especialmente pra você, seu avô passou a oite inteira reformando ele e compramos móveis novos. -Vovó comentou a caminho de casa

-Não precisava. Pra mim se tiver uma cama já está ótima.

-Mas você merece, é uma neta e filha maravilhosa.

-Obrigada, Obrigada por tudo que estão fazendo por mim.

-Você merece querida- vovô disse alegre.

A casa estava muito diferente, maior e mais bonita. Eles haviam reformado, só podia. Na entrada haviam árvores grandes e bonitas e o jardim estava cheio de rosas, tulipas e petunias.Além disso eles haviam colocado uma piscina no jardim da frente e uma térmica nos fundos da casa.

-Angel?- vovó me chamou- você me escutou?

-Não, desculpe.

-Tudo bem, venha, vou te levar ao seu quarto.

Subimos a escada e o último quarto do corredor me pertencia agora. O quarto era uma suíte com a cor rosa bebê, com cortinas brancas e movéis brancos.Em uma canto havia um sofá e do lado um pufe com uma televisão de tela plana na parede. Ainda havia um closet enorme com três guarda-roupas e duas sapateiras. No banheiro havia uma banheira antiga, muita linda e arranjos de violetas em cima da pia. As toalhas eras roxas e tinham um espelho enorme na parede.

-Nossa, obrigada, o quarto é lindo!-abracei minha vó e lhe dei um beijo estalado.

-De nada querida, agora vou lhe deixar arrumando as coisas e quando for sete horas venha jantar, vamos ter lasanha.

-A minha preferida!

-Eu sei, por isso eu mandei Maria preparar.

-Obrigada vó.

Peguei as malas e levei para o Closet. Organizei, um guarda roupa para as calças, shorts e saias, outro para blusas, outro para vestidos e outro para casacos. Ficaram praticamente vazio mas tudo estava organizado.

Nas sapateiras uma ficou para os sapatos sociais e os outros para o dia-a-dia. Peguei um moletom grande e um shorts e fui tomar banho. Minha vó havia enchido a banheira e colocado os sais de banho e as essências para mim relaxar.

Tirei a roupa e fiquei lá, quase uma hora, aquilo me relaxava tanto. Saí do banho e esvaziei a banheira. Me troquei e arrumei o cabelo.

Me sentei no sofá e liguei a TV, fiquei assistindo a um filme de romance.

-Ora, a princesinha já chegou?- eu conhecia aquela voz, aquela voz que me incomodou quando eu era criança.

-Patrcik.- virei os olhos e voltei minha atenção ao filme.

-Angellica. Como foi a viajem?

-O que lhe interesa?

-Nossa, só estava tentando puxar conversa, mas parece que você não mudou nada, continua a mesma chata de antes.

-Cai fora seu idiota- lhe taquei a almofada, mas ele fechou a porta.

Patrick era meu primo, meus tios haviam deixado ele com meus avôs quando ele ainda era bebê e foram embora, desde então são eles que criam essa criatura. Ele sempre avacalhava comigo quado criança e sempre achava que podia mandar em mim.

Já eram 7 horas, desliguei a televisão e desci para jantar. O ambiente da sala de jantar era grande, tiha um lustre de cristal em cima da mesa. Meus avôs gostavam de fazer as refeições em silêncio, e eu respeitava isso, e ao mesmo tempo era assustador. Terminei meu jantar e subi para o quarto.

Coloquei meu pijama e fui dar boa noite aos meus avôs e subi para me deitar. O dia foi cansativo e amanhã seria mais aida pois havia escola.