Franklin

Acordando pra vida.


Eu abri meus olhos. Estava difícl me acostumar com a luz que vinha na minha direção. Eu senti algo na minha mão. Abri devagar os meus olhos e olhei,vi um vulto na minha frente, a visão tava ruim ainda, mais eu não consegui ver quem era,só sentia alguma coisa gelada pingando na minha mão a cada segundo.

Um tempo depois eu consegui enxergar quem estava na minha frente. Era a minha tia Margareth, ela estava chorando não sei o porque.

-Ti-i-a?- disse com a voz fraca.

Ela olhou pra mim surpresa depois me abraçou e começou a chorar.

-O que houve? Onde a gente tá?- Olhei pro lado pra ver se conseguia identificar onde eu estava,mas não reconheci olocoal,porque não era a minha casa nem a casa da minha tia.

Minha tia não me respondeu,continuou chorando e me abraçando. Aí eu olhei pro lado e vi um aparelho de hospital e um soro. Eu estava em um hospital.

-O que eu faço em um hospital? O que deu?- olhei confusa pro soro que estava injetado na minha veia- Cadê a mamãe?

Minha tia me largou e ficou me olhando com uma cara horrível, ela estava tentando parar de chorar,mas não conseguiu.

-Fala tia, cadê a mamãe?

-A-a-a-h que-r-ri-d-a-a.- Ela falou soluçando. Ela parou por um momento e respirou fundo.- Eu não quero te preocupar,mas infelizmente alguém vai ter que te dar essa notícia.Sua mãe, ela... sofreu um acidente.

-E onde ela tá agora?-Fiquei preocupada.

-Infelizmente,não está mais entre nós.- então ela colocou as mãos no rosto e começou a chorar.

Eu paralisei.Como assim? Minha mãe não está mais entre nós? Então quer dizer que ela tá.. tá morta. Eu pude sentir meus olhos ficarem cheio de água e começarem a ferver.Eu não aguentei e comecei a chorar.

-Ma-ma-mamãe está morta?- Perguntei pra minha tia

Ela balançou a cabeça com um sinal de sim.

-Como isso foi acontecer com ela?

-Bem,no dia que você foi na festa do seu amigo, ela te ligou que ia te buscar certo?- Balancei a cabeça com um sim- No caminho um caminhão perdeu o controle e acabou batendo no carro da sua mãe. O estrago foi enorme, tão enorme que a sua mãe faleceu.

Eu não falei nada,só fiquei lá, imaginando a cena do dia que isso aconteceu com a sua mãe.

-Mas o que eu faço no hospital?

-Eu não sei o que acontece com você. Sua amiga que vocês estavam dançando calmamente e do nada você desmaiou e não acordou mais. Depois eles ligaram pra uma ambulância que foram te buscar. Mas você não desmaiou apenas, você entrou em coma.

-Então, quanto tempo eu estou aqui?

-A 5 dias. Eu fiquei todo dia com você,cuidando de você e rezando pra que você voltasse.

Eu me deitei de volta e comecei a chorar. Sabe aquele momento que você sente que sua alma foi embora? Eu estava me sentindo assim, sem alma.

-Bem, creio que amanhã você já recebe alta. Então descanse ainda temos que arrumar suas malas pra você ir.

-Ir aonde?- eu fiquei espantada.

-Ah, bem, você vai ter que ir morar com os seus avôs em Franklin.

-Como que é?!?!?!?

-Você vai ter que morar com seus avôs em Franklin.- Repetiu a minha tia bem devagar dessa vez.

-Porque?Poruqe eu não posso morar com você?

-Desculpa, mas não pode, eu nunca estou em casa e sempre estou viajando por conta das matérias do jornal.

-Mas aqui em tenho minhas amigas e minhas festas. Porque tia?

-Ou era em Franklin ou no Brasil com a sua irmã.

Brasil, eca.Tinha ido uma vez com a minha mãe visitar a minha irmã, já foi o suficiente, pra lá eu não volto.

-Tudo bem,eu vou pra Franklin, mas tem certeza?

-Bem, ou Brasil,ou Franklin ou em alguma rede de adoção.

-Merda!

-Não fale assim mocinha! Vai, durma,amanhã já temos que arrumar as coisas.

Voltei a me deitar e dormi um leve sono.