Four and Four - Steps of Tomorrow

Capítulo 14 - Labyrinths ... Without outlet ...


Pov Bryan

Dor...

Uma incontrolável dor me dilacerava desde o peito e se estendia por todas as partes do meu ser...

A culpa era minha pior inimiga. Ela multiplicava aquela dor em um nível que eu pensava ser inexistente!

Sabia que era tudo um sonho...

Mas não conseguia controlá-lo...

Pois a única coisa que estava o controlando, eram as minhas lembranças daquele momento...

O pior momento da minha vida!

– Qual é o problema de vocês? – ouvi gritos enquanto uma mão me empurrava da cama e eu ia ao encontro do chão.

– Vocês têm mesmo problemas em deixar a gente dormir, né? – gritou Cebola se levantando do chão.

– Quieto, cabelo espetado! – gritou Lili atirando a faca na direção dele. – Não tô com paciência para as suas ironias!

Respirei ofegante ainda no chão, não prestei atenção na discussão que se seguiu entre Lili e Cebola... Nem com o fato de ela pegar um lençol, torce-lo e sair chicoteando ele...

Me sentei e fitei o chão fechando os olhos e tentando esquecer o sonho. Mas se você já tentou fazer isso, deve saber que se você teve um sonho ruim ou um pesadelo, não deve fechar os olhos! Principalmente se você acordou no meio desse sonho.

O motivo?

As memórias desse sonho ainda estão frescas e fechar os olhos vai fazê-las vir à tona!

Continuei respirando ofegante até que tive a estranha sensação de estar sendo observado.

Quando olho para trás me deparo com Bia me encarando. Me apoio nas palmas das mãos e ela vem ao meu encontro.

– Você tá bem?

– Claro! – respondo com um sorriso.

Ela devolve com um sorriso fraco e se levanta.

– Nesse caso... – ela faz uma pausa. – QUAL O PROBLEMA DE VOCÊS? LERDEZA OU BURRICE?

– Por que vocês estão agindo desse jeito? – perguntou Cebola.

– Eu posso esganar ele? – perguntou Lili com raiva.

– A culpa não será minha...

Antes que Bia terminasse a frase ela já estava sentada em cima dele, no chão, puxando o seu cabelo.

– Definitivamente seu problema é burrice crônica! – ela gritou puxando o cabelo dele ainda mais forte enquanto ele gritava de dor.

– Lili! – repreendeu Bia. – Sai de cima dele.

– Mas...

Bia a fuzilou e ela se afastou. Mas não antes de hesitar e lançar um olhar mortal para Cebola.

– O que está acontecendo? – perguntou Merida entrando no dormitório ainda esfregando os olhos.

– Que barulheira é essa? – perguntou Punzie.

Quando elas levantaram a cabeça coraram imediatamente – coisa raríssima de se ver! Levando em consideração que era a Merida. Não tinha entendido o porque, mas entendi assim que me levantei e olhei para a direita. Jack, Willbur e Soluço estavam sem camisa.

– Haja paciência! – bufou Bia andando até uma gaveta e pegando algumas roupas. – Vistam isso agora! – ela gritou e eles vestiram a blusa, mas deixaram a calça.

– Agora é sério! – chamou Vi. – Porque todo esse barulho às 6 horas?

– Seis?! – gritamos incrédulos.

Elas encararam a gente como se tivéssemos feito a coisa mais idiota do mundo. Então do nada Alice começou a gritar pegou a faca da mão da Lili e passou a esfaquear um travesseiro.

– Acho bom você substituir ele... – falou Cascão encarando o ato dela.

– O bilhete! – gritou Manu.

– Que bilhete? – perguntou Mônica confusa.

– O envelope... – falou Bia quase chorando de nervosismo.

– Verdade... – pensou Merida. – A gente não leu... Des...

Ela foi interrompida pelas meninas que começaram a gritar desesperadas.

– Me dá essa faca! – gritou Lili para Alice.

– Não posso! – ela retrucou também gritando.

– Agora! – ela gritou autoritária e ela entregou.

Do nada ela começou a esfaquear o travesseiro descontroladamente.

– É sério! – exclamou Cascão. – Vocês vão ter que me dar um novo!

Lili grunhiu brava e tacou o travesseiro nele. Quando o travesseiro o acertou as penas saíram voando e passaram a se espalhar pelo quarto.

Ficamos um tempo em silêncio enquanto as penas se assentavam e Lili ofegava, tentando recuperar a calma.

– Está melhor agora? – perguntou Bia para Lili.

– Sim. – ela respondeu após um longo suspiro.

– Nesse caso... – ela fez outra pausa. – HOJE É O DIA DO PRIMEIRO DESAFIO!

– O que?! – gritamos surpresos.

– Vistam esse uniforme em 5 minutos ou vocês serão expulsos! – gritou Anna.

– Por que tanta preocupação com isso? – perguntou Wilbur enquanto Anna o arrastava para o banheiro e o entregava seu uniforme.

– Não é hora de discutir isso!!! – ela gritou fechando a porta do banheiro.

Enquanto isso Bia e Manu foram ajudar as meninas.

O uniforme era uma blusa azul com um colete preto e calça jeans.

Depois das meninas quase nos matarem enquanto a gente se arrumava... Finalmente saímos para o nosso primeiro desafio.

Aliás, o uniforme das meninas era uma blusa branca, uma leg azul escuro e uma jaqueta de couro.

Chegamos até um campo gramado onde um monte de pessoas estavam sentadas.

– Temos que ir! – anunciou Lili.

– Por quê? – questionei.

– Vocês vão ver... – falou Bia e elas saíram correndo até uma outra parte do campo gramado.

Nos encaramos e demos de ombros seguindo para onde os grupos estavam sentados.

Eram lugares marcados de acordo com o número do grupo. Uma vantagem pra gente já que somos o grupo 3!

Reconhecemos na hora os integrantes do grupo 2. Então era fácil descobrir nosso lugar. Infelizmente, ao lado do grupo 2.

Passamos pelo grupo vizinho, o 2, sem fazer contato visual com ninguém, mas tive a sensação de estar sendo observado, e a vontade de olhar para trás foi grande, mas eu me contive.

– A Lizandra...

– Eu sei! – interrompi Karine, cabisbaixo.

Era ela que estava me encarando quando tive aquela sensação...

– Teremos problemas... – ela anunciou encarando uma grande estrutura a nossa frente.

Abri a boca para falar, mas fui interrompido por uma voz feminina.

– Sejam bem vindos ao primeiro desafio, campistas!

– Campistas? – perguntou Violetta arqueando uma sobrancelha e encarando a mulher com estranheza.

– Mas não era a Vanessa que era a diretora? – perguntou Merida confusa.

– Esse é o primeiro desafio de vocês. – continuou a mulher. Ela era ruiva, seus cabelos em uma trança que caia sobre seu ombro esquerdo, olhos castanhos escuros, pele pálida e um vestido longo azul escuro. Ela não parecia ter mais de 25 anos... – Antes de começarmos o desafio, vamos a umas breves explicações... Esse desafio pode eliminar vocês. Esse primeiro vai eliminar um grupo todo, permanentemente.

– O-o que?! – sussurramos incrédulos.

Como assim eliminar permanentemente?????

Será que foi por isso que as meninas surtaram com a gente não estar preparado para vir pra cá?

– A prova de vocês será um pequeno labirinto... – ela falou gesticulando para a grande estrutura a nossa frente.

Do tamanho que aquela coisa era eu tinha certeza que não era apenas um “pequeno” labirinto...

– Não nos responsabilizamos por nada que venha a acontecer lá dentro. – com essa já tava em tempo de uma gotinha cair na minha cabeça!!! – Antes de começarmos... Uma pequena apresentação para vocês.

Ela se afastou do microfone e se sentou em uma cadeira, ao seu lado direito estava Vanessa, com... Diga-se de passagem... A pior cara do mundo. Como se quisesse esganar alguém e como se pudesse fazer isso a qualquer momento. Sinceramente, bateu um medo dela...

Uma música começou a tocar e para a surpresa de todo mundo do nosso grupo, a primeira pessoa a aparecer foi...

(trilha sonora – What I’ve Done clique aqui)

Bia????????

– Como assim? – perguntou Magali franzindo o cenho. As outras começaram a aparecer logo em seguida.

– O que elas... – comecei a falar.

– Silêncio! – exclamou Cebola, chamando nossa atenção. – Lembra o que elas falaram... Não podemos revelar o que elas são...

– Mas... – Mônica tentou discutir.

– Elas devem saber o porque, e devem estar fazendo isso para o nosso bem. Então temos que fazer o que elas falaram.

Depois disso nos calamos e voltamos a prestar atenção nelas.

Por sinal... Cada uma estava acompanhada de um garoto. Todos formaram uma fila. Eles estavam com o uniforme que a gente estava usando.

Então Bia e o moreno que estava a acompanhando, seguiram para perto da gente, mais o menos no meio do campo.

Percebi algo muito estranho. Bia estava branca e respirando pela boca, como se estivesse com frio ou acabado de sair de uma maratona. E garanto, depois que eu a vi dar três voltas naquela cachoeira e sair como se tivesse dado uma volta no parque, vê-la desse jeito era sinal de coisa errada...

– Então mocinha... – sussurrou o moreno. – Prometo que não vou quebrar nenhuma unha sua, nem bagunçar seu cabelo.

Ela arqueou uma sobrancelha e ambos desembainharam suas espadas.

– Quanto as unhas eu nem me importo. Mas meu cabelo... – terminou cerrando os dentes.

– Há. Arranjei um apelido para você...

– Apelido?

– Patricinha!

Ela abriu a boca indignada e apertou o cabo da sua espada.

É...

Esse daí acabou de assinar sua sentença de morte...

Ela investiu contra ele, porém ele desviou sem dificuldade nenhuma. Então foi a vez dele tentar atingir seu ombro, mas ela bloqueou o ataque. Ela deu meia volta e tentou acertá-lo, mas ele abaixou e deu uma rasteira nela, que pulou e desviou do ataque. Ele ameaçou atacar de novo, mas enlaçou a pena dela a fazendo cair, em seguida colocou a espada perto do pescoço da loira, mas ela reagiu e acertou a lâmina com sua espada, ela voou longe e Bia fez menção de se levantar, mas o moreno se pôs em cima dela e no mesmo instante ela ficou imóvel.

– Impressão ou não terminaria tão rápido assim? – perguntou Punzie.

– Parece até que ela desistiu... – observou Soluço.

– Parabéns. – o moreno elogiou com o rosto próximo ao de Bia. – Até que você foi bem... Mas acho que poderia ter sido melhor.

Por incrível que pareça, ela ficou mais branca ainda! Definitivamente, tinha algo errado...

Eles se levantaram e Bia seguiu cabisbaixa, posso ter sonhado ou tido uma ilusão de ótica, mas vi um brilho correr a bochecha direta dela...

O próximo grupo foi Alice e um outro moreno. Pode parecer loucura, mas eu tava com dó desses caras... Eles pegaram logo as psicopatas! – se elas ouvirem isso, me matam...

Ela até que estava agindo normal, mas também estava um pouco ofegante. Ambos se cumprimentaram e começaram a lutar, me pareceu ser kung fu... Ela tentou acertar ele com um soco, mas ele pegou a mão dela e a puxou para perto de si.

– Bom golpe, delicada...

Outro que assinou sua sentença de morte...

Mas com a Alice isso é pra valer.

– Como ousa me chamar assim? – ela resmungou entredentes.

Ela fez um movimento que o forçou a soltar a mão esquerda dela. Ela passou a perna direita por trás da dele e puxou o fazendo cair. Ela preparou um soco, mas parou ele no ar, então saiu de cima dele desanimada...

Isso tudo está muito estranho...

Depois, Lili entrou junto com um garoto loiro. A única coisa errada era que parecia que ela não tinha ido muito com a cara dele. Eles também começaram a lutar, mas sinceramente... Isso estava mais como uma amostra grátis, porque eu sei que elas são capazes de muito mais...

Um pouco de luta corpo a corpo improvisada. Ela o chutou na altura da cabeça, ele desviou e segurou a perna dela. Logo ela plantou bananeira e chutou a mão dele com o outro pé, mas ela tratou de descer da bananeira bem rápido, e acho que agora as costas dela estão doendo... Depois ele tentou dar um soco nela, mas ela desviou e ambos se prepararam para atacar, mas quando suas mãos estavam para acertar um ao outro eles pararam o movimento, era como se essa luta tivesse sido ensaiada. Porém, percebi que Lili estava fazendo um esforço enorme para não terminar o ataque...

Eles saíram e Anna e o garoto que estava acompanhando ela seguiram para o meio do campo. Então começaram uma amostra de arco e flecha...

Peraí!

DESDE QUANDO A ANNA SABE ARCO E FLECHA?????????

– Ela tem que ser minha instrutora... – sussurrou Merida se jogando ao meu lado para ver melhor.

Ela pegou uma flecha da aljava e se posicionou. Havia alvos há poucos metros deles, então eles começaram a atirar... No primeiro alvo, no segundo e...

– Ahhhhhhhhhhhhhhhh! – gritou uma garota no meio da plateia.

– Mas o que quê isso? – gritou outro garoto apontando para Anna, o loiro que era o par dela, e para... Um bastão cravado no chão?

O que aquilo tava fazendo ali?

Do nada outro bastão cruzou meu campo de visão, só que esse foi mais próximo. Na verdade ele parou no chão há poucos centímetros da minha perna.

– Acho que agora eu entendi isso de ileso... – afirmou Jack engolindo em seco.

Os pares que já haviam se apresentado estavam jogando bastões nos dois, mas um pequeno detalhe é que: ESSES BASTÕES TINHAM LÂMINAS!!!!!

Ambos desviavam dos bastões, entre pulos, cambalhotas, pontes, e mais um monte de coisas impossíveis da gente fazer. No fim, eles tinham acertado todos os alvos e desviado de todos os bastões – se bem que isso não era bem uma opção...

Agora o último grupo. Manu e um moreno.

Cada um pegou um bastão e então se posicionaram. Eles começaram uma luta com bastões. Manu atacou, mas o moreno interceptou o mesmo. Então ele investiu na altura da cabeça dela, ela se curvou para trás e chutou a mão dele o fazendo deixar o bastão cair. Quando ela voltou a ficar em pé ele pegou o bastão da mão dela e o posicionou no seu pescoço a levando ao chão, ele forçou o bastão contra o pescoço dela. De alguma forma, que eu desconheço, ela conseguiu afastar o bastão do pescoço e virou o garoto, trocando as posições, ficando em cima dele e forçando o bastão contra o seu pescoço.

Só lembro mais uma coisa: ele jogando alguma coisa na cara dela e ela soltando o bastão. Então ele a derrubou e apontou a lâmina para ela.

Aí a música acabou e eles se separaram.

(De volta a trilha sonora: Imagine Dragons – Radioactive clique aqui)

– Agora, queridos campistas... – chamou a ruiva de vestido azul. – Podem se posicionar, que nosso “pequeno” desafio, já vai começar...

Todos começaram a se levantar e formar uma linha um pouco antes da grande estrutura. Nos levantamos, mas nossas assistentes se puseram na nossa frente.

– Peguem isso! – ordenou Anna.

Pegamos alguns pequenos fones de ouvido. Antes que pudéssemos perguntar qualquer coisa, elas sumiram.

– Vamos. – chamou Mônica.

Nos posicionamos na linha e colocamos os fones.

– O desafio começa em... – a ruiva fez um suspense. – 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2... 1!

Uma buzina soou e começamos uma corrida para dentro da grande estrutura.

Quando finalmente entramos, vimos vários corredores por onde pessoas corriam se separando.

– O que é isso? – perguntou Karine.

– Vamos sair daqui antes de sermos atropelados! – gritou Merida.

Saímos correndo pelos corredores, seguíamos em frente e só mudávamos de caminho quando nos deparávamos com uma parede.

Depois de alguns minutos correndo, paramos para respirar, foi aí que...

– Vocês estão nos ouvindo?

– Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh! – gritamos assustados.

– Calma! – a voz ecoou pelo meu ouvido.

– Anna? – perguntou Cascão.

– A própria!

– Cadê vocês? – perguntei.

– Um pouco longe... – respondeu Bia.

– Como é esse desafio? – questionou a voz de Manu.

– Bom... – pensou Soluço encarando as paredes que nos rodeavam. – Estamos em um corredor com teto, chão e paredes, brancos.

– Corredor? – questionou Lili.

– E aí mocinhas! – ecoou uma voz masculina seguida de gritos.

– Qual é o seu problema? – gritou Lili.

– O nosso? – perguntou Cebola.

– Também! – respondeu Alice.

Cebola arqueou uma sobrancelha como se dissesse: “E você é super normal, né?”. Acho que a Alice o esganaria se estivesse aqui... Tenho que admitir que imaginar isso é engraçado...

– Mas por enquanto é dos assistentes daqui mesmo... – falou Bia com voz de tédio.

– Quer dizer, daqueles garotos que acompanharam vocês na apresentação? – supôs Magali.

– Infelizmente, sim... – reclamou Lili.

– Por que infelizmente? – indagou Mônica. – Eles eram muito...

– Nem ouse falar isso!! – gritou Alice.

– Por que? – ela questionou confusa. – Eles eram mesmo muito lindos.

– Obrigada! – ecoou uma voz masculina. Acho que era a do menino que havia lutado com a Alice...

– Larga isso agora! – ouvi Alice gritar.

– O que tá acontecendo? – perguntou Soluço.

– O Taylor pegou o fone dela e agora a Alice meio que tá estapeando ele... – explicou Bia. – Com licença pessoas, mas precisamos tirar a Alice de uma certa pessoa antes que ela perca toda e qualquer consciência que ainda possa existir nela.

Depois disso só mais alguns gritos e ameaças que com certeza fizeram todo mundo ficar com medo dela. Então tudo ficou em silêncio.

...

– Vocês! – gritou um moreno.

– A gente? – perguntou Maga.

Ele sacou uma faca de não sei da onde e atirou nela. Cascão a puxou para perto de si e a lâmina não a acertou, mas cortou a bochecha e alguns fios de cabelo da morena.

Ela gemeu de dor e automaticamente levou a mão ao corte sujando-a de sangue.

– Porque você fez isso? – gritou Cascão, enquanto Magali gemia de dor.

O moreno não respondeu, mas do nada um grupo de pessoas apareceu com armas em punho.

– Cadê aquelas doidas quando a gente precisa? – gritei me referindo as nossas assistentes.

Uma menina loira atirou uma flecha na direção de Mérida, que abaixou, desviando da mesma.

– Eu definitivamente, entendi isso de ileso! – exclamou Jack.

Mais flechas foram atiradas e um loiro saiu correndo em nossa direção com uma espada nas mãos.

Algumas flechas prenderam Punzie na parede e o garoto da espada nos afastava dela.

– Oi... Loirinha. – falou o moreno que gritou com a gente e cortou a Maga. – Como você é linda...

– Sai de perto dela! – gritou Jack tentando avançar, mas uma garota morena de olhos azuis o afastou contra a parede o prendendo lá.

O moreno pegou uma lâmina e colocou no ombro dela. Ele afastou a jaqueta e cortou a manga da blusa dela.

Jack parou, imóvel. Assim como nós.

Então o garoto cortou o braço dela que gritou de dor.

– Vocês ainda estão aí? – perguntou Manu.

– S-sim... – murmurei.

– Por que você gemeu? – indagou Bia. – O que tá acontecendo?

– A-a... Punzie... – não consegui terminar...

– Ataquem! – ordenou Lili.

– O que? – gritamos, nós e as outras assistentes.

– Agora! – ela gritou e nós atacamos o grupo.

Com um pouco de esforço e cortes conseguimos tirar as armas de alguns. Nesse meio tempo, Jack lutou com o moreno e tirou Punzie da parede. O braço dela tava sangrando muito.

– Pegamos ela! – avisou Soluço.

– Saiam daí! – gritou Bia desesperada. – Agora.

Saímos correndo e eles vieram atrás da gente. Punzie começou a cambalear e ficar para trás, então Jack a pegou no colo e correu com ela.

– Tem uma parede aqui! – gritou Merida em desespero.

– Arranjem uma saída! – gritou Manu.

Tinha um espaço entre o fim da parede e o teto, acho que isso era para circular ar. Então pulamos por essa abertura e fomos parar do outro lado.

Depois disso voltamos a correr pelo corredor da esquerda. Depois de virarmos em alguns corredores paramos.

– Pelo, menos a jaqueta dela impediu um rastro. – falou Karine olhando a loira.

– E aí? – perguntou Bia nervosa.

– Conseguimos escapar. – respondeu Cebola. – Mas a Punzie tá sangrando.

– COMO ASSIM ELA TÁ SANGRANDO??? – elas gritaram nos nossos ouvidos.

– Não esqueçam que estão gritando nos fones... – falei.

– Peguem um pedaço de pano e enrolem no braço dela! – gritou Bia.

– Se fizermos isso você para de gritar? – perguntou Cebola.

– Sim! – ela falou desesperada.

Soluço rasgou um pedaço da blusa e enfaixou o braço dela, pouco depois ele parou de sangrar mais e ela conseguiu se por de pé. Alguns minutos depois ela conseguiu andar.

Seguimos pelos corredores indicando o caminho para elas.

– Acho que já sei o que isso é... – falou o garoto que lutou com Bia.

– E o que é isso senhor Leonardo? – falou Alice irônica.

– Um labirinto, senhorita Liddel. – ele respondeu na mesma ironia.

– Verdade! – concordou Bia.

– Então como vamos desvenda-lo? – perguntou Mônica.

Depois de tudo isso, não é que a gente já tinha esquecido que a ruiva falou que o desafio era um labirinto...

– Saiam andando por aí... – respondeu outro garoto. – É a melhor forma de desvenda-lo.

– Sério? – perguntou Manu irônica.

– Quem foi esse último a falar? – perguntou Karine.

– Kaique. – respondeu Manu com raiva na voz.

Rolou um silêncio e um clima bem tenso...

– Vamos... Seguir... Por esse corredor... – falou Magali tentando achar as palavras.

Do outro lado estava um silêncio enorme, acho que tinha alguém querendo matar um ao outro.

Depois de longos minutos viramos em um corredor e finalmente vimos a porta de saída.

– Ela está lá! – gritou Violetta.

– Vamos lo...

Merida pisou num botão no chão.

Isso não vai dar certo...

Soluço se jogou em cima dela e alguns dardos passaram por cima deles.

– Loirinha... – chamou uma voz conhecida.

– Há, não... – suspirou Jack.

O grupo que tinha atacado a gente há menos de uma hora estava de volta...

Eles lançaram algumas lâminas e flechas na nossa direção. Algumas delas nos acertaram e começamos a sangrar.

Com aqueles doidos de um lado e aqueles dardos do outro, nossa única opção era correr para a saída!

Saímos correndo e fomos atingidos por vários dardos, imediatamente uma fraqueza me atingiu...

Despenquei e senti a grama fria sob minhas mãos...

Chegamos ao final do desafio...

– Gente! – ouvi a voz abafada de Manu.

Lentamente abri meus olhos e vi uma imagem borrada de todos despencando na grama.

Meu rosto entrou em contato com o frio e relaxei.

Antes de tudo escurecer senti uma mão me tocar. E o vulto de um cabelo loiro se transformar num borrão preto...