– Mai, se não vai ajudar, não atrapalhe.

Quantas vezes ela ouvira aquela frase? Milhares, centenas de milhares de vezes. Mas, dessa vez, aquilo não a irritou. Não, aquilo a deixou até contente. Abriu um sorriso digno do gato da Alice, deixando todos, menos Naru e Lin que estavam de costas para ela, confusos. Se levantou, tinha pouco tempo. Andou até Naru, com um sorriso ainda maior.

– Naru?

– Hm. – Essa foi a resposta. Ele continuou de costas, nem sequer imaginando o que estava passando pela cabeça dela.

– Eu aprendi uma coisa muito boa, sabia?

– Do jeito que você é, eu duvido.

– Duvida? – Perguntou, bem perto dele. Poucos milímetros os separavam – Então eu vou te mostrar.

Tudo estava quieto. Os presentes mal ousavam respirar. Queriam saber o que acontecia com a garota. Queriam entender o motivo de tudo aquilo. E queriam ver o que Mai faria, agora tão perto de Kazuya.

Num rápido movimento, Taniyama passou os braços por volta da cintura de Naru, abraçando-o com força. A boca de todos se abriu. Mai sorriu mais ainda, começando a inclinar parte do corpo pra trás. Shibuya ainda estava processando os fatos quando percebeu o que acontecia. Ela se inclinou para trás, dobrando os joelhos, levantou Noll e... Bateu a cabeça dele no chão. Ao mesmo tempo em que um flash se fazia presente.

– Pfff! – A garota largou o chefe atônito no chão e começou a gargalhar, indo buscar a câmera escondida – Olha isso, bem na hora! Vou guardar essa foto pra sempre, senhor Oliver Davis! – Disse, tentando respirar – E ele não larga a folha!

A castanha saiu correndo, deixando todos preocupados com a saúde mental dela. Uma semana depois do fim do caso, Mai apareceu com um sorriso mais-que-brilhante e deu uma foto de presente para cada um dos membros da SPR. Uma foto dela e de Naru, onde ele batia a cabeça no chão e ela era a culpada por isso. Sem falar na expressão congelada e na folha de papel que uma das mãos dele segurava.

Nem é preciso dizer que Taniyama guardou aquilo como um troféu, não é?

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.