Forever And Ever?

Mar de monstros.


Pov: Poseidon

Atena e eu ainda estávamos olhando o que estava acontecendo no acampamento. Eu queria me levanta e mostra para Tântalo o que iria acontecer com quem ficavam falando daquele modo com meus filhos, mas não podia interferi sempre que achava que um imbecil merecia uns tapas.

– Ora, ora, ora, se não é Peter Jackson! O meu milênio está completo.
– Percy Jackson... senhor.
O sr. D tomou um gole da sua Diet Coke.
– Sim. Bem, como vocês jovens hoje em dia, tanto faz.
Ele usava a camisa de sempre, havaiana com estampa de tigre, bermuda e tênis com meias pretas. A barriga protuberante e a cara vermelha e manchada o faziam parecer um turista de Las Vegas que ficara acordado até tarde nos cassinos. Atrás dele, um sátiro que parecia nervoso tirava as cascas das uvas e as entregava ao Sr. D, uma de cada vez. Ao lado dele estava Tântalo.

– Esse menino – disse-lhe Dioniso – precisa ficar de olho nele. Filho de Poseidon, você sabe.
– Ah! – disse o prisioneiro. – Aquele.
Seu tom deixou óbvio que ele e Dioniso já haviam conversado extensamente sobre Percy.
– Eu sou Tântalo – disse o prisioneiro, sorrindo friamente. – Em missão especial aqui, bem, até que o meu senhor Dioniso decida outra coisa. Quanto a você, Perseu Jackson, realmente espero que evite causar mais problemas.
– Problemas? – perguntou Percy.
Dioniso estalou os dedos. Um jornal apareceu sobre a mesa – a primeira página do New York Post daquele dia. Trazia sua fotografia do anuário do colégio Meriwether.

– Sim, problemas – disse Tântalo com satisfação. – Você causou um bocado deles no último verão, pelo que sei.
Percy me pareceu nervoso, mas não disse nada. Já Tântalo olhou para a sua taça.
– Cerveja preta. Reserva especial da Barq’s, 1967.
O copo se encheu sozinho de um líquido espumante. Tântalo esticou a mão em dúvida, como se tivesse medo de que a taça estivesse quente.
– Vá em frente, meu velho – disse Dioniso, com um brilho estranho nos olhos. – Talvez agora funcione.
Tântalo tentou agarrar o copo, mas ele escapuliu rapidamente antes que pudesse tocá-lo. Algumas gotas de cerveja preta transbordaram, e Tântalo tentou recolhê-las com os dedos, mas as gotas deslizaram para longe, como se fossem de mercúrio, antes que as alcançasse. Ele gemeu e se virou para o prato de churrasco. Pegou um garfo e tentou espetar um pedaço de peito, mas o prato deslizou até a extremidade da mesa e saiu voando direto para os carvões do braseiro.
– Droga! – resmungou Tântalo.
–Ah! que pena... – disse Dioniso com a voz que transbordava falsa solidariedade. – Talvez daqui a alguns dias. Acredite-me, meu velho, trabalhar neste acampamento já vai ser tortura suficiente. Tenho certeza de que sua velha maldição, mais dia, menos dia, vai acabar.
– Mais dia, menos dia – murmurou Tântalo, olhando para Diet Coke de Dioniso. – Você tem ideia de como a garganta de uma pessoa fica seca depois de mil anos?
– Você é aquele espírito dos Campos de Punição – disse Percy. – Aquele que fica em pé na lagoa, com a árvore frutífera logo acima, mas não pode comer nem beber.
Tântalo arreganhou um sorriso sarcástico para ele.
– Você é um verdadeiro erudito, não é, menino?
– Deve ter feito alguma coisa realmente horrível quando estava vivo – falou, um pouco impressionado. – O que foi?
Os olhos de Tântalo se estreitaram. Atrás dele, os sátiros sacudiam a cabeça vigorosamente, tentando lhe alertar.
– Vou ficar de olho em você, Percy Jackson – disse Tântalo. – Não quero problemas no meu acampamento.
– Seu acampamento já tem problemas... senhor.
– Ah! vá se sentar, Johnson – suspirou Dioniso. – Acho que aquela mesa ali é a sua... aquela em que ninguém mais quer se sentar.

Meu rosto estava queimando, Assim como o de Percy. Já estava quase me levantando, mas Atena passou a mão em minha testa fazendo com que eu a olhasse.

- Não vale a pena. – ela disse cariosamente.

Dioniso era uma criança grande, mas uma criança grande imortal e superpoderosa. Eu disse:
– Vamos, Tyson.
– Ah! não – disse Tântalo. – O monstro fica aqui. Vamos decidir o que fazer com isso.
– Com ele – disparou. – Seu nome é Tyson.
O novo diretor de atividades ergueu uma sobrancelha.
– Tyson salvou o acampamento – insistiu. – Ele esmagou aqueles touros de bronze. Se não fosse isso, eles teriam queima este lugar inteiro.
– Sim – suspirou Tântalo – e que lamentável teria sido. Dioniso deu uma risadinha. – Deixe-nos – ordenou Tântalo – enquanto decidimos destino da criatura.
Tyson olhou para ele com medo em seu único e grande olho.

– Vou estar logo ali, grandão – prometeu. – Não se preocupe. Vamos achar um lugar legal para você dormir esta noite.
Tyson assentiu.
– Acredito em você. Você é meu amigo.
Percy fez o de sempre. Pegou sua comida e foi até a fogueira.

– Poseidon – murmurou – aceite minha oferenda. – E me mande alguma ajuda enquanto isso – rezou em silêncio. – Por favor. A fumaça da pizza queimada se transformou em algo fragrante – o cheiro de uma leve brisa marítima misturado com perfume de flores. Percy voltou para o seu lugar. Tântalo decidiu que estava na hora dos avisos.

– Sim, muito bem – disse Tântalo depois que as conversas silenciaram. – Mais uma bela refeição! Ou, ao menos, é o que me disseram. – Enquanto falava, aproximava a mão do prato de jantar reabastecido, como se, quem sabe, a comida não fosse notar o que de estava fazendo. Mas notou. O prato disparou pela mesa assim que a mão dele chegou a uma distância de quinze centímetros. – E aqui, no primeiro dia do meu mandato – continuou – gostaria de dizer que agradável forma de punição é estar aqui. Ao longo do verão, eu espero torturar, digo, interagir com cada um de vocês, crianças.
Todos parecem prontos para comer. Dioniso bateu palmas educadamente, puxando alguns aplausos desanimados dos sátiros. Tyson ainda estava plantado junto à mesa principal, aparentemente desconfortável, mas toda vez que tentava escapar do centro das atenções Tântalo o puxava de volta.
– E agora, algumas mudanças! – Tântalo deu um sorriso torto para os campistas. – Estamos reinstituindo as corridas de bigas! – Murmúrios irromperam em todas as mesas – agitação, medo, incredulidade.
– Agora eu sei – continuou Tântalo, levantando a voz – que essas corridas foram suspensas há alguns anos devido a, ahn... problemas técnicos.
– Três mortes e vinte e seis mutilações – gritou alguém da mesa de Apolo.
– Sim, sim! – disse Tântalo. – Mas sei que todos vocês vão se juntar a mim para dar as boas-vindas ao retorno dessa tradição do acampamento. Louros de ouro serão entregues aos vencedores todos os meses. As equipes podem se registrar pela manhã! A primeira corrida acontecerá dentro de três dias. Vamos liberá-lo da maior parte de suas atividades costumeiras para que preparem as bigas e escolham seus cavalos. Ah! E cheguei a mencionar que a equipe do chalé vitorioso será dispensada das obrigações diárias no mês em que vencer? Uma explosão de conversas animadas – sem trabalho na cozinha um mês inteiro? Sem limpeza de estábulos? Ele estava falando sério? Então a última pessoa de quem eu esperava uma objeção fez objeção.
– Mas, senhor! – disse Clarisse.
Ela parecia nervosa, mas ficou em pé para falar da mesa de Ares. Alguns dos campistas riram ao verem o cartaz “VOCÊ MUGE, MENINA” nas costas dela.
– E o serviço de patrulha? Quer dizer, se abandonarmos tudo para preparar nossas bigas...
– Ah! a heroína do dia – exclamou Tântalo. – A corajosa Clarisse, que sozinha derrotou os touros de bronze!
Clarisse piscou, depois corou.
– Ahn, eu não...
– E modesta também – sorriu Tântalo. – Não se preocupe querida! Isto é um acampamento de verão. Estamos aqui para nos divertir, certo?
– Mas a árvore...
– E agora – disse Tântalo enquanto diversos companheiros chalé de Clarisse a puxavam de volta para o banco – antes que passemos à fogueira e à cantoria, uma pequena questão doméstica: Percy Jackson e Annabeth Chase julgaram apropriado, por alguma razão, trazer isto aqui. – Tântalo acenou a mão para Tyson. Um murmúrio desconfortável se espalhou entre os campistas. Várias pessoas me olharam de lado. Tive vontade de matar Tântalo.
– Agora, é claro – disse ele – os ciclopes têm reputação de ser monstros sanguinários com uma capacidade cerebral muito pequena em circunstâncias normais, eu soltaria essa besta-fera nos bosques e mandaria vocês em seu encalço com tochas e pedaços paus. Mas, quem sabe? Talvez este ciclope não seja tão horrível quanto seus irmãos. Até que ele prove ser digno de destruição, precisamos de um lugar para mantê-lo! Pensei nos estábulos, mas isso deixaria os cavalos nervosos. Quem sabe o chalé de Hermes?
Silêncio na mesa de Hermes. Travis e Connor Stoll de repente ficaram muito interessados na toalha de mesa.

– Vamos, vamos – caçoou Tântalo. – O monstro pode realizar algumas tarefas domésticas.

Depois de um tempo observando o que todos achavam do meu filho decidi que estava na hora de assumi-lo.

- Eu o assumo com meu filho. – falei olhando para o Tyson.

- Você tem certeza disse Poseidon? – Atena me perguntou.

- Tenho. – respondi. – Ele e o Percy precisam ficar juntos, e também ele me pediu um amigo. Eu lhe dei um irmão.

– Bem! Acho que agora sabemos onde pôr a besta-fera. Pelos deuses, posso ver a familiar semelhança!

- Acho que você não está muito contente com esses comentários. – Atena disse.

- Não estou. Você está certa. – respondi. – Minha vontade é de ir lá e arrancar a cabeça dele.

- Tudo vai acaba bem Poseidon. – falou passando a mão no meu rosto.

- Eu sei.

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Os dias se passaram e as coisas iam ficando cada vez pior para Percy. Todos no acampamento implicava com ele por causa do Tyson,o que o deixava com vergonha do irmão. E isso fazia se sentir culpado por que ele gostava dele. Ele brigou com a filha de Atena por ela falar que ele é um monstro. Não posso menti. Rir quando Percy defendeu o irmão. Fiquei frustrado quando eles perderam na corrida de bigas. Mas me sentir orgulhoso do modo com eles, Percy e Annabeth, desafiaram Tântalo no frente de todos. E quase fui até o acampamento quando ele deu a missão para Clarisse.

Estava sentado na mesa da sala de jantar com Atena e nossos filhos quando escutei.

– Ahn, pai? – chamou. – Como vão as coisas?

– Percy! – sussurrou Annabeth. – Estamos com pressa!
– Precisamos da sua ajuda – falou um pouco mais alto. – Precisamos chegar até aquele navio, tipo antes que sejamos comidos ou coisa parecida, então...

Rindo do modo como ele pediu, estralei os dedos e mandei três cavalos marinhos para ele.

- O que foi? – Atena perguntou.

- Percy acabou de me rezar pedindo ajuda para fugir do acampamento. – disse ainda rindo.

- E você ris? – ela perguntou supressa.

- Claro.

- Isso é contra as regras. Meus filhos nunca...

- Annabeth está com ele.

Todos na mesa rimos da cara que ela fez.

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Percy e Annabeth tinha finalmente chegado à ilha de Polifemo. Tyson tinha se separados deles no caminho. Quando percebi qual era a ideia da filha de Atena para que Percy entrasse na caverna ri muito. Eu tenho que registra esse momento.

Estava na sala assistindo tudo, junto com todos os moradores do castelo. Vi quando Polifemo desistiu de se casar com o sátiro, para se casar com a filha de Ares. Quando Polifemo me pediu ajuda eu quase ajudei Percy, mas me mantive neutro. Quando ele finalmente conseguiram sair da ilha percebi que tudo acabaria bem.